Parece-nos, pelo ensino desta parábola, que nós temos alguma coisa a ver
com o solo. A semente frutífera caiu num "coração reto e bom". Creio
que há pessoas sem profundidade que são como o solo sem muita terra —
aqueles que não têm um propósito real, que são movidos por qualquer
apelo comovente, ou por um bom sermão, uma melodia sentimental, e que, a
princípio, parece que vão produzir alguma coisa; mas não há muita terra
— não há profundidade, não há um propósito honesto e profundo, não há
um desejo real de conhecer o dever a fim de cumpri-lo. Olhemos para o
solo do nosso coração.
Quando um soldado romano era informado por seu dirigente de que, se
insistisse em seguir determinada expedição, provavelmente iria morrer, a
resposta era: "É necessário que eu vá; não é necessário que eu viva."
Isto é profundidade. Quando estamos assim convictos, alguma coisa
resultará daí. A natureza superficial vive dos seus impulsos,
impressões, intuições, instintos e, também, do que a cerca. O caráter
profundo olha para além dessas coisas e, enfrentando tempestades e
nuvens, avança para a região ensolarada do outro lado; ele espera pelo
amanhã, que sempre traz o reverso da dor e da aparente derrota e
fracasso.
Quando Deus nos faz profundos, então pode dar-nos também Suas verdades e
segredos mais profundos e confiar-nos coisas maiores. Senhor guia-me às
profundezas da Tua vida e livra-me de uma experiência superficial.
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