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segunda-feira, 30 de abril de 2012

A verdade sobre o arrebatamento

Uma pesquisa recente da revista U.S. News & World Report descobriu que 61 por cento dos americanos acreditam que Jesus Cristo vai voltar à terra, e 44 por cento acreditam no Arrebatamento da Igreja.[1] O que é o Arrebatamento? Com tamanha certeza popular, por que há tanta confusão interpretativa a respeito desses acontecimentos? A doutrina do Arrebatamento pré-tribulacional é um ensino bíblico importante não apenas por oferecer percepções interessantes sobre o futuro, mas também porque oferece aos crentes motivação para a vida contemporânea.

O Arrebatamento pré-tribulacional ensina que, antes do período de sete anos conhecido como Tribulação, todos os membros do corpo de Cristo (tanto os vivos quanto os mortos) serão arrebatados nos ares para o encontro com Jesus Cristo e depois serão levados ao céu.

O ensino do Arrebatamento é mais claramente apresentado em 1 Tessalonicenses 4.13-18. Nessa passagem Paulo informa seus leitores de que os crentes que estiverem vivos por ocasião do Arrebatamento serão reunidos aos que morreram em Cristo antes deles. No versículo 17 a palavra “arrebatados” traduz a palavra grega harpazo, que significa “dominar por meio de força” ou “capturar”. Essa palavra é usada 14 vezes no Novo Testamento Grego de várias maneiras diferentes.

Ocasionalmente o Novo Testamento usa harpazo com o sentido de “roubar”, “arrastar” ou “carregar para longe” (Mateus 12.29; João 10.12). Também pode ser usada com o sentido de “levar embora com uso de força” (João 6.15; 10.28-29; Atos 23.10; Judas 23). No entanto, para nossos propósitos, um terceiro uso é mais significativo. Diz respeito ao Espírito Santo levando alguém de um lugar para outro. Encontramos esse uso em quatro ocorrências (Atos 8.39; 2 Coríntios 12.2, 4; 1 Tessalonicenses 4.17; Apocalipse 12.5).[2]

Esse último uso é ilustrado em Atos 8.39, quando Filipe, ao completar o batismo do oficial etíope, é “arrebatado” e divinamente transportado do deserto até a cidade costeira de Azoto. De modo semelhante, a Igreja será, num momento, levada da terra ao céu. Não deve-se estranhar, portanto, que um autor contemporâneo tenha chamado esse evento peculiar de “O Grande Seqüestro”.[...]

Por que a doutrina da iminência é significativa para o Arrebatamento?

O ensino neo-testamentário de que Cristo poderia voltar a qualquer momento e arrebatar a Sua Igreja sem sinais ou advertências prévios (i.e. iminência) é um argumento tão poderoso em favor do pré-tribulacionismo que se tornou uma das doutrinas mais ferozmente atacadas pelos oponentes da posição pré-tribulacionista. Eles percebem que, se o Novo Testamento de fato ensinar a iminência, um arrebatametno pré-tribulacional estará praticamente assegurado.

Definição de Iminência

Qual é a definição bíblica de iminência? O Dr. Renald Showers define e descreve iminência da seguinte maneira:

1) Um acontecimento iminente é aquele que está sempre “pairando acima de alguém, constantemente prestes a vir sobre ou a alcançar alguém; próximo quanto à sua ocorrência” (The Oxford English Dictionary, 1901, V. 66). Assim, a iminência traz consigo o sentido de que algo pode acontecer a qualquer momento. Outras coisas podemacontecer antes do evento iminente, mas nada precisa acontecer antes que ele aconteça. Se alguma coisa precisa acontecer antes de determinado evento ocorrer, tal evento não é iminente. Em outras palavras, a necessidade de que algo ocorra antes destrói o conceito de iminência.

2) Uma vez que é impossível saber exatamente quando ocorrerá um evento iminente, não se pode contar com a passagem de determinado período de tempo antes que tal evento iminente ocorra. À luz disso, é preciso estar sempre preparado para que ele aconteça a qualquer momento.

3) Não se pode legitimamente estabelecer direta ou implicitamente uma data para sua ocorrência. Assim que alguém marca uma data para um evento iminente, destrói o conceito de iminência, porque ao fazer isso afirma que um determinado intervalo de tempo deve transcorrer antes que tal evento ocorra. Uma data específica para um evento é contrária ao conceito de que tal evento possa ocorrer a qualquer momento.

4) É impossível dizer legitimamente que um evento iminente vai acontecer em breve. A expressão “em breve” implica que tal evento precisa ocorrer “dentro de um tempo pequeno (depois de um ponto específico designado ou implícito)”. Em termos de contraste, um evento iminente pode ocorrer dentro de um pequeno intervalo de tempo, mas não precisa fazê-lo para ser iminente. Espero que você perceba, agora, que “iminente” não é igual a “em breve”.[3]

O fato de que Jesus Cristo pode voltar a qualquer momento, mesmo que não necessariamente em breve, e sem a necessidade de qualquer sinal anterior à Sua vinda, requer o tipo de iminência ensinado pela posição pré-tribulacionista e é um forte apoio ao pré-tribulacionismo.

Que passagens do Novo Testamento ensinam essa verdade? Os versículos que afirmam a volta de Cristo a qualquer momento, sem aviso prévio, e aqueles que instruem os crentes a esperar e aguardar a vinda do Senhor ensinam a doutrina da iminência.

Observem-se as seguintes passagens do Novo Testamento:

• 1 Coríntios 1.7 – “…aguardando vós a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo”.

• 1 Coríntios 16.22 – “Maranata!”

• Filipenses 3.20 – “Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo”.

• Filipenses 4.5 – “Perto está o Senhor”.

• 1 Tessalonicenses 1.10 – “e para aguardardes dos céus o Seu Filho…”.

• 1 Tessalonicenses 4.15-18 – “Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras”.

• 1 Tessalonicenses 5.6 – “Assim, pois, não durmamos como os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos sóbrios”.

• 1 Timóteo 6.14 – “que guardes o mandato imaculado, irrepreensível, até à manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo”.

• Tito 2.13 – “aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus”.

• Hebreus 9.28 – “assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação”.

• Tiago 5.7-9 – “Sede, pois, irmãos, pacientes, até a vinda do Senhor… pois a vinda do Senhor está próxima… Eis que o Juiz está às portas”.

• 1 Pedro 1.13 – “Por isso,… sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo”.

• Judas 21 – “guardai-vos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna”.

• Apocalipse 3.11; 22.7, 12, 20 – “Eis que venho sem demora!”

• Apocalipse 22.17, 20 – “O Espírito e a Noiva dizem: Vem. Aquele que ouve diga: Vem.

Aquele que dá testemunho destas cousas diz: Certamente venho sem demora. Amém. Vem, Senhor Jesus!”

Ao considerarmos as passagens mencionadas acima, observamos que Cristo pode voltar a qualquer momento, que o Arrebatamento é de fato iminente. Somente o pré-tribulacionismo pode dar um sentido pleno, literal, a tal acontecimento iminente. Outras posições sobre o Arrebatamento precisam redefinir iminência de maneira mais elástica do que indica o Novo Testamento. O Dr. John Walvoord declara: “A exortação a que aguardemos a ‘manifestação da glória’ de Cristo para os Seus (Tito 2.13) perde seu significado se a Tribulação tiver que ocorrer antes. Fosse esse o caso, os crentes deveriam observar os sinais.”[4] Se a posição pré-tribulacionista sobre a iminência não for aceita, então haverá sentido em procurar identificar os eventos relacionados à Tribulação (i.e., o Anticristo, as duas testemunhas, etc.) e não em esperar o próprio Cristo. O Novo Testamento, todavia, como demonstrado acima, uniformemente instrui a Igreja a olhar para a volta de Cristo, ao passo que os santos da Tribulação são exortados a observar os sinais.

A exortação neo-testamentária a que nos consolemos mutuamente pela volta de Cristo (João 14.1; 1 Tessalonicenses 4.18) não mais teria sentido se os crentes tivessem, primeiro, que passar por qualquer porção da Tribulação. Em vez disso, o consolo teria que esperar a passagem pelos eventos da Tribulação. Não! A Igreja recebeu uma “bendita esperança”, em parte porque a volta do Senhor é, de fato, iminente.

A Igreja primitiva tinha uma saudação especial que os crentes só usavam entre si, conforme registrado em 1 Coríntios 16.22: a palavra “Maranata!” Esta palavra é constituída de três termos aramaicos: Mar (“Senhor”), ana (“nosso”), e tha (“vem”), significando, assim, “Vem, nosso Senhor!” Como outras passagens do Novo Testamento, “Maranata” só faz sentido se uma vinda iminente, ou seja, a qualquer momento, for pressuposta. Isso também serve de apoio à posição pré-tribulacionista.

Não foi à toa que os antigos cristãos cunharam essa saudação peculiar que reflete uma ansiosa expectativa pelo cumprimento dessa bendita esperança como uma presença real em suas vidas cotidianas. A vida da Igreja em nossos dias só teria a melhorar se “Maranata” voltasse a ser uma saudação sincera nos lábios de crentes que vivem com esta expectativa. Maranata! (Thomas Ice eTimothy Demy – http://www.chamada.com.br)

1.Jeffrey L. Sheler, “The Christmas Covenant”. U.S. News & World Report, 19 de dezembro de 1994, pp. 62, 64.

2.Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, “harpazo”, editado por Colin Brown. Vida Nova, São Paulo, 1982. Volume 1, p. 239-243.

3.Ibid., pp. 127-128.

4.Walvoord, The Rapture Question, p. 273.

Extraído do livro A Verdade Sobre O Arrebatamento.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

DOM DE CIÊNCIA

DOM DE CIÊNCIA


“Pois a luz da ciência que eu derramo sobre todos é como a luz da manhã, e de longe eu a torno conhecida”. (Ecl 24.44)

A palavra de Ciência, a palavra de conhecimento das coisas, das coisas da vida, das realidades são dons de Deus. Palavra de Ciência, ou palavra de conhecimento, dom de revelação, são a mesma coisa. Nós precisamos aprender a verdade. E a revelação da verdade dada por Deus, se chama DOM DE CIÊNCIA. Deus dá seu conhecimento para nós, através do Espírito Santo.

O que é o dom de Ciência?

É a graça que Deus nos concede, para que possamos ver as coisas como Deus vê. Precisamos estar abertos ao conhecimento de Deus. Deixemos que Deus nos mostre o Seu diagnóstico, sobre os problemas que nos envolvem. Se pedirmos o dom de ciência, se temos abertura ao dom, a revelação que vier em oração, no nosso coração, é o diagnóstico de Deus. Precisamos deixar que Deus nos mostre qual o problema, o que nos impede de sermos felizes, o que atrapalha o nosso crescimento espiritual. Precisamos escutar o Senhor, o que Ele tem para nos revelar a respeito das coisas, dos fatos, dos acontecimentos em nossas vidas…

Como é isto?

O Espírito Santo vem em nosso socorro, nos comunicando através de um pensamento, de uma revelação ao nosso coração. Devemos estar atentos, abertos para que Deus possa nos usar como canal de Sua graça. Não para proveito próprio, mas, para a comunidade. O dom de ciência é um dom como os demais. Ele é, uma pequena amostra gratis do mistério de Deus, do conhecimento de Deus, revelado ao homem.

O Dom de Ciência se dá em dois aspectos:

Deus revelando ao homem Seus mistérios, a Sua bondade, Seu amor. E também, revelando o mistério do homem, revelando o problema do homem, o que está no homem. Deus, através da palavra de ciência nos revela os Seus mistérios, Sua vontade. Deus concede ao homem, a graça de enxergar as coisas como Ele enxerga, de entender as coisas como Ele entende. Quem tem o dom de Ciência, entende, mais profundamente, as Escrituras Sagradas. Precisamos desejar o dom de Ciência, para conhecer melhor os mistérios de Deus, Sua palavra, Sua vontade para conosco e para com nossos irmãos.

A comunidade que ora unida, que busca, que pede o dom de Ciência, que tem palavra de Ciência é libertada. Com a oração de uns pelos outros, cada um vai sendo libertado das amarras, dos problemas pessoais, que impedem o crescimento espiritual, que impede o amor uns pelos outros, que impedem de acolher as idéias do grupo… O Senhor, no poder do Espírito Santo, vai revelando, diagnosticando, curando e a comunidade vai crescendo…

O nome de Jesus, o poder do Senhor Jesus, está acima de todas as coisas… Se você teve uma humilhação que lhe causa lembranças dolorosas, imagine Jesus lá, lhe consolando, lhe amparando, lhe abraçando., Curando-lhe… É impressionante como acaba tudo, como é poderosa a presença de Jesus. Ele é o Senhor de tudo, busquemos a solução em Jesus!

Quando você está orando, e vem em seu pensamento, em seu coração, uma palavrinha, uma frase, uma imagem, de maneira direta ou indireta, fique atento, pois, Deus tem mil maneiras de lhe revelar Seu diagnóstico. Palavrinhas como: sabonete, faca, panela, pato, tiro, medo, tudo isto pode parecer absurdo, mas sempre, são palavras significativas em situações vividas, pela pessoa que está recebendo a oração. Continue orando e a revelação virá. Jesus, com Seu poder, vai curando, vai libertando. Glórias e glórias a Deus. Jesus é a Boa Nova, Jesus é o caminho, e toda oração CRISTOCÊNTRICA, toda entrega com fé, colocando Jesus ali no problema, e assim, a pessoa, com certeza, será libertada, será curada.

É preciso ficar alerta é preciso buscar sabedoria e discernimento, para que não percamos as maravilhas do amor de Deus que nos foram reveladas através do DOM DE CIÊNCIA.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

ESMIRNA, A IGREJA CONFESSANTE E MARTIR

Esmirna era uma prospera cidade da Ásia menor. Tinha uma grande importância comercial, pois uma rodovia a cruzava, partindo desde Frigia. Também tinha um porto de saída para a área comercial do vale do rio Hermo.

Ali foi permitido erigir um templo dedicado a Tibério. Sua forte aliança com Roma, a transformou em uma forte aliada e um centro de culto ao imperador. Isso colocou os cristãos daquela cidade em uma situação desesperante, e a perseguição e a morte foi o resultado natural para eles.

Esmirna foi a terra da fábula de Dionísio, um deus que supostamente fora assassinado, mas ressuscitou. Era o local da celebração dos jogos olímpicos e tinha um dos maiores anfiteatros de toda Ásia.

Competia com Éfeso e Pérgamo. O nome dessa cidade significa “mirra”, substancia extraída de uma planta e usada para fabricação de perfume, mas também usado para embalsamar os corpos dos mortos.

É possível que, sendo uma as onze cidade constituintes de Jonia na época da introdução do Evangelho na Europa, quando estava incorporada à Província romana de Ásia, o Evangelho deve ter chegado ali como consequência o ministério de Paulo em Éfeso (Atos 19.11) na sua terceira viagem missionaria.

O culto ao imperador era uma adoração obrigatória aos imperadores romanos, como se estes fossem divindades. Naturalmente, os cristãos se recusariam a oferecer-lhe culto, e em consequência, foram tremendamente perseguidos e muitos deles sofreram o martírio.

Esmirna se transformou no símbolo da igreja dos mártires. Assim que, se supõe que esta carta deve ser entendida como predição sobre o período das tremendas perseguições que aconteceram entre o ano 100 d.C. e o tempo de conversão de Constantino, já no inicio do século IV.

Atualmente quase que não existe o cristianismo em Esmirna (atualmente conhecida com o nome de Izmir, na atual Turquia), pois a maioria da população, cerca de 99% é muçulmana e o resto está divido entre judeus, cristãos e outros.

Das sete cidades que receberam as cartas, esta é a única que ainda existe, com o nome de Izmir, na atual Turquia.

2.8 = Ao anjo da igreja em Esmirna escreve: Isto diz o primeiro e o último, que foi morto e reviveu”

Provavelmente o anjo da igreja (o pastor) tenha sido Policarpo, o discípulo pessoal do apostolo João. A narração do seu martírio é apresentada por Eusébio, em sua História Eclesiástica. Foi levado à arena, lugar dos jogos olímpicos, um dos maiores teatros da Ásia Menor (atual Turquia). Foi-lhe ordenado que se retratasse de sua fé e Cristo, confessando sua lealdade ao Imperador Romano como se fosse um deus. Fora-lhe ordenado que disse: “Fora com os ateus”, isso é, com os cristãos. Ele se recusou, e disse: “Em meus 90 anos de vida, meu Jesus tem permanecido fiel para comigo, como é que eu agora poderia ser-lhe infiel?” Assim que, as pessoas enfurecidas o condenaram a morrer queimado na fogueira.

... o primeiro e o último, que foi morto e reviveu. Esse é o mesmo título que se encontra em Ap. 1.18.

Jesus se apresenta como o fundamento ideal, insubstituível.

Ele se apresenta como o único. Não há outro nem antes nem depois dele. Em volta de Cristo se centraliza toda a criação, visto que Ele é seu Senhor e Cabeça. Ele é a origem de tudo: Col. 1.16 = “porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele”.

- Todas as coisas encontram em Cristo a razão de sua existência. Filosoficamente, em termos aristotélicos, Cristo é a “causa material”, e a força potencial de tudo

Cristo também é a “causa formal”, ou seja, o plano que se seguirá, porque o homem redimido deverá compartilhar a própria natureza de Cristo, e todas as demais coisas encontrarão em Cristo o Tudo.

Cristo é a “causa final” de tudo, porque é em Cristo que todas as coisas encontrarão seu fiel cumprimento.

... que foi morto e reviveu: Cristo prometeu que na qualidade de quem vive, seria a “primícia” de uma grandiosa ressurreição.

Não nos esqueçamos de que Esmirna era a sede do mito do deus Dionísio, o qual havia sido morte mas ressuscitou.

2.9 = Conheço a tua tribulação e a tua pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que dizem ser judeus, e não o são, porém são sinagoga de Satanás.

A palavra “Conheço a tua tribulação...”, em grego é usado o termo “thilipsis”, “pressão”, “opressão”, derivado de “thilibo”, “ junto”. Mas esta palavra era usada metaforicamente para indicar “pressionar junto”. Mas no N.T. geralmente tem o sentido de “perseguição”, aquela forma de pressão e de opressão que nos atinge, devido a má vontade e ao ódio de nossos semelhantes. Neste contexto as perseguições feitas pelas autoridades romanas estão particularmente em foco, as quais eram comandadas pelo imperador Domiciano, que foi chamado de “o segundo Nero”.

“...pobreza...”. Eles tinham grandes necessidades materiais, pois eram pobres materialmente, porém eram ricos na graça para com Deus. Em contraste com Laodiceia que eram ricos para com o mundo e pobres para com Deus (Ap 3.17). Há pobre-rico e rico-pobre. Temos o exemplo da parábola de Lázaro e o homem rico.

Não está mal ser rico, e não há nenhuma virtude e ser pobre. Ninguém será condenado por ser rico, e ninguém será salvo por ser pobre. Tudo depende de como tratamos a oferta de Cristo. Se a aceitamos ou a recusamos.

... a blasfêmia dos que dizem ser judeus, e não o são, porém são sinagoga de Satanás. Pode ser uma referencia aos gnósticos, que diziam ser o “novo Israel”, tendo tanto a Moisés como a Jesus como seus progenitores espirituais. Mas reduzindo a Cristo a apenas um entre muitos aeons (emanações angelicais).

2.10 = Não temas o que hás de padecer. Eis que o Diabo está para lançar alguns de vós na prisão, para que sejais provados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida.

a- Nem sempre se promete ao crente, liberdade da perseguição e das tragédias, apesar de que ele ora e pede a Deus sobre estes e outros problemas. ...

O mal, a tragédia e o sofrimento podem vir independente de que sejamos crentes ou não. Se trata de um dos problemas mais difíceis para a fé religiosa. Muitos dizem: “como é que meu Deus permita que exista o sofrimento até na vida dos santos”.

b- O problema do mal chama a nossa atenção. O mal, tragédia e o sofrimento podem vir da perversidade voluntaria do homem, e os inocentes poder sofrer. A própria natureza aflige a todos, com inundações, incêndios, desastres, tragédias, enfermidades e a própria morte. Se trata de um dos problemas mais difíceis para a fé religiosa. Muitos dizem: “Como é possível que um Deus todo poderoso, bondoso, que igualmente é onisciente, permite que exista o sofrimento”. Por que Ele não impede? Os cristãos apelam ao padrão mais elevado do plano divino, mais elevado que qualquer hem mortal pode ver, e percebem que os sofrimentos redundarão, finalmente, em glória (ver Romanos 8.18; 2 Coríntios 4.17).

“...Eis que o Diabo está para lançar alguns de vós na prisão, para que sejais provados”.

= O Novo Testamento defende a real existência de um diabo pessoal, e centro total da maldade, tal como expõe a real existência de Deus pessoal, como a totalidade do bem.

Os cristãos eram presos acusados de traição, por não prestarem culto ao imperador

Satanás se mostra ativo na terra, contando com muitíssimos agentes para confundir aos hem e prejudica-los. As perseguições movidas pelos romanos, com a ajuda dos judeus foram encaradas por João como uma obra de Satanás.

... Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida. Primeiramente indica que o martírio era como algo paralelo à fé cristã naqueles dias.

A metáfora usada. Talvez esteja por trás desta metáfora a ideia das competições gregas. O fundista vencedor recebia uma coroa de loros. Mas também pode estar em vista a coroa usada por uma pessoa numa coroação real. Aqueles crentes reinariam com Cristo. Usariam essa coroa porque o Rei haveria de recompensa-los com sua própria forma de vida, levando-os a participar de sua gloria. Seria conforme o dito em Apocalipse 1.6, reis e sacerdotes, ou seja, “reis sacerdotais”.

Consiste no grau em que participaremos da vida e da natureza de Cristo, com os atributos e poderes correspondentes.

A coroa é uma representação poética da “recompensa” ou “galardão”. Os galardões ou recompensas não consistirão, essencialmente, daquilo que recebemos, mas daquele em quem seremos transformados para poder servir ao Deus eterno, no mundo de Deus.

Aqui é usado o genitivo de oposição, no grego, o que poderia ser melhor traduzido como” a coroa que é vida”. A vida eterna está em foco, o que também consta em apocalipse 2.7, sob o símbolo da árvore da vida.

v. 11 = “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. O que vencer, de modo algum sofrerá o dado da segunda morte”.

Notamos que em cada uma das sete cartas há um “vencedor”. Em cada época houve vencedores, apesar dos problemas e das crises que tiveram que enfrentar. Aqui neste ponto, o vencedor aparece como alguém invulnerável para a segunda morte, o que não é uma promessa nada comum.

“... de modo algum sofrerá o dado da segunda morte”. Somente no livro de Apocalipse (no Novo Testamento) se encontra a expressão “segunda morte”. Supomos que o vidente João se refere à “ira de Deus”, ao “juízo dos incrédulos”. Este texto pode ser comparado com o que diz Apocalipse 20.14, 15, onde temos uma descrição mais completa sobre o que significa a “segunda morte”. Trata-se do juízo final, depois do reino milenial de Cristo (Apocalipse 20.8). O mesmo ocorrerá depois da segunda ressurreição, e consistirá no lançamento no “lago de fogo’”.

Que Deus nos conceda o privilégio de reinar com Ele pelos séculos dos séculos.











Pastor Adaylton de Almeida Conceição (Th. B.; Th.M.; Th. D)
Mestre e amigo R.I.P.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

VALES DO MUNDO BÍBLICO

VALES


"Porque a terra que passais a possuir não é como terra do Egito, da onde saístes, em que semeáveis a vossa semente, com o pé, e que regáveis como a uma horta, mas a terra que passais a possuir, é terra de montes e de vales: da chuva dos céus beberás as águas" - Deuteronômio 110-11.

Na palestina a chuva cai somente durante certo período do ano, a paisagem é recortada por muitos vales estreitos e leitos de riachos que só possuem água durante as estações chuvosas. Alguns rios que atravessam vales e planícies mais largos, ou então cortam gargantas estreitas através das rochas.

Os vales são depressões alongadas entre montes ou quaisquer outras superfícies. E assim como com as planícies não vamos poder estudar aqui todos os vales da palestina, mas somente os principais.


Vale do Jordão

O Vale do Jordão (em árabe: الغور Al-Ghor ou Al-Ghawr) é uma longa depressão que se estende por Israel, Jordânia, Cisjordânia e chega ao sopé dos Montes Golan. Na região encontram-se o rio Jordão, o Vale de Hula, o Lago de Tiberíades e o Mar Morto, o local de menor altitude da Terra.

É rico em patrimônio natural de interesse para a paleogeografia. Constitui a região agrícola mais fértil de Israel e Jordânia.

Cobre entre 1640 e 2500 km² (consoante o critério para a sua definição) e abriga 52 132 habitantes (2005) apenas do lado de Israel e mais de 85 000 do lado jordano, a maior parte deles agricultores. Uma parte da vertente oriental é controlada por Israel, e a outra pela Jordânia.

No vale situa-se cerca de um terço da área da Cisjordânia.

Este é o maior vale de Israel, começa no pé do monte Hermom e vai até o mar morto, ele é cortado longitudinalmente pelo rio Jordão. Constitui-se em uma grande fenda geológica, em seu ponto inicial, o poço é de largura de 100 m, e alargando-se pouco a pouco chega ao mar da Galiléia com 3 km de largura e do mar morto com 15 km, mas depois dele passa a estreitar se novamente. Este é o vale mais profundo da terra, chega a alcançar 426 m abaixo do nível do mar. Ele nunca foi uma barreira intransponível para invasores, somente dificultava um pouco a comunicação entre as suas margens.

Vale de Jezreel


Etimologia

O Vale de Jizreel leva este nome da antiga cidade de Jizreel (conhecida em Árabe como Zir'in; em Árabe: زرعين‎) que estava localizada em uma pequena colina com vista para a margem sul do vale, embora alguns estudantes pensam que o nome da cidade originou-se do nome do clã que a fundou cuja existência é contada na Estela de Merenptah.

Começa nas nascentes do ribeiro de Jalud e finda no vale do Jordão perto de Bete-Seba. Nas proximidades deste vale localiza-se a moderna cidade de Zerim.

Na imagem acima, panorâmica do Vale de Jezreel visto do Monte Tabor, que marca o limite norte dessa pequena planície. O Vale de Jezreel é muito importante para a economia de Israel, com grande parte de sua produção agrícola vindo da suas numerosas fazendas coletivas (moshavim e kibutzim).

Vale de Acor


Foi aqui que aconteceu o apedrejamento de Acã (Josué 7.24-26), Neste vale localizado entre as terras de Judá e Benjamin, ficavam as fortalezas de Midim, Secacá e Nibsam.

Vale de Aijalom


Foi neste vale que aconteceu um dos maiores milagres da Bíblia, onde, por uma ordem de Josué, o sol deteve-se sobre os amorreus, possibilitando vitória aos israelitas. Localiza-se perto de Sefelá, a 24 km a noroeste de Jerusalém.

Possui 18 km de comprimento e 9 de largura, no ano 70 este vale abrigou as tropas romanas comandadas pelo general Tito, deste vale os romanos saíram para destruir Jerusalém e o templo. Atualmente localiza-se neste vale a importante cidade industrial de Yalo.

Vale de Escol

Escol em hebraico significa cacho. É uma região fértil e abundante em vinhas. Os espias enviados por Moisés atravessaram este vale e cortaram dele os enormes cachos de uvas que foram trazidos atravessados em uma vara. Ainda hoje ele continua famoso pela fertilidade de seu solo, e rende muitas divisas a Israel com a produção de: uvas, romãs e figos.

Vale de Hebrom


Este vale tem muito a ver com a história do patriarca Abraão, neste vale foi que Abraão morou por um determinado tempo, construiu um altar, recebeu a promessa de que teria um filho, e intercedeu pelos sodomitas; lá também estão os sepulcros de sua família. Localiza-se a 30 km a sudoeste de Jerusalém, e ao contrário do vale do Jordão, este está a quase 1000 m acima do nível do mar, possui 30 km de comprimento e guarda muitas lembranças da era patriarcal.

Vale de Sidim

Neste vale localizado ao sul do Mar Morto ficavam as cidades de Sodoma e Gomorra. Foi neste vale que Abraão defendeu os reis locais atacados pelos reis do norte. Nesta região haviam muitos poços de betume, (Gênesis 14.3-8). Recentemente escavações arqueológicas acharam no vale de Sidim, vestígios de antipatiquíssimas cidades, que foram destruídas pelo que parece ser o de uma grande explosão, e assim, mais uma vez a veracidade das Sagradas Escrituras é comprovada pela ciência, mais exatamente por pesquisadores que trabalham de modo sério e imparcial.

Atualmente este vale é inóspito, mas nos tempos de Ló, era bastante fértil. Calcula-se que tais poços de betume e petróleo tenham explodido por algum motivo, que sabemos ser fruto de uma decisão divina. Além do que a região de Sodoma e Gomorra possuía enormes quantidades de sal e enxofre, que misturados tornam-se explosivos.

Tal explosão foi tão violenta que choveu fogo, enxofre e sal sobre toda planície - Gênesis 19.24-28. A mulher de Ló, pode ter sido transformada numa estátua de sal certamente por causa da grande quantidade de sal que se precipitou por todo o vale.

Vale de Siquém


O poço de Jacó se localiza nesse vale, onde Jesus falou com a mulher Samaritana, e deste diálogo resultou a conversão de muitos samaritanos. Ele localiza-se entre os montes Gerizim e Ebal no centro de Israel, e lá hoje se encontra a moderna cidade de Nablus. O seu nome em hebraico significa "ombro".

Vale de Basam

Este é o vale por onde corre o Rio Yamurque no nordeste da Palestina.

Vale de Moabe



Dos três vales que desembocam na planície de Moabe, este é o maior. Localiza-se a nordeste do mar morto. Quando do Êxodo, os moabitas (filhos de Ló), tentaram impedir o avanço dos hebreus, em consequência disso o Senhor determinou - "Nenhum amonita nem moabita entrará na congregação do Senhor, nem ainda a sua décima geração entrará na congregação do senhor eternamente. Porquanto não saíram com pão e água para vos receber no caminho, quando saíeis do Egito; e porquanto alugaram contra ti a Balaão, filho de Beor, de Petor da Mesopotâmia, para te amaldiçoar" Deuteronômio 23.3-4.


Foi neste vale que Moisés morreu, mais antes teve o privilégio de avistar a terra de Canaã. Rute era moabita e a misericórdia a alcançou, pois esta mulher virtuosa foi uma das ancestrais do Senhor Jesus Cristo. Nesta região foi achada a famosa pedra moabita, uma pedra de basalto negro encontrada em 1868 nas ruínas de Dibom na antiga cidade moabita; depois da Bíblia, este é o maior documento encontrado até hoje que trata da Palestina antes de Cristo, a pedra dá um relato da guerra de Mesa rei de Moabe contra Onri, Acabe e outros reis de Israel.

sábado, 14 de abril de 2012

IMAGENS DE ESCULTURA E IDOLATRIA

Na obra da criação estava presente o Pai, o Filho e o Espírito Santo, conforme lemos no livro de Gênesis 1.1-2, 26a, “No princípio criou Deus os céus e a terra. A terra era sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, E O ESPÍRITO DE DEUS, pairava sobre a face das águas”. “Então disse Deus: FAÇAMOS o homem à NOSSA imagem, conforme a NOSSA semelhança...”. “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. (JESUS CRISTO) Ele estava no princípio com Deus. TODAS AS COISAS FORAM FEITAS POR MEIO DELE, E SEM ELE NADA DO QUE FOI FEITO SE FEZ” (João 1.1-3). “Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação. Pois nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; TUDO FOI CRIADO POR ELE e para ele. ELE É ANTES DE TODAS AS COISAS, e todas as coisas subsistem por ele”. (Colossenses 1.15-17).

Jesus Cristo e o Espírito Santo (juntos com o Pai) constituem a parte CRIADORA de todas as coisas, pois estavam com O CRIADOR no princípio de tudo e participaram da obra da criação. O Homem e todas as outras coisas que vemos ou sabemos da existência constituem a parte, diga-se, MERAMENTE CRIAÇÃO, pois vieram a existir a partir do Pai, do Filho e do Espírito Santo. E, segundo a Bíblia, SOMENTE A PARTE CRIADORA, isto é, O PAI, O FILHO E O ESPÍRITO SANTO; A SANTÍSSIMA TRINDADE, é digna de culto, adoração e busca em oração. O Criador ensina-nos isso através da sua mensagem ao mundo, a Bíblia Sagrada.

O POVO DE ISRAEL NO EGITO...

O povo Hebreu estava preso no Egito, escravo do Egito. Trabalhava pesadamente em troca da comida que comia, e ainda apanhava de chicotadas. O povo sofria, chorava e gemia de tanto sofrimento. Então Deus ouviu o gemido do povo, e tirou-o da casa da servidão.

O povo de Israel havia saído do Egito, mas carregava consigo o costume daquela nação de adorar muitos deuses; e agora, fora do Egito, estava diante de outras nações que também adoravam muitos deuses. Essas nações fabricavam imagens de esculturas e inclinavam-se diante delas. Eram muitas imagens, eram muitos deuses diante dos quais podia-se prostrar em reverencia, e Deus não agradava-se disso. Essas imagens eram chamadas de ídolos.

Deus havia desejado separar o povo de Israel para Si, e também havia desejado ser o único Deus da vida daquele povo. Deus havia desejado a santidade. E dentro deste contexto Deus havia ordenado ao povo: “NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM. NÃO FARÁS PARA TI IMAGEM DE ESCULTURA, NEM SEMELHANÇA ALGUMA DO QUE HÁ EM CIMA NOS CÉUS, NEM EM BAIXO NA TERRA, NEM NAS ÁGUAS DEBAIXO DA TERRA. NÃO TE ENCURVARÁS A ELAS NEM AS SERVIRÁS...” (ÊXODO 20.3-5).

A luta de Deus contra a idolatria se intensificava, e Deus sabia o que encontraria pela frente; e o que Ele encontraria pela frente seria muita gente inclinando-se diante da obra das mãos dos homens, mas Deus sabia também que haveria muitos que entenderiam sua mensagem, e por isso Ele jamais deixou de anunciar sua vontade ao mundo. Deus condenava a idolatria, mas as nações insistiam em continuar reverenciando a obra das mãos dos homens. Os povos honravam e serviam a criatura em lugar do Criador, conforme lemos no livro de Isaías 2.8 “A TERRA ESTÁ CHEIA DE ÍDOLOS; INCLINAM-SE PERANTE A OBRAS DAS SUAS MÃOS; DAQUILO QUE FABRICARAM OS SEUS DEDOS”. Romanos 1.23-25, diz: “Mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis. Pelo que Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si. Mudaram a verdade de Deus em mentira, e HORARAM E SERVIRAM A CRIATURA EM LUGAR DO CRIADOR, que é bendito eternamente. Amém”.

Deus condenava rigidamente a idolatria. O idolatra não teria lugar no reino de Deus, pois Deus sentia-se ODIADO por aqueles que fabricavam imagens de esculturas com o fim de tê-las diante de Deus, conforme lemos: Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura... pois EU SOU DEUS ZELOSO, que visito a maldade... DAQUELES QUE ME ODEIAM”. Deus considerava um ato maldoso ter um outro deus diante dele. Deus sentia-se odiado por aqueles que fabricavam imagens de esculturas para tê-las diante de Deus.

Não era difícil tornar-se idolatra, pois havia muitos deuses venerados próximos ao povo, mas nenhum deles havia participado com Deus na obra da criação. Eram todos criaturas das mãos humanas, eram todos deuses da imaginação humana, e quem inclinava-se diante deles adorava a criatura da criatura; era, na verdade, a criatura de Deus adorando a criaturas das mãos dos homens. A criatura devia adorar ao seu Criador, isto é, o homem, que é criatura das mãos de Deus, devia adorar a Deus. A idolatria era o contrário. O homem criava, portanto, tornava-se o criador da sua criatura, e esse criador inclinava-se diante da sua criatura, inclinava-se diante da obra que criou, invertendo os valores assim. Era como um pai chamando seu filho de “MEU PAI, MEU SENHOR!". Era como imaginar Deus, que é o Criador, prostrado diante do homem, que é a criatura. No reino de Deus a criatura inclina-se diante do seu Criador, e não o Criador diante do que criou.

Deus disse: “NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM”.

O QUE É PARA O HOMEM TER OUTRO DEUS DIANTE DE DEUS?

É quando dizemos pertencer ao Deus que nos criou, quando, na verdade, servimos imagens de esculturas, o original que elas representam, ou qualquer outra coisa, com orações, súplicas, louvores, mas dizemos estar prestando culto ao Criador. É quando deixamos de fazer a vontade de Deus em troca de agradar outrem, e então Deus considera que existe, entre Ele e nós, outro deus interposto na relação.

Deus estabeleceu desde a fundação do mundo que haveria somente um mediador entre Deus e os homens, e este é Jesus Cristo, o Cordeiro Santo de Deus, que foi morto desde a fundação do mundo nos planos do Criador, mas manifesto nestes últimos dias por amor de nós. Jesus Cristo disse: “EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA; NINGUÉM VEM AO PAI SENÃO POR MIM” (João 14.6). “PORQUE HÁ UM SÓ DEUS E UM SÓ MEDIADOR ENTRE DEUS E OS HOMENS, JESUS CRISTO, HOMEM” (1 Timóteo 2.5). A Bíblia nunca apresentou ninguém que pudesse ser mediador entre nós e Jesus Cristo, tipo: “EU PROSTRO-ME DIANTE DA IMAGEM DE ESCULTURA DO FULANO QUE JÁ MORREU, E ENTÃO O FULANO QUE ESTÁ LÁ NO CÉU INTERCEDE POR MIM JUNTO AO SENHOR JESUS, E O SENHOR JESUS, POIS, INTERCEDE POR MIM JUNTO A DEUS”. Segundo a Bíblia somente Jesus Cristo e o Espírito Santo intercede por nós lá no céu. A respeito de Jesus está escrito: “Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, O QUAL ESTÁ À DIREITA DE DEUS, E TAMBÉM INTERCEDE POR NÓS” ( Rom 8.33-34). Em Hebreus 7.25, está escrito o seguinte a respeito do Senhor Jesus Cristo: “Portanto, pode salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, VIVENDO SEMPRE PARA INTERCEDER POR ELES”. A respeito do Espírito Santo está escrito: “Da mesma maneira o Espírito ajuda as nossas fraquezas. Não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas O MESMO ESPÍRITO INTERCEDE POR NÓS com gemidos inexprimíveis. E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que INTERCEDE PELOS SANTOS” (Romanos 8:26-27). E de ninguém mais na Bíblia está escrito, assim ou semelhante: “FULANO OU FULANA QUE ESTÁ LÁ NO CÉU INTERCEDE POR NÓS JUNTO A DEUS”.

NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM.

Veja que não está escrito: NÃO TERÁS OUTROS DEUSES, mas está escrito: Não terás outros deuses DIANTE DE MIM.

O POVO, ENTÃO, PODERIA TER OUTROS DEUSES DIANTE DE SI DESDE QUE NÃO FOSSEM DIANTE DO DEUS VERDADEIRO? Não. A vontade de Deus era que o homem não tivesse outros deuses diante de si em hipótese alguma, mas isso era impossível. O homem dividia espaço com muitos deuses, aonde o homem ia havia deuses, a terra estava repleta de falsos deuses. Para que o homem não tivesse outros deuses diante de si seria necessário banir todos os falsos deuses da face da terra, mas Deus não faria isso. A vontade de Deus era que o homem rejeitasse os falsos deuses mesmo tendo-os diante de si. O homem, então, não tinha como viver sem ter outros deuses diante de si, mas tinha como viver sem ter esses outros deuses diante de Deus. E COMO O HOMEM PODERIA FAZER ISSO? Esses falsos deuses que o homem tinha diante de si não refletiam Deus, não lembravam Deus, não tinham importância religiosa para o povo de Deus. O povo de Deus não os consideravam de alguma forma intermediários entre Deus e os homens. O homem não pensava em Deus quando os via, por via de regra. Ainda que para muitos de alguma forma eles “refletiam” Deus, para o povo de Deus eles não representavam nada referente ao Criador, e eram rejeitados no tocante a ter importância religiosa para Deus. Esta era a vontade de Deus.

Lembro do tempo em que estive servindo o exercito. Havia na entrada do quartel uma imagem de escultura de um homem chamado Luiz Alves de Lima e Silva, O Duque de Caxias, O Patrono do Exercito Brasileiro. Essa imagem de escultura estava todos os dias lá, eu a via todos os dias, passava por ela todos os dias, e o bom da história: não lembrava de Deus quando olhava para ela, por via de regra. Nunca pensei em Deus quando a vi. Eu a tinha todos os dias DIANTE DE MIM, mas jamais a tive DIANTE DE DEUS. Outras pessoas, se quisessem, podiam até mesmo chamá-la de caminho para Deus, mas eu jamais a relacionei com qualquer coisa referente a Deus no sentido religioso. Eu sempre a tive DIANTE DE MIM, mas jamais a tive DIANTE DE DEUS. Para algumas pessoas ela poderia até mesmo ser uma representação de Deus na face da terra, poderiam até mesmo inclinar-se diante dela e ainda dizer que foram ouvidos por Deus através da importância que o original que ela representava havia exercido para Deus no passado. Mas se agissem assim estariam descumprindo o mandamento de Deus, que diz: NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM. E por isso para mim ela nunca teve importância DIANTE DE DEUS. Ela teve importância para mim DIANTE DOS HOMENS, mas jamais teve importância para mim DIANTE DE DEUS. Foi por isso que Deus disse: “Não terás outros deuses DIANTE DE MIM”. Eu não poderia arrancar aquela imagem de escultura de diante de mim; se fizesse isso ficaria preso no quartel por longo tempo; então eu fiz a vontade de Deus, que foi jamais tê-la DIANTE DELE. “Não terás outros deuses DIANTE DE MIM, disse o Senhor.

NÃO FARÁS PARA TI IMAGEM DE ESCULTURA.

Não está escrito: NÃO FARÁS IMAGEM DE ESCULTURA, mas está escrito: Não farás PARA TI imagem de escultura.

ENTÃO O HOMEM PODERIA FABRICAR IMAGEM DE ESCULTURA? SIM. Desde que não fosse para si mesmo (no tocante a Deus, religião). E O QUE ERA PARA DEUS O HOMEM FABRICAR IMAGEM DE ESCULTURA PARA SI MESMO? Era quando o homem fabricava imagem de escultura e inclinava-se diante dela, orando, louvando ou suplicando, clamando: “Atenda-me!”, esperando de alguma forma poder ser atendido pelo Criador dos céus e da terra. A expressão “DIANTE DE MIM” está diretamente ligada à expressão “PARA TI”. Quando Deus considerar que eu fabriquei uma imagem de escultura PARA MIM, é porque Ele já considerou que eu tenho outro deus em minha vida DIANTE DELE; é porque eu estarei prostrando-me diante dessa imagem de escultura esperando ser de alguma forma atendido por Ele. O povo de Israel no Egito tinha muitas imagens de escultura fabricadas para si, mas não tinha Deus. Agora, fora do Egito, ele tinha Deus, mas teria que aprender a viver sem ter imagens de esculturas PARA SI, porque agora ele estava aprendendo a viver DIANTE DE DEUS. (Não terás outros deuses DIANTE DE MIM. Não farás PARA TI imagem de escultura).

Deus odeia a ideia de ser convidado a ser representado por qualquer coisa que o homem determina para si mesmo como sendo algo que de alguma maneira pode refletir Deus. Isso faz Deus sentir-se liderado. É Deus quem sabe através do que Ele “desejará” ser representado. É Deus, somente Deus, quem determina através do que Ele “será” refletido ou representado. O homem não pode tomar a iniciativa de fabricar imagens de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra, com o fim de enxergar o Criador dos céus e da terra através dessas imagens. Eu poderia dizer para Deus: “Senhor, na minha vida Tu és representado por imagens de anjos”. E então Deus poderia dizer-me: “Anjos? Eu sou representado na tua vida por anjos? Você me limita a anjos? Pois saiba que anjos os demônios também o são; o próprio Satanás é um anjo caído, e pode transformar-se em anjo de luz; e esse, então, enganando-te na forma de um anjo bom, poderia representar-me na tua vida? Não é você, ó pequeno homem, que pode determinar através do que Eu serei representado na face do planeta terra em sua vida. Se Eu quiser ser representado por uma serpente, então mandarei fabricar uma imagem de escultura na forma de uma serpente, e quem olhar para essa serpente será por mim abençoado; porém, se Eu não ordenar, então não me limite ao seu próprio desejo ou ideia”. ESTA É UMA MENSAGEM QUE DEUS PASSOU AO MUNDO ATRAVÉS DE MUITO DO QUE FEZ COM O POVO DE ISRAEL SOB O COMANDO DE MOISÉS NO DESERTO.

"Se hoje ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações como em Meribá, como no dia da tentação no deserto, quando vossos pais me tentaram, me provaram e viram a minha obra. Durante quarenta anos estive irritado com aquela geração, e disse: É um povo que erra de coração, e não conheceu os meus caminhos. Por isso jurei na minha ira: Jamais entrarão no meu descanso” (Salmo 95.7-11).

Arão, autoridade constituída por Deus, líder do povo e braço direito de Moisés, tomou a iniciativa de fabricar um bezerro de fundição. Arão não tinha ordem de Deus nem de Moisés para fabricar o bezerro; tudo aconteceu por pressão do povo, e o bezerro foi fundido pela imaginação do Arão, conforme lemos: "Disse-lhes Arão: Tirai os pendentes de ouro que estão nas orelhas de vossas mulheres, de vossos filhos e de vossas filhas, e trazei-mos. Então todo o povo tirou os pendentes de ouro que estavam nas suas orelhas, e os trouxe a Arão. Ele os tomou das suas mãos, e com um buril deu forma ao ouro, e dele fez um bezerro de fundição" (Êxodo 32.2-4).

Deus não havia ordenado a fabricação do bezerro, aborreceu-se muito, e disse do povo: “DEPRESSA SE DESVIOU DO CAMINHO QUE EU LHES ORDENEI, e fizeram PARA SI um bezerro de fundição. PERANTE ELE SE INCLINARAM, E LHE OFERECERAM SACRIFÍCIOS...” (Ex 32.8-9).

“Depressa se desviou do caminho que Eu lhes ordenei, e fizeram PARA SI um bezerro de fundição”, isto é, descumpriram a ordem do Criador de Êxodo.20.3-4, que diz: “NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM, NÃO FARÁS PARA TI IMAGEM DE ESCULTURA, NÃO TE ENCURVARÁS A ELAS, NEM AS SERVIRÁS”.
O HOMEM NÃO PODERIA, E NÃO PODE HOJE, FABRICAR IMAGEM DE ESCULTURA PARA SI MESMO; O HOMEM NÃO PODE LIMITAR DEUS AO SEU PRÓPRIO DESEJO OU IDEIA.

I – DEUS PROIBIU O HOMEM DE FABRICAR IMAGEM DE ESCULTURA PARA SI MESMO NA FACE DA TERRA. E então o homem ficou proibido de fabricar imagem de escultura para si mesmo, mas Deus continuou podendo fabricar imagens de escultura para si mesmo na face da terra, e ainda continuou podendo ordenar que alguém fabricasse imagens de esculturas para Ele na face da terra. O homem não podia fabricar imagem de escultura para si mesmo, mas o Criador tanto podia fabricar como podia ordenar que alguém fabricasse imagem de escultura ou de fundição para Ele na face da terra, e de fato isto aconteceu. Veja o que está escrito em Êxodo 25.17-22 “Também farás um propiciatório de ouro puro, o seu comprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura de um côvado e meio. FARÁS DOIS QUERUBINS DE OURO BATIDO nas duas extremidades do propiciatório. FARÁS UM QUERUBIM numa extremidade e o outro na outra extremidade; de uma só peça com o propiciatório FAREIS OS QUERUBINS nas duas extremidades dele. Os querubins estenderão as suas asas por cima, cobrindo com elas o propiciatório. Estarão eles com o rosto voltado um para o outro, o rosto dos querubins estará voltado para o propiciatório. Porás o propiciatório em cima da arca, e dentro dela porás o testemunho que eu te darei. Ali virei a ti, e, de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins que estão sobre a arca do testemunho, falarei contigo acerca de tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel”.

E também Números 21.4-9 “Então partiram do monte Hor, pelo caminho do mar vermelho, para contornarem a terra de Edom. Mas o povo tornou-se impaciente no caminho; falaram contra Deus e contra Moisés, dizendo: Por que nos fizeste subir do Egito, para morrermos neste deserto? Aqui não há pão nem água, e nossa alma detesta este miserável pão. Então o Senhor enviou contra o povo serpentes venenosas, que os picaram, e morreu muita gente de Israel. O povo veio a Moisés, e disse: Pecamos, pois temos falado contra o Senhor e contra ti. Ora ao Senhor que tire de nós as serpentes. Então Moisés orou ao povo. Disse o Senhor a Moisés: FAZE UMA SERPENTE, e põe-na sobre uma haste. Todo aquele que for mordido, e olhar para ela, viverá. MOISÉS FEZ UMA SERPENTE DE BRONZE, e a pôs sobre uma haste. Então quando alguém era mordido por alguma serpente, se olhava para a serpente de bronze, vivia”.

A questão que desagradava a Deus não era o homem fabricar imagem de escultura, mas era o homem fabricar imagem de escultura PARA SI MESMO na face da terra, e isto significava ter outro deus em sua vida diante do Criador. A questão que desagradava a Deus não era o homem fabricar imagem de escultura, mas era o homem fabricar imagem de escultura sem o comando de Deus com a finalidade de refletir o Criador através dessas imagens. E isso fazia Deus sentir-se liderado pelo homem. Os homens tentaram refletir Deus através de muitas coisas, e o Apóstolo Paulo falou a respeito disso, conforme lemos: “Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos, E MUDARAM A GLÓRIA DO DEUS INCORRUPTÍVEL EM SEMELHANÇA DA IMAGEM DE HOMEM CORRUPTÍVEL, BEM COMO DE AVES, QUADRÚPEDES E RÉPTEIS. Pelo que Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si. Mudaram a verdade de Deus em mentira, E HONRARAM E SERVIRAM A CRIATURA EM LUGAR DO CRIADOR, que é bendito eternamente. Amém” (Rm 1.22-25).

DEUS TEM UMA LIÇÃO PARA NOS ENSINAR. VAMOS VER AGORA UMA EXPOSIÇÃO DETALHADA DOS FATOS.

IO HOMEM PODERIA FABRICAR IMAGEM DE ESCULTURA DESDE QUE NÃO A FABRICASSE PARA SI MESMO. O HOMEM NÃO PODERIA FABRICAR IMAGEM PARA SI MESMO.

E O QUE ERA PARA DEUS O HOMEM FABRICAR IMAGEM DE ESCULTURA PARA SI MESMO? Era quando o homem fabricava imagem de escultura, de qualquer tipo ou espécie, inclinava-se diante dela, e clamava: “Atenda-me!”, esperando de alguma forma poder ser atendido pelo Criador dos céus e da terra. E Deus então considerava haver outro Deus interposto na relação.

IIO HOMEM PODERIA FABRICAR IMAGEM DE ESCULTURA SOMENTE SOB A ORDEM DO SENHOR. O HOMEM PODERIA FABRICAR IMAGENS SOMENTE SOB A ORDEM DAQUELE QUE EXISTIA ACIMA DA PALAVRA: “NÃO FARÁS PARA TI IMAGENS DE ESCULTURAS”, QUE ERA O PRÓPRIO CRIADOR, PORQUE DESTA FORMA, NA VERDADE, NÃO SERIA O HOMEM FABRICANDO, MAS SIM DEUS FABRICANDO ATRAVÉS DO HOMEM.

Deus havia ordenado ao homem: “NÃO FARÁS PARA TI IMAGEM DE ESCULTURA...”. O homem estava proibido de fabricar imagens de escultura, mas Deus não estava. Deus tanto podia fabricar como podia ordenar que alguém fabricasse imagens de escultura para Ele na face da terra. E somente sob o comando de Deus o homem poderia fabricar imagens de escultura; porque desta forma, moralmente, não seria o homem fabricando, mas sim Deus fabricando através do homem, e não o homem fabricando por decisão e imaginação própria. Sob o comando de Deus fabricar imagem de escultura não seria afronta, porque, desta forma, não seria o homem fabricando, mas sim Deus fabricando através do homem; e neste caso a condição do homem seria de mera obediência ao Senhor. Deus ordenou a Moisés que dois querubins de ouro batido fossem fabricados, conforme lemos em Êxodo 25.18,22: “Farás dois querubins de ouro batido nas duas extremidades do propiciatório... Ali virei a ti, e, de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins que estão sobre a arca do testemunho, falarei contigo acerca de tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel”. Isso era Deus fabricando imagem de escultura ou de fundição através do homem, conforme lemos em Êxodo 31.1-6, “Disse mais o Senhor a Moisés: Vê, eu chamei por nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá. E O ENCHI DO ESPÍRITO DE DEUS, de habilidade, de inteligência, e de conhecimento, em todo o artifício, para inventar obras artísticas, e trabalhar em ouro, em prata e em bronze, e em lavramento de pedras para engastar, e em entalhadura de madeira; enfim para trabalhar em todo o tipo de labores. Além disso, eu lhe designei a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã. Também dei habilidade a todos os artífices, PARA QUE FAÇAM TUDO O QUE TENHO ORDENADO”. “...ELES FARÃO TUDO CONFORME TENHO ORDENADO” (Ex 31.11). Isso era Deus fabricando imagem de escultura ou de fundição através do homem, e não o homem fabricando por iniciativa própria. Deus disse de Bezalel: “EU O ENCHI DO ESPÍRITO DE DEUS, DE HABILIDADE...”. Isso era Deus no homem cumprindo a sua própria vontade, E NÃO O HOMEM EM SI MESMO LIMITANDO DEUS AO SEU PRÓPRIO DESEJO OU IDEIA.

O HOMEM, POIS, PODERIA FABRICAR IMAGEM DE ESCULTURA PARA DEUS, MAS SOMENTE SOB O COMANDO DO CRIADOR. Isso está escrito no fato do povo de Israel NÃO TER SIDO REPROVADO POR DEUS quando fabricou querubins de ouro batido sob a ordem do Senhor. Está escrito no fato do povo NÃO TER SIDO REPROVADO POR DEUS quando fabricou uma serpente de bronze sob a ordem do Senhor e está escrito no fato do povo de Israel TER SIDO REPROVADO POR DEUS quando fabricou um bezerro de ouro sem a ordem do Senhor (Ex 20.4; 36.1; 32.8). Deus ensinava obediência ao povo no deserto. Deus quer obediência do povo. “Lembrar-te-ás de todo o caminho pelo qual o Senhor teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, PARA TE HUMILHAR E TE PROVAR, para SABER O QUE ESTAVA NO TEU CORAÇÃO, SE GUARDARIAS OU NÃO OS SEUS MANDAMENTOS” (Dt 8.2). DEUS PROVAVA O POVO, E DEUS AINDA PROVA SEU POVO. DEUS PROVA PARA IDENTIFICAR O DESOBEDIENTE COM A FINALIDADE DE TENTAR AJUDÁ-LO PARA QUE ELE PASSE A SER OBEDIENTE, E SÓ DEUS PODE PROVAR SEU POVO. Deus deu muitos bens a Jó, e depois tirou tudo dele; e Jó não acusou a Deus de ser incoerente. Mas ao contrário, Jó manteve a sua postura de servo e disse do Senhor: “Se Ele arrebatar a presa, quem o fará restituí-la? Quem lhe dirá: QUE FAZES?” (Jó 9.12). Isaías 45.9, diz: “Ai daquele que contende com o seu Criador, e não passa de um caco de barro entre outros cacos! Diz o barro ao que o forma: QUE FAZES?”. Daniel 4.35, diz: “Todos os moradores da terra são reputados em nada; segundo a sua vontade ele opera no exército do céu e nos moradores da terra. Não há quem possa lhe deter a mão, nem lhe dizer: QUE FAZES?”. Deus ensinava obediência ao povo como um comandante ensina obediência a seu exercito. Lembro que quando estava servindo o exercito eu não comia frituras no rancho do quartel. Os soldados eram proibidos pelo comandante de comer frituras. Mas o comandante não era proibido de comer frituras. O comandante comia frituras na frente dos soldados, e não era considerado transgressor de alguma lei. E qualquer soldado só comia frituras quando o comandante ordenava: “Soldado! Venha aqui e coma essa linguiça frita, agora!”. Então o soldado comia o que estava proibido de comer e ficava sem culpa, porque comia em obediência ao único que existia acima da palavra “Não comerás frituras!”, que era o comandante. Mas sem a ordem expressa do próprio comandante quase ninguém ousava comer frituras. E os que ousavam eram punidos pelo comandante. Os soldados só podiam se envolver com frituras sob a ordem do comandante. De vez em quando o comandante colocava frituras nas mesas do rancho para testar a força e a fidelidade de seus soldados. Sendo assim, o texto de Deuteronômio 8.2, na minha vida ficaria assim: “Lembrar-te-ás de todo o caminho pelo qual “O TEU COMANDANTE” te guiou no “QUARTEL DURANTE MAIS DE UM ANO”, PARA TE HUMILHAR E TE PROVAR, PARA SABER O QUE ESTAVA NO TEU CORAÇÃO, SE GUARDARIA OU NÃO OS SEUS MANDAMENTOS” O Senhor dos exércitos havia ordenado ao povo: “NÃO FARÁS PARA TI IMAGEM DE ESCULTURA...”. O homem não podia fabricar imagem de escultura PARA SI MESMO, e também não podia fabricar imagens PARA DEUS sem o comando de Deus, mas sob a ordem do Senhor fabricar imagens de escultura seria mera obediência. O homem vivia sob a ordem: “NÃO FARÁS PARA TI IMAGENS DE ESCULTURAS...”, mas Deus existia acima dela. E, sobretudo, Deus sabia o que estava ensinando ao povo. Deus ordenou a Moisés que dois querubins fossem fabricados, mas os querubins não eram para o povo. Os querubins eram para Deus, reverenciavam Deus e estavam posicionados de forma a louvar e adorar ao Criador. Deus queria ensinar algo ao povo. Veja bem: “Também farás um propiciatório de ouro puro, o seu comprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura de um côvado e meio. FARÁS DOIS QUERUBINS DE OURO BATIDO nas duas extremidades do propiciatório. farás um querubim numa extremidade e o outro na outra extremidade; de uma só peça com o propiciatório fareis os querubins nas duas extremidades dele. Os querubins estenderão as suas asas por cima, cobrindo com elas o propiciatório. ESTARÃO ELES COM O ROSTO VOLTADO UM PARA O OUTRO, O ROSTO DOS QUERUBINS ESTARÁ VOLTADO PARA O PROPICIATÓRIO. Porás o propiciatório em cima da arca, e dentro dela porás o testemunho que eu te darei. ALI VIREI A TI, e, DE CIMA DO PROPICIATÓRIO, DO MEIO DOS DOIS QUERUBINS que estão sobre a arca do testemunho, FALAREI CONTIGO acerca de tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel”.

O texto diz: “O ROSTO DOS QUERUBINS ESTARÁ VOLTADO PARA O PROPICIATÓRIO”; e Deus disse: “DE CIMA DO PROPICIATÓRIO, DO MEIO DOS QUERUBINS, FALAREI CONTIGO”.

Os querubins não estavam posicionados de forma a buscar a atenção do povo.

Os querubins não buscavam a atenção do povo. Os querubins adoravam a Deus, conforme lemos: “O ROSTO DOS QUERUBINS ESTARÁ VOLTADO PARA O PROPICIATÓRIO". Se os querubins olhavam para o propiciatório, e se Deus falava do propiciatório, então os querubins olhavam para Deus, isto é, os querubins reverenciavam Deus, adoravam a Deus, olhavam somente para Deus. Enfim, os querubins existiam para Deus, e não para o povo. A lição e a mensagem que o posicionamento dos anjos querubins da arca passava para o povo é a mesma mensagem que um anjo de Deus passou para o Apóstolo João quanto este esteve diante de um anjo no Apocalipse, e a mensagem é: “ADORA A DEUS!”; conforme lemos: “Eu, João, sou quem ouviu e viu estas coisas. E, havendo-as ouvido e visto, PROSTREI-ME AOS PÉS DO ANJO que me mostrava essas coisas, PARA ADORA-LO. Então ele me disse: Olha, não faças isso! Sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. ADORA A DEUS!” (Apocalipse 22.8-9).

Nem Moisés, nem Arão, nem Josué, nem qualquer ancião de Israel, nem qualquer profeta do povo, jamais prostrou-se diante da arca de Deus e clamou, assim ou semelhante: “Ó, querubins da arca do Senhor, peço-vos que me conceda a benção da...”. Ou então: “Ó querubins do propiciatório da arca de Deus, vós que habitais na presença do Deus de Abraão, Isaque e Jacó, vós que contemplais o Deus todo poderoso assentado em seu majestoso trono nos céus, peço-vos que me atenda concebendo-me a benção da...”. JOSUÉ E OS ANCIÃOS DE ISRAEL NÃO PROSTRARAM-SE DIANTE DOS QUERUBINS DA ARCA DA ALIANÇA, MAS PROSTRARAM-SE DIANTE DO MESMO DEUS DIANTE DO QUAL OS QUERUBINS DA ARCA ESTAVAM LITERALMENTE PROSTRADOS EM ADORAÇÃO. Se Moisés ou qualquer outra pessoa dirigisse ainda que fosse uma simples oração aos querubins ou aos originais que eles representavam, cometeria desta forma o pecado de idolatria e seria condenado por Deus, que disse no tocante às imagens de esculturas: “NÃO TE ENCURVARÁS A ELAS, NEM AS SERVIRAS; pois eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso QUE VISITO A MALDADE dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração DAQUELES QUE ME ODEIAM” (Ex 20.5). E ainda: “EU SOU O SENHOR. ESTE É O MEU NOME! A MINHA GLÓRIA NÃO DAREI A OUTREM, NEM O MEU LOUVOR ÀS IMAGENS DE ESCULTURAS” (Isaías 42.8).

Quando Deus ordenou que a serpente de bronze e os querubins fossem fabricados, Ele não estava destruindo a estrutura moral de seus mandamentos, porque Ele não estava proibido de fabricar imagens na face da terra. O homem é que estava proibido de fabricar imagens. Isto me faz lembrar de um outro episódio da Bíblia, onde Deus primeiro ordenou ao homem: “NÃO MATARÁS” (Dt. 5.17), e depois ordenou que o homem apedrejasse os adúlteros até a morte (Dt. 22.22-17). SE O HOMEM ESTAVA PROIBIDO DE MATAR, COMO, POIS, PODERIA APEDREJAR OS ADÚLTEROS ATÉ A MORTE? Primeiro Deus proíbe o homem de matar, depois ordena que mate. Deus é incoerente? Claro que não. A diferença é que o homem não poderia matar por vontade própria. Quando o homem matava por vontade própria, ele então ficava enquadrado dentro do “NÃO MATARÁS” de Deuteronômio 5.17 e era condenado por Deus, mas quando ele matava por ordem do Criador, a Lei de Deuteronômio 5:17 não se aplicava a ele, porque, na verdade, não era ele matando, mas sim Deus matando através dele. A mesma coisa acontecia referente às imagens de esculturas. Quando o homem na Bíblia fabricou imagens de esculturas sob a ordem do Criador, a Lei de Êxodo 20.3-4 não se aplicou a ele, porque, na verdade, não foi ele fabricando, mas sim Deus fabricando através dele. Mas quando o homem fabricou por vontade própria, a Lei de Êxodo 20.3-4 o condenou. Deus é Deus, e sempre sabe o que está fazendo. Com a fabricação das imagens de esculturas uma lição foi ensinada ao povo. O povo Hebreu havia saído do Egito, mas carregava consigo o costume daquela nação de adorar muitos deuses. E agora, fora do Egito, tinha que aprender uma lição muito importante, isto é, TINHA QUE APRENDER A VIVER EM MEIO À DE IMAGENS DE ESCULTURAS SEM COMETER O PECADO DE IDOLATRIA. Deus tinha um propósito para a fabricação das imagens que ordenou que fossem fabricadas, e este propósito era ensinar obediência ao povo, era ensinar ao povo a dirigir-se somente a Deus, buscar e adorar somente ao Criador. Um viciado realmente venceu seu vício quando teve seu produto de consumo colocado diante de seus olhos e ao alcance de suas mãos, disponível, e, ainda assim, não o consumiu, foi provado e venceu, foi aprovado no teste de força e fidelidade, aprendeu a viver de acordo com a vontade do Senhor. Houve um treinamento, um teste de fidelidade no deserto. Deuteronômio 8.2, diz: “Lembrar-te-ás de todo o caminho pelo qual o Senhor teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, PARA TE HUMILHAR E TE PROVAR, PARA SABER O QUE ESTAVA NO TEU CORAÇÃO, SE GUARDARIAS OU NÃO OS SEUS MANDAMENTOS”. O homem não poderia prostrar-se diante das imagens fabricadas, nem adorá-las e nem servi-las com orações e súplicas na busca do Deus Criador. (Ex 20.3-5).

III – O HOMEM PODERIA FABRICAR IMAGEM DE ESCULTURA DESDE QUE NÃO FOSSE COM INTUITO RELIGIOSO.

E O QUE SERIA ISSO? O homem poderia, por exemplo, fabricar imagem de escultura do prefeito da cidade, e coloca-la na praça central da cidade. E isso não seria nenhuma desobediência ao mandamento de Deus, que diz: “NÃO FARÁS PARA TI IMAGEM DE ESCULTURA... NÃO TE ENCURVARÁS A ELAS, NEM AS SERVIRÁS”. Isso porque essa imagem de escultura não seria fabricada pelo homem com intuito religioso, e desta forma a imagem de escultura do prefeito não estaria enquadrada dentro do padrão pecaminoso de Êxodo 20.3-5, que diz: “Não farás PARA TI imagem de escultura...”. “PARA TI, isto é, CULTO PRESTADO A DEUS COM IMAGEM DE ESCULTURA (OU QUEM ELA REPRESENTA; UM ÍDOLO) INTERPOSTO ENTRE DEUS E O HOMEM. Se o homem fabricasse a imagem de escultura do prefeito com intuito religioso, isto seria então descumprir Êxodo 20.3-5, que diz: “Não terás outros deuses DIANTE DE MIM. Não farás PARA TI imagem de escultura. E então Deus poderia pensar do homem: “O homem fabricou imagem de escultura PARA SI MESMO; o homem agora tem outro deus em sua vida DIANTE DE MIM; um outro deus diante do qual ele prostra-se dizendo estar prestando culto a Mim”.

O HOMEM PODERIA, POIS, FABRICAR IMAGEM DE ESCULTURA DESDE QUE NÃO FOSSE COM INTUITO RELIGIOSO. (Em alguns pontos da cidade de Naviraí-MS foram fabricadas imagens de escultura de touros, araras tucanos e pessoas, e isto não foi nenhuma desobediência à Êxodo 20.1-3, porque essas imagens não foram fabricadas com intuito religioso).

DENTRO DESTE CONTEXTO, O HOMEM PODERIA, HOJE, FABRICAR IMAGEM DE ESCULTURA DE ALGUÉM QUE NO PASSADO FOI LIGADO À RELIGIÃO? O HOMEM PODERIA, POR EXEMPLO, FABRICAR IMAGEM DE ESCULTURA DE ABRAÃO, ISAQUE OU JACÓ?

Não, não poderia, e não podemos. Não podemos porque nós, os seres humanos, somos inclinados a nos prostrar diante de imagens de esculturas de pessoas que no passado foram importantes para Deus. Colocar imagens de esculturas de pessoas que no passado foram importantes para Deus diante do ser humano seria o mesmo que colocar uma borboletinha no meio de um formigueiro de formigas inteligentes sem a intenção de que ela fosse devorada pelas formigas, levando em consideração que Deus teria ordenado às formigas: “NÃO DEVORARÁS BORBOLETAS”; sendo as borboletas um prato formidável para as formigas. Deus ordenou ao ser humano: “NÃO FARÁS PARA TI IMAGEM DE ESCULTURA... NÃO TE ENCURVARÁS A ELAS, NEM AS SERVIRÁS”. O ser humano tende à inclinar-se diante de imagens de esculturas de pessoas que no passado foram relacionadas com o reino de Deus. E isso é até uma injustiça do ser humano para com as pessoas que as imagens representam, porque quando as pessoas estão vivas na face da terra o ser humano critica, despreza, aponta defeitos, e, depois de mortas, são veneradas pelo mesmo ser humano como verdadeiros deuses da perfeição. “Depois de morto todo mundo vira santo, bonzinho e perfeito”. O único bom de verdade foi Jesus Cristo. Jesus foi perfeito. Ele nunca pecou, ainda assim jamais ordenou: “FAÇAM IMAGENS DE ESCULTURAS DE MIM, E AS ESPALHEM PELO PLANETA; INCLINEM-SE DIANTE DE MIM ATRAVÉS DE MINHAS IMAGENS, PRESTEM-ME CULTOS DIANTE DE MINHAS IMAGENS”.

NÃO CABE, POIS, AO SER HUMANO FABRICAR IMAGEM DE ESCULTURA DE PESSOAS QUE NO PASSADO FORAM IMPORTANTES PARA DEUS, MESMO SEM INTUITO RELIGIOSO, PORQUE O SER HUMANO NÃO SABE COMPORTAR-SE COMO CONVÉM DIANTE DESSAS IMAGENS. Fabricar imagens de esculturas de pessoas que no passado foram importantes para Deus e coloca-las no meio do povo seria o mesmo que colocar uma borboletinha no meio de um formigueiro proibido de devorar borboletas. MUITAS FORMIGAS DESOBEDECERIAM AO CRIADOR. ESTA É UMA LIÇÃO QUE DEUS PASSOU AO MUNDO ATRAVÉS DE MUITO DO QUE FEZ COM O POVO DE ISRAEL SOB O COMANDO DE MOISÉS NO DESERTO. A BÍBLIA INTEIRA ENSINA. Veja o que aconteceu com o povo de Israel quando esteve diante do bezerro de ouro que o Arão fabricou.

Deus disse: “DEPRESSA SE DESVIOU DO CAMINHO QUE EU LHES ORDENEI, e fizeram PARA SI um bezerro de fundição. PERANTE ELE SE INCLINARAM, E LHE OFERECERAM SACRIFÍCIOS...” (Ex 32.8-9).

E o que aconteceu com a serpente de bronze que Deus ordenou que fosse fabricada por intermédio de Moisés? O POVO DE ISRAEL IDOLATROU-A, e Deus providenciou que fosse DESPEDAÇADA por intermédio de Ezequias, Rei que cumpriu a vontade de Deus, conforme lemos em 2 Reis 18.3-4, “FEZ O QUE ERA RETO AOS OLHOS DO SENHOR, conforme tudo o que fizera Davi, seu pai. Tirou os altos, quebrou as colunas, deitou abaixo os postes ídolos. DESPEDAÇOU A SERPENTE DE BRONZE que Moisés fizera, pois até aquele dia os filhos de israel lhe queimavam incenso, e lhe chamaram Neustã”.

Veja o que aconteceu com o grande Apostolo João quando esteve frente à frente com um anjo. “Eu, João, sou quem ouviu e viu estas coisas. E, havendo-as ouvido e visto, PROSTREI-ME AOS PÉS DO ANJO que me mostrava estas coisas, PARA ADORÁ-LO. Então ele me disse: NÃO FAÇAS ISSO! Sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. ADORA A DEUS!”. (Ap 22.8-9).

Jesus Cristo também enfrentou dificuldades com os discípulos. Jesus queria que os discípulos se concentrassem nas coisas espirituais, que são invisíveis como Deus é invisível, e é invisível porque é espírito, e, sendo espírito, requer ser cultuado conforme o critério descrito por Jesus Cristo em João 4.24, onde lemos: “Deus é espírito, e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”. Mas os discípulos tinham dificuldades em trocar o visível pelo invisível. Alguém havia dito para Cristo: “Nossos pais adoraram neste monte, mas vós, os judeus, dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar”. Ao que Jesus respondeu: “Vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, pois o Pai procura a tais que assim o adorem”. O que Jesus quis dizer foi o seguinte: “O lugar de adoração será o coração puro e honesto de cada um. O verdadeiro adorador será aquele que estabelecer um trono em seu coração para Deus: o espírito do homem em busca do Espírito de Deus. Espiritual com Espiritual. O espírito invisível do homem dentro do homem em busca do Deus que é invisível aos olhos carnais do homem. Jerusalém, o templo, o monte, a carne, tudo isso é matéria, e Deus não quer ser adorado em dependência da matéria, mas pelo espírito. E por isso os verdadeiros adoradores o adorarão em espírito e em verdade. As coisas deste mundo tornam-se dispensáveis e desnecessárias, porque são visíveis aos olhos carnais e assim tendem a tirar Deus do centro do cenário da vida do ser humano”.

O brilho das coisas que podiam ser vistas com os olhos da carne, a matéria, fascinava mais os discípulos do que as coisas espirituais, que são invisíveis, e somente podem ser enxergadas com os olhos do espírito. Enquanto Jesus desprezava a matéria, os discípulos se faziam dependentes dela para cultuar o Criador, e isto desagradava muito ao Senhor. O texto de Mateus 24.1, diz: “Saindo do templo, Jesus ia-se retirando quando se aproximaram dele os seus discípulos PARA LHE MOSTRAREM A ESTRUTURA DO TEMPLO”. Marcos 13:1, diz: “Saindo Jesus do templo, disse-lhe um dos seus discípulos: Mestre, OLHA! QUE PEDRAS, QUE EDIFÍCIOS!”. E a resposta de Jesus para combater essa necessidade da raça humana de obras humanas para cultuar o Criador, foi: “VÊS ESTES GRANDES EDIFÍCIOS? NÃO FICARÁ PEDRA SOBRE PEDRA, QUE NÃO SEJA DERRUBADA”. Jesus Cristo ficou indignado com o “ver” dos discípulos, e lhes perguntou: “VÊS... VÊS ESTES GRANDES EDIFÍCIOS?”. A indignação de Jesus era a seguinte: “Vocês se ligam demasiadamente nas coisas materiais, vocês limitam Deus às coisas materiais. Há tanto tempo tenho falado com vocês sobre as grandezas espirituais, E VOCÊS NÃO VÊEM NADA!! O meu Pai é espírito, e não habita em templos feitos por mãos humanas (Atos 17.24), mas vocês inclinam-se com uma facilidade muito grande diante da obra das mãos humanas, e tira, desta forma, o Pai do centro do cenário da vossa existência. Deus é invisível, Deus é espírito; o reino de Deus não é apresentado ao mundo na forma da matéria”. “Interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes: O REINO DE DEUS NÃO VEM COM APARÊNCIA VISÍVEL” (João 17.20). “Portanto, sendo nós geração de Deus, não havemos de pensar QUE A DIVINDADE SEJA SEMELHANTE AO OURO, OU À PRATA, OU À PEDRA ESCULPIDA PELA ARTE E IMAGINAÇÃO DO HOMEM” (Atos 17.29).

Deus disse: “A TERRA ESTÁ CHEIA DE ÍDOLOS; INCLINAM-SE PERANTE A OBRA DAS SUAS MÃOS, DAQUILO QUE FABRICARAM OS SEUS DEDOS” (Isaías 2.8).

Aproximaram de Jesus os seus discípulos PARA LHE MOSTRAREM A ESTRUTURA DO TEMPLO. OLHA! QUE PEDRAS, QUE EDIFÍCIOS! QUE CONSTRUÇÕES! QUE OBRAS!

Por isso, a decisão de Deus referente ao templo, referente a obra das mãos do homem, foi: “VÊS ESTES GRANDES EDIFÍCIOS? NÃO FICARÁ PEDRA SOBRE PEDRA, QUE NÃO SEJA DERRUBADA”.

“EU SOU O SENHOR. ESTE É O MEU NOME! A MINHA GLÓRIA NÃO DAREI A OUTREM, NEM O MEU LOUVOR ÀS IMAGENS DE ESCULTURAS” (Isaías 42.8).

O ser humano é inclinado a prostrar-se diante de imagens de esculturas de pessoas relacionadas com o reino de Deus. Por isso não convém ao homem fabricar imagens de esculturas de pessoas que no passado foram importantes para Deus. Imagens de escultura favorecem a idolatria, insultam o homem no tocante a idolatria, e se este não estiver realmente alicerçado na fé, que é a certeza das coisas que não se vêem, porque o reino de Deus não vem com aparência visível, ele então prostra-se diante da imagem. Deus prova o homem no tocante a idolatria, e quem prostra-se diante de imagens de esculturas, mesmo que seja buscando os originais que elas representam, comete o pecado de idolatria, e é dessa forma reprovado por Deus, que disse: “ACASO NÃO INVOCARÁ UM POVO A SEU DEUS? ACASO A FAVOR DOS VIVOS SE INVOCARÃO OS MORTOS?” (Isaías 8.18).

Um dia estaremos diante de Deus, e quem sabe Ele nos pergunte: “POR QUE QUANDO ESTAVA NA FACE DA TERRA VOCÊ NÃO FABRICOU IMAGENS DE ESCULTURA OU DE FUNDIÇÃO DE PESSOAS RELACIONADAS COM O MEU REINO?

A RESPOSTA SERÁ PELA PALAVRA:

Senhor, que eu ache graça aos teus olhos, e que a tua ira não se acenda contra mim, a tua palavra dizia assim: “NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM. NÃO FARÁS PARA TI IMAGEM DE ESCULTURA, NEM SEMELHANÇA ALGUMA DO QUE HÁ EM CIMA NOS CÉUS, NEM EM BAIXO NA TERRA, NEM NAS ÁGUAS DEBAIXO DA TERRA, NÃO TE ENCURVARÁS A ELAS, NEM AS SERVIRÁS”. O mundo prostrava-se diante de vacas, cobras, ratos e aves, argumentando que o espírito de seus entes queridos podiam estar encarnados dentro de animais. O mundo prostrava-se diante de pessoas que já haviam morrido representadas em imagens de esculturas. Muitos serviam essas imagens com orações, suplicas e louvores, sendo que o Senhor havia dito em sua palavra: “A MINHA GLÓRIA NÃO DAREI A OUTREM; NEM O MEU LOUVOR ÀS IMAGENS DE ESCULTURAS”. E ainda: “ACASO NÃO INVOCARÁ UM POVO A SEU DEUS? ACASO A FAVOR DOS VIVOS SE INVOCARÃO OS MORTOS?” (Isaías 8.18). Este é um dos motivos porque não fabricamos imagens de esculturas. Um outro motivo é que não havia em sua palavra nenhum texto que ordenava, assim ou semelhante: “EM TODOS OS TEMPOS, EM TODAS AS ÉPOCAS, CULTUEM-ME, LOUVEM-ME, ADOREM-ME ATRAVÉS DE IMAGENS DE ESCULTURAS; LEMBRE-SE DE MIM ATRAVÉS DELAS, INCLINEM-SE DIANTE DE MIM ATRAVÉS DELAS E TENHAM SEMPRE ESTE HÁBITO, POIS EU, O SENHOR TEU DEUS, SOU DEUS ZELOSO, QUE REVELO-ME ATRAVÉS DE IMAGENS DE ESCULTURAS”. Mas ao contrário, a tua palavra dizia: “NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM. NÃO FARÁS PARA TI IMAGEM DE ESCULTURA, NEM SEMELHANÇA ALGUMA DO QUE HÁ EM CIMA NOS CÉUS, NEM EM BAIXO NA TERRA, NEM NAS ÁGUAS DEBAIXO DA TERRA, NÃO TE ENCURVARÁS A ELAS, NEM AS SERVIRÁS; POIS EU, O SENHOR TEU DEUS, SOU DEUS ZELOSO, QUE VISITO A MALDADE DOS PAIS NOS FILHOS ATÉ A TERCEIRA E QUARTA GERAÇÃO DAQUELES QUE ME ODEIAM”. E dizia ainda: “A MINHA GLÓRIA NÃO DAREI A OUTREM; NEM O MEU LOUVOR ÀS IMAGENS DE ESCULTURAS”. Por isso, Senhor, não fabricamos imagens de esculturas ou de fundição de pessoas relacionadas com o teu reino.

O QUE É IDOLATRIA?

Idolatria é ter outro deus diante de Deus. De acordo com a Bíblia existe somente um Deus, e este é o Pai do Senhor Jesus Cristo. Porém qualquer coisa pode significar um deus na vida do ser humano. Até mesmo madeira pode ser trabalhada e ter o nome DEUS invocado diante dela, conforme Isaías 44.13-20, diz: “O carpinteiro estende a régua sobre a madeira, e com lápis esboça um deus; dá-lhe forma com o cepilho, e torna a esboça-lo com o compasso. Faz o seu deus à semelhança de um homem, segundo a forma de um homem, para habitar em uma casa. Cortou para si cedros, ou tomou um cipreste, ou um carvalho. Ele o deixou crescer entre as árvores do bosque, ou plantou um pinheiro, e a chuva o fez crescer. Tal árvore serve ao homem para queimar; com parte da sua madeira se aquenta, e coze o pão, E TAMBÉM FAZ UM DEUS, E SE PROSTRA DIANTE DELE, FABRICA UMA IMAGEM DE ESCULTURA, E SE AJOELHA DIANTE DELA. Metade queima no fogo, e prepara a carne para comer; faz um assado, e dele se farta; Também se aquenta, e diz: Ah! Já me aquentei, já vi o fogo. ENTÃO DO RESTO FAZ UM DEUS, UMA IMAGEM DE ESCULTURA; AJOELHA-SE DIANTE DELA, E SE INCLINA, E LHE DIRIGE A SUA ORAÇÃO, E DIZ: LIVRA-ME; TU ÉS O MEU DEUS. Nada sabem, nem entendem; grudaram-se-lhes os olhos, para que não vejam, e se fecharam os seus corações, para que não entendam. Nenhum deles pára para pensar, nem tem conhecimento nem entendimento, para dizer: Metade queimei no fogo, e assei pão sobre as suas brasas, assei sobre elas carne, e a comi. FAREI EU DO RESTO UMA ABOMINAÇÃO? AJOELHAR-ME-IA AO QUE SAIU DE UMA ÁRVORE? Apascenta-se de cinza, o seu coração enganado o desvia; de maneira que não pode livrar a sua alma, nem dizer: Não será uma mentira o que está na minha mão direita?”.

Até mesmo a avareza pode significar um deus na vida de alguém, conforme lemos em Colossenses 3.5, “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena; a prostituição, a impureza, a paixão, a vil concupiscência, e a AVAREZA, que é IDOLATRIA”. E ainda Efésios 5.5 “Pois bem sabeis isto: Nenhum devasso, ou impuro, OU AVARENTO, o qual é IDÓLATRA, tem herança no reino de Cristo e de Deus”. E também: “Ninguém pode servir a dois senhores. Ou há de odiar a um e amar o outro, ou se devotará a um e desprezará o outro. NÃO PODEIS SERVIR A DEUS E ÀS RIQUEZAS” (Mateus 6.24).

Deus não aceita dividir a obra das suas mãos, o ser humano, com outros deuses. Deus não divide a sua glória com ídolos, Deus não divide o seu louvor com imagens de esculturas, conforme Ele mesmo disse: “EU SOU O SENHOR. ESTE É O MEU NOME! A MINHA GLÓRIA NÃO DAREI A OUTREM, NEM O MEU LOUVOR ÀS IMAGENS DE ESCULTURAS” (Isaías 42.8).

“NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM. NÃO FARÁS PARA TI IMAGEM DE ESCULTURA, NEM SEMELHANÇA ALGUMA DO QUE HÁ EM CIMA NOS CÉUS, NEM EM BAIXO NA TERRA, NEM NAS ÁGUAS DEBAIXO DA TERRA. NÃO TE ENCURVARÁS A ELAS NEM AS SERVIRÁS...” (Êxodo 20.3-5).

“NÃO VOS VOLTAREIS PARA OS ÍDOLOS, NEM FAREIS PARA VÓS DEUSES DE FUNDIÇÃO. EU SOU O SENHOR VOSSO DEUS” (Levítico 19.4).

“MAS SE TE ESQUECERES DO SENHOR TEU DEUS, E ANDARES APÓS OUTROS DEUSES, SERVINDO-OS E ADORANDO-OS, PROTESTO HOJE CONTRA VÓS QUE CERTAMENTE PERECEREIS” (Deuteronômio 8:19).

“A TERRA ESTÁ CHEIA DE ÍDOLOS; INCLINAM-SE PERANTE A OBRA DAS SUAS MÃOS, DAQUILO QUE FABRICARAM OS SEUS DEDOS” (Isaías 2.8).

“O NOSSO DEUS ESTÁ NOS CÉUS; ELE FAZ TUDO O QUE LHE AGRADA. OS ÍDOLOS DELES SÃO PRATA E OURO, OBRA DAS MÃOS DO HOMEM. TÊM BOCA, MAS NÃO FALAM, TÊM OLHOS, MAS NÃO VÊEM; TÊM OUVIDOS, MAS NÃO OUVEM; TÊM NARIZ, MAS NÃO CHEIRAM; TÊM MÃOS, MAS NÃO APALPAM; TÊM PÉS, MAS NÃO ANDAM; NEM SOM ALGUM SAI DA SUA GARGANTA” (Salmos 115.3-7).

“Portanto, sendo nós geração de Deus, não havemos de pensar QUE A DIVINDADE SEJA semelhante ao ouro, ou à prata, ou à pedra ESCULPIDA PELA ARTE E IMAGINAÇÃO DO HOMEM” (Atos 17.29).

“Interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes Jesus: O REINO DE DEUS NÃO VEM COM APARÊNCIA VISÍVEL” (João 17.20).

“Eu, João, sou quem ouviu e viu estas coisas. E, havendo-as ouvido e visto, PROSTREI-ME AOS PÉS DO ANJO que me mostrava essas coisas, PARA ADORA-LO. Então ele me disse: Olha, não faças isso! Sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. ADORA A DEUS” (Apocalipse 22.8-9).

“Então Jesus lhe disse: Vai-te satanás! Pois está escrito: AO SENHOR TEU DEUS ADORARÁS, E SÓ A ELE SERVIRÁS” (Mateus 4.10).

POR QUE DEUS ODEIA ÍDOLOS?

Porque o ídolo é uma afronta do ser humano para com Deus. O homem foi formado para servir e adorar o Criador de todas as coisas. O homem foi formado para servir e adorar a Deus. E Deus quer particularmente que seu Filho, O Senhor Jesus Cristo, seja adorado por nós de forma especial, conforme lemos: “Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação. Pois nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades, TUDO FOI CRIADO POR ELE E PARA ELE. Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele!” (Colossenses 1.15-17). “Pelo que Deus o exaltou soberanamente , E LHE DEU UM NOME QUE É SOBRE TODO NOME, PARA QUE AO NOME DE JESUS SE DOBRE TODO JOELHO dos que estão nos céus, na terra e debaixo da terra, E TODA LÍNGUA CONFESSE QUE JESUS CRISTO É O SENHOR, PARA GLÓRIA DE DEUS PAI” (Filipenses 1.9-11). Deus sente-se altamente contentado quando exaltamos ao Senhor Jesus Cristo. E Deus odeia ídolos porque o ídolo tira de Cristo o louvor que lhe é devido. O idolatra deixa de invocar o nome de Cristo para invocar outro nome relacionado com o reino de Deus. O idolatra deixa Cristo em segundo plano por causa do ídolo, e às vezes, inconscientemente, faz a Cristo a seguinte proposta: “Eu quero te servir, mas não quero que o Senhor interfira nesta área da minha vida. Há! Senhor, eu não quero ter que deixar isso ou aquilo por causa dessa regra. O Senhor bem que podia me aceitar assim...”. E então Deus pensa: “Tem um ídolo na vida desse meu filho ocupando o meu lugar no coração dele. Eu vou levantar alguém para apresentar para ele o texto de Isaías 42.8, que diz: “...A MINHA GLÓRIA NÃO DAREI A OUTREM...”; e ainda: “NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM”.

O ÍDOLO QUANDO NÃO FALA TEM ALGUÉM QUE FALA POR ELE.

- O dinheiro não fala, mas o avarento fala por ele.

- A imagem de escultura não fala, mas o idolatra fala por ela.

- A imagem de escultura não bebe água, nem come arroz, nem come feijão, mas é “alimentada” de joelhos dobrados diante dela, de palavras em tom de oração, de pedidos de bênçãos, etc; isso porque os idolatras as alimenta dessa forma, servindo-as dessa forma. “...NEM AS SERVIRÁS”, disse o Senhor. (Ex. 20.5).

- O diabo tem interesse na idolatria porque não quer que Deus seja adorado, e ainda quer ser adorado em lugar do Criador, e esconde-se em imagens de escultura para desviar de Deus o olhar do coração dos adoradores, e pode, até mesmo, atender algumas orações relacionadas com as imagens com o fim de aumentar a idolatria; levando, desta forma, o povo a se prostrar ainda mais diante de imagens.

Um ídolo terrível é aquele que, obviamente, não é Deus, é um espírito maligno escondido em uma imagem de escultura apontada para o povo, sendo essa imagem de alguma forma relacionada com o nome de Deus. O espírito maligno usa aquele que prostra-se diante da imagem de escultura, o idólatra, para enviar ao mundo a sua mensagem, e a mensagem é: “NINGUÉM ADORA A IMAGEM, E SE ALGUÉM PROSTRA-SE DIANTE DA IMAGEM, NA VERDADE NÃO ADORA A IMAGEM, MAS ADORA A DEUS”. E o espírito maligno que habita na imagem, pensa: EU NÃO QUERO QUE PROSTREM-SE DIANTE DE MIM E DIGAM: “EU ESTOU PROSTRADO DIANTE DE UMA IMAGEM DE ESCULTURA”, ISSO EU SEI, QUE O HOMEM VÊ AQUI APENAS UMA IMAGEM DE ESCULTURA, ISSO EU TENHO CERTEZA QUE É ASSIM, E É EXATAMENTE POR ISSO QUE EU QUERO QUE INCLINEM-SE DIANTE DE MIM E ADOREM-ME, QUANDO DISSEREM: EU NÃO ESTROU PROSTRADO DIANTE DE UMA IMAGEM DE ESCULTURA, EU ESTOU PROSTADO É DIANTE DE DEUS”. PORQUE SÓ ASSIM EU ME SENTIREI UM DEUS EM VOSSAS VIDAS E AFASTAREI VOCÊS DA PRESENÇA DO VERDADEIRO DEUS, PORQUE SÓ ASSIM EU FAREI O HOMEM PROSTRAR-SE DIANTE DE MIM E AINDA ME ADORAR E LOUVAR. “Mas Que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, é aos demônios que sacrificam, e não a Deus; e não quero que sejais participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios” (1Corintios 10.19-20). O diabo é enganador. A especialidade do diabo é a enganação. No Gênesis 3:13, está escrito: “A serpente ME ENGANOU...”. No Apocalipse 20.10, está escrito: “E o diabo, QUE OS ENGANAVA, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta”. A idolatria é uma ferramenta de enganação que o diabo usa para afastar o povo da presença de Deus. “Temo que, assim como a serpente ENGANOU A EVA com a sua astúcia, assim também sejam de alguma forma corrompidos os vossos entendimentos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo” (2 Co. 11.3). “Portanto, meus amados, fugi da idolatria” (1 Co. 10.14).

ÍDOLOS. DEUS ODEIA ÍDOLOS.

Ídolo é tudo aquilo que pode ocupar o lugar de Deus em nossa vida. Ídolo é tudo aquilo que faz com que Deus deixe de ser a pessoa mais importante da nossa vida. Ídolo é quando substituímos Deus por qualquer coisa que venha a ocupar o centro do cenário da nossa vida. Ídolo é quando, consciente ou inconscientemente, temos em nossa existência qualquer coisa que consideramos mais importante que o Criador dos céus e da terra. Por exemplo, Deus havia colocado Adão e Eva no Jardim do Éden para que eles fossem muito felizes. Deus havia suprido todas as necessidades deles, e ainda superabundado em todas as outras bênçãos, mas tanto o Adão quanto a Eva conseguiram arrumar para si “deuses” que tiraram Deus do centro do cenário de suas vidas. Tudo começou com a serpente, que depois de desmascarada revelou o diabo, que é o inimigo de Deus e dos homens. O diabo quer tirar Deus totalmente de cena da face da terra e ainda quer ocupar o lugar do Criador na existência do ser humano. Ele quer ser adorado como se fosse Deus (2Ts 2.3-9), e ele trabalha dia e noite para atingir esse fim. Então o diabo empenhou-se depressa em conquistar a serpente do Éden para si com o objetivo de fazer com que o homem deixasse Deus em segundo plano. E O DIABO ESCOLHEU TENTAR O HOMEM ATRAVÉS DA SERPENTE PELO SEGUINTE MOTIVO: A Bíblia diz que a serpente era o mais astuto de todos os animais do campo que o Senhor havia feito. A serpente do Éden era um animal “incrível”. No topo da árvore mais alta da floresta ela poderia chegar, sem problemas. Ela poderia atingir o final do mais profundo lago do jardim, se quisesse. E ainda poderia perscrutar grutas, túneis e cavernas, porque moldava-se com facilidade para passar pelas fendas e brechas. Estava presente nos rios, brejos, matas e campos. A serpente do Éden falava, e não era por imitação igual um papagaio fala conosco até o dia de hoje. Ela comunicava-se com o homem no mesmo idioma que o homem (Compare 2 Pedro 2.16 “...falando com voz humana”). Todos os animais do jardim admiravam o homem. E de todos os animais do jardim o que o homem mais admirava era a serpente. A serpente do Éden era um animal diferente dos demais. A serpente do Éden era inteligente. O homem poderia simpatizar-se de forma especial com qualquer animal do jardim, mas a serpente ganhou a simpatia do homem por suas habilidades e informações. E então o diabo, que não é bobo e já estava analisando tudo, conquistou a serpente do Éden para si, e entrou nela com o objetivo de induzir o homem ao erro. (Deus permitiria que a tentação viesse ao homem através de algo que fosse aparentemente agradável à vista humana, pois qualquer pessoa naturalmente diria “não” se fosse tentado por um dragão feio e ameaçador. Ninguém tem dignidade diante de Deus quando diz “não” ao que é desagradável aos olhos ou a qualquer outro tipo de consideração. Temos que dizer “não” mesmo quando somos tentados por algo que é muito atraente aos nossos olhos ou por qualquer coisa que gostamos muito; e aí, sim, teremos dignidade diante de Deus nesse “não”). Então o homem passaria por este teste: seria tentado por Satanás através da serpente, que era um animal muito agradável aos olhos humanos. Era como se fosse um grande amigo da família, que poderia até mesmo comer no mesmo prato que o homem (A serpente foi o Judas da vida de Adão, símbolo de traição), mas o homem não sabia que dentro desse grande amigo habitava o maior inimigo da sua alma: o diabo com muitos de seus demônios. Do mesmo modo que um dia Judas permitiu que o diabo entrasse em seu corpo, conforme lemos em Lucas 22.3: “ENTROU ENTÃO SATANÁS EM JUDAS...”; assim também um dia o diabo entrou na serpente para tentar o homem. Mas nada justificaria a desobediência do homem, nem mesmo ser tentado por algo que fosse agradável aos olhos humanos ou a qualquer outro tipo de consideração, pois Deus não permitiria que a tentação viesse acima da capacidade de obediência. Mas aquela serpente era incrível aos olhos humanos. Ela comunicava-se com o homem, ela falava a mesma língua que o homem, ela era dotada de inteligência. Uma serpente criada com inteligência por causa do homem. DEUS NÃO SE DEIXA ENGANAR: UM SER INTELIGENTE SÓ PODERIA SER TENTADO EM VERDADE POR OUTRO SER TAMBÉM INTELIGENTE. Este era um dos custos de uma raça inteligente. E aquela serpente existia com sabedoria para honrar a inteligência, a liberdade e a fidelidade do homem. A serpente poderia aproximar-se do homem, e não necessariamente como hospedeira do diabo, mas ela optou por tornar-se cúmplice da maldade do maligno, e por isso Deus a puniu também. Deus puniu a serpente tornando-a igual a todas as outras serpentes que existiam no planeta. A serpente do Éden não rastejava sobre o ventre como as demais. Ela era diferente de todas as outras, mas Deus deixou-a semelhante a todas as outras que existiam na face da terra, e ainda inferior, conforme lemos: “Disse, pois, o Senhor Deus à serpente: Porque fizeste isto, MALDITA ÉS ENTRE TODOS OS ANIMAIS DOMÉSTICOS, E ENTRE TODOS OS ANIMAIS DO CAMPO; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida” (Gn 3.14-14). Desta forma Deus puniu a serpente. Mas antes da punição ela estava no jardim, e tinha um trabalho a fazer para o diabo por decisão própria, e este trabalho era fazer com que o Adão e a Eva deixassem de amar de todo o coração, de toda a alma, de todo o entendimento e de todas as forças, o Deus que os havia criado. O trabalho da serpente era fazer com que Deus deixasse de existir no intelecto do Adão e da Eva ou então existisse somente em segundo plano. Com este objetivo a serpente havia tornado-se muito próxima do homem. Na verdade a grande amizade era entre a serpente e a mulher. Enquanto Adão cultivava o jardim, a serpente cultivava a confiança e a admiração da mulher. E essa grande amizade viria depois da queda tornar-se numa imensa inimizade entre o diabo e a mulher, conforme a profecia: “POREI INIMIZADE ENTRE TI E A MULHER”. Porei inimizade entre ti e a mulher era como se Deus estivesse dizendo ao diabo, que estava dentro da serpente: “Você está se sentido grande porque conseguiu enganar a mulher através da falsa amizade que cultivou com ela? Pois saiba que te darei agora motivo para desejar nunca ter aproximado-te dela, porque será dela que nascerá o Homem que esmagará fatalmente a tua cabeça, Jesus Cristo). E assim a falsa amizade que resultou na queda da mulher terminou numa inimizade verdadeira, assumida, que resultou na vitória da mulher em Cristo sobre o diabo. Um dia a mulher vai testemunhar o diabo se prostrar de joelhos na marra diante do Senhor Jesus Cristo e dizer: TU ÉS O SENHOR. E então Jesus Cristo o lançará num lago que arde com fogo e enxofre.

A serpente era um animal do campo, mas gostava mesmo era de ficar na casa de Eva, tanto que o Senhor a amaldiçoou também entre os animais domésticos, conforme lemos: “Disse, pois, o Senhor Deus à serpente: Porque fizeste isto, MALDITA ÉS ENTRE TODOS OS ANIMAIS DOMÉSTICOS...”.

Como vimos, enquanto Adão cultivava o jardim, a serpente cultivava a confiança e a admiração da mulher. Até que um dia, já confiante no que ia fazer, o diabo, dentro da serpente, colocou a prova todo o investimento que havia feito durante muito tempo na vida da mulher: “Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais do campo, que o Senhor Deus tinha feito. Esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? Respondeu a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim podemos comer. Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, os vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal. Vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, que estava com ela, e ele comeu”.

A palavra da serpente era considerável para Eva. Mas também: que mal uma criatura “tão boa, tão amiga” poderia oferecer a alguém. Eva não sabia que dentro da serpente habitava o maior inimigo da sua alma: o diabo com muitos de seus demônios. Depois da queda a Eva disse para Deus: “A serpente me enganou...”. E de fato a serpente havia enganado-a mesmo, mas não foi naquele momento em que a mulher comeu do fruto. A frase “a serpente me enganou” significava todo o investimento que o diabo havia feito na vida de Eva em todo o tempo que frequentou a casa dela dentro da serpente. A serpente havia tornado-se um ídolo na vida de Eva, e enganou-a afastando-a do centro da vontade de Deus. A Eva havia se encantado com a simpatia, inteligência e habilidades da serpente, e havia feito da serpente um ídolo em sua vida. E assim Eva trocou o “CERTAMENTE MORRERÁS” da parte do Criador pelo “CERTAMENTE NÃO MORREREIS” da parte do ídolo. E por traz do ídolo estava o Satanás com muitos de seus demônios, e hoje não é diferente. Satanás continua camuflando-se com a finalidade de tirar o homem do centro da vontade de Deus. Foi assim com a Eva. A palavra da serpente havia tornado-se mais interessante para Eva do que a palavra de Deus. De um lado o CERTAMENTE MORRERÁS da parte de Deus, de outro lado o CERTAMENTE NÃO MORREREIS da parte do ídolo, e a Eva optou pelo ídolo. Não é a toa que Deus abomina ídolos em nossa vida. Não deve ter sido fácil para Deus ver Adão e Eva trocarem o “CERTAMENTE MORRERÁS” da parte do Criador pelo “CERTAMENTE NÃO MORREREIS” da parte do diabo vestido de uma interessante serpente. Hoje Satanás continua escondendo-se atrás de ídolos, e também continua deixando seus ídolos agradáveis aos olhos humanos. O texto de 2 Corintios 11.14, diz: “NÃO É DE ADMIRAR, POIS O PRÓPRIO SATANÁS SE TRANSFORMA EM ANJO DE LUZ”. Satanás procura possíveis ídolos na vida dos filhos de Deus com a finalidade de deixar esses ídolos ainda mais agradáveis à vista humana. Ele procura envolver os ídolos com o nome de Deus, e a pregação refletida através dos ídolos passa a ser a seguinte: “NÃO TENHA MEDO DE ENVOLVER-SE COMIGO, PORQUE EU ESTOU “ENVOLVIDO” COM DEUS. ENVOLVER-SE COMIGO É ENVOLVER-SE COM DEUS ATRAVÉS DE MIM; NÃO HÁ MAL, NÃO HÁ PECADO; VÊ SE HÁ ALGUM MAL EM MIM? EU ESTOU TE FAZENDO ALGUM MAL?”. Satanás usa a palavra de Deus para afastar os filhos de Deus da presença de Deus. Quando o filho de Deus peca então a mensagem do inferno para este filho é: “DEUS É ONISCIENTE, DEUS SABE TODAS AS COISAS, DEUS SABE QUE VOCÊ PECOU, E NÃO ADIANTA IR À IGREJA HOJE LOUVAR AO SENHOR, PORQUE ELE SABE QUE VOCÊ PECOU E NÃO ACEITARÁ O SEU LOUVOR. MELHOR DESISTIR, MELHOR RESPEITAR DEUS”. E assim o filho de Deus afasta-se da igreja e envolve-se ainda mais com o ídolo, que logo lhe dirá mentindo: “DEUS É AMOR, NINGUÉM SE PERDERÁ!”. O ídolo quer dar a impressão que ninguém se perderá: “Nada te afastará de Deus, ninguém sofrerá conseqüências, ninguém morrerá; todos os caminhos levam à Deus; eu te garanto: CERTAMENTE NÃO MORREREIS”. Tudo o que te afasta da presença de Deus, da igreja, de seus irmãos, é um ídolo em sua vida, é outro deus que você tem em sua vida diante do Criador. Foi assim com a Eva. A Eva trocou a vontade de Deus pela vontade do ídolo, que pregava que a Eva não morreria, mas ficaria sim, mais próxima de Deus: “...sereis como Deus...”. O diabo torna o ídolo interessante aos olhos humanos e usa-os para enganar os filhos de Deus. Por isto Deus diz: “FILHINHOS, GUARDAI-VOS DOS ÍDOLOS” (1 João 7.21). Não foi a toa que Deus elaborou a Bíblia e a escreveu através de seus escolhidos, condenando a idolatria do Gênesis ao Apocalipse. Deus sabia o que estava fazendo. Deus ama o que criou. “Portanto, meus amados, fugi da idolatria” (1 Corintios 10.14).

E ADÃO, TEVE ALGUM ÍDOLO EM SUA VIDA?

O ídolo da vida de Adão foi a Eva. Adão fez de Eva um ídolo em sua vida. Adão fez de Eva outro deus que ele tinha em sua vida diante do Criador dos céus e da terra. Adão fez de Eva uma deusa em sua vida.

Deus havia formado o homem com inteligência e liberdade. Deus havia formado o homem a sua imagem e a sua semelhança. O homem não era uma criatura comum. O homem era um filho de Deus. Quando Deus formou o homem, não o formou o Criador com o propósito de formar apenas mais uma forma de vida, mas o formou sim o Criador com o propósito especial de gerar um filho. E na hora de formar o Adão habitava no coração de Deus o critério de Deuteronômio 6.5, que é o critério do Pai Eterno para todos aqueles que desejam ser filhos de Deus, e o critério é: “AMARÁS O SENHOR TEU DEUS DE TODO O TEU CORAÇÃO, DE TODA A TUA ALMA, DE TODO O TEU ENTENDIMENTO, E DE TODA A TUA FORÇA”. O Pai eterno exige ser amado assim. E o Adão cumpria bem esse desejo de Deus. O Adão amava a Deus e também amava a Eva, e Deus tinha prazer em abençoar o amor do Adão pela Eva. Tudo ia muito bem, até que um dia a palavra da serpente penetrou no coração da Eva, e então a Eva inclinou-se em aceitar as propostas da serpente, propostas que não eram de conformidade com a vontade de Deus. Então o Adão ficou dividido: de um lado Deus, que havia ordenado: “De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás, pois no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. De outro lado a Eva, disposta a comer do fruto da árvore, disposta a jogar tudo para o ar, disposta a correr o risco. As propostas da serpente eram “boas”: Sereis poderosos, sereis como Deus; provareis muitos mais prazeres, sereis conhecedores do bem e do mal. E Deus não quer que vocês atinjam esse patamar superior. Por isso ele lhes disse: CERTAMENTE MORRERÁS, mas ele não se afastará de vocês. Eu vos garanto: CERTAMENTE NÃO MORREREIS”. A Eva compartilhava tudo isso com o Adão, e o coração do Adão perturbava-se. Ele amava a Deus, mas também amava a Eva, e a Eva queria comer do fruto da árvore e ainda queria que o seu companheiro a acompanhasse até o fim nessa jornada. O Adão não queria desobedecer a Deus, mas ele amava muito a Eva. Havia um ponto vulnerável ao fracasso na vida do Adão, e esse era o imenso amor que ele tinha pela Eva. O Adão amava demais a Eva para ter que dizer-lhe não. E esse imenso amor que o Adão tinha pela Eva fez com ele fizesse da Eva um ídolo em sua vida. O Adão fez da Eva uma deusa que ele tinha em sua vida diante do Criador. E então o Adão ficou dividido entre dois deuses: De um lado o Deus Criador que dizia: “NÃO COMERÁS DO FRUTO DA ÁRVORE”; e de outro lado o deus criatura que dizia: “COMAMOS DO FRUTO DA ÁRVORE, E AVANCEMOS PARA UM PATAMAR SUPERIOR, INCRÍVEL!”. E entre fazer a vontade do Deus Criador ou fazer a vontade do deus criatura, o Adão optou em atender ao deus criatura, o Adão preferiu agradar a Eva: “Vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, que estava com ela, e ele comeu”. E tudo aqui virou um caos. Então disse o Senhor à mulher: “Que é isso que fizeste? Respondeu à mulher: A serpente me enganou, e eu comi”.

Deus disse ao Adão: “Porque deste ouvido à voz de tua mulher, e comeste da árvore que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por tua causa; em fadiga comerás dela todos os dias da tua vida. Ela produzirá também espinhos e abrolhos, e comerás das ervas do campo. Do suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, porque dela foste tomado; pois és pó, e ao pó tornarás. Do suor do teu rosto comerás o teu pão”. Este foi o resultado da idolatria. DEUS ODEIA ÍDOLOS, eles afastam os filhos de Deus da presença do Criador, que nos diz: “FILHINHOS, GUARDAI-VOS DOS ÍDOLOS” (1 João 5.21).

“NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM”. (Êxodo 20.3).

“AMARÁS O SENHOR TEU DEUS DE TODO O TEU CORAÇÃO, DE TODA A TUA ALMA, DE TODO O TEU ENTENDIMENTO, E DE TODA A TUA FORÇA”. (Deuteronômio 6.5).

CUIDADO COM O QUE TU AMAS DEMAIS.

O que você ama demais pode resultar em um ídolo em sua vida e afastar você da presença de Deus.

Adão amava a Deus, mas também amava a Eva, e amava tanto a Eva que não conseguiu dizer não quando ela ofereceu-lhe o fruto da árvore. Havia um ponto vulnerável ao fracasso na vida de Adão, e esse ponto era o imenso amor que ele tinha por Eva. Adão idolatrou a Eva, e isto foi predominante para o fracasso dos dois.

Jesus Cristo disse: “NÃO PENSEIS QUE VIM TRAZER PAZ À TERRA. NÃO VIM TRAZER PAZ, MAS ESPADA. POIS EU VIM TRAZER DIVISÃO ENTRE O HOMEM E SEU PAI, ENTRE A FILHA E A SUA MÃE, ENTRE A NORA E SUA SOGRA. ASSIM, OS INIMIGOS DO HOMEM SERÃO OS SEUS PRÓPRIOS FAMILIARES, POIS QUEM AMA O PAI OU A MÃE MAIS DO QUE A MIM, NÃO É DIGNO DE MIM; QUEM AMA O FILHO OU A FILHA MAIS DO QUE A MIM, NÃO É DIGNO DE MIM. E QUEM NÃO TOMA A SUA CRUZ, E NÃO VEM APÓS MIM, NÃO É DIGNO DE MIM. QUEM ACHAR A SUA VIDA PERDÊ-LA-Á, E QUEM PERDER A SUA VIDA POR MINHA CAUSA, ACHÁ-LA-Á” (Mateus 10.34-39).

“NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM. NÃO FARÁS PARA TI IMAGEM DE ESCULTURA, NEM SEMELHANÇA ALGUMA DO QUE HÁ EM CIMA NOS CÉUS, NEM EM BAIXO NA TERRA, NEM NAS ÁGUAS DEBAIXO DA TERRA. NÃO TE ENCURVARÁS A ELAS NEM AS SERVIRÁS...” (Êxodo 20.3-5).

“O SENHOR É O GRANDE DEUS, E GRANDE REI ACIMA DE TODOS OS DEUSES. NAS SUAS MÃOS ESTÃO AS PROFUNDEZAS DA TERRA, E AS ALTURAS DOS MONTES SÃO SUAS. SEU É O MAR, POIS ELE O FEZ, E SUAS MÃOS FORMARAM A TERRA SECA. OH, VINDE, ADOREMOS E PROSTREMO-NOS, AJOELHEMOS DIANTE DO SENHOR QUE NOS CRIOU; POIS ELE É O NOSSO DEUS, E NÓS POVO DO SEU PASTO E OVELHAS DA SUA MÃO” (Salmo 95.3-7). AMÉM!

Por: Claudinei Nunes Pereira.