O Significado da Páscoa em Três Dimensões
Há três dimensões para o significado da história da Páscoa
(Pesach):
Êxodo do Egito
Evangelho de
Yeshua
Paradigma do Fim
dos Tempos
I. Êxodo
A história da Páscoa e do Êxodo do Egito exerce um papel
dominante na Lei e nos Profetas. O Deus da criação intervém na história da
humanidade para resgatar um povo oprimido, trazer justiça social, estabelecer a
lei moral universal e criar um grupo chamado de “povo escolhido” dentre as
nações do mundo (esse povo era formado, mesmo naquela época, por judeus e
gentios).
Deus se revelou como YHVH, um Deus de santidade, compaixão e
aliança. Ele estabeleceu o sacerdócio para oferecer expiação pelo sacrifício de
sangue. O Êxodo aconteceu na plenitude do seu tempo na história, por volta de
400 anos depois dos patriarcas. O povo da aliança com Deus começou com apenas
uma família, a de Abraão, mas, no tempo de Moisés, já havia se multiplicado até
uma nação de mais de dois milhões de pessoas.
Deus escolheu a época da Páscoa – a primeira lua cheia no
início da Primavera – para ser o cenário, como um palco, onde ele revelaria a
sua redenção.
II. Evangelho
Os israelitas foram poupados do Anjo da Morte no Egito pela
fé no sangue do cordeiro que eles passaram nos umbrais das portas. Com o sangue
do cordeiro, eles tinham redenção; sem o sangue, não tinham nada. O destino de
vida ou morte dependia do sangue do cordeiro. Quando receberam a Torá no Monte
Sinai, Deus instituiu um sistema de sacrifícios de sangue que eram oferecidos
diariamente. Todos os aspectos da fé de Israel naquela época eram baseados na
aliança firmada pelo sangue.
Obviamente, os sacrifícios de animais eram simbólicos. A
verdadeira expiação por sangue para a humanidade teria que vir de um homem, um
homem perfeito. Esse Homem perfeito, aquele simbolizado pelo cordeiro pascoal e
por todos os sacrifícios de animal, foi revelado a Israel e a toda a humanidade
nos Evangelhos. Ele é o Messias Yeshua, o filho de Deus e o filho de Davi.
Assim como o antigo Israel foi simbolicamente redimido pelo
sangue do cordeiro, assim também toda a humanidade é redimida eternamente pelo
sangue do Cordeiro. A importância central do sacrifício por sangue não mudou;
ela foi revelada em sua plenitude pelo Evangelho. O sacrifício de Yeshua nos
oferece expiação pelo pecado; sua ressurreição nos dá vida eterna. Não há outro
candidato, nem em potencial, que possa oferecer expiação ou ressurreição.
III. Fim dos Tempos
Há outra dimensão do significado da Páscoa. Os rabinos
dizem: “A última redenção será como a primeira”. Isso significa que a vinda do
Messias em glória para estabelecer o reino sobre a terra será semelhante ao
êxodo do Egito. Dan Juster escreveu sobre esse paralelo em seu livro:
“Revelation: the Passover Key” (Apocalipse: a Chave da Páscoa).
O Faraó daquela época era uma figura do Anticristo que ainda
virá. A opressão demoníaca será semelhante. As pragas virão sobre o mundo como
juízo contra o mal e para estimular as pessoas a se arrependerem da sua
maldade. Os verdadeiros santos durante a tribulação serão protegidos como os
israelitas em Gósen, tornando-se assim testemunhas do poder e da graça de Deus.
A palavra profética será entregue por duas testemunhas semelhantes a Moisés e a
Arão. No fim, haverá uma libertação tremenda e repentina como a vitória no Mar
Vermelho.
Nesta época do ano, vamos nos purificar e preparar nossos
corações para todos os propósitos proféticos que Deus tem para nós nesta
geração.
Asher Intrater
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