Então creram nas suas palavras, e lhe cantaram
louvor. Cedo, porém, se esqueceram das suas obras, e não lhe aguardaram os
desígnios; entregaram-se à cobiça no deserto, e tentaram a Deus na solidão.
Concedeu-lhes o que pediram, mas fez definhar-lhes a alma. (Sl 106.12-15)
Lemos a respeito de Moisés que ele "permaneceu
firme como quem vê aquele que é invisível". Exatamente o oposto, aconteceu
com os filhos de Israel no texto acima. Eles só ficaram firmes enquanto as
circunstâncias eram favoráveis. Eram governados, em grande medida, pelas coisas
que apelavam aos sentidos, em vez de descansar no Deus invisível e eterno.
Hoje em dia, há os que têm uma vida cristã
intermitente, isto porque estão ocupados com o que é exterior e centralizam-se
nas circunstâncias, em vez de em Deus. Deus quer que nós O vejamos em todas as
coisas, e que não consideremos insignificante nada que nos traga uma mensagem
Sua.
Aqui lemos que os filhos de Israel "então
creram nas suas palavras". Eles não creram enquanto não viram alguma coisa
— depois que O viram operar, então creram. Realmente duvidaram de Deus quando
chegaram ao mar Vermelho; mas quando Deus abriu o caminho e os fez passar, e
viram a Faraó e seu exército perecerem afogados, "então creram".
Eles levaram uma vida de altos e baixos por causa
desse tipo de fé; era uma fé que dependia das circunstâncias. Este não é o tipo
de fé que Deus quer que tenhamos.
O mundo diz: "Ver para crer", mas Deus
quer que creiamos para ver. O salmista disse: "Oh! se eu não houvera crido
que veria a bondade de Jeová na terra dos viventes!"
Você crê em Deus só quando as circunstâncias são
favoráveis, ou crê a despeito das circunstâncias? — C. H. P.
Fé é crer no que não vemos, e a recompensa desta fé
é vermos aquilo em que cremos. — Sto. Agostinho
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