Um pastor de cabras beduíno descobriu os manuscritos do Mar
Morto acidentalmente em 1947. Imagino que, quando a comunidade judaica Qumran
os escondeu, poucos anos antes da destruição de Jerusalém no ano 70, eles se
perguntavam quem um dia os encontraria. O que não sabiam — nem o pastor de
cabras, nem os judeus essênios — era que Deus já tinha planejado tudo desde o
início!
No final de 1947, as Nações Unidas se reuniram para votar o
que se chamava Plano de Partilha. Eles iriam tomar os 20% de terra
remanescentes que a Grã Bretanha havia prometido ao povo judeu na declaração de
Balfour – 80% já tinham sido doados para criar o novo país árabe da Jordânia –
e criar outro estado árabe para os árabes e um minúsculo estado para os judeus.
(A propósito, se alguém lhe disser que precisa haver um território para os
palestinos, você pode responder que ele foi criado em 1921 e se chama Jordânia!)
Enfim… o voto foi marcado para o dia 29 de novembro.
Eleazar Sukenik |
Voltando aos manuscritos, o pastor de cabras não fazia ideia
do que ele havia encontrado. Colocaram-no em contato com um negociante de
antiguidades em Jerusalém, cujo nome era Kando. Quando o professor Eleazar
Sukenik da Universidade Hebraica soube da descoberta, ele ficou intrigado.
Pondo sua vida em risco, devido às tensões entre judeus e árabes por causa do
voto da ONU, ele marcou um encontro com Kando e após uma breve inspeção, foi a
Belém para ver os outros manuscritos. Ele ficou perplexo ao perceber o que
poderia estar lendo.
“Minhas mãos tremeram quando comecei a desenrolar um deles.
Li algumas frases. O documento foi escrito num belo hebraico bíblico. A
linguagem era como aquela de Salmos, mas o texto era desconhecido para mim.
Examinei e examinei e, de repente, tive a sensação de que havia sido
privilegiado pelo destino de poder contemplar um Manuscrito Hebraico que não
tinha sido lido por mais de 2 mil anos.”
Depois de algumas negociações, ele partiu com os manuscritos
e pegou o ônibus de volta para Jerusalém. Ele estava cercado por árabes e muito
nervoso. Será que ele conseguiria chegar à sua casa com sua carga preciosa?
Sim, e assim que chegou, debruçou-se sobre os manuscritos para se tornar ainda
mais convencido da sua descoberta histórica.
E é aqui que a coisa fica doida! Vou apenas citar o
professor:
Enquanto eu estava examinando esses documentos preciosos no
meu escritório, as notícias do fim do dia no rádio anunciaram que as Nações
Unidas votariam sobre a resolução naquela noite — se Israel poderia ou não se
tornar uma nação. Meu filho mais novo, Mati, estava no cômodo ao lado, girando
os botões de rádio num esforço para sintonizar uma estação de Nova Iorque… De
tempos em tempos, ele vinha me fazer um breve comentário sobre o que havia sido
noticiado. Já era mais de meia-noite quando a votação foi anunciada. E eu
estava concentrado numa passagem particularmente fascinante num dos manuscritos
quando meu filho entrou correndo com o grito de que o voto a favor do Estado
Judaico havia sido aprovado. Esse grande evento na história judaica foi, dessa
forma, combinado em minha casa em Jerusalém com outro evento, não menos
histórico. O primeiro foi político e o outro, cultural.
O momento exato em que isso aconteceu foi claramente
profético. Os manuscritos ficaram escondidos sem que ninguém os achasse por
aproximadamente 2 mil anos. E no mesmo dia, exatamente no mesmo dia, em que o
renascimento de Israel foi confirmado, um professor judeu confirma a existência
do antigo Israel. Você precisa ser muito desonesto intelectualmente se quiser
afirmar que Deus não estava por trás do renascimento dramático de Israel.
Ron Cantor
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