Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. (Is 40.1)
Irmão, armazenemos reservas de consolação. Consolar era a missão do profeta.
O mundo está cheio de corações necessitados de consolo, mas para
estarmos capacitados para esse ministério, precisamos antes ser
preparados.
A preparação custa um alto preço, pois, se queremos de fato trazer
alívio às pessoas, nós também precisamos passar pelas dores que estão
provocando sofrimento e lágrimas em tantos corações nos dias de hoje.
Assim, a nossa própria vida se tornará a escola onde vamos aprender a
arte divina de consolar. Somos feridos, para aprender, pelo modo como o
Grande Médico nos liga as feridas, a dar os primeiros socorros aos
feridos, em toda parte.
Geralmente não conseguimos entender o motivo de passarmos por certos
sofrimentos. No entanto, se deixarmos passar o tempo, mais tarde
encontraremos muitos outros, com as mesmas aflições que agora temos.
Então poderemos contar-lhes como sofremos e fomos consolados. Enquanto o
fazemos, aplicamos nos aflitos o bálsamo que uma vez Deus aplicou em
nossa vida. Assim compreenderemos, no olhar faminto e no raio de
esperança que afastará dessas pessoas a sombra do desespero, por que
fomos um dia afligidos. Então bendiremos a Deus pela disciplina que nos
trouxe aquela reserva de experiência e de aptidão para socorrer.
Quando estive enfermo, certa vez, prostrado,
Aprendi, do modo como fui tratado,
Como pensar chagas,
Como ter cuidado
Com o membro dorido,
Com o membro pisado.
Na dor que sofri,
Sofrendo aprendi.
Quando pela angústia, certa vez, rasgado,
Aprendi, do modo em que fui consolado,
A levar consolo,
Ministrar cuidado,
Ao que tem sofrido,
Ao que está cansado.
Na dor que sofri,
De Deus aprendi.
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