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segunda-feira, 10 de setembro de 2018

AZEITE

Uma das características mais impressionantes da oliveira é sua perenidade! Ela cresce praticamente sob quaisquer condições: nas montanhas ou nos vales, nas pedras ou na terra fértil. Cresce otimamente sob o intenso calor, com pouca água e é quase indestrutível! Seu desenvolvimento é lento, porém contínuo. Quando é bem cuidada, pode atingir até 7 metros de altura. Até as oliveiras doentes continuam a lançar novos ramos! Algumas árvores têm troncos torcidos e velhos, mas sempre com folhas verdes. Ainda que estejam velhas, as oliveiras não deixam de lançar de si novos ramos e dar frutos! Até 10 ou mais mudas brotam das raízes longas que buscam água nos lugares mais profundos da terra.

Ainda que cortada e queimada novos ramos emergirão de sua raiz. Algumas brotam e crescem num sistema de raízes com mais de 2.000 anos de idade, mas o lavrador tem que esperar 15 anos para a colheita de uma árvore nova. Não é notável que Deus nos tenha comparado justamente a esta tão significativa árvore? Notemos como metaforicamente nos parecemos a esta árvore.

Assim como a oliveira, nós fomos chamados por Deus para darmos frutos independentes do local onde formos plantados. Não importam as condições do terreno, mas sim a nossa perseverança em frutificar ali. Deus nos chamou justamente para que sejamos "plantados" em solos hostis para ali darmos os frutos necessários naquela situação. E se porventura formos momentaneamente vencidos, não desanimaremos! Assim como a oliveira que é queimada, lançaremos novos ramos de nossas raízes e continuaremos vivendo e frutificando! Há também conosco um período de amadurecimento até que possamos frutificar abundantemente! Durante esse período vamos crescendo em estatura (até atingirmos os 7 metros necessários, que representam nossa maturidade plena) e finalmente produzimos a quantidade desejada de frutos. Os frutos da Oliveira são as azeitonas. Mas de que nos servem as azeitonas? Sabemos que elas são uma fonte de comida, luz, higiene e cura. (Ex 27.20; Lv 24.2; Lc 10.34)

Na antiguidade as azeitonas eram postas na prensa, para que, pelo peso da alavanca mais o peso das pedras que imprensavam a azeitona, o azeite fosse extraído. O processo era assim: o peso da primeira pedra produz o primeiro e mais puro azeite, usado exclusivamente para cerimônias de unção e consagração; A segunda prensa, mais pesada, produzia o azeite usado na alimentação; A terceira prensa, mais pesada do que a segunda, produzia um azeite mais denso, usado na iluminação; A quarta prensa, mais pesada do que a terceira, produzia uma pasta de azeite usado na fabricação de sabão, ou seja, na limpeza; (cf Dt 8.8; Ex 27.20; Ml 3.2)

Portanto faz-se necessário o uso da prensa para que o azeite possa ser produzido! Não se engane! Somente quando nossas vidas são "prensadas" pelo Eterno é que somos habilitados a produzirmos o "puro azeite para unção"! Este azeite não procede de qualquer um, mas somente daquelas azeitonas que foram previamente escolhidas e depois prensadas a fim de liberarem de si este óleo para unção dos reis, sacerdotes e profetas. Muitas vezes você meu irmão está sendo "prensado" por Deus e este ato está lhe causando muitas dores! Para alguns chega a ser quase insuportável e chegamos até mesmo a dizer: "Senhor, por favor, pare, pois a dor está me massacrando!" Mas, quando o Senhor acaba de nos "prensar" sai o óleo fresco que ungirá a muitos para a seara do Deus vivo!

O azeite na antiguidade também era conhecido por seus efeitos terapêuticos (Lc 10.34). Nós fomos comissionados pelo Senhor a trazer cura às nações, povos, tribos e homens em toda a terra! Isaías profetizou isso quando disse: "O Espírito do Senhor Deus está sobre mim; porque o Senhor me ungiu para pregar boas novas aos mansos, enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos" (Is 61.1). 
Não deixe sua unção de cura envelhecer, pois a unção de ontem já ficou velha! Use-a cada dia e ela se renovará!

O azeite também abastecia as lâmpadas que traziam luz, e esta é justamente nossa função primordial: iluminar um mundo em trevas! O próprio Jesus nos disse: "Vós sois a luz do mundo" (Mt 5.14) e quando a luz chega em qualquer lugar, imediatamente as trevas tem que recuar!


O apóstolo Paulo em 1Ts 5.19, nos adverte: “Não apaguem o Espírito”. Para que os seus propósitos eternos sejam plenamente cumpridos em nós e através de nós!

Você sabe como se chama a prensa para onde vai a oliva? Talvez te soe familiar: Getsemani. O nome do jardim onde Jesus derramou sua alma antes de se entregar à Cruz. Será coincidência? Eu creio que não. Naquele lugar Jesus foi prensado, amassado, batido em sua alma. Ali Ele expôs sua alma, seu medo e angústia profundos. Ali Ele se entregou ao Getsemani de Deus. E o que vimos sair foi o óleo mais puro, a luz mais forte, a unção e a cura eternas, o remédio para TODAS as nossas dores.  Jesus não teve reservas. Ele se entregou ao Getsemani. Ele nos deu o exemplo de apresentar-se a Deus com o melhor azeite para o candeeiro, para dar a luz que não se apaga.

Se desejamos ser iguais a Jesus, precisamos nos entregar ao Getsemani. Quando somos moídos pelas provações, pelas lutas, tristezas e gigantes dessa vida sem tirar nossos olhos do Senhor, permanecendo firmes, óleo é extraído de nós. Óleo que produz a luz que devemos ser para o mundo, unção que se espalha nos que estão ao redor, remédio para nossas dores e enfermidades.

Às vezes a vida parece nos esmagar, mas se permanecermos firmes, o resultado será sempre para nos levar adiante e para o alto, deixando atrás de nós um rastro de azeite puro e de doce aroma. Persista! Deus tem propósitos grandes para a sua vida e você precisa apresentar a Ele o seu óleo de excelente qualidade.

Oração: Senhor, que no meio da tempestade meus olhos não se desviem de Ti. Que no meio das dores, do meu coração flua um azeite novo, puro, batido e extraído nos céus. Em nome de Jesus, amém.

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