Disse-lhe um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar,... ele lhes
disse: Quando orardes, dizei: ... venha o teu reino. (Lc 11.1, 2)
Quando pediram ao Mestre: "'Ensina-nos a orar", Ele levantou os olhos e
percorreu os horizontes de Deus. Apanhou o supremo desejo do Eterno e,
enfeixando o resumo do que o Senhor intenta fazer na vida do homem,
condensou-o nestes três pontos compactos e ricos, dizendo: "quando
orardes, dizei: ... venha o teu reino."
Que contraste entre isto e muito do que nós ouvimos em oração. Quando
seguimos o intento do nosso coração, o que dizemos? "0 Senhor,
abençoa-me, abençoa a minha família, minha igreja, minha cidade, meu
país", e lá bem no final da nossa oração, vem um pedido pela extensão do
Seu Reino.
Já o Mestre começa onde terminamos. A ordem certa é: o mundo primeiro,
minhas necessidades pessoais em segundo. Só depois que a minha oração
atingiu cada continente e as ilhas mais remotas, depois que chegou ao
último homem, da raça mais obscura, depois de ter percorrido a extensão
do desejo e propósito de Deus, só então, segundo o ensino do Mestre, é
que peço um bocado de pão para mim.
Se Jesus deu o Seu tudo por nós e para nós na grandeza da Cruz, será
demais que Ele peça de nós a mesma coisa? Ninguém significará muito no
reino e nenhuma alma tocará sequer as orlas do poder, enquanto não tiver
entendido que os negócios de Cristo são a suprema ocupação da vida e
que todas as considerações pessoais, por mais importantes e caras que
nos sejam, lhes são secundárias.
"E o seu reino não terá fim." (Lc 1.33.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Você é muito bem-vindo. Deixe seu comentário para podermos ir melhorando.