Faleceu hoje o irmão que a vida me deu. Manoel, Maneco, o Tchê.
Desde quando eu tinha 17 anos, quando nos conhecemos, a amizade veio seguindo, sem nenhuma briga, nem desavença, nem mal entendido. Sempre sorrimos muito um com o outro, um do outro e da vida em si. Muitos anos estudando teatro juntos, muitos e muitos dias de praia, de conversas intermináveis varando a noite, projetos de vida compartilhados, um torcendo sempre pelo projeto do outro. Mesmo quando ele foi para a Bahia, ou quando foi para São Paulo, mantínhamos o contato via correios.
Bom, sincero, desinteressado, franco, honesto, amigo, irmão. Nunca me disse uma coisa pensando outra. Nunca me fez nenhum mal, só bençãos. Sempre nos sentimos à vontade, um com o outro. Nunca nos incomodávamos com nada. Sempre haviam modos ou jeitos de conviver em paz e em gratidão pelo simples fato de sermos amigos, mais que isso, irmãos.
Nesses últimos tempos de sua doença severa, tive a oportunidade de passar algumas tardes com ele. A conversa: a Palavra de Deus e o que ela nos dá. O Tchê aceitou ouvir, mais do que nunca. Me parava em meio às longas histórias. Queria saber mais, saber melhor, entender detalhes. Creu porque entendeu. E, por fim, aceitou Jesus Cristo como seu único e suficiente Senhor e Salvador.
Meu amigo foi para onde eu vou. Até lá sentirei muitas saudades. Mas estou em paz.
Tchê é meu amado irmão, em Cristo.
Deixa a esposa Dedé e o filho Onã.
Até lá Tchê!