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quinta-feira, 30 de junho de 2016

DEVOCIONAL - 30/06/2016

Houve silêncio, e ouvi uma voz. (Jó 4.16)

Há tempos um amigo deu-me um livro para ler, intitulado Paz Verdadeira. Era uma mensagem antiga, dos tempos medievais, e continha apenas um pensamento: que Deus estava aguardando no íntimo do meu ser, para poder falar-me. Bastava que eu ficasse bastante quieto para ouvir a Sua voz.
Achei que isto seria muito fácil, e então comecei a ficar quieto. Porém, mal eu havia começado, e uma multidão de vozes atingiu meus ouvidos, mil e um sons de fora e de dentro, exigindo a minha atenção até que eu nada podia ouvir, senão a sua bulha e ruído.

 Alguns eram a minha própria voz, minhas perguntas, minhas próprias orações. Outros eram sugestões do tentador e vozes vindas do tumulto do mundo.
 
"Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus." Então surgiu o conflito de pensamentos pelo dia de amanhã com seus deveres e cuidados; mas Deus disse: "Aquietai-vos".
De todos e para todos os lados eu era empurrado e puxado e saudado com ruidosas aclamações e um indescritível desassossego. Parecia-me que era necessário atender a algumas delas e responder a outras; mas Deus me disse:

 E enquanto eu ouvia, e ia aprendendo devagar a obedecer e fechar os ouvidos a todos os sons estranhos, percebi, depois de algum tempo, que quando as outras vozes cessaram — ou eu deixei de ouvi-las — uma voz mansa e suave começou a falar bem dentro do meu ser, com ternura e poder, trazendo-me grande conforto.

 Ao ouvi-la, ela se tornou para mim uma voz de oração, de sabedoria e dever. Não precisei mais esforçar-me tanto para pensar, ou para orar, ou para confiar; aquela voz mansa em meu coração era a intercessão do Espírito, a resposta de Deus para todas as minhas perguntas; era a vida e a força de Deus para minha alma e corpo. Ela tornou-se a verdadeira essência do conhecimento, a minha oração e a minha bênção: o próprio Deus vivo como minha vida e meu tudo.

 É assim que o nosso espírito bebe a vida de nosso Senhor ressurreto, e seguimos para os conflitos e deveres da vida como uma flor que bebeu, na sombra da noite, as gotas frescas e transparentes de orvalho. Mas assim como o orvalho não cai em noites de tempestade, assim esses orvalhos da Sua graça não caem sobre a alma que não pára quieta. — A. B. Simpson

Deus fala comigo
No fundo do ser.
Deus fala comigo
Porque sou Seu filho,
Sou dEle nascido,
Pois creio em Jesus.

Porque sou Seu filho,
O Espírito Santo,
Por meio da Bíblia,
Me fala, me exorta,
Me anima e conforta,
No fundo do ser.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

DEVOCIONAL - 29/06/2016

Vimos ali gigantes. (Nm 13.33.)


Disseram os homens de fé: "Como pão os podemos devorar". Em outras palavras: vencendo-os, ficaremos mais fortes do que se não houvesse gigantes para vencer.
 
Sim, eles viram gigantes, mas Josué e Calebe viram a Deus! Os que duvidam dizem: "Não poderemos subir". Os que creem dizem: "Subamos e possuamos a terra, porque certamente prevaleceremos contra ela." Os gigantes representam, para nós, as grandes dificuldades; e os gigantes estão à espreita em toda parte. Estão na família, na igreja, na vida social, e até em nosso próprio coração; ou nós os vencemos, ou eles nos devorarão, como disseram aqueles homens a respeito dos gigantes de Canaã.

 Portanto, se não possuirmos a fé vitoriosa, seremos devorados, consumidos pelos gigantes que há em nosso caminho. Tenhamos o mesmo espírito de fé que havia em Josué e Calebe; vejamos Deus; Ele tomará conta das dificuldades.

 É quando nos encontramos no caminho do dever que surgem os gigantes. Quando Israel avançou, pareceram os gigantes. Quando eles voltaram para o deserto, não encontraram nenhum.
 
Há uma idéia muito comum de que o poder de Deus na vida humana deve erguê-la acima das dificuldades e dos conflitos. O fato, porém, é que o poder de Deus sempre traz um conflito e combate. É de se pensar que em sua viagem missionária a Roma Paulo estivesse, por alguma poderosa manifestação de Deus, livre das tempestades e dos inimigos. Mas, ao contrário, sua viagem foi uma luta dura e longa contra as perseguições dos judeus, contra violentos temporais, contra víboras e todos os poderes da terra e do inferno, e quando foi salvo, foi salvo nadando até à ilha de Malta, segurando-se nos destroços do navio; por pouco não teve o mar por sepultura.

 Era isto próprio de um Deus todo-poderoso? Sim, exatamente. E Paulo nos diz que, quando colocou o Senhor Jesus Cristo como a vida de seu corpo, veio-lhe imediatamente um grave conflito; aliás, um conflito que nunca terminou, uma pressão que foi persistente, mas da qual ele sempre saiu vitorioso pela força de Jesus Cristo.

 A linguagem em que ele descreve isto é a mais eloqüente. "Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não abandonados; derribados, mas não destruídos; levando sempre no corpo o morrer de Jesus para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo."

 
Que luta incessante! É impossível expressarmos em nossa língua a força das expressões do texto no original. Há ali cinco figuras seguidas. Na primeira a idéia é a de inimigos cercando-o de todos os lados; entretanto não o podiam esmagar porque os exércitos celestiais os mantinham a uma distância razoável para que ele se livrasse. A tradução literal poderia ser: "Somos apertados de todos os lados, mas não esmagados".

 A segunda figura é a de alguém cujo caminho parece totalmente fechado e que, no entanto, avança; há luz suficiente para mostrar-lhe o próximo passo.

 A terceira figura é a de um inimigo a persegui-lo ferozmente, mas ele não está só: o divino Defensor está ao seu lado.

 A quarta figura é ainda mais vivida e dramática. O inimigo o alcançou, feriu e derrubou. Mas não foi um golpe fatal: ele é capaz de levantar-se novamente. A tradução poderia ser: "derrubado, mas não derrotado".

 A quinta figura vai mais além, e agora parece ser a própria morte: "Levando sempre no corpo o morrer de Jesus". Mas a vida de Jesus vem em seu auxílio, e ele vive na vida de Cristo, até completar o seu trabalho na terra.

 Sim, lugares difíceis são a própria escola da fé e do caráter.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

DEVOCIONAL - 27/06/2016

O teu Deus ordenou a tua força. (Sl 68.28.)



"O Senhor é a minha força" para prosseguir. Ele nos dá poder para enfrentarmos a rotina do dia-a-dia; para seguirmos pelo trilho longo que parece não oferecer mudança; para atravessar os longos períodos da vida que não oferecem nenhuma surpresa agradável e que deprimem o espírito pela enfadonha monotonia.
"O Senhor é a minha força" para subir. Ele é para mim o poder que me capacita a escalar sem temor o monte da dificuldade.

"O Senhor é a minha força" para estar quieto. E como é difícil estar quieto! Inclusive, quando enfrentamos situações em que somos obrigados a permanecer quietos, costumamos nos queixar dizendo "Ah, se ao menos eu pudesse fazer alguma coisa!"
Uma dura prova para a mãe que vê um filho doente, é ficar a seu lado sem poder fazer nada. Mas não fazer nada, simplesmente ficar quieto e esperar, requer muitíssima energia. "O Senhor é a minha força." "A nossa capacidade vem de Deus."
"O Senhor é a minha força" para descer. É quando deixamos os lugares altos onde o vento e o sol nos circundavam, e começamos a descer ao vale até às regiões mais abafadas, que o coração tende a desfalecer. Certa vez, um homem que aos poucos estava perdendo a sua energia física, lamentou-se dizendo: "É esta descida que me consome!"
"A tua força será como os teus dias" — força de vontade, força de afeto, força de julgamento, força de ideais e realizações.
O Senhor é quem nos transmite a energia de caráter que faz com que tudo em nossa vida se realize com propósito e firmeza. Somos "fortalecidos com poder mediante o Seu Espírito no homem interior". E a força é contínua; Ele nos manda reservas de poder que nunca poderemos esgotar.

terça-feira, 21 de junho de 2016

DEVOCIONAL - 21/06/2016


21 de Junho

E logo correu que ele estava em casa. (Mc 2.1.)

Os pólipos que constroem os recifes de coral trabalham no fundo dágua, sem imaginar que estão edificando os alicerces de uma nova ilha, sobre a qual, mais tarde, viverão plantas e animais, e onde nascerão filhos de Deus, que serão preparados para a eterna glória como co-herdeiros de Cristo.
Amado leitor, se o seu lugar nas fileiras de Deus é um lugar escondido e isolado, não murmure, nem se queixe. Se Ele o colocou ali, não procure sair da Sua vontade; pois, sem os pólipos, os recifes de coral não seriam construídos. Deus precisa de homens que estejam dispostos a ser pólipos na Sua obra e trabalhem na obscuridade, longe da vista dos homens; sustentados, porém, pelo Espírito Santo e plenamente visíveis aos olhos do céu.
O dia virá em que Jesus dará a recompensa, e Ele não comete enganos; embora alguns talvez se admirem de como você terá chegado a merecer tal recompensa, se nunca haviam ouvido nada a seu respeito. — Selecionado

Quero estar à mão, 
Onde estou. 
Onde a Sua mão
Designou.
Quieto, executando 
O que for mandando. 
Sempre a Seu dispor 
Onde estou.

Não precisamos depender das reuniões concorridas, nem de experiências gloriosas de euforia espiritual, nem da comunhão edificante dos irmãos. Podemos ir para a obscura Emaús; ou para a temível Colossos; ou ainda para a distante Macedônia, no campo missionário. Podemos ir confiantes, sabendo que, onde quer que Ele nos coloque, no curso da vida, as fronteiras podem ser conquistadas e a vitória ganha, porque Ele já o ordenou. — Northcote Deck


sexta-feira, 10 de junho de 2016

DEVOCIONAL PARA HOJE - 10/06/2016

10 de Junho

Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus. (Rm 8.28.)

Como é ampla esta afirmação do apóstolo Paulo! Ele não diz: Sabemos que algumas coisas, ou a maioria das coisas, ou as coisas alegres, mas TODAS as coisas. Da mais insignificante até à mais marcante; do acontecimento mais corriqueiro da vida diária, até às maiores experiências da graça.
E todas as coisas COOPERAM — elas estão operando. Não diz que operaram ou operarão; é uma operação no presente.
Neste momento mesmo, alguma voz pode estar-lhe sugerindo: "Os teus juízos são um grande abismo". No entanto, os anjos no céu, que têm uma visão mais ampla do grande plano de Deus, podem exclamar: "Justo é o Senhor em todos os seus caminhos, e benigno em todas as suas obras" (Sl 145.17). E também, todas as coisas cooperam. Há uma interligação em tudo.
Muitas cores diferentes, em si mesmas talvez feias e inexpressivas, são necessárias para se tecer um padrão harmonioso. Muitos tons e notas musicais, até mesmo dissonantes, são indispensáveis para se compor um hino harmonioso.
Para montarmos uma máquina precisamos de muitas rodas e junturas separadas. Se tomarmos um fio de linha, ou uma nota, ou uma roda dentada, isoladamente, não discerniremos ali nenhuma beleza.
Mas, se completarmos o tecido, combinarmos as notas, ou juntarmos as peças de ferro e aço, veremos como é perfeito e simétrico o resultado. Aqui está a lição para a fé: "O que eu faço, tu não o sabes agora; mas depois o entenderás." — Macduff

Em mil aflições, não são quinhentas delas que cooperam para o bem do crente, mas novecentas e noventa e nove e mais uma — as mil. — Jorge Müller

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