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domingo, 19 de fevereiro de 2017

FIDELIDADE, FIRMES NA FÉ

Fé é uma palavra que significa "confiança", "crença", "credibilidade". A fé é um sentimento de total crença em algo ou alguém, ainda que não haja nenhum tipo de evidência que comprove a veracidade da proposição em causa.

Ter fé implica uma atitude contrária à dúvida e está intimamente ligada à confiança. Em algumas situações, como problemas emocionais ou físicos, ter fé significa ter esperança de que algo vai mudar de forma positiva, para melhor.

De acordo com a etimologia, a palavra fé tem origem no Grego "pistia" que indica a noção de acreditar e no Latim "fides", que remete para uma atitude de fidelidade.

No contexto religioso, a fé é uma virtude daqueles que aceitam como verdade absoluta os princípios difundidos por sua religião. Ter fé em Deus é acreditar na sua existência e na sua onisciência. A fé é também sinônimo de religião ou culto. Por exemplo, quando falamos da fé cristã ou da fé islâmica.

A fé cristã implica crer na Bíblia Sagrada, na palavra de Deus, e em todos os ensinamentos pregados por Jesus Cristo, o enviado de Deus. Na Bíblia há inúmeras referências ao comportamento do cristão que age com fé. Uma das frases sobre o tema afirma que "a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem". (Hebreus 11.1).

Os principais elementos da “fé” em sua relação com o Deus invisível, distinta da “fé” no homem, estão especialmente englobados no uso desse substantivo e do verbo correspondente, pisteuo; sendo eles:
(1) uma firme convicção, que produz um reconhecimento pleno da revelação ou da verdade de Deus, por ex., 2 Tes. 2.11,12; 
(2) uma entrega pessoal a Ele, João 1.12; 
(3) uma conduta inspirada por essa entrega, 2 Co. 5.7.


FIDELIDADE


“E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos” (Gálatas 6.9).

O fruto do Espírito conhecido como fidelidade fala de persistência, firmeza de propósito, especialmente quando o caminho é árduo.

Fidelidade inclui firme lealdade, submissão inabalável; persistência sugere liberdade da incerteza; firmeza envolve tal submissão aos princípios ou propósitos que não sejam abandonados, e resolução que destaca determinação sem vacilar.

No entanto, “fé” e “fidelidade” embora estejam bem próximas, não são a mesma coisa. A fé é aquele poder indefinível, dom de Deus, pelo qual podemos crer em uma realidade que ainda permanece invisível. “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem” (Hb 11.1). Fidelidade, em contraste, é o funcionamento desse sistema de crenças interiores. Quando temos fé em Deus, agimos com fidelidade. Os atos de fidelidade são a demonstração de nossa fé e as linhas que dão coesão ao nosso sistema de crenças e comportamento.

Vivemos em uma sociedade onde as pessoas acreditam, erroneamente, que ser bom é ser fraco. Mas, tal virtude revela um caráter maduro e forte, leal a Deus e ao próximo. Como discípulos de Jesus, nosso exemplo maior de bondade, precisamos evidenciar nossa afabilidade por intermédio de ações e palavras. Não basta apenas dizer que é bondoso. As pessoas precisam ver esse aspecto do fruto do Espírito em suas palavras e ações e em seu dia a dia. Fidelidade, firmes na Fé.


No inicio da conversão, muitos desenvolvem uma fé inabalável, revelando sua fidelidade ao Senhor. Mas com o passar dos anos, diante das muitas dificuldades, os crentes vão esmorecendo na fé e comprometendo a sua fidelidade para com o Senhor. Não podemos nos esquecer que precisamos permanecer fíeis até o fim (Ap 2.10). É preciso perseverar! Vivemos tempos difíceis e somente um coração fiel a Deus e à sua Palavra pode nos livrar das heresias e da apostasia.


ARGUMENTO TEOLÓGICO


A fidelidade como fruto do Espírito tem muito a ver com a moral e ética cristã. Esse fruto abençoado coloca o padrão cristão no nível de responsabilidade em palavras e ação. Houve um tempo em que a palavra de um homem tinha grande valor e um aperto de mão era tão bom quanto um contrato assinado. Isto não parece ser verdade em nossos dias. Mas o homem que anda com Deus é diferente, porque nele está o fruto que é lealdade, honestidade e sinceridade. O Espírito Santo sempre concede poder para o cristão ser um homem de palavra.


A fidelidade como fruto do Espírito nos torna leais a Deus, leais a nossos companheiros, amigos, colegas de trabalho, empregados e empregadores. O homem leal apoiará o que é certo mesmo quando for mais fácil permanecer calado. Ele é leal quer esteja calado. Ele é leal quer esteja sendo observado, quer não. Este princípio é ilustrado em Mateus 25.14-30. Os servos que eram fiéis e fizeram como foram instruídos mesmo na ausência do senhor foram elogiados e recompensados.


Princípios de Fidelidade Objetivo 


Combinar os termos identificadores com os princípios de fidelidade. Lemos no texto de Romanos 5.1-2: “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; pelo qual, também, temos entrada, pela fé, a esta graça, na qual estamos firmes...”. Posto isto, a fé é o fundamento da fidelidade e das outras virtudes que fazem parte do fruto do Espírito.  A nova vida que temos em Cristo deve caracterizar-se pela fidelidade e pela sinceridade em contraste com a antiga vida pecaminosa.  Vamos estudar agora alguns importantes princípios da fidelidade.  Esses princípios devem moldar o estilo de vida do crente, atingindo todos os seus relacionamentos. 

A fidelidade e o amor. 

Diz Gálatas 5.6: “Porque, em Jesus Cristo, nem a circuncisão nem a incircuncisão têm virtude alguma; mas, sim, a fé que opera por amor”. A fé como alicerce requer o amor para que se expresse e opere. Da mesma maneira que marido e mulher provam o seu amor mútuo pela sua fidelidade um ao outro, assim também provamos o nosso amor a Deus pela nossa fidelidade à Sua Palavra e à Sua vontade.

Precisamos entender o significado da palavra fé. Examinemos, portanto, os seus aspectos

- A fé natural. Todo homem nasce com uma fé natural, relacionada simplesmente ao raciocínio humano. Quando embarcamos em um avião, precisamos acreditar que o avião está em condições mecânicas suficientes para o vôo, e que o piloto possui o treinamento e a aptidão necessária para conduzir o avião. Exercemos esta fé em nosso cotidiano de variadas formas. Sendo assim, podemos crer em Deus, sem, contudo, relacionarmo-nos com Ele.

-A fé salvífica. É concedida a nós quando ouvimos a Palavra de Deus ungida pelo Espírito Santo (Romanos 10.17 - Efésios 2.8, 9). Diante disso, fundamentados nesta fé, devemos confessar nossos pecados e aceitar o dom da salvação divina (Atos 16.30, 31).

-A fé ativa. Depois que aceitamos a Cristo, alcançamos uma fé duradoura, ou seja, uma crença firme e resoluta em Deus. Mediante esta, permanecemos confiando em Deus independentemente de qualquer circunstância. A fé viva impede-nos de sermos vencidos pelas provações (2 Coríntios 4.13).

-O dom espiritual da fé. É outorgado à igreja de forma sobrenatural como apraz ao Espírito Santo (1Co 12.9). Esta fé manifesta-se na igreja através de milagres, curas e outras demonstrações de poder do Espírito de Deus. É a fé divina mediante um dos dons do Espírito Santo, operando no homem (Marcos 16.17, 18).

-O fruto da fé (fidelidade). Diferente do dom, esta fé cresce dentro de nós (2 Coríntios 10.15 - 2 Tessalonicenses 1.3). Jesus mencionou-a em Marcos 11.22: “Tende fé em Deus”. Esta é a fé revelada num caráter íntegro e santificado segundo a Palavra de Deus.

-A fé como crença. Aquilo que é crido ou o conteúdo de uma crença é chamado de fé pessoal (At 6.7). Nesta passagem, os sacerdotes aceitaram a doutrina do Evangelho; que passou a ser a sua fé; seu modo de crer em Deus.

Há alguns princípios importantes relacionados à fidelidade. Estes devem moldar o estilo de vida do cristão e nortear seus relacionamentos.

A fé, como fundamento, requer amor para expressar-se e manter-se ativa (Gálatas 5.6). Da mesma forma que os cônjuges demonstram seu amor um pelo outro mediante a fidelidade, provamos o nosso amor a Deus por meio da fidelidade à Sua Palavra e à Sua vontade.


A fé nos mantém na presença de Deus.


Fé é a característica que devemos buscar desenvolver da melhor forma possível, pois sem ela não poderemos agradar ao Senhor (Hb 11.6). É através da fé que nos tornamos mais íntimos de Cristo, porque nela temos a firme certeza do cumprimento da promessa divina acerca da vinda de Seu Filho para buscar os Seus. É importante destacar que a fé não consiste somente em crer e confiar em Deus. A fé apresentada por Paulo como característica do fruto do Espírito está relacionada à busca pelo servo de Deus em ser honesto e fiel, pois, sendo Deus fiel, Ele espera que também sejamos, para que possamos desfrutar de uma perfeita comunhão com Ele através da pessoa de Seu Filho (1Co 1.9).


A fé nos mantém fiéis ao Criador.


Quando o homem consegue desenvolver a fé do fruto do Espírito, ele passa por um processo de renovação que o mantém fiel ao seu Criador; independentemente da situação a qual venha ser exposto. Se em alguma circunstância se apresentar uma condição propícia à infidelidade, o homem de fé certamente irá negar-se a si mesmo, permitindo que a ação do fruto do Espírito domine o seu interior. A fé nos leva a entender que mesmo em meio a tribulações da vida é melhor seguir a Cristo (Lc 9.23). A certeza da nossa fé e a pureza de nosso coração nos colocam debaixo da provisão de Deus, pois Ele é o único que pode nos dar garantia de que irá cumprir o que prometeu (Hb 10.22-23).


A fé nos garante a vitória do arrebatamento.


Em alguns momentos da vida, o servo fiel passa e passará por situações de sofrimento. Entretanto, não podemos permitir que tais sofrimentos abalem a nossa fé. Se permanecermos fieis a Cristo, teremos então a nossa fé purificada e isso irá nos garantir uma certeza de vitória no dia da vinda do Cordeiro. O Senhor Jesus tem em alta conta aqueles que são perseverantes nas provações e que em todo tempo têm firmada sua fé nEle. Uma postura de fé é preciosa aos olhos de Deus e tem um valor inestimável por toda eternidade (1Pe 1.6-7). Ter um posicionamento firme de fidelidade fornece ao indivíduo a certeza da salvação (1Co 15.58).


A fidelidade de Deus e a mídia.


Os cristãos enfrentam um grande problema na sociedade atualmente: conviver com uma mídia doente e perversa. No entanto, a Bíblia nos orienta a não nos conformamos com este século (Rm 12.2). Devemos nos fortalecer sempre na Palavra de Deus (At 2.40; Tt 2.12; Hb 3.12-13; Tg 4.4; 1Pe 1.13-15).


A fidelidade e o sofrimento. 


A fidelidade inclui o sofrer por Cristo e com Cristo.  Quanto a isso, a fidelidade está intimamente associada à persistência ou resistência, que já estudamos na lição anterior. A Epístola aos Hebreus foi escrita numa época em que os cristãos estavam sob feroz perseguição. Num ambiente assim é que a nossa fé é realmente provada.  Em Hebreus 6.12, os elementos da fidelidade e da resistência no sofrimento são destacados: “Para que vos não façais negligentes, mas sejais imitadores dos que, pela fé e paciência, herdam as promessas”. A fidelidade é fruto do Espírito, sendo capaz de resistir firme sob quaisquer circunstâncias. 


A fidelidade e os nossos votos.


A fidelidade como fruto do Espírito muito tem a ver com a moral e a ética cristã.  Este bendito fruto faz com que o padrão cristão se caracterize pela responsabilidade nas ações e nas palavras. Já houve tempo em que a palavra de um homem tinha grande valor; quando um aperto de mão valia tanto como um contrato escrito. Infelizmente isso não acontece muitas vezes, nos nossos dias.  Porém, o  homem  que  anda  na  presença  de  Deus  precisa  de  ser  diferente,  pois  nele manifesta-se  o  fruto  do  Espírito,  que  também  envolve  a  lealdade,  a  honestidade  e  a  sinceridade.  O Espírito Santo confere o Seu poder ao crente para que ele seja fiel à palavra empenhada – alguém que cumpre os seus votos. Diz Eclesiastes 5.5: “Melhor é que não votes do que votes e não pagues”.   



IDOLATRIA


“Eu sou o Senhor; este é o meu nome a minha glória, pois a outrem não darei, nem o meu louvor à imagens de escultura” Isaias 42.8


O que Deus diz sobre idolatria?


A idolatria ofende a Deus. Tudo que toma o lugar de Deus em nossa vida é idolatria. Só Deus merece adoração. O segundo mandamento proíbe a idolatria (Deuteronômio 5.8-10).


Os povos vizinhos de Israel adoravam ídolos, que são imagens de deuses. Eles acreditavam que os deuses moravam dentro das imagens e que podiam ser manipulados com rituais e sacrifícios. Muitos israelitas adotaram os ídolos e os rituais idólatras desses povos (Juízes 2.11-12). Mas a Bíblia diz que só há um Deus, que é espírito e não pode ser representado por imagens nem objetos criados por homens (João 4.24). Deus não mora dentro de estátuas nem pode ser manipulado. Não existem outros deuses; quem acredita neles acredita em uma mentira.


Os Querubins da Arca


A Passagem Bíblica sobre os querubins colocados no propiciatório da arca da aliança (Êx. 25.18-20), advogada pelo teólogos romanistas para justificar a prática idólatra, não se reveste de sustento  algum.

Porque não existe na Bíblia nenhuma passagem sequer que mostre um israelita dirigindo as suas orações aos querubins. O propiciatório era a figura da redenção de Cristo (Hb. 9.5-9). A Bíblia condena terminantemente o uso de imagem de esculturas no meio do altar (Êx. 20.4-5; Dt. 5.8-9). Jesus disse: “Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás.” (Mt. 4.10). O Anjo disse a João: “Adora somente a Deus” (Ap. 19.10; 22.9). Pedro recusou ser adorado por Cornélio (At. 10.25-26)


Os idólatras não entrarão no Céu.


“Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus.” ICo 6.9-10.


O que é heresia?


Heresia é ensinamento desviado da Palavra de Deus, em outras palavras: facção que é obra da carne (Gl 5.20). Herege é um termo usado na Bíblia para se referir ao indivíduo ou grupos que, deixando a sã doutrina do Senhor, preferem andar teimosamente segundo o seu próprio pensamento e interpretação abraçando erros doutrinários. Nas epístolas do N.T. nos é recomendado evitar tais homens, porque não passam de falsos irmãos (II Co 11.13). Preste atenção na mensagem abaixo:

“Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade” (II Pe 2.1-2)


O perigo da heresia


Desde os tempos bíblicos, os pensamentos e costumes mundanos procuram se misturar à doutrina do SENHOR. Por isso, observamos que um terço das mensagens do Novo Testamento está relacionado ao combate às heresias. A igreja de Deus, cheia do Espírito Santo, precisa vigiar e defender a sua fé perante as heresias que constantemente ameaçam a sã doutrina recebida pelo Senhor.


“Cuidado que ninguém vos venha enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo” (Cl 2.8)


CONCLUSÃO - Alcançamos misericórdia para sermos fiéis (I Coríntios 7.25). A salvação de Jesus nos põe na fidelidade a Ele e nos mantém firmes na obediência à Sua Palavra.

A fidelidade nos envolve pessoalmente e em nosso relacionamento com Deus. 
Fiel é quem não duvida de Deus. 
Fiel é quem não começa com o Espírito e segue a procissão da carne. 
Fiel é quem começa com Deus e continua caminhando com Ele (Apocalipse 17.14).

Sejamos fiéis até a morte para alcançarmos a Coroa da Vida (Apocalipse 2.10).

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Pr. Adaylton Conceição de Almeida (Th.B.; Th.M.; Th.D.)
Ass. de Deus em Santos (Ministério do Belém) - São Paulo.
Email: adayl.alm@hotmail.com
Facebook: adayl manancial



BIBLIOGRAFIA

Anderson Quadros – Mensagens Bíblicas
Josaphat Batista – Fidelidade
Carlos Roberto Martins de Souza – Idolatra, eu?
Jefferson Montanha – O que é idolatria?

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