Confio na tua palavra. (Sl 119.42)
A nossa fé será mais fraca ou mais forte, exatamente na proporção em que
crermos que Deus fará o que disse. A fé nada tem a ver com sentimentos
ou impressões, com improbabilidades ou com aparências externas. Se
desejarmos ligar as duas coisas — fé e sentimentos, fé e aparência — não
estaremos descansando na Palavra de Deus, porque a fé não precisa de
coisa alguma desse tipo. A fé descansa na Palavra de Deus. Quando cremos
na Sua Palavra, o nosso coração descansa.
Deus tem prazer em exercitar a nossa fé; porque é bênção para nós,
depois porque é bênção para a Igreja, e também para os de fora. Mas nós
evitamos o exercício, em vez de o recebermos como um bem. Quando vêm as
provas, deveríamos dizer: "Meu Pai Celestial põe nas minhas mãos este
cálice de aflição, para que eu possa ter alguma coisa agradável depois."
As aflições alimentam a fé.
Ah, deixemo-nos nas mãos do Pai Celestial! Seu coração tem prazer no bem
de Seus filhos. Mas as aflições e dificuldades não são os únicos meios
pelos quais a fé é exercitada e aumentada.
Há a leitura das Escrituras, através da qual podemos conhecer de perto a Deus, como Ele Se revelou na Sua palavra.
Será que podemos dizer, pelo conhecimento que temos de Deus, que Ele é
um Ser realmente desejável? Se não, instemos com Deus para que nos leve a
isso, de modo que possamos admirar o Seu coração de amor e bondade, e
sejamos capazes de dizer como Ele é bom e como tem prazer em fazer o bem
a Seus filhos.
E quanto mais nos aproximamos desta realidade, mais prontos estamos a
descansar em Suas mãos, satisfeitos com tudo o que ele nos reserva. E
quando vier a aflição, diremos:
"Eu vou esperar para ver qual a bênção que Deus trará por meio dela,
pois sei que Ele vai fazê-lo." Assim daremos um testemunho digno diante
do mundo e isso servirá para fortalecer a fé de outras pessoas. — George
Müller
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