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quarta-feira, 1 de março de 2017

MANSIDÃO TORNA O CRENTE APTO PARA EVITAR PELEJA


MANSIDÃO. Não existe uma virtude mais incompreendida que a mansidão. O problema é o conceito coletivo, aquilo que as pessoas acreditam ser mansidão e quase sempre mansidão não é nada do que as pessoas definem como tal. O dicionário diz que mansidão é a característica do que é manso, diz que mansidão é sinônimo de gênio brando, de suavidade, de temperamento fácil, meiguice, mas o pior mesmo é definir mansidão como falta de agitação (lerdeza).

Mansidão não é lentidão, não é uma característica de quem é desprovido de atitude, de força, de vigor. Mansidão é tranquilidade (como também define o dicionário), mas tranquilidade de espírito, nada tem a ver com preguiça, com falta de pressa em fazer alguma coisa.

QUE É MANSIDÃO? 

(na Bíblia, “força sob controle” – era utilizada para falar, por exemplo, de um cavalo selvagem que foi domado. O cavalo selvagem, quando domado, continua tendo tanta força e energia como antes, mas agora pode ser controlado). Ser manso não significa ser fraco, covarde. 

O QUE É MANSIDÃO? 


O termo grego empregado em Gl 5.23 é “prautes” que significa no português: manso, modesto, plácido, gentil, simples, calmo, brando.

Sinônimos de Mansidão: brandura, afabilidade, amenidade, bondade, delicadeza, docilidade, meiguice, moderação, suavidade, ternura, condescendência, flexibilidade, etc.

Antônimo de Mansidão: Dureza, truculência, austeridade, rudez, braveza, crueldade, severidade, agressividade, etc. 

A MANSIDÃO. Gl 5.22,23 “Mas o fruto do espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio”. “Bem aventurados os mansos, porque herdarão a terra”. Mateus 5.5


A mansidão trata do meu relacionamento com outras pessoas. Fala da maneira como trato essas pessoas, como elas me veem e como eu reajo diante delas. Ser manso não significa ser uma pessoa fraca e nem uma pessoa que tem um semblante triste. Ser manso é ser como Jesus. Ele disse: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração” (Mt 11.29). Mansidão é uma qualidade espiritual produzida na pessoa cuja vida está submissa a atuação do Espírito Santo. O profeta Zacarias escreveu: “Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 4.6). A mansidão é o ponto de equilíbrio entre dois extremos: de um lado, excessivamente zangado e do outro lado excessivamente bondoso. Paulo escreveu ao jovem pastor Timóteo: “Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim, deve ser brando (manso) para com todos, apto para instruir, paciente, discipulando com mansidão os que se opõem...” (II Tm 2.24-25).


A pessoa mansa se destaca na sociedade porque esta qualidade quase nunca é demonstrada. O mundo diz que devemos nos afirmar e defender nossos direitos, mas alguém com esta qualidade não exige a sua própria vontade e nem os seus próprios direitos. A pessoa mansa está disposta a entregar o seu caso a Deus, que julga retamente. Paulo aconselha: “Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros” (Fl 2.3-4). 

Mansidão, uma virtude do Espírito 

A Bíblia contém muitas promessas para os mansos. Citaremos algumas delas, como:

. Os mansos herdarão a terra (Mateus 5.5).

. Mansidão é condição para ter paz de espírito. Muitas pessoas reclamam não ter paz, mas um dos pré-requisitos para ter paz é buscar um caráter de mansidão (Salmo 37.11).

. Quem tem mansidão tem o Fruto do Espírito. Alguém que alcança a mansidão é porque tem o Fruto do Espírito em sua vida (Gálatas 5.22).

. Através da mansidão, conseguimos suportar-nos em amor, e guardamos a unidade do Espírito no Corpo (Efésios 4.1,2).

. Uma pessoa mansa recebe a palavra com muito mais qualidade do que alguém enraivecido. Ela vive mergulhada na Palavra de Deus (Tiago 1.21).

Talvez um dos textos bíblicos mais conhecidos por falar em mansidão seja o Sermão da Montanha (Mateus 5). Jesus atraiu multidões e ali trouxe muitos ensinamentos sobre o povo, dentre eles, ensinou sobre mansidão. Jesus Se comunicava com as pessoas com amor e mansidão. Ele sabia como passar a Boa Notícia do Reino de Deus.

A palavra mansidão transmite o sentido de brandura, ternura. Uma pessoa mansa transmite paz e segurança, porque venceu a agitação do dia a dia, é uma pessoa que venceu a ira.

Quando Jesus ensinou o povo sobre mansidão, referindo-se que os mansos herdarão a terra, em Mateus 5.5, é porque para eles, desde o Antigo Testamento, terra simbolizava mais que um mero terreno. Representava a bênção e a presença de Deus. Uma das causas de Moisés não ter herdado a terra, entrado na terra prometida, apesar de ser considerado pela Bíblia o homem mais manso, foi ter se irado diante das águas de Meribá.


O QUE NÃO É MANSIDÃO


É totalmente diferente de se depreciar! Veja as quatro ilustrações a seguir:


1ª) Existem “irmãos” que vivem dizendo: Eu não sou nada, sou menos que um verme; não olhe para a minha vida, etc...
Isto não é mansidão, e sim, falsa humildade!

2ª) Outro caso é daquele irmão bem relaxado; largado e desorganizado. Quando exortado, ele logo afirma: Eu sou humilde! Triste é que muitos irmãos realmente acham que este tipo de gente é humilde.

3ª) Quem já ouviu aquele tipo de oração lastimosa e triste, quando aquele que está orando fala assim: Oh! Deus! Eu sou um porcaria; pior do que uma mosca; Não sou ninguém ...
Este é um tipo de hipocrisia.

4ª) O último caso é daquele pastor, ou membro de igreja, que deixa tudo “correr frouxo” na sua igreja ou em casa, e as pessoas comentam ao seu respeito: Que homem humilde! Como ele é manso! Não briga com ninguém.


Os casos citados são exemplos de depreciação a si próprio, relaxamento e frouxidão!
Isto é pecado!

Ser manso não significa ser frouxo, se depreciar ou ser relaxado; muito menos falta de autoridade. Você pode muito bem chamar à atenção de alguém sendo manso. (IITm 2.24-26)


O MAIOR EXEMPLO


Sem dúvida alguma, o maior exemplo de mansidão está no Senhor Jesus. Ele disse: “aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração...” (Mt 11.29b) Jesus é manso, por isso mansidão faz parte do Fruto do Espírito. Jesus foi um homem de Seu tempo, cheio de atitude, de personalidade, de vigor físico e espiritual. Jesus nunca foi preguiçoso, lento, leniente (em quem há excesso de tolerância), antes, discutiu com os religiosos de Sua época, respondeu todas as perguntas que lhe fizeram e pegou em chicote para expulsar os comerciantes de dentro do Templo.
O mundo acredita que alguém manso é uma pessoa covarde, insegura, fraca e temerosa, mas Jesus jogou por terra esta definição, pois sendo Ele manso não se acovardou diante dos “poderosos” da terra e desafiou os hipócritas diante deles próprios e de toda a multidão. Jesus nunca falou mal de ninguém pelas costas, mas dizia a verdade “na lata”, sem rodeios, sem hesitar.


Mansidão é  indispensável para:


•  Receber a palavra de Deus Tg 1.21. “Por isso, rejeitando toda a imundície e superfluidade de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar as vossas almas.” (Tg 1.21 ACF)

• A atuação de Deus em meu favor. “Mas julgará com justiça aos pobres, e repreenderá com equidade aos mansos da terra; e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará ao ímpio,” (Is 11.4 ACF)

• Conhecimento da vontade de Deus. “Guiará os mansos em justiça e aos mansos ensinará o seu caminho.” (Sl 25.9 ACF)

• Autoridade no falar. “Além disto, eu, Paulo, vos rogo, pela mansidão e benignidade de Cristo, eu que, na verdade, quando presente entre vós, sou humilde, mas ausente, ousado para convosco;” (2Co 10.1 ACF)

• Em restaurar crentes mais fracos. “Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado.” (Gl 6.1 ACF).

Podemos notar este espírito de mansidão nos grandes homens da Bíblia. Abraão deu a seu sobrinho Ló o direito de escolha, quando ele mesmo poderia ter escolhido as Campinas do Jordão. Isaque não brigou por causa dos poços que lhe foram tomados pelos pastores de Gerar. 

Davi, mesmo sendo ungido rei de Israel abriu mão de sua posição sendo perseguido por Saul. Moisés aguentou o povo murmurando durante quarenta anos na peregrinação do deserto. Você estaria disposto a submeter sua vontade à obra do Espírito Santo para que Ele desenvolva esta qualidade indispensável em sua vida? O preço será alto em termos de orgulho, poder e possessões, mas vale a pena sermos como Jesus: “Manso e humilde de coração”. Bem Aventurados os mansos entre todas as virtudes. Parece que Jesus quis destacar duas: mansidão e humildade. Ele fez questão de dizer que devemos tomar o seu jugo e receber a sua doutrina porque eu sou manso e humilde de coração (Mt. 11.29).
“Como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,” (Ef 4.1-2 ACF)


Podemos notar este espírito de mansidão nos grandes homens da Bíblia. Abraão deu a seu sobrinho Ló o direito de escolha, quando ele mesmo poderia ter escolhido as Campinas do Jordão. Isaque não brigou por causa dos poços que lhe foram tomados pelos pastores de Gerar. Davi, mesmo sendo ungido rei de Israel abriu mão de sua posição sendo perseguido por Saul. Moisés aguentou o povo murmurando durante quarenta anos na peregrinação do deserto. Você estaria disposto a submeter sua vontade à obra do Espírito Santo para que Ele desenvolva esta qualidade indispensável em sua vida? O preço será alto em termos de orgulho, poder e possessões, mas vale a pena sermos como Jesus: “Manso e humilde de coração”. Bem Aventurados os Mansos Entre todas as virtudes, parece que Jesus quis destacar duas: mansidão e humildade. Ele fez questão de dizer que devemos tomar o seu jugo e receber a sua doutrina porque eu sou manso e humilde de coração (Mt. 11.29).


ALGUNS EXEMPLOS DE COMO MOSTRAR NOSSA MANSIDÃO


Primeiro, seja compreensivo, não exigente, com as pessoas que lhe prestam um favor.

Lemos em Fp 2.4,5: “Que ninguém procure somente os seus próprios interesses, mas também os dos outros. Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar que Cristo Jesus tinha...” .

Vou lhe perguntar: Como você trata as pessoas que lhe prestam algum serviço? ...o balconista, o caixa do banco, a secretária? É indiferente, como se fizessem apenas parte da mobília do lugar?

Estão ali para prestar serviço, mas são pessoas! Cumprimente-as, dê-lhes um aperto de mão, um sorriso...

“Valorize as pessoas, elas não são descartáveis”. Seja manso!

Mas em primeiro lugar, você tem de ser manso em casa.

A Bíblia diz em 1Pe 3.4 que as esposas devem se adornar com “um espírito manso e tranquilo” – isso tem mais valor que qualquer roupa que vista ou perfume que passe no corpo! (a mansidão é um atributo atraente na mulher).

E na mesma página, a Bíblia diz aos maridos (1Pe 3.7): “Do mesmo modo vocês, maridos, sejam sábios no convívio com suas mulheres e tratem-nas com honra, como parte mais frágil e coerdeiras do dom da graça da vida, de forma que não sejam interrompidas as suas orações”.

Portanto, seja compreensivo, não exigente para com as pessoas que o servem e para com as que convivem com você.

Segundo, seja complacente, não crítico, com aqueles que erram.

Gl 6.1,2 diz: “Irmãos, se alguém for surpreendido em algum pecado, vocês, que são espirituais, deverão restaurá-lo com mansidão. Cuide-se, porém, cada um para que também não seja tentado...”.

A tentação aqui pode ser muito bem a de ser crítico, de ser “mais santo do que o outro” e essa é a reação errada para com um irmão que está lutando contra o pecado.

Às vezes olhamos para os erros dos outros com lente de aumento e ficamos à dizer a mesma coisa que diz o lápis para o papel, quando quebra a ponta: “você vive me desapontando!”

Rm 14.1: “Aceitem o que é fraco na fé...”.

Por que devemos nos esforçar para não ser críticos? Foi assim que Cristo nos tratou!

Rm 15.7 revela o seguinte: “...aceitem-se uns aos outros, da mesma forma que Cristo os aceitou, a fim de que vocês glorifiquem a Deus”.

Terceiro, seja delicado com as pessoas que discordam de você, e não se sinta derrotado.

É um fato da vida que você nunca poderá agradar a todo o mundo (você vai sempre conhecer pessoas que gostam de instigar, discutir e brigar).

Imagine ainda essa cena: - "Eu? Levar desaforo para casa? É ruim, hein! Mas nem morto! Você não me conhece!" - "Espere aí, você não é crente?" - "Sou, sou crente mas não tenho sangue de barata! Até lá na igreja mesmo, quando fazem alguma coisa que me provoca, eu solto os bichos!!!" - "Mas, irmão... - "Que irmão o quê! Me larga, me larga!!"

Como você deve reagir diante dessas pessoas? ...você tem três alternativas: pode se calar, reagir com ira, ou responder com mansidão.

Se você se calar diante de pessoas briguentas, é como se dissesse à elas: “Está bem, seja como você quiser”. É a paz a qualquer preço, mas isto não compensa.

Se você reagir com ira, irá em frente, atacará seja quem for que fique contra a sua opinião; mas a ira é geralmente um sinal de insegurança – a pessoa se sente insegura, imagina que vai perder, então, pra compensar, fica irada.

Mas a terceira alternativa é responder com mansidão; é o método que Deus quer que você escolha.

Esse tipo de reação exige equilíbrio, mas é abençoado!

Pv 15.1 diz: “A resposta calma [branda] desvia a fúria, mas a palavra ríspida desperta a ira”. 


AS PELEJAS (discórdias)

PELEJAS (gr. eritheia), i.e., ambição egoísta e a cobiça do poder (2Co 12.20; Fp 1.16,17).
Meus amados, a luta pelo poder é algo bastante comum entre as pessoas neste mundo voltado para o eu e cheio de orgulho e soberba. Apesar de ser comum, o cristão não deve ser levado por essa busca ambiciosa, mais o triste é que muitos se envolvem nesta luta, e, pior ainda, é encontrar este sentimento dentro da igreja no que se refere a cargos, posições, serviços e ministérios. Jesus já afirmava em certa ocasião, quando os apóstolos “ensaiaram” uma disputa entre eles, que no reino de Deus as coisas não deviam ser assim (Mt 20.26-28).

Nosso assunto de hoje é justamente a respeito desta disputa pelo poder.

Quando verificamos o original grego, percebemos que a palavra para ‘peleja’ é “eritheiai” que é mais corretamente traduzida para a língua portuguesa como discórdias.

A palavra discórdia tem o mesmo sentido que desavença, divergência, desarmonia e discordância pensamentos. Esta tradução nos fornece uma melhor definição e diferenciação com relação à porfia.

Considerando o fato de que no momento em que existe desarmonia e divergências de pensamentos dentro da igreja sempre haverá uma busca por primazia por parte de alguém, as discórdias são acompanhadas pela ambição de poder e formação de partidos dentro da congregação. Aquele que busca a primazia busca também atrair outros após si mesmo.

Esta é uma das formas em que se manifesta o egoísmo e a soberba. De fato, no original grego o termo para discórdia dá sempre uma noção de luta pelo poder.

O Senhor Jesus orientou aos seus discípulos para que não houvesse entre eles qualquer espécie de luta por poder (Mc 9. 33-35). João, o apóstolo, viu-se em uma situação bastante difícil com um tal de Diótrefes que buscava o domínio da igreja ( III Jo. 9-11 ).

Uma das causas da formação de partidos na igreja de Corinto eram as discórdias e contendas entre os irmãos (I Co 1.11- 13). Existiam os “defensores de Apolo”, “os defensores de Jesus”, “os defensores de Paulo” e “os defensores de Pedro”.

Como vencer a carne

Somente alguém que busca santidade vence a carne que nos assola diariamente. O homem santo vence a carne, a carnalidade, o pecado, porque sabe que não depende dele mesmo, mas de Deus. Vence porque vive os Princípios. As pessoas que vivem os Princípios não se deixam enganar pelas obras da carne.

O homem que vive no espírito está em cobertura segura. Este livra sua rota da carne e se consolida no espírito. Precisamos de pessoas que tenham o Fruto do Espírito em suas vidas. Quem tem o Espírito Santo é transformado a ponto de as pessoas que caminham ao seu redor, também serem transformadas.

Deus quer nos dar a bênção de não permitirmos que as obras da carne tenham mais poder do que o viver no espírito em nós. Viver em santidade, pelo Fruto do Espírito, é a garantia que temos de que viveremos para Deus, agradando-O em toda nossa forma de viver.


Pr. Adaylton Conceição de Almeida (Th.B.;Th.M.;Th.D.)
Ass. de Deus em Santos (Ministério do Belém) - São Paulo.

Email: adayl.alm@hotmail.com

Facebook: adayl manancial



BIBLIOGRAFIA

Adaylton de Almeida Conceição – Ser Manso e Humilde

Walter Pacheco da Silveira – Mansidão



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