Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo
mesmo Espírito ao deserto, durante quarenta dias, sendo tentado pelo
diabo. (Lc 4.1,2)
Jesus estava cheio do Espírito Santo, e, contudo, foi tentado. Muitas
vezes a tentação assalta a um homem, e mais forte ainda, quando ele está
mais perto de Deus. Como alguém já disse, "O inimigo alveja alto". Ele
levou um apóstolo a dizer que nem conhecia a Cristo.
Poucos homens experimentaram tantos conflitos com o diabo, como Martinho
Lutero. Por quê? Porque Martinho Lutero ia sacudir o próprio reino do
inferno. Ah, e que conflitos experimentou João Bunyan!
Se um homem está cheio do Espírito de Deus, ele terá grandes conflitos
com o tentador. Deus permite a tentação porque ela nos faz o que as
tempestades fazem aos carvalhos — ela nos enraíza; e o que o fogo faz
nas pinturas em porcelana — ele as fixa.
Nunca reconhecemos melhor o quanto estamos presos a Cristo e como Cristo
nos tem presos a Ele, como quando o inimigo está usando toda a força
para nos atrair e afastar dEle; nessa hora sentimos o puxar da mão de
Cristo.
Não devemos encarar as aflições fora do comum como sendo a punição de
algum pecado fora do comum; às vezes elas vêm para pôr à prova graças
fora do comum. Deus tem muitos instrumentos cortantes e lixas ásperas
para o polimento de Suas joias; e aqueles que Ele particularmente ama e
deseja tornar bem resplandecentes, neles muitas vezes aplica esses
instrumentos. - Arcebispo Leighton
Eu dou meu testemunho de que devo mais ao fogo, ao martelo e à lixa do
que a qualquer outro instrumento da oficina do Senhor. Às vezes me
pergunto se eu teria jamais aprendido qualquer coisa a não ser por meio
da vara. Quando minha aula é no escuro é que eu vejo mais. — C. H.
Spurgeon
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