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segunda-feira, 22 de agosto de 2016

DEVOCIONAL - 22 de Agosto de 2016

E os demais, uns em tábuas e outros em coisas do navio. E assim aconteceu que todos chegaram à terra, a salvo. (At 27.44.)
 
Esta extraordinária história da viagem de Paulo a Roma, com suas provas e triunfos, é um bom exemplo do conjunto de luzes e sombras sempre presente no caminho de fé, por toda a história da vida humana. O ponto notável nessa história é que os lugares difíceis e estreitos são entremeados das mais extraordinárias intervenções e providências de Deus.
 
É comum pensar-se que a vereda de fé é semeada de flores; é comum pensar-se que, quando Deus intervém na vida do Seu povo, fá-lo numa escala tão extraordinária que somos colocados acima do plano das dificuldades. A realidade, entretanto, é que a experiência mostra bem o contrário. A história da Bíblia é pontilhada de provas e triunfos, alternadamente, na vida de cada um dos que formam a grande nuvem de testemunhas, desde Abel até ao último mártir que houver.
 
Paulo, mais do que outro qualquer, foi um exemplo de quanto um filho de Deus pode sofrer sem ser esmagado ou despedaçado no espírito. Por causa de seu testemunho em Damasco, foi perseguido pelos adversários e obrigado a fugir para salvar a vida. Mas não vemos uma carruagem celeste cercada de raios, trovões e chamas, arrebatando o apóstolo do inimigo; e sim, que o desceram pela muralha de Damasco "dentro de um cesto", e assim escapou. Num cesto, como uma trouxa de roupas sujas, ou um pacote de compras do empório, o servo de Jesus Cristo foi descido por uma janela e fugiu dos inimigos ignominiosamente.
 
De outra vez o encontramos deixado por meses numa prisão isolada, e o ouvimos falando de suas vigílias, seus jejuns, da deserção de amigos, dos brutais e vergonhosos açoites. Em nosso texto, mesmo depois de Deus ter prometido livrá-lo, nós o vemos sofrer durante vários dias os embates de um mar encapelado, obrigado a apaziguar os pérfidos marinheiros.
 
Por fim, quando vem o livramento, não vemos uma galera vindo do céu para apanhar do naufrágio o nobre prisioneiro, não vemos um anjo andando sobre as águas e aquietando os furiosos vagalhões, não vemos nenhum sinal sobrenatural de que esteja sendo operado um milagre transcendente: vemos um homem a segurar-se a um mastro, outro, a uma tábua flutuante, outro agarrar-se a um destroço qualquer, outro, ainda, a salvar-se a nado.

Aqui está o padrão de Deus para nossa vida. Aqui está uma ajuda do evangelho para pessoas que têm de viver neste mundo atual, no meio de circunstâncias comuns e situações comuns, as quais têm de ser encaradas de uma maneira totalmente prática.
 
As promessas de Deus, e as Suas providências, não nos elevam acima do plano do senso comum e da lida corriqueira, mas é exatamente através dessas coisas que a fé é aperfeiçoada e que Deus Se agrada de entretecer, na urdidura da nossa experiência de cada dia, os fios de ouro do Seu amor. — De Hard Places in the Way of Faith

domingo, 21 de agosto de 2016

PROVÉRBIOS de Salomão




CAPÍTULO 1
Introdução geral

1  PROVÉRBIOS de Salomão, filho de Davi, rei de Israel;
2  Para se conhecer a sabedoria e a instrução; para se entenderem, as palavras da prudência.
3  Para se receber a instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a equidade;
4  Para dar aos simples, prudência, e aos moços, conhecimento e bom siso;
5  O sábio ouvirá e crescerá em conhecimento, e o entendido adquirirá sábios conselhos;
6  Para entender os provérbios e sua interpretação; as palavras dos sábios e as suas proposições.

Não te deixes seduzir por pecadores

7  O temor do SENHOR é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.
8  Filho meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensinamento de tua mãe,
9  Porque serão como diadema gracioso em tua cabeça, e colares ao teu pescoço.
10  Filho meu, se os pecadores procuram te atrair com agrados, não aceites.
11  Se disserem: Vem conosco a tocaias de sangue; embosquemos o inocente sem motivo;
12  Traguemo-los vivos, como a sepultura; e inteiros, como os que descem à cova;
13  Acharemos toda sorte de bens preciosos; encheremos as nossas casas de despojos;
14  Lança a tua sorte conosco; teremos todos uma só bolsa!
15  Filho meu, não te ponhas a caminho com eles; desvia o teu pé das suas veredas;
16  Porque os seus pés correm para o mal, e se apressam a derramar sangue.
17  Na verdade é inútil estender-se a rede ante os olhos de qualquer ave.
18  No entanto estes armam ciladas contra o seu próprio sangue; e espreitam suas próprias vidas.
19  São assim as veredas de todo aquele que usa de cobiça: ela põe a perder a alma dos que a possuem.


sexta-feira, 19 de agosto de 2016

PROVÉRBIOS 20



O vinho é zombador e a bebida fermentada provoca brigas; não é sábio deixar-se dominar por eles.
O medo que o rei provoca é como o do rugido de um leão; quem o irrita põe em risco a própria vida.
É uma honra dar fim a contendas, mas todos insensatos envolvem-se nelas.
O preguiçoso não ara a terra na estação própria; mas na época da colheita procura, e não acha nada.
Os propósitos do coração do homem são águas profundas, mas quem tem discernimento os traz à tona.
Muitos se dizem amigos leais, mas um homem fiel, quem poderá achar?
O homem justo leva uma vida íntegra; como são felizes os seus filhos!
Quando o rei se assenta no trono para julgar, com o olhar esmiúça todo o mal.
Quem poderá dizer: "Purifiquei o coração; estou livre do meu pecado? "
Pesos adulterados e medidas falsificadas, são coisas que o Senhor detesta.
Até a criança mostra o que é por suas ações; o seu procedimento revelará se ela é pura e justa.
Os ouvidos que ouvem e os olhos que vêem foram feitos pelo Senhor.
Não ame o sono, ou você acabará ficando pobre; fique desperto, e terá alimento de sobra.
"Não vale isso! Não vale isso!”, diz o comprador, mas, quando se vai, gaba-se do bom negócio.
Mesmo onde há ouro e rubis em grande quantidade, os lábios que transmitem conhecimento são uma rara preciosidade.
Tome-se a veste de quem serve de fiador ao estranho; sirva ela de penhor de quem dá garantia a uma mulher leviana.
Saborosa é a comida que se obtém com mentiras, mas depois dá areia na boca.
Os conselhos são importantes para quem quiser fazer planos, e quem sai à guerra precisa de orientação.
Quem vive contando casos não guarda segredo; por isso, evite quem fala demais.
Se alguém amaldiçoar seu pai ou sua mãe, a luz de sua vida se extinguirá na mais profunda escuridão.
A herança que se obtém com ganância no princípio, no final não será abençoada.
Não diga: "Eu o farei pagar pelo mal que me fez!” Espere pelo Senhor, e ele dará a vitória a você.
O Senhor detesta pesos adulterados, e balanças falsificadas não o agradam.
Os passos do homem são dirigidos pelo Senhor. Como poderia alguém discernir o seu próprio caminho?
É uma armadilha consagrar algo precipitadamente, e só pensar nas conseqüências depois que se fez o voto.
O rei sábio abana os ímpios, e passa sobre eles a roda de debulhar.
O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, e vasculha cada parte do seu ser.
A bondade e a fidelidade preservam o rei; por sua bondade ele dá firmeza ao seu trono.
A beleza dos jovens está na sua força; a glória dos idosos, nos seus cabelos brancos.
Os golpes e os ferimentos eliminam o mal; os açoites limpam as profundezas do ser.

Provérbios 20:1-30


HERÓIS DA FÉ

Jonathan Edwards
Grande despertador

(1703-1758)

Há dois séculos que o mundo fala do famoso sermão: Pecadores nas mãos de um Deus irado e dos ouvintes que se agarravam aos bancos pensando que iam cair no fogo eterno. Esse fato foi, apenas, um dos muitos que aconteceram nas reuniões em que o Espírito Santo desvendava os olhos dos presentes para eles contemplarem as glórias do Céu e a realidade do castigo que está bem perto daqueles que estão afastados de Deus.

Jônatas Edwards, entre os homens, era o vulto maior nesse avivamento, que se intitulava O grande despertamento. Sua vida é um exemplo destacado de consagração ao Senhor para o desenvolvimento maior do intelecto e, sem qualquer interesse próprio, de deixar o Espírito Santo usar o mesmo intelecto como instrumento nas suas mãos. Amava a Deus, não somente de coração e alma, mas também de todo o entendimento. "Sua mente prodigiosa apoderava-se das verdades mais profundas". Contudo, "sua alma era, de fato, um santuário do Espírito Santo". Sob aparente calma exterior, ardia nele o fogo divino, como um vulcão.

Os crentes atuais devem a esse herói, graças à sua perseverança em orar e estudar sob a direção do Espírito, a volta às várias doutrinas e práticas da igreja primitiva. Grande é o fruto da dedicação do lar em que Edwards nasceu e se criou. Seu pai foi o amado pastor de uma só igreja durante um período de sessenta e quatro anos. Sua piedosa mãe era filha de um pregador que pastoreou uma igreja durante mais de cinqüenta anos.

Dez das irmãs de Jônatas, quatro eram mais velhas do que ele e seis mais novas. "Muitas foram as orações que os pais ofereceram a Deus, para que o único e amado filho fosse cheio do Espírito Santo, e que se tornasse grande perante o Senhor. Não somente oravam assim, fervorosa e constantemente, mas mostravam-se igualmente zelosos em criá-lo para Deus. As orações, à volta da lareira, os estimularam a se esforçarem, e seus esforços redobrados os motivaram a orarem mais fervorosamente... O ensino religioso e permanente resultou em Jônatas conhecer intimamente a Deus, quando ainda criança".

Quando Jônatas tinha sete ou oito anos, houve um despertamento na igreja de seu pai, e o menino acostumou-se a orar sozinho, cinco vezes, todos os dias, e a chamar outros da sua idade para orarem com ele.

Citamos aqui as suas palavras sobre esse assunto: "A primeira experiência, de que me lembro, de sentir no íntimo a delícia de Deus e das coisas divinas, foi ao ler as palavras de 1 Timóteo 1.7: 'Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível; ao único Deus seja honra e glória para todo o sempre. Amém'. Sentia a presença de Deus até arder o coração e abrasar a alma de tal maneira, que não sei descrevê-la... Gostava de passar o tempo olhando para a lua e, de dia, a contemplar as nuvens e os céus. Passava muito tempo observando a glória de Deus, revelada na natureza e cantando as minhas contemplações do Criador e Redentor... Antes me sentia demasiado assombrado ao ver os relâmpagos e ouvir a troar do trovão. Porém mais tarde eu me regozijava ao ouvir a majestosa e terrível voz de Deus na trovoada". Antes de completar treze anos, iniciou seu curso em Yale College, onde, no segundo ano, leu atentamente a famosa obra de Locke: Ensaio sobre o entendimento humano. Vê-se, nas suas próprias palavras acerca dessa obra, o grande desenvolvimento intelectual do moço: "Achei mais gozo nisso do que o mais ávido avarento, em ajuntar grandes quantidades de ouro e prata de tesouros recém-adquiridos".

Edwards, antes de completar dezessete anos, diplomou-se no Yale College com as maiores honras. Sempre estudava com esmero, mas também conseguia tempo para estudar a Bíblia, diariamente. Depois de. diplomar-se, continuou seus estudos em Yale, durante dois. anos e foi então separado para o ministério.

Foi nessa altura que seu biógrafo escreveu acerca de seu costume de dedicar certos dias para jejuar, orar e examinar-se a si mesmo.

Acerca da sua consagração, com idade de vinte anos, Edwards escreveu: "Dediquei-me solenemente a Deus e o fiz por escrito, entregando a mim mesmo e tudo que me pertencia ao Senhor, para não ser mais meu em qualquer sentido, para não me comportar como quem tivesse direitos de forma alguma... travando, assim, uma batalha com o mundo, a carne e Satanás até o fim da vida".

Alguém assim se referiu a Jônatas: "Sua constante e solene comunhão com Deus, em secreto, fazia com que o rosto dele brilhasse perante o próximo, e sua aparência, semblante, palavras e todo o seu comportamento eram acompanhados por seriedade, gravidade e solenidade".

Aos vinte e quatro anos casou-se com Sara Pierrepont, filha de um pastor, e desse enlace nasceram, como na família do pai de Edwards, onze filhos.

Ao lado de Jônatas Edwards, no Grande Despertamento, estava o nome de Sara Edwards, sua fiel esposa e ajudadora em tudo. Como seu marido, ela nos serve como exemplo de rara intelectualidade. Profundamente estudiosa, inteiramente entregue ao serviço de Deus, ela era conhecida por sua santa dedicação ao lar, pelo modo de criar seus filhos e pela economia que praticava, movida pelas palavras de Cristo: "Para que nada se perca". Mas antes de tudo, tanto ela como seu marido eram conhecidos por suas experiências em oração. Faz-se menção destacada especialmente dum período de três anos, durante o qual, apesar de gozar de perfeita saúde, ficava repetidas vezes sem forças, por causa das revelações do Céu. A sua vida inteira foi de intenso gozo no Senhor.

Jônatas Edwards costumava passar treze horas, todos os dias, estudando e orando. Sua esposa, também, diariaente o acompanhava na oração. Depois da última refeição, ele deixava toda a lida, a fim de passar uma hora com a família.

- Mas, quais as doutrinas de que a igreja havia esquecido e quais as que Edwards começou a ensinar e a observar de novo, com manifestações tão sublimes?

Basta uma leitura superficial para descobrir que a doutrina, à qual deu mais ênfase, foi a do novo nascimento, como sendo uma experiência certa e definida, em contraste com a idéia da Igreja Romana e de várias denominações.

O evento que marcou o começo do Grande Despertamento foi uma série de sermões feitos por Edwards sobre a doutrina da justificação pela fé, que fez os ouvintes sentirem a verdade das Escrituras, de que toda a boca ficará fechada no dia de juízo, e que "não há coisa alguma que, por um momento, evite que o pecador caia no Inferno, senão o bel prazer de Deus".

É impossível avaliar o grau do poder de Deus, derramado para despertar milhares de almas, para a salvação, sem primeiro nos lembrarmos das condições das igrejas da Nova Inglaterra, e do mundo inteiro, nessa época. Quem, até hoje, não se admira do heroísmo dos puritanos que colonizaram as florestas da Nova Inglaterra? Passara, porém, essa glória e a igreja, indiferente e cheia de pecado, se encontrava face com o maior desastre. Parecia que Deus não queria abençoar a obra dos puritanos, obra que existiu unicamente para sua glória. Por isso, no mesmo grau que havia coragem e ardor entre os pioneiros, houve entre seus filhos, perplexidade e confusão. Se não pudessem alcançar, de novo, a espiritualidade, só lhes restava esperar o juízo dos céus.O famoso sermão de Edwards, ''Pecadores nas mãos de um Deus irado", merece menção especial.

O povo, ao entrar para o culto, mostrava um espírito leviano, e mesmo de desrespeito, diante dos cinco pregadores que estavam presentes. Jônatas Edwards foi escolhido para pregar. Era homem de dois metros de altura; seu rosto tinha aspecto quase feminino, e o corpo magro de jejuar e orar. Sem quaisquer gestos, encostado num braço sobre a tribuna, segurando o manuscrito na outra mão, falava em voz monótona. Discursou sobre o texto de Deuteronômio 32.35: "Ao tempo em que resvalar o seu pé".

Depois de explicar a passagem, acrescentou que nada evitava, por um momento, que os pecadores caíssem no Inferno, a não ser a própria vontade de Deus; que Deus estava mais encolerizado com alguns dos ouvintes do que com muitas pessoas que já estavam no Inferno; que o pecado era como um fogo encerrado dentro do pecador e pronto, com a permissão de Deus, a transformar-se em fornalhas de fogo e enxofre, e que somente a vontade do Deus indignado os guardava da morte instantânea.

Prosseguiu, então, aplicando o texto ao auditório: "Aí está o Inferno com a boca aberta. Não existe coisa alguma sobre a qual vós vos possais firmar e segurar. Entre vós e o Inferno existe apenas a atmosfera... há, atualmente, nuvens negras da ira de Deus pairando sobre vossas cabeças, predizendo tempestades espantosas, com grandes trovões. Se não existisse a vontade soberana de Deus, que é a única coisa para evitar o ímpeto do vento até agora, serieis destruídos e vos tornaríeis como a palha da eira... O Deus que vos segura na mão, sobre o abismo do Inferno, mais ou menos como o homem segura uma aranha ou outro inseto nojento sobre o fogo, durante um momento, para deixá-lo cair depois, está sendo provocado em extremo... Não há que admirar, se alguns de vós com saúde e calmamente sentados aí nos bancos, passarem para lá antes de amanhã..."

O resultado do sermão foi como se Deus arrancasse um véu dos olhos da multidão para contemplar a realidade e o horror da posição em que estavam. Nessa altura o sermão foi interrompido pelos gemidos dos homens e os gritos das mulheres; quase todos ficaram de pé, ou caídos no chão. Foi como se um furacão soprasse e destruísse uma floresta. Durante a noite inteira a cidade de Enfield ficou como uma fortaleza sitiada. Ouvia-se, em quase todas as casas, o clamor das almas que, até aquela hora, confiavam na sua própria justiça. Esperavam que, a qualquer momento, o Cristo descesse dos céus com os anjos e apóstolos ao lado, e que os túmulos entregassem os mortos que neles havia.

Tais vitórias, contra o reino das trevas, foram ganhas de joelhos. Edwards não abandonara, nem deixara de gozar os privilégios das orações, costume que vinha desde a meninice. Continuou a freqüentar, também, os lugares solitários na floresta onde podia ter comunhão com Deus. Como um exemplo citamos a sua experiência com a idade de trinta e quatro anos, quando entrou na floresta, a cavalo. Lá, prostrado em terra, foi-lhe concedido ter uma visão tão preciosa da graça, amor e humilhação de Cristo como Mediador, que passou uma hora vencido por uma torrente de lágrimas e pranto.

Como era de esperar, o Maligno tentou anular a obra gloriosa do Espírito Santo no "Grande Despertamento", atribuindo tudo ao fanatismo. Em sua defesa Edwards escreveu : "Deus, conforme as Escrituras, faz coisas extraordinárias. Há motivos para crer, pelas profecias da Bíblia, que sua obra mais maravilhosa seria feita nas últimas épocas do mundo. Nada se pode opor às manifestações físicas, como as lágrimas, gemidos, gritos, convulsões, falta de forças... De fato, é natural esperar, ao lembrarmo-nos da relação entre o corpo e o espírito, que tais coisas aconteçam. Assim falam as Escrituras: do carcereiro que caiu perante Paulo e Silas, angustiado e tremendo; do Salmista que exclamou, sob a convicção do pecado: 'Envelheceram os meus ossos pelo meu bramido durante o dia todo' (Salmo 32.3); dos discípulos, que, na tempestade do lago, clamaram de medo; da Noiva, do Cântico dos Cânticos, que ficou vencida, pelo amor de Cristo, até desfalecer..."

Certo é que na Nova Inglaterra começou, em 1740, um dos maiores avivamentos dos tempos modernos. É igualmente certo que este movimento se iniciou, não com os sermões célebres de Edwards, mas com a firme convicção deste, de que há uma "obra direta que o Espírito divino faz na alma humana". Note-se bem: Não foram seus sermões monótonos, nem a eloqüência extraordinária de alguns, como Jorge Whitefield, mas, sim, a obra do Espírito Santo no coração dos mortos espiritualmente, que, "começando em Northampton, espalhou-se por toda a Nova Inglaterra e pelas colônias da América do Norte, chegando até a Escócia e a Inglaterra". De uma época de maior decadência, a Igreja de Cristo, entre a população escassa da Nova Inglaterra, despertou e foram arrebatadas de trinta a cinqüenta mil almas do Inferno durante um período de dois a três anos.

No meio das suas lutas, sem ninguém esperar, a vida de Jônatas Edwards foi tirada da Terra. Apareceu a varíola em Princeton e um hábil médico foi chamado de Filadélfia para inocular os estudantes. O nosso pregador e duas de suas filhas foram também vacinados. Na febre que resultou, as forças de nosso herói diminuíram gradualmente até que, um mês depois, faleceu.

Assim diz um de seus biógrafos: "Em todo o mundo onde se falava o inglês, era considerado o maior erudito desde os dias do apóstolo Paulo ou de Agostinho".

Para nós, a vida de Jônatas Edwards é uma das muitas provas de que Deus não quer que desprezemos as faculdades intelectuais que Ele nos concede, mas que as desenvolvamos, sob a direção do Espírito Santo, e que as entreguemos desinteressadamente para o seu uso.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Padrões Bíblicos para o Divórcio e Novo Casamento



Entre aqueles que acreditam na Bíblia como nosso padrão de conduta absoluto, a questão do divórcio e novo casamento continua sendo um problema particularmente inquietante. Interpretações diferentes sobre como entender os ensinos bíblicos têm produzido divisões muito sérias no Corpo do Messias. 

O contexto do ensino de Yeshua sobre divórcio e novo casamento pode ser comparado ao debate entre as duas principais escolas de fariseus: Hillel e Shammai. Hillel era conhecido como mais moderado, embora a escola mais rígida dos Shammai fosse mais dominante no primeiro século. Hillel ensinava que um homem podia se divorciar de sua esposa por qualquer motivo, enquanto Shammai afirmava que apenas o adultério oferecia motivos legítimos para o divórcio. Nesse caso, o ensino de Yeshua foi mais próximo à visão mais rígida dos Shammai (Mateus 19.9).    

As visões entre os cristãos que creem na Bíblia são as seguintes:

  1. Anglicanos Antigos: Não há, de forma alguma, divórcio e novo casamento legítimos, visão defendida por Gorden Wenham, um estudioso da Bíblia amplamente respeitado da geração passada. O novo casamento é proibido enquanto o cônjuge estiver vivo. Portanto, até que um morra, os dois participantes do divórcio devem levar uma vida de celibato. Isso pode parecer extremo, mas seus argumentos são fortes, e representam uma interpretação literal das palavras de Yeshua, "exceto por adultério”.
     
  2. Anglicanos Antigos Modificados: Pode haver razões legítimas para o divórcio de tal forma que a parte inocente possa se casar novamente. O culpado deve permanecer sozinho o resto de sua vida para mostrar arrependimento. Qualquer coisa menos que isso mostra que não houve arrependimento.
     
  3. Protestante Clássico: Há alguns motivos bíblicos para divórcio e novo casamento, a saber: adultério e abandono (1 Coríntios 7). A parte inocente (relativamente falando) pode se casar novamente. O culpado também pode se arrepender e então se casar novamente, mas estará para sempre desqualificado de participar da liderança.  
     
  4. Protestante Moderno: Outros argumentam que a definição de abandono é mais ampla do que simplesmente o abandono físico literal, e inclui violações tais como: (1) recusar o sexo sem um bom motivo (1 Coríntios 7.5), ou (2) fracassar quanto à responsabilidade de trazer provisão (1 Timóteo 5.8), ou (3) violência física (Efésios 5.28-29). Esta visão determina que as palavras de Yeshua devam ser expandidas para incluir quebra de aliança em qualquer nível. Eles normalmente interpretariam as palavras de Yeshua como querendo dizer que qualquer pessoa que se divorcia do cônjuge com o propósito de se casar com outro comete adultério. 
     
  5. Liberais Modernos: Esta visão expande as razões a favor do divórcio para incluir outras possibilidades além de qualquer tipo de quebra de aliança, como: incapacidade de se relacionar bem, dificuldade em resolver os problemas e grandes diferenças quanto ao estilo de vida desejado. Nesses casos, divórcio e novo casamento seriam permitidos.
Nossa visão é que o item 5 não é fiel ao texto bíblico e leva ao aumento do divórcio. Isso deveria ser rejeitado. Nas outras 4 visões, ainda temos que lidar com os processos complexos de arrependimento e restauração após ter havido um caso de adultério, abandono ou divórcio.

Dan Juster (http://reviveisrael.org/pt-br/)

terça-feira, 16 de agosto de 2016

DEVOCIONAL - 17 de Agosto de 2016

Confio em Deus, que sucedera do modo por que me foi dito. (At 27.25.)

Alguns anos atrás, fiz uma viagem aos Estados Unidos em um navio cujo capitão era um crente muito dedicado. Quando nos aproximávamos das costas da Terra Nova, ele me disse: "A última vez que atravessei este trecho, há um mês, aconteceu uma coisa que revolucionou toda a minha vida cristã. Encontrava-se a bordo George Müller.

Eu estivera 24 horas na ponte de comando. George Müller procurou-me e disse: 'Capitão, vim dizer-lhe que preciso estar em Quebec no sábado à tarde.' É impossível', respondi. 'Muito bem, se o seu navio não pode levar-me, Deus achará outra maneira. Há 57 anos que nunca quebro um compromisso. Desçamos até a cabine de mapas. Vamos orar.'

"Olhei para aquele homem de Deus e pensei de que asilo de lunáticos teria ele fugido. Eu jamais tinha ouvido coisa semelhante. 'Sr. Müller', disse eu, 'o senhor sabe a densidade desta neblina?' 'Não', respondeu ele, 'meus olhos não estão fixos na densidade da neblina, mas no Deus vivo, que controla cada circunstância da minha vida.'

"Ele se ajoelhou e fez uma das orações mais simples que já ouvi, e quando acabou, eu iria orar; mas ele pôs a mão no meu ombro e me disse que não o fizesse. 'Em primeiro lugar, você não crê que Ele atenderá, e em segundo, eu creio que ele já respondeu, e não há mais necessidade de que você ore.'
 
"Olhei para ele, e ele me disse: "Capitão, já faz 57 anos que eu conheço o meu Deus, e nunca houve um só dia que eu deixasse de ter audiência com ele. Levante-se, Capitão, e abra a porta, e verá que a neblina se foi.'.

Levantei-me e vi que assim era. No sábado à tarde, George Müller estava em Quebec para o seu compromisso." — Selecionado.