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terça-feira, 19 de junho de 2012

O MISTÉRIO DE CRISTO

INTRODUÇÃO: Que pensais do Cristo? Essa foi a pergunta que em certa ocasião Jesus formulou a seus agressores. Claro que eles não tinham a menor idéia de quem era Jesus.
Todas as fases do evangelho giram em volta do Senhor Jesus Cristo. É através da fé nele que obtemos a salvação, cura e a unção do Espírito Santo. É Ele que um dia será coroado Rei do Universo, e diante de sua presença todo joelho se dobrará.
Assim que é necessário conhece-lo. Necessitamos saber o que as Escrituras falam sobre Ele, visto que Ele mesmo disse: “Examinai as Escrituras... porque elas de mim testificam”.
Nosso propósito neste estudo sobre a Pessoa de Jesus Cristo, é fazer com que o Filho de Deus chegue a ser uma realidade em nossas vidas.

O mundo foi comovido com o filme “PAIXÃO DE CRISTO”, que se propõe a narrar as ultimas 12 horas de vida de Jesus, apresentando de forma fotográfica, o tremendo sofrimento físico pelo que passou o Filho de Deus. Apesar da forma vívida e cruel que o Diretor conseguiu passar para a audiência, concernente ao sofrimento de Jesus, a nós, como cristãos evangélicos, nos preocupa ao pensar que o mundo ficará apenas com a imagem de um Cristo impotente, sofredor, moribundo, morto. Assim que neste breve estudo bíblico, nos propomos a apresentar a verdadeira história de Jesus, desde sua preexistência até seu futuro regresso para reinar sobre a terra. Nisso vemos a grande diferencia entre o Cristo da história e o Cristo das Escrituras. Pois o Cristo das Escrituras não é um Cristo para ser chorado, lamentado e que transmite tristeza. O Cristo das Escrituras é muito mais que um Cristo cuja história se pode resumir em 12 horas. O Cristo das Escrituras é tão amplo, tão abrangente, sua história é tão extensa que é impossível compacta-lo ou resumi-lo em 12 horas de história.

I – QUEM É JESUS?

A pergunta mais importante nesta vida é: Quem é Jesus Cristo? A verdade é que o Senhor Jesus passou a maior parte de seu ministério ensinando a seus discípulos a resposta a esta pergunta. Ele não começou dizendo-lhes: ”Siga-me, eu sou o Filho de Deus”. Ele se aproximou deles e lhes disse: “Vinde após mim, e eu os farei pescadores de homens” (Mateus 4.19). Durante os três anos e meio seguinte, o Senhor Jesus lhes compartilhava ensino, fez milagres, curou aos enfermos e expulsou demônios diante deles. Lentamente, mas com segurança, os apóstolos verdadeiramente entenderam quem Ele era.
No Evangelho de São Mateus, capitulo 16, vemos que o Senhor Jesus e seus discípulos estavam no distrito de Cesaréia de Filipo, e falou: “E chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipo, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? E eles disseram: Uns João Batista, outros Elias, e outros Jeremías ou um dos profetas. Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo”.

JESUS, FILHO DE DEUS, SALVADOR.

A CONFISSÃO DE Pedro foi de que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo. Naqueles dias, o nome que se dava a uma pessoa tinha um significado particular. No Evangelho segundo Mateus capítulo 1 versículo 21, lemos: “e dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados”. O mesmo nome JESUS SIGNIFICA “Salvador” e o termo “Cristo” significa “Ungido”. Esta palavra “Ungido” quer dizer “Separar para um serviço sagrado em uma cerimônia especial” Portanto, Jesus Cristo foi ungido por Deus para o serviço sagrado de ser o Salvador dos homens.

JESUS, DEUS CONOSCO NA CARNE.

No primeiro capítulo do Evangelho de João lemos algo muito importante sobre Jesus Cristo, que não se pode aplicar a nenhum outro homem. João o chama “o Verbo” com “V” maiúscula. Lemos no Evangelho segundo João capitulo 1, versículo 1 ao 3.: “NO PRINCIPIO era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no principio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez”.
Indo até o versículo 14, lemos: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua gloria, como a gloria do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”. Esta passagem ensina que Jesus Cristo existiu antes de seu nascimento na manjedoura de Belém. Isso reafirma o versículo 1 deste mesmo Evangelho que diz: “No principio era o Verbo, e o verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus...”.

JESUS NA CRIAÇÃO

O Evangelho de João continua dizendo: “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (v.3). Ou seja, o Verbo, que mais tarde se fez carne, foi o Criador de todas as coisas, quer sejam visíveis ou invisíveis, quer sejam tronos, principados, potestades ou domínios, ou quaisquer outras coisa que se possam mencionar. Tudo foi criado por meio dele e para Ele. Assim que Jesus é “Eterno”.
O significado da palavra “eterno” é: “sem principio e sem fim”, e nas Sagradas Escrituras se usa em relação a Deus. Para diferenciar a palavra “eterno” compare-a com “perpetuo”, que se refere a duração, e significa que tendo um principio, não tem fim. “Eterno” se relaciona mais com a natureza do que se descreve, que com a sua duração.

II- JESUS – SUA PREEXISTÊNCIA

Sendo ao mesmo tempo perfeitamente humano e perfeitamente divino, o Senhor Jesus Cristo é semelhante e ao mesmo tempo diferente dos filhos dos homens. As Escrituras são explicitas a respeito da semelhança dele com os humanos. (João 1.14). “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua gloria, como a gloria do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”. Em I Timóteo 3.16 nos diz: “E sem dúvida alguma grande é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou em carne, foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado as gentios, crido no mundo, e recebido acima na glória”. As Escrituras o apresentam como a um homem que nasceu, viveu, sofreu e morreu entre os homens. Porém da mesma maneira a Bíblia ensina que Ele é diferente de nós não só no caráter impecável de sua vida terrena, como na sua morte vicária e na sua ressurreição gloriosa e assunção, bem como no fato maravilhoso de sua preexistência eterna.
Sobre a sua humanidade. Ele teve principio, pois foi concebido pelo poder do Espírito Santo e nasceu de uma virgem. Sobre sua divindade. Ele não teve principio, pois existiu desde a eternidade. Em Isaías 9.6 lemos: “Porque um menino nos nasceu, e um filho se nos deu”. A diferença é obvia entre o menino que nasceu e o Filho que se nos deu.
O apostolo Paulo escrevendo em Gálatas 4.4 nos diz: “Mas vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei”. O que existia desde a eternidade, chegou a ser, na plenitude do tempo, “nascido (a descendência) de mulher”. Também é evidente que se Cristo é Deus, Ele é eterno, e se Ele é eterno, Ele é Deus.

A eternidade e deidade de Jesus são estabelecidas por duas linhas de revelação:

1) declarações diretas,
2) implicações da Escritura.

A – DECLARAÇÕES DIRETAS DA ETERNIDADE E DEIDADE DO FILHO DE DEUS

A eternidade e deidade de Jesus Cristo estão sustentadas numa extensa área da Escritura. Já vimos em João 1.1-2, que Ele estava no principio, e que Ele é o VERBO.

Isaías 7.14 afirma seu nascimento virginal e lhe dá o nome de Emanuel, o que significa ”Deus conosco”. Quando Cristo declarou em João 8.58: ”Disse-lhe Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse eu sou”, os judeus entenderam que isso era uma afirmação da deidade e a eternidade. Em João 17.5, Cristo, em sua oração sacerdotal, declarou: “E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse”. Em Filipenses 2..6-7 lemos: ”Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens”. Uma das declarações mais explicitas se encontra em Colossenses 1.15-19: “...E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele....(v.17)”.

B. IMPLICAÇÕES DE QUE O FILHO DE DEUS É ETERNO.

Entre as provas mais evidentes podemos destacar:

1) As obras da criação são atribuídas a Cristo. (João 1.3; Colossenses 1.16). Assim que Ele antecede à Criação.

2) Os títulos atribuídos ao Senhor Jesus Cristo indicam a eternidade de seu Ser. Ele é justamente o que sugerem seus nomes: Ele é o Alfa e o Omega, “o Cristo”, “Admirável”, “Conselheiro”, “Deus forte”, “Pai eterno”, “Deus conosco”. Estes títulos identificam a Jesus com a revelação do Antigo Testamento sobre Jeová-Deus. (Textos Mateus 1.23 com Isaías 7.14; Mateus 4.7 com Deuteronômio 6.16; Marcos 5.19 com Salmo 66.16 e Salmo 110.1 com Mateus 22.42-45).

3) A preexistência do Filho de Deus se subentende no fato de que Ele tem os atributos da Deidade: Vida (João 1.4) “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens”; Existência em si mesmo (João 5.26) “Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo”. Imutabilidade (Hebreus 13.8). “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente”. Verdade (João 14.6)

”Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim”. Onipotência (Mateus 28.18) “Chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo poder no céu e na terra”.

III- JESUS E SUA ENCARNAÇÃO

A encarnação foi o meio pelo qual Jesus Cristo se fez homem. A palavra significa “em carne” e o método da encarnação foi um nascimento virginal. Mesmo que tem existido debate sobre o significado da palavra “virgem” em Isaías 7.14, não há dúvida que a citação daquela profecia que faz o Novo Testamento é “virgem” (Mateus 1.28) e, além do uso de um feminino, singular, em Mateus 1.16 mostra que o nascimento de Jesus se relacionava exclusivamente com Maria e não com José. A Bíblia diz somente que o Espírito Santo veio sobre Maria para engendrar o menino em seu interior (Lucas 1.35).

Ao considerar a encarnação devem admitir-se duas verdades importantes:

1) Cristo foi ao mesmo tempo, e num sentido absoluto, verdadeiro Deus e verdadeiro homem;

2) Ao tornar-se carne, ainda que, deixou de lado sua Gloria, em nenhum sentido deixou de lado sua deidade. Na sua encarnação Ele reteve cada atributo essencial de sua deidade. Sua deidade total e completa humanidade são essenciais para sua obra na cruz. Se Ele não tivesse sido homem, não poderia ter morrido; si ele não tivesse sido Deus, sua morte não teria tido tão infinito valor.

João declara (João 1.1) que Cristo, quem era um com Deus e era Deus desde toda a eternidade, se fez carne e habitou entre nós (1.14). Paulo, tal como João, declara que Cristo, quem era a forma de Deus, tomou sobre si mesmo a semelhança de homens (Filipenses 2.6,7); “...aquele que sae manifestou em carne...” (I Timóteo 3.16); Lucas, de forma mais detalhada, apresenta o fato histórico de sua encarnação. (Lucas 1.26-38).

A Bíblia apresenta muitos contrastes, porém nenhum é mais surpreendente que aquele que Cristo em sua pessoa deveria ser ao mesmo tempo verdadeiro Deus e verdadeiro homem. As ilustrações destes contrastes nas Escrituras são muitas:

- Ele esteve cansado (João 4.6), e Ele ofereceu descanso aos que estavam cansados e sobrecarregados (Mateus 11.28);

- Ele teve fome (Mateus 4.2), e Ele era a água da vida (João 6.35);

- Ele esteve em agonia (Lucas 22.44), e curou toda classe de enfermidade e aliviou todas as dores.

- Ainda que havia existido desde a eternidade (João 8.58), Ele cresceu “em idade” como crescem todos os homens (Lucas 2.40).

- Ele sofreu a tentação (Mateus 4.1) e, como Deus, não podia ser tentado.

- Se limitou a si mesmo em seu conhecimento (Lucas 2.52), e mesmo sendo a sabedoria de Deus.

- Ele disse: ”meu Pai é maior do que eu” (João 14.28); e “Eu e o Pai somos um” (João 10.30), e “Quem me vê a mim vê o Pai” (João 14.9)

- Ele orava (Lucas 6.12), e Ele respondia as orações ( Atos 10.31).

- Ele perguntou: “Quem dizem os homens ser o Filho do homem/”(Mateus 16.13), e “E não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem o que havia no homem”. (João 2.25).

- Quando estava na cruz exclamou: “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?” (Marcos 15.34). Porém o mesmo Deus foi quem clamou naquele momento que “Estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (2 Corítios 5.19).

- Ele é a vida eterna; entretanto, morreu por nós.

De tudo isso aprendemos que o Senhor Jesus Cristo viveu, às vezes sua vida terrena na esfera do que é perfeitamente humano, e em outras ocasiões na esfera do que é perfeitamente divino. É necessário ter presente o fato de que sua humanidade nunca colocou limite ao seu Ser divino, nem lhe impulsionou a lançar mão de seus recursos divinos para suprir sues necessidades humanas. Ele tinha o poder de converter as pedras em pão a fim de saciar sua fome; porém nunca o fez.

A . O ATO DA HUMANIDADE DE CRISTO.

1. A humanidade de Cristo foi determinada desde antes da fundação do mundo (Efésios 1.4-7: Apocalipse 13.8). O principal significado do tipo do Cordeiro está no corpo físico que se oferece em sacrifício cruento a Deus.

2. Cada tipo e profecia do antigo Testamento concernente a Cristo, antecipam o advento do filho de Deus em sua encarnação.

3. O fato da humanidade de Cristo se vê na anunciação do anjo a Maria e no nascimento do menino Jesus (Lucas 1.31-35)

4. A vida terrena de Cristo revela sua humanidade:

a. Por seus nomes: “filho de Deus”, “ Filho de Davi”, ou outros semelhantes.

b. é mencionado como o primogênito der Maria (Lucas 2.7),

c. a descendência de Davi (Atos.2.30; 13.23).

d. a descendência de Abraão ( Hebreus 2.16¨

e. nascido de mulher ( Gálatas 4.4)

f. teve um corpo humano (Mateus 1.18; Lucas 2.52)

g. teve uma alma e um espírito, como homem (Mateus 26.38; Lucas 23.46). Isso demonstra que a humanidade de Jesus foi completa, incluindo o material e o espiritual.

h. teve características de um ser humano. Jesus teve fome (Mateus 4.2), teve sede (João 19.28) se cansou (João 4.6), chorou (João 11.35) e foi submetido à prova (Hebreus 4.15).

5. A humanidade de Cristo se revela em sua morte e ressurreição. Foi um corpo humano o que sofreu a morte na cruz, e foi esse mesmo corpo o que surgiu da sepultura em gloriosa ressurreição.

6. Em sua segunda vinda será “o mesmo corpo” – só que já glorificado – que adotou no milagre da encarnação.

B. AS RAZÕES BIBLICAS DA ENCARNAÇÃO.

1. Cristo veio ao mundo para revelar a Deus diante dos homens. “Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece o filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o filho, e aquele a quem o /filho o quiser revelar”. (Mateus 11.27). “Deus nunca foi visto por alguém. O /filho unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer” (João 1.18).

(veja João 14.9; Romanos 5.8; I João 3.16). Por meio da encarnação, o Deus, a quem os homens não podiam conhecer, se revela em termos que são acessíveis ao entendimento humano.

2. Cristo veio a oferecer um sacrifício pelo pecado. Por este causa, Ele dá louvor por seu corpo a Deus, e faz isso em relação com o verdadeiro sacrifício que Ele ofereceu por nosso pecado na cruz (Hebreus 10.1-10).

3. Cristo se fez carne a fim de destruir as obras do diabo. “Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo’ (João 12.31). “...também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo” ( Hebreus 2.14). Veja I João 3.8; João 16.11; Colossenses 2.13-15.

4. Cristo se fez carne para cumprir o pacto davídico. “E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre” ( 2 Samuel 7.16). “Este será grande, e será chamado filho do altíssimo; e o /senhor Deus lhe dará o trono de /Davi, seu pai;e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim’ ( Lucas 1.31.33). Veja Atos 2.30-31,36; Romanos 15.8. Ele aparecerá em seu corpo humano glorificado e reinará como “Rei dos reis e Senhor dos senhores” e se sentará no trono de Davi seu Pai (Apocalipse 19.16).

5. Por meio de sua encarnação, Cristo chegou a ser “Cabeça sobre todas as coisas e da igreja, a qual é a Nova Criação, isto é, a nova raça humana” (Efésios 1.22).” E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja”.

IV – SUA MORTE

Na Escritura a morte de Cristo se revela como um sacrifício pelos pecados de todo o mundo. João Batista apresentou a Jesus com as palavras: “eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1.29). Jesus, na sua morte, foi o substituto morrendo no lugar de todos os homens. Por meio da sua morte, os juízos justos e incomensuráveis de Deus contra o pecador foram levados por Cristo. O Salvador já levou os juízos divinos contra o pecador para plena satisfação de Deus. Para receber a salvação que Deus oferece, se pede aos homens que creia nestas boas novas, reconhecendo que Cristo morreu por seus pecados e por este meio reclamar a Jesus Cristo como seu Salvador pessoal.

Nos tempos do Antigo Testamento se requeria nada mais que o sacrifício de um animal para remeter (literalmente “tolerar”, “ passar por alto” Romanos 3.25), e o ato de dissimular (literalmente “ passar por altos sem castigo”, Atos 17.30). Dos pecados, Deus estava, apesar disso, atuando em perfeita justiça ao fazer este requerimento, visto que Ele olhava para a manifestação de seu Cordeiro, o qual viria não apenas a passar por alto ou cobrir o pecado, mas tira-lo de uma vez para sempre (João 1.29).

CRISTO: “MARTIR OU VICARIO?”

Por que Cristo morreu? Essa tem sido uma das perguntas que mais tem comovido os corações durante toda a história do cristianismo. Esta pergunta bem respondida nos leva ao interior do recinto da fé cristã. Uma frase muito usada entre nós é: “Mártir do Gólgota”. Porém se não vemos no Gólgota mais que um mártir, nos desviamos muito da verdade. Muitos morreram vítimas da inimizade para com suas crenças. A cruz levantada no Calvário não é a única cruz que tem dado testemunho da fidelidade às crenças religiosas. Outras pessoas sofreram penas físicas mais cruéis que Cristo, e não cremos que os merecimentos delas apagam o pecado de seus semelhantes. Se Cristo não é mais que um mártir, será apenas um entre muitos mártires, e igual aos outros. Fazia falta mais que um mártir. Fazia falta uma base firme sobre a qual descansasse a oferta da misericórdia de Deus, para que ele fosse justo e o justificador do crente. Isto só se encontrava no substituto. O inocente teria que morrer para que o culpado escapasse.

A IMPORTANCIA DA MORTE DE CRISTO

Este é o assunto mais importante de toda a Bíblia. A morte de Cristo. Esta é a doutrina central da Bíblia. O derramamento de sangue para a remissão de pecados é o grande tema do Livro de Deus, tema do qual nascem todos os outros temas, e sem o qual a Bíblia se converteria num livro comum.
A morte de Cristo sempre foi o tema sobre o qual os apóstolos baseavam suas pregações e ensinos. Foi sobre a morte de Cristo que Pedro pregou no dia de Pentecostes e o resultado foi a conversão de três mil pessoas.
Em 1 Coríntios 1.17,18, Paulo diz com clareza e de forma enfática, qual devia ser o tema de suas pregações.Ele devia pregar a Cristo, porém a Cristo crucificado; o tema principal de sua pregação tinha que ser a crucificação de Cristo,e não suas pregações, nem seus milagres; ele cria que seu dever não era o de distrair a mente de seus ouvintes tratando outra coisa que não fosse esse grande e bendito acontecimento; tinha que falar da morte de Cristo, sem ocupar a atenção de seu auditório com vãs especulações. O apóstolo estava em condições de falar eloqüentemente sobre qualquer outro assunto,; porém cria que não tinha sido enviado para isso, mas apenas a pregar a cruz de Cristo, que é poder de Deus e salvação para todo aquele que crer.

AS IMPLICAÇÕES DA MORTE DE CRISTO.

Ao considerar o valor total da morte de Cristo devem diferenciar-se alguns fatores

1. A morte de Cristo nos dá segurança do amor de Deus para com o pecador (João 3.16). “Mas Deus prova seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5.8). “Nisto se manifestou a caridade de Deus para conosco; que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos. Nisto está a caridade, não em que nós tenhamos amada a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados” ( I João 4.9,10).

2. A morte de Cristo é uma redenção ou resgate pago às exigências santas de Deus para o pecador e para libertar o pecador das justa condenação. É interessante notar que a palavra “por” significa “no lugar de”, ou ”a favor de”, e é usada em cada passagem do Novo Testamento onde se menciona a morte de Cristo como um resgate “Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos (Mateus 20.28); “O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo” (1 Timóteo 2.6). A morte de Cristo foi um castigo necessário o qual ele levou pelo pecador. “O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação” (Romanos 4.25). “ O qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus nosso Pai” (Gálatas 1.4). No Novo Testamento se usam três palavras gregas para expressar esta idéia:

- AGORAZO, que quer dizer “comprar num mercado”. O homem, no seu pecado, é considerado sob a sentença da morte (Romanos 6.23), um escravo ‘vendido sob o pecado’ “...mas eu sou carnal, vendido sob o pecado” (Romanos 7.14), porém no ato da redenção é comprado por Cristo através do derramamento de seu sangue”Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (I Coríntios 6.20). “Fostes comprado por bom preço; não vos façais servos dos homens” (I Coríntios 7.23). “E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno é de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque fostes morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação” (Apocalipse 5.9).

- EXAGORAZO, que significa “comprar e tirar do mercado de venda”, o que acrescenta a idéia de não só de compra, mas também de que nunca mais estará exposto à venda “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós...” (Gálatas 3.13). “Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (Gálatas 4.5). Isso indica que a redenção é uma vez e para sempre.

- LUTROO, significando “deixar livre” “O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras” ( Tito 2.14). “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que tostes regatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais” (1 Pedro 2.18). A mesma idéia se encontra em apolutrosis, indicando que se libera a um escravo (Lucas 21.28; Romanos 3.24; 8.23; 1 Coríntios 1.30; Efésios 1.7, 14; Colossenses 1.14).

O conceito de redenção inclui a compra, o tirar da venta e a completa liberdade do resgate individual através da morte de Cristo e a aplicação da redenção por meio do Espírito Santo.

A oferta de Cristo é superior a dos animais que apenas cobriam por um pouco de tempo o pecado, no sentido de dilatar o tempo do justo e merecido juízo conta o pecado. No sacrifício de Cristo, ele levou sobre seu corpo nossos pecados, eliminando uma vez para sempre (Isaias 53.7-12; João 1.29; 1 Coríntios 5.7; Efésios 5.2; Hebreus 9.22,26; 10.14)

3. A morte de Cristo está representada como um ato de obediência à lei que os pecadores quebrantaram. A palavra grega “hilasterion” se usa para o “propiciatório” (Hebreus 9.5), o qual era a tampa da arca. No Dia da Expiação (Levíticos 16.14) o propiciatório era aspergido com sangue desde o altar e isto mudava o lugar do juízo em um lugar de misericórdia (Hebreus 9.11-15). Da mesma forma, o trono de Deus se converte em trono de graça (Hebreus 4.14-16) através da propiciação da morte de Cristo. Isso quer dizer que Cristo ao morrer na cruz, satisfez completamente todas as exigências de Deus relacionadas com o juízo para o pecado da humanidade.

4. A morte de Cristo na cruz satisfez, não só a um Deus Santo, mas proveu as bases por meio das quais o mundo foi reconciliado para com Deus. A palavra grega “katallasso”, que significa “reconciliar“, tem em si o pensamento de trazer a Deus e o homem juntos por meio de uma mudança radical no homem. “Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida” (Romanos 5.10). “E pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades” (Efésios 2.16).

O conceito em quanto a “reconciliar” não quer dizer que Deus muda, mas que sua relação para com o homem muda devido a obra redentora de Cristo. O homem é perdoado, justificado e ressuscitado espiritualmente ao nível onde é reconciliado com Deus. Essa provisão de Deus é tão maravilhosa e completa em todo sentido, que as Escrituras declaram que Deus agora não está imputando o pecado ao mundo “E tudo isto provém de Deus que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação” (2 Coríntios 5.18,19). “E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus” (Colossenses 1.20).

Pregar o evangelho é proclamar as boas novas de salvação, e as boas novas de salvação são o anuncio de que Cristo veio ao mundo para realizar uma obra específica, com um fim determinado, a saber: para dar sua vida em resgate por muitos.

O PECADO – CAUSA DA MORTE DE CRISTO

O pecado é algo real, algo que subsiste no homem e domina sua vida, tornando impossível a paz e a felicidade, e não um mero fantasma. Quer considerem o pecado como uma enfermidade hereditária, como corrupção, como perversão do coração, como erro, como ato ou estado de rebelião, o certo é que não se pode negar sua realidade, que seus resultados são bem tangíveis, e que é a antíteses da santidade de Deus. O real e universal do pecado pode se provar de duas maneiras:

1) Pelo testemunho das Escrituras; e

2) Pela história e experiência da humanidade.

Nas Escrituras temos três formas clássicas de se provar a realidade e universalidade do pecado:

1- Por meio de alusões diretas. As Escrituras em ambos os Testamentos, e de forma expressiva, nos ensina que o ser humano é pecador, tanto por natureza como por tendência ou inclinação. Vejamos algumas passagens que tratam do tema:

- 1 Reis 8.46 - “...pois não há homem que não peque”

- Salmo 14.1 - “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém quem faça bem”.

- Provérbios 20.9 – “Quem poderá dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou de meu pecado!”.

- Eclesiastes 7.20 – “Na verdade que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque”.

- Isaías 53.6 – “todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho”.

- I João 1.8-10 – “Si dissermos que não temos peado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós”.

Estas poucas passagens nos mostra claramente e de maneira inquestionável, que toda a Bíblia nos ensina que não apenas alguns homens são pecadores. Mas que todos os homens, em todos os lugares e idades, tem sido pecadores. Que este pecado, em seus múltiplos aspectos, é a transgressão da lei divina, e, portanto, a inimizade com Deus e o distanciamento Dele.

2– A universalidade do pecado encontra-se implícita na declaração bíblico-soteriológica da necessidade da redenção, da regeneração e do arrependimento. Se o homem não fosse pecador, não haveria nenhuma necessidade de que Deus provesse, em sua misericórdia e justiça infinita, um plano para que o ser humano pudesse aproximar-se Dele pelo cumprimento das condições apresentadas através de Jesus Cristo. Paulo disse que: “Jesus veio ao mundo para salvar todos os pecadores”

Se não houvesse pecado, se o mesmo não fosse uma realidade em toda a humanidade, ou se sua existência não fosse uma depravação, um desacordo com Deus, uma violação dos estatutos mais santos, algo que é antitético a Deus, como Ser infinito em Santidade, os homens não teriam necessidade de ser regenerados. Se todos os homens não fossem culpados e dignos de condenação, não teriam necessidade de ser justificados pela fé que é em Cristo Jesus. O homem necessita crer, e depender de Cristo para sua regeneração.

- Marcos 16.16 - “Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado”.

- João 3.16 – “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.

- João 6.51 – “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão,viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo”.

- João 3.3, 5 – “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”.

Nestas passagens vemos de forma explicita a idéia da universalidade do pecado, visto que os termos “arrepender-se”, “ser regenerado” e se usam para significar a necessidade que todos os homens tem de cumprir estas condições para a salvação.

A doutrina da universalidade do pecado é uma das verdades fundamentais que se apresentam em quase todas as páginas da Bíblia.

3- A universalidade do pecado também se prova pela condenação que se encontra suspensa sobre os que não crêem em Cristo. Toda a Escritura ensina claramente que Cristo é o único Salvador; que não há outra maneira de salvar-se fora da fé nele; que os que crêem nele são salvos, mas os que não crêem são condenados, não importam todos os esforços e boas obras que façam para salvar-se.

- João 3.18 – “Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado; porquanto não crê no nome do Unigênito Filho de Deus”.

- João 3.36 – “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no filho não verá a vida; mas a ira de Deus sobre ele permanece”.

- Ezequiel 18.4 – “...a alma que pecar, essa morrerá”

- João 5.28.29 – “Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal pra a ressurreição da condenação”.

Os pecadores não só estão longe de Deus, mas que são objetos da condenação. Assim como

Deus é infinitamente bom e o manancial de toda benção e dádiva perfeita, também é a suma justiça, e não deixará o pecador que recusa o arrependimento impune.

A provisão que Deus fez para que todos tenha a possibilidade da salvação, pressupõe e prova a universalidade do pecado; e semelhantemente a necessidade que todos os homens têm da salvação, em virtude da depravação de suas naturezas.

2) A universalidade do pecado também se prova pela historia e pela observação e experiência da humanidade.

A provisão do sacerdócio e na pratica dos sacrifícios é uma das provas mais patentes da universalidade do pecado

A provisão do sacerdócio nunca foi o patrimônio de uma nação em particular. Os sacerdotes sempre existiram ao longo da história.

A oferta de sacrifícios, até mesmo no culto pagão, demonstra que sempre houve a consciência do pecado ou da violação de uma lei superior.

V– AS PROFECIA E A MORTE DE CRISTO

As profecias cobra uma importância vital na história da instituição e desenvolvimento do cristianismo, servindo de magnífico argumento a favor da divindade da religião cristã.

Os profetas predisseram acontecimentos e fatos, relacionados com a vida e missão de Cristo, que a mente humana estava impossibilitada de antecipar; fatos e acontecimentos cujo cumprimento demonstra, sem nenhuma dúvida, que estes profetas que prediziam coisas que haveria de acontecer num futuro distante, eram inspirados por Deus, que as mensagens que recebiam e transmitiam para a humanidade, eram de Deus.

Aqui, ao falar sobre as profecias a respeito de Jesus, quero deixar evidente o seu fiel cumprimento nos mínimos detalhes, que vão desde seu nascimento à promessa de sua segunda vinda, concluindo com o seu reino eterno.

Vejamos algumas profecias que falam sobre o Senhor Jesus Cristo:

1, Seria traído por um amigo: (Salmo 41.9) “Até meu próprio amigo íntimo em quem eu tanto confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar” Veja Salmo 55.12-14. Cumprida em Marcos 14.18-20: “E, quando estava assentado a comer, disse Jesus: Em verdade vos digo que um de vós, que comigo come, há de trair-me... Mas ele, respondendo, disse-lhes: É um dos doze, que mete comigo a mão no prato”.

2. Seria vendido por trinta peças de prata. (Zacarias 11.12) “E eu disse-lhes: Se parece bem aos vossos olhos, daí-me o que me é devido, e, se não, deixai-o. E pesaram o meu salário, trinta moedas de prata”. Cumprida em Mateus 26.14-16 “Então um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes, e disse: Que me quereis dar e eu vo-lo entregarei? E eles lhe pesaram trinta moedas de prata. E desde então buscava oportunidade para o entregar”. Veja também Mateus 27.9; Marcos 14.10, 11; Lucas 22.4-6.

3. Seria abandonado por seus discípulos. (Zacarias 13.6,7) .”E se alguém lhe disser: Que feridas são essas nas tuas mãos: Dirá ele: São as feridas com 2que fui ferido em casa dos meus amigos. Ó espada, ergue-te contra o meu Pastor e contra o varão que é o meu companheiro, diz o Senhor dos Exércitos: fere o Pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas; mas volverei a minha mão para os pequenos”. Cumprida em Marcos 14.50 “Então, deixando-o, todos fugiram”. Veja também Mateus 26.31,56; Marcos 14.17; João 16.32.

4. Permaneceria mudo diante de seus acusadores. (Isaías 53.7) ”Ele foi oprimido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a sua boca”. Cumpridas em Mateus 26.62.63.

“E, levantando-se o sumo sacerdote disse-lhe: Não respondes coisa alguma ao que estes depõem contra ti? E Jesus, porém, guardava silêncio.”

5. Lhe daria vinagre para beber. (Salmo 69.21) “Deram-me fel por mantimento, e na minha sede me deram a beber vinagre”. Cumprida em Mateus 27.34 “Deram-lhe a beber vinho misturado com fel: mas ele, provando-o, não quis beber” Veja também Marcos 15.23;26; Lucas 23.35-37; João 19.28-3-.

6. Não lhe quebraria nenhum osso. (Salmo 34.20) “Ele lhe guardo todos os seus ossos; nem sequer um deles se quebra”. Cumprida em João 19.32 “Foram pois os soldados, e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro, e ao outro que com ele foram crucificado; mas, vindo a Jesus, e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas”.

Podemos ver muitas outras profecias sobre Jesus:

a- Seria acusado pro falsas testemunhas (Salmo 27.12), cumprida em Mateus 26.59-62

b- Seria esbofeteado, insultado e cuspido (Salmo 35.15.16), cumprido em Mateus 26.67. Marcos 14.65.

c- Seria açoitado (Isaias 50.6), cumprida em Lucas 22.64.

d- Seria abandonado por Deus (Salmo 22.1), cumprida em Mateus 27.46; Marcos 15.34.

e- Seria sepultado com os ricos (Isaías 53.12), cumprida em Mateus 27.57-60.

Muitas outras profecias se cumpriram na vida de Cristo, o que confirma sua veracidade e que verdadeiramente foram inspiradas por Deus.

VI. O DECRETO E A NECESSIDADE DA MORTE DE CRISTO.

Cristo veio ao mundo para revelar o Pai, para interpretar a lei, para dar exemplo de obediência, abnegação e amor; porém de um modo muito especial, veio a dar sua vida à morte em acatamento da vontade divina e para o bem de muitos. A cruz foi o objetivo de sua vinda, a necessidade de seu nascimento.
Se no fim de sua carreira terrena não houvesse estado na cruz, como prova do amor de Deus e sinal de reconciliação, Jesus não teria tido motivo para nascer e viver entre os homens. Porque Cristo nasceu com a finalidade de morrer; e na verdade, começou a sofrer no dia em que nasceu
Paulo disse que Jesus veio ao mundo para salvar aos pecadores, e para que essa salvação fosse possível, era necessária, de todo ponto de vista, sua morte na cruz.
O principal propósito de sua vida não era pregar, não era operar milagres, não era dar conselhos, mas morrer para oferecer seu sangue como preço de resgate pelos pecados do mundo.
O teólogo Strong diz que: “O cristianismo é tão antigo quanto a criação. Na verdade, antecede à criação porque Cristo é o Cordeiro imolado desde antes da fundação do mundo. A revelação de Deus que culminou na cruz, começou no Éden. O principio de seu sacrifício final sempre esteve em processo; em todas as aflições de seu povo, ele foi aflito. Ele sofreu pelo pecado antes de nascer na Palestina”.
Toda a economia do Antigo Testamento, com seus tipos e sacrifícios, com suas ordenanças e cerimonial, indicava a, morte de Cristo; porem a morte de Cristo não se originou no Antigo Testamento, não é uma doutrina revelada pelos patriarcas e profetas, mas algo decretado por Deus antes que as coisas existissem. De certa forma, a salvação já estava preparada desde antes da fundação do mundo de Gênesis 1.1.
Falando sobre a morte de Cristo, em Atos 2.33, Pedro diz o seguinte: “A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, tomando-o vós, o crucificastes e matastes pelas mãos de injustos” e em sua primeira Epístola universal esclarece e fortalece esta palavra. Dizendo: “Mas com precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, o qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós” (I Pedro 1.19, 20).
Com estas palavras, Pedro apresenta a doutrina da origem da morte de Cristo na mente de Deus antes que o mundo existisse, e fala de sua culminação histórica na cruz, na Judéia.
O “por quê?” e o “como?” deste conselho Divino, é um mistério que se apresenta envolvido pelos segredos da eternidade.
Em todo o Novo Testamento a morte de Cristo é apresentada como demonstração do amor de Deus, e não como a causa do amor de Deus.
A cruz levantada no Gólgota é a maior medida para medir o amor de Deus.
É importante ressaltar que o sacrifício de Cristo não deu origem ao amor de Deus para com a raça humana caída, muito pelo contrario, o amor de Deus é a origem do sacrifício de Cristo e a causa de sua vinda ao mundo. A morte de Cristo não pode ser, de forma alguma, a causa do amor de Deus. Deus não nos ama porque Cristo morreu na cruz, mas Cristo morreu na cruz porque Deus nos ama (João 3.16).
A morte de Cristo, que é expiatória em sua relação com o pecado, e propiciatória em sua relação com Deus, foi decretada pelas três pessoas da Santíssima Trindade, no conselho que celebraram antes da criação do mundo.
Assim vemos que a morte de Cristo foi decretada no conselho divino, antes da fundação do mundo. De acordo com esse decreto o bendito Salvador veio ao mundo para cumprir os propósitos de Deus,; e estes propósitos eram ditados e se achavam em íntima relação com o amor e a justiça de Deus: a justiça que reclamava a condenação do pecado e o amor intercedendo pelo pecador.
Muitas vezes perguntamos: “como é possível que o inocente Jesus, levasse sobre si o castigo do pecado que ele nunca cometeu?” Alguns dizem que foi uma grande injustiça de Deus. Necessitamos entender que a morte de Cristo foi um ato voluntário do próprio Salvador e não um ato arbitrário de Deus.

VII. SIGNIFICADO E OS RESULTADOS DA MORTE DE CRISTO

Um dos significados mais profundos da morte de Cristo é o do “RESGATE”.

RESGATE. Nas Escrituras, tanto do Antigo como do Novo Testamento, estão cheias da idéia do resgate, palavra que biblicamente é sinônimo de redenção e que etimologicamente tem o significado de; “Resgate – de res, prefixo, e o latim captare; colher, tomar; recobrar por preço o que o inimigo roubou; recobrar qualquer coisa que passou a mãos alheia”. Sabemos que o resgate de escravos e prisioneiros era uma coisa muito comum na antiguidade.
Demóstenes diz em sua obra: “A lei manda que o que é resgatado do inimigo seja de propriedade daquele que o resgatou, a menos que possa pagar o preço do resgate”. Cremos que esse era o sentimento de Paulo quando escreveu 1 Coríntios 6.20.”Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus”.
O vocábulo “resgate” é usado no Novo Testamento para significar a obra realizada por Cristo em benefício dos homens. “Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos” (Mateus 20.28). Paulo escreveu a Timóteo: ”O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo” (I Timóteo 2.16). Em colossenses 1.14, lemos: “Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados”.
Estas passagens falam sobre o resgate que foi efetuado por Cristo para livrar o homem do poder e da condenação do pecado.
Hoje, quando contemplamos os milhões de vidas que foram transformadas pelo poder de Cristo, que foi evidenciado em sua morte na cruz e sua ressurreição dentre os mortos, nos gloriamos e somos fortalecidos para proclamar essa grande verdade.
Reconhecemos que os resultados iniciais da morte de Cristo não foram nada animadores.

1. O primeiro resultado foi de tristeza, consternação dos seus discípulos. Eles não estavam preparados para algo tão chocante. Basta ver a reação do mundo atualmente, quando assistem ao filme “A PAIXÃO DE CRISTO”. Por outro lado, suas idéias messiânicas, muito ajustadas à letra das predições, não lhes permitia pensar em coisa semelhante acontecesse por não terem a idéia de que todo esse sofrimento era necessário ao Cristo. Ao contrario de tudo isso, para eles, um Cristo crucificado era um escândalo e um contrassenso. Quanto maior era sua fé em que Jesus era o Cristo, mais lhes confundia a noticia de que o Messias tivesse de morrer. Certamente milhares de perguntas afluíam a suas cabeças...
Não, eles não estavam preparados para entender a bendita teologia da cruz – que era algo próprio do Filho de Deus o humilhar-se e tornar-se obediente até a morte e morte de cruz.
Em Lucas 24.13-35 temos a historia dos discípulos que iam no caminho de Emaús. O versículo 17 retrata o sentimento de todos os discípulos: tristeza e desilusão; haviam perdido as esperanças, apesar das palavras do Mestre. Havia nos discípulos um sentimento de solidão, abandono, vazio...
Por outro lado, o ódio dos fariseus, dos saduceus, dos sacerdotes e escribas, agora se converte em alegria, porque pensavam que com a morte de Cristo, aquele assunto estaria terminado para sempre, e que não haveria mais pregação sobre aquela doutrina, nem haveria mais discípulos. Criam que agora podiam dormir tranqüilos.
Cristo, como o Filho do Homem, o Cordeiro de Deus, sofreu na cruz pelos homens. Se ofereceu a si mesmo como um sacrifício; morreu por nossos pecados. Morreu como representante do homem (Veja Hebreus 9.12; Mateus 20.28; I Pedro 1.19; Tito 2.14; 2 Coríntios 5.15, 21; Gálatas 3.13).

VIII. CAUSAS FISICAS DA MORTE DE CRISTO NA CRUZ

A morte de cruz era o mais terrível, o mais temido e o mais vergonhoso castigo da antiguidade. Era ignominioso a tal ponto que Cícero disse que nenhum cidadão romano podia ouvir falar da tal suplicio, nem vê-lo e muito menos aproximar´se a um crucificado.
Este castigo era de origem oriental e havia sido usado com muita frequência pelos persas e cartagineses, bem antes que fosse usado nos países ocidentais.
Alexandre magno o introduziu na Palestina, depois de ter visto ser empregado pelos fenícios, quando depois que viu a forma como defendiam a cidade de Tiro, depois de conquista-la, castigou-os crucificando a dois mil cidadãos.
Craso, um dos três primeiro triunviros romanos, o introduziu nos costume de seu povo, enchendo o caminho que conduzia de Cápua a Roma com os corpos crucificados dos escravos que tinha sido feitos prisioneiros na revolta que havia sido capitaneada por Espártaco;
Finalmente Augusto inaugurou seu uso geral entre os romanos, crucificando em Cicília seis mil escravos de uma só vez, ao livrar a guerra de Sexto Pompeu.
Portanto, a crucificação, não era uma pena judaica, mas havia sido introduzida na Judéia pelos romanos que os havia conquistado.
Sabemos que em algumas passagens do antigo Testamento fala-se de crucificações; mas neles não se dar entender que se ocasionava a morte na cruz, mas que o penduravam os corpos dos criminosos que já tinhas sofrido a morte. Segundo Lightfoot: “Os judeus primeiro davam morte aos condenados e logo depois os penduravam; porém o costume dos romanos era crucifica-los e depois mata-los”.
O fato de que alguns judeus crucificassem a outros judeus, teria sido totalmente impossível, visto que toda a nação se teria oposto ferozmente a tal costume. A crucificação era uma pena romana que os judeus, como súditos dessa nação dominante, não podem fazer nada mais que aceita-la, ainda que não se atreveriam a usa-la por si mesmo. Apesar disso, és provável que alguns judeus que eram tão cruéis quanto os romanos, que satisfaziam em contemplar a terrível cena de uma crucificação, como aconteceu no caso da morte de Cristo.
O fato de que no caso de Jesus a turba gritasse “crucifica-o”, “ crucifica-o”, não é argumento contrario ao que afirmamos. Ali os judeus não estavam impondo a pena , mas pedindo aos governantes que fizesse com Ele o que acostumavam fazer com os outros; aplicar-lhe a pena da cruz. A forma em que a morte seria aplicada, pouco lhes importava, o que eles buscavam era o fato, ou seja, a morte de Cristo.
Já sabemos que os sofrimentos da morte de cruz eram terríveis. Além da posição do corpo encolhido, e os braços estendidos, produziam dores agudas nos ombros e nos braços, cujos músculos se distendiam e inchavam; as mãos e os pés, através dos quais tinha passado pregos a força do martelo, tornando a circulação imperfeita; a terrível sede produzida pelo sol e as feridas; o sangue que não podendo fluir regularmente às extremidades, produzia inflamação das veias, o que oprimia o coração, ao não poder ir de forma natural aos pulmões; o peso do corpo que apenas se apoiava num pedaço de madeira. Tudo isso fazia que os sofrimentos do crucificado fossem cruéis, terríveis, insuportáveis.
O pior de tudo era que a cruz não produzia a morte de forma rápida, ao contrario disso, os sofrimentos do crucificado duravam mais de um dia. “No suplicio da cruz a particularidade mais terrível era que a vítima podia viver três ou quatro dias naquele estado espantoso”.
A idéia daquele suplicio cruel não era matar diretamente ao condenado, mediante determinadas lesões; mas expor publicamente ao escravo, pregando as mãos e os pés, dos quais não soube fazer um uso digno, e deixa-lo abandonado até que seu corpo de corrompesse sobre o madeiro.
Quando desejavam apressar a morte dos crucificados, acostumava-se rompe-lhes os joelhos com pesadas marretas, para desta forma provocar a ruptura das artérias e o sangramento do crucificado. A este bárbaro costume se chamava “crucifagium”.
Os judeus no tempo do Antigo Testamento, que acostumavam pendurar seus condenados na cruz ou crucificar os cadáveres dos criminosos como exemplo público, nunca permitiam que chegasse o crepúsculo sem que antes tirassem os corpos das vítimas do madeiro, como vemos em Deuteronômio 21.22,23. “Quando também em alguém houver pecado, digno do juízo de morte, e haja de morrer, e o pendurares num madeiro, o seu cadáver não permanecerás no mesmo dia; porquanto o pendurado é maldito de Deus; assim não contaminarás a tua terra, que o }Senhor teu Deus te dá em herança”.
No caso de Jesus, para que esta lei pudesse ser obedecida, era necessária a autorização de Pilatos para aplicar o crucifagium aos três crucificados, em caso de que não tivessem morrido, e proceder ao seu sepultamento. Além disso, o dia seguinte era sábado Pascual e grande dia de festa. Os judeus não podiam permitir que num dia como o sábado de Páscoa e em um lugar tão próximo à Cidade Santa e ao templo, três crucificados estivessem expostos à contemplação pública.
Depois de conseguirem autorização de Pilatos, as autoridades eclesiásticas viram como deram morte aos dois malfeitores que haviam sido crucificados, pois ainda estavam vivos; mas quando os executores chegaram perto de Jesus, viram que já tinha expirado. Então um soldado para ficar plenamente convencido de sua morte, enfiou uma lança no seu lado, de onde saiu sangue e água.
O fato de que um crucificado morresse tão rapidamente, três horas depois de ser pendurado, como aconteceu com Jesus, era algo que ninguém entendia. Claro que o sofrimento e castigos anteriores (muito bem ilustrado no filme "A paixão de Cristo"), também foi plano de Deus. (veja João 19.14).

IX. A RESSURREIÇÃO DE CRISTO

Sabemos que depois que retiraram o corpo de Cristo da cruz, José de Arimatéia juntamente com Nicodemos e seus assistentes, pegaram o corpo de Jesus e o sepultaram em um sepulcro de propriedade de José de Arimatéia.
A Doutrina da ressurreição de todos os homens, bem como a ressurreição de Cristo, é ensinada no Antigo Testamento.
Muitas profecias específicas no Antigo Testamento antecipa a ressurreição do corpo humano (Salmo 16;9-10; 17.15; 49.15; Isaias 26.19; Daniel 12.2; Jô 14.13-15; Oséias 13.14). No Salmo 16.9-10, o salmista Davi declara “Portanto está alegre o meu coração e se regozija a minha glória: também a minha carne repousará segura. Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção”.



A. CRISTO PREDIZ SUA PROPRIA RESSURREIÇÃO

Com freqüência, nos Evangelhos, Cristo prediz sua própria ressurreição (Mateus 16.21; 17.23; 20.17-19; 26.12, 28-31; Marcos 9.30-32; 14.28; Lucas 9.22; 18.31-34; João 2.19-22; 10.17-18). As predições são tão freqüentes, tão explicitas e num contexto tão variado que não deixa dúvida de que Cristo predizia sua própria morte e ressurreição.

B. PROVAS DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO

O Novo Testamento apresenta uma prova irrefutável da ressurreição de Cristo. Pelo menos dezessete aparições de Cristo aconteceram depois de sua ressurreição. Vejamos algumas:

1) Apareceu a Maria Madalena (João 20.11-17)

2) Apareceu às mulheres (Mateus 28.9-16)

3) Apareceu a Pedro (Lucas 24.34; 1 Coríntios 15.5)

4) Apareceu aos discípulos quando Tome não estava presente (Marcos 16.14)

5) Apareceu aos onze discípulos uma semana depois da ressurreição (João 20.26-29)

6) Apareceu a sete discípulos no Mar da Galiléia (João 21.1-23)

7) Apareceu aos cinco mil (1 Coríntios 15.6)

8) Apareceu a Tiago, o irmão do Senhor (1 Coríntios 15.7)

9) Apareceu aos onze discípulos no monte de Galiléia (Mateus 28.16-20).

10) Apareceu aos discípulos na ocasião da ascensão no monte das Oliveiras (Lucas 24.44-53; Atos 1.3-9).

11) Apareceu a Estevão momentos antes do seu martírio (Atos 7.55-56)

12) Apareceu a Paulo no caminho a Damasco (Atos 9.3-6)

13) Apareceu a Paulo na Arábia (Atos 20.24; 26.15; Gálatas 1.12,17)

14) Apareceu a Paulo no templo (Atos 22.17-21)

15) Apareceu ao Apóstolo João (Apocalipse 1.12-20).

16) Apareceu a Paulo na prisão em Cesárea ( Atos 23.11).

O numero das vezes que apareceu constitui a mais poderosa evidencia histórica de que Cristo se levantou dentre os mortos.

C. RAZÕES PARA A RESSURREIÇÃO DE CRISTO.

1. Cristo ressuscitou para cumprir com o pacto davídico (2 Samuel 7.12-16; Salmo 89.20-37; Isaias 9;6-7; Lucas 1.31-33; Atos 2.25-31)

2. Cristo ressuscitou para ser o doador da vida ressuscitada (João 10.10-11; 11,25-26; Efésios 2.6; Colossenses 3.1-4; I João 5.11-12)

3. Cristo ressuscitou de modo que Ele seja a fonte do poder da ressurreição (Mt. 28.18; Ef. 1.19-21; Filipenses 4.13).

4. Cristo ressuscitou para ser a Cabeça da Igreja (Efésios 1.20-23).

5. Cristo ressuscitou para que nossa justificação seja cumprida (Romanos 4.25)

6. Cristo ressuscitou para ser as primícias da ressurreição (1 Coríntios 15.20-23).

7. Cristo ressuscitou para poder voltar e buscar os seus (João 14.2-3; 1 Tessalonicenses 4.16,17)

D. O SIGNIFICADO DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO

A ressurreição de Cristo, pelo seu caráter histórico, constitui a prova mais importante da deidade de Jesus Cristo. Porque foi uma grande vitória sobre o pecado e a morte. Na ressurreição, vemos a pedra angular de nossa fé cristã, e como Paulo se expressa em 1 Coríntios 15.17 “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados”.
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Pr. Adaylton de Almeida Conceição


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SOBRE O AUTOR

Adaylton de Almeida Conceição começou seus estudos teológicos na Faculdade Evangélica de Teologia do Rio de Janeiro, onde se graduou como Bacharel em Teologia em 1975, em 1977 fez curso de Mestrado em Teologia pelo Instituto Latino-americano de Buenos Aires, Argentina. Também possui formação acadêmica nas áreas de Psicologia, Psicanálise Clínica com especialização em Sexologia, doutorado em Teologia, Pós graduação em Psicanálises pela Faculdade Darwin de Brasília, Ciências Políticas e Estratégias, vários cursos na Escola Superior de Guerra e ADESG. Também possui formação em Prevenção de Drogas pelo DEA (Departamento de Drogas dos Estados Unidos da América).
Exerceu atividades como Missionário no Amazonas, e em 1975 foi enviado como Missionário para a Republica Argentina. Tem viajado por vários países dando conferencias pastorais e estudos bíblicos em congressos e seminário, compartilhando seus mais de 28 anos de experiência ministerial.
Como professor, no Brasil, desenvolveu atividades no Instituto Bíblico Pentecostal, no Instituto Bíblico Apocalipses, e no Instituto Bíblico Ebenezer, na Faculdade de Teologia (Batista), e na Faculdade Ágape. Na Argentina foi professor de Filosofia e Teologia no Instituto Bíblico Rio de La Plata, professor de Hermenêutica e Homilética no Instituto Bíblico Esdras, de Dispensações e Exegese do Antigo e do Novo Testamento no Instituto Latino -americano Interdenominacional.
Fundou na Argentina o Instituto Bíblico Rosário, e o Seminário Teológico Evangélico Manantial, com extensões em vários Estados, do qual é seu Diretor Geral.
Publicou vários títulos, entre os quais: “Introdução ao Estudo da Exegese” (Editora CPAD), Introdução à Escatologia, Introdução à Sociologia, Introdução à Psicologia, Dispensações, Homilética, Ética Cristã, Estudos de Sexologia I e II, Cartas de Apocalipses, (Ediciones Manantial-Buenos Aires), etc.
Exerceu atividades como Psicanalista na Clinica São José de Resende, Clinica Vanessa-Michele, e Terapeuta Familiar e Sexólogo na Clinica Pavlov do Rio de Janeiro.
Na Argentina foi representante da Câmara Mundial para o Desenvolvimento Humano, Conselheiro e Assessor Geral da UNOY ( UNITED NATIONS OF YOUTH), e Secretario de Assuntos Internacionais da Câmara de Micro empresários. É o Diretor do Serviço Internacional de Prevenção contra Drogas da World Chamber for Human Development.

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