Uma das
características mais impressionantes da oliveira é sua perenidade! Ela cresce
praticamente sob quaisquer condições: nas montanhas ou nos vales, nas pedras ou
na terra fértil. Cresce otimamente sob o intenso calor, com pouca água e é
quase indestrutível! Seu desenvolvimento é lento, porém contínuo. Quando é bem
cuidada, pode atingir até 7 metros de altura. Até as oliveiras doentes
continuam a lançar novos ramos! Algumas árvores têm troncos torcidos e velhos,
mas sempre com folhas verdes. Ainda que estejam velhas, as oliveiras não deixam
de lançar de si novos ramos e dar frutos! Até 10 ou mais mudas brotam das
raízes longas que buscam água nos lugares mais profundos da terra.
Ainda que cortada e
queimada novos ramos emergirão de sua raiz. Algumas brotam e crescem num
sistema de raízes com mais de 2.000 anos de idade, mas o lavrador tem que
esperar 15 anos para a colheita de uma árvore nova. Não é notável que Deus nos
tenha comparado justamente a esta tão significativa árvore? Notemos como
metaforicamente nos parecemos a esta árvore.
Assim como a
oliveira, nós fomos chamados por Deus para darmos frutos independentes do local
onde formos plantados. Não importam as condições do terreno, mas sim a nossa
perseverança em frutificar ali. Deus nos chamou justamente para que sejamos
"plantados" em solos hostis para ali darmos os frutos necessários
naquela situação. E se porventura formos momentaneamente vencidos, não desanimaremos!
Assim como a oliveira que é queimada, lançaremos novos ramos de nossas raízes e
continuaremos vivendo e frutificando! Há também conosco um período de
amadurecimento até que possamos frutificar abundantemente! Durante esse período
vamos crescendo em estatura (até atingirmos os 7 metros necessários, que
representam nossa maturidade plena) e finalmente produzimos a quantidade
desejada de frutos. Os frutos da Oliveira são as azeitonas. Mas de que nos
servem as azeitonas? Sabemos que elas são uma fonte de comida, luz, higiene e
cura. (Ex 27.20; Lv 24.2; Lc 10.34)
Na antiguidade as
azeitonas eram postas na prensa, para que, pelo peso da alavanca mais o peso
das pedras que imprensavam a azeitona, o azeite fosse extraído. O processo era
assim: o peso da primeira pedra produz o primeiro e mais puro azeite, usado
exclusivamente para cerimônias de unção e consagração; A segunda prensa, mais
pesada, produzia o azeite usado na alimentação; A terceira prensa, mais pesada
do que a segunda, produzia um azeite mais denso, usado na iluminação; A quarta
prensa, mais pesada do que a terceira, produzia uma pasta de azeite usado na
fabricação de sabão, ou seja, na limpeza; (cf Dt 8.8; Ex 27.20; Ml 3.2)
Portanto faz-se
necessário o uso da prensa para que o azeite possa ser produzido! Não se
engane! Somente quando nossas vidas são "prensadas" pelo Eterno é que
somos habilitados a produzirmos o "puro azeite para unção"! Este
azeite não procede de qualquer um, mas somente daquelas azeitonas que foram
previamente escolhidas e depois prensadas a fim de liberarem de si este óleo
para unção dos reis, sacerdotes e profetas. Muitas vezes você meu irmão está
sendo "prensado" por Deus e este ato está lhe causando muitas dores!
Para alguns chega a ser quase insuportável e chegamos até mesmo a dizer:
"Senhor, por favor, pare, pois a dor está me massacrando!" Mas,
quando o Senhor acaba de nos "prensar" sai o óleo fresco que ungirá a
muitos para a seara do Deus vivo!
O azeite na
antiguidade também era conhecido por seus efeitos terapêuticos (Lc 10.34). Nós
fomos comissionados pelo Senhor a trazer cura às nações, povos, tribos e homens
em toda a terra! Isaías profetizou isso quando disse: "O Espírito do
Senhor Deus está sobre mim; porque o Senhor me ungiu para pregar boas novas aos
mansos, enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade
aos cativos e a abertura de prisão aos presos" (Is 61.1).
Não deixe sua
unção de cura envelhecer, pois a unção de ontem já ficou velha! Use-a cada dia
e ela se renovará!
O azeite também
abastecia as lâmpadas que traziam luz, e esta é justamente nossa função
primordial: iluminar um mundo em trevas! O próprio Jesus nos disse: "Vós
sois a luz do mundo" (Mt 5.14) e quando a luz chega em qualquer lugar,
imediatamente as trevas tem que recuar!
O apóstolo Paulo em
1Ts 5.19, nos adverte: “Não apaguem o Espírito”. Para que os seus propósitos
eternos sejam plenamente cumpridos em nós e através de nós!
Você sabe como se
chama a prensa para onde vai a oliva? Talvez te soe familiar: Getsemani. O nome
do jardim onde Jesus derramou sua alma antes de se entregar à Cruz. Será
coincidência? Eu creio que não. Naquele lugar Jesus foi prensado, amassado,
batido em sua alma. Ali Ele expôs sua alma, seu medo e angústia profundos. Ali
Ele se entregou ao Getsemani de Deus. E o que vimos sair foi o óleo mais puro,
a luz mais forte, a unção e a cura eternas, o remédio para TODAS as nossas
dores. Jesus não teve reservas. Ele se
entregou ao Getsemani. Ele nos deu o exemplo de apresentar-se a Deus com o
melhor azeite para o candeeiro, para dar a luz que não se apaga.
Se desejamos ser
iguais a Jesus, precisamos nos entregar ao Getsemani. Quando somos moídos pelas
provações, pelas lutas, tristezas e gigantes dessa vida sem tirar nossos olhos
do Senhor, permanecendo firmes, óleo é extraído de nós. Óleo que produz a luz que
devemos ser para o mundo, unção que se espalha nos que estão ao redor, remédio
para nossas dores e enfermidades.
Às vezes a vida
parece nos esmagar, mas se permanecermos firmes, o resultado será sempre para
nos levar adiante e para o alto, deixando atrás de nós um rastro de azeite puro
e de doce aroma. Persista! Deus tem propósitos grandes para a sua vida e você
precisa apresentar a Ele o seu óleo de excelente qualidade.
Oração: Senhor, que
no meio da tempestade meus olhos não se desviem de Ti. Que no meio das dores,
do meu coração flua um azeite novo, puro, batido e extraído nos céus. Em nome
de Jesus, amém.
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