Fé
é uma palavra que significa "confiança", "crença",
"credibilidade". A fé é um sentimento de total crença em algo ou
alguém, ainda que não haja nenhum tipo de evidência que comprove a veracidade
da proposição em causa.
Ter
fé implica uma atitude contrária à dúvida e está intimamente ligada à
confiança. Em algumas situações, como problemas emocionais ou físicos, ter fé
significa ter esperança de que algo vai mudar de forma positiva, para melhor.
De
acordo com a etimologia, a palavra fé tem origem no Grego "pistia"
que indica a noção de acreditar e no Latim "fides", que remete para
uma atitude de fidelidade.
No
contexto religioso, a fé é uma virtude daqueles que aceitam como verdade
absoluta os princípios difundidos por sua religião. Ter fé em Deus é acreditar
na sua existência e na sua onisciência. A fé é também sinônimo de religião ou
culto. Por exemplo, quando falamos da fé cristã ou da fé islâmica.
A
fé cristã implica crer na Bíblia Sagrada, na palavra de Deus, e em todos os
ensinamentos pregados por Jesus Cristo, o enviado de Deus. Na Bíblia há
inúmeras referências ao comportamento do cristão que age com fé. Uma das frases
sobre o tema afirma que "a fé é o firme fundamento das coisas que se
esperam, e a prova das coisas que não se veem". (Hebreus 11.1).
Os
principais elementos da “fé” em sua relação com o Deus invisível, distinta da
“fé” no homem, estão especialmente englobados no uso desse substantivo e do
verbo correspondente, pisteuo; sendo eles:
(1) uma firme convicção, que produz
um reconhecimento pleno da revelação ou da verdade de Deus, por ex., 2 Tes.
2.11,12;
(2) uma entrega pessoal a Ele, João 1.12;
(3) uma conduta inspirada
por essa entrega, 2 Co. 5.7.
FIDELIDADE
“E
não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não
desfalecermos” (Gálatas 6.9).
O
fruto do Espírito conhecido como fidelidade fala de persistência, firmeza de
propósito, especialmente quando o caminho é árduo.
Fidelidade
inclui firme lealdade, submissão inabalável; persistência sugere liberdade da
incerteza; firmeza envolve tal submissão aos princípios ou propósitos que não
sejam abandonados, e resolução que destaca determinação sem vacilar.
No
entanto, “fé” e “fidelidade” embora estejam bem próximas, não são a mesma coisa.
A fé é aquele poder indefinível, dom de Deus, pelo qual podemos crer em uma
realidade que ainda permanece invisível. “Ora, a fé é a certeza de coisas que
se esperam, a convicção de fatos que se não veem” (Hb 11.1). Fidelidade, em
contraste, é o funcionamento desse sistema de crenças interiores. Quando temos
fé em Deus, agimos com fidelidade. Os atos de fidelidade são a demonstração de
nossa fé e as linhas que dão coesão ao nosso sistema de crenças e
comportamento.
Vivemos
em uma sociedade onde as pessoas acreditam, erroneamente, que ser bom é ser fraco.
Mas, tal virtude revela um caráter maduro e forte, leal a Deus e ao próximo.
Como discípulos de Jesus, nosso exemplo maior de bondade, precisamos evidenciar
nossa afabilidade por intermédio de ações e palavras. Não basta apenas dizer
que é bondoso. As pessoas precisam ver esse aspecto do fruto do Espírito em
suas palavras e ações e em seu dia a dia. Fidelidade, firmes na Fé.
No
inicio da conversão, muitos desenvolvem uma fé inabalável, revelando sua
fidelidade ao Senhor. Mas com o passar dos anos, diante das muitas
dificuldades, os crentes vão esmorecendo na fé e comprometendo a sua fidelidade
para com o Senhor. Não podemos nos esquecer que precisamos permanecer fíeis até o
fim (Ap 2.10). É preciso perseverar! Vivemos tempos difíceis e somente um coração
fiel a Deus e à sua Palavra pode nos livrar das heresias e da apostasia.
ARGUMENTO
TEOLÓGICO
A
fidelidade como fruto do Espírito tem muito a ver com a moral e ética cristã.
Esse fruto abençoado coloca o padrão cristão no nível de responsabilidade em
palavras e ação. Houve um tempo em que a palavra de um homem tinha grande
valor e um aperto de mão era tão bom quanto um contrato assinado. Isto não
parece ser verdade em nossos dias. Mas o homem que anda com Deus é diferente,
porque nele está o fruto que é lealdade, honestidade e sinceridade. O Espírito
Santo sempre concede poder para o cristão ser um homem de palavra.
A
fidelidade como fruto do Espírito nos torna leais a Deus, leais a nossos
companheiros, amigos, colegas de trabalho, empregados e empregadores. O homem
leal apoiará o que é certo mesmo quando for mais fácil permanecer calado. Ele é
leal quer esteja calado. Ele é leal quer esteja sendo observado, quer não. Este
princípio é ilustrado em Mateus 25.14-30. Os servos que eram fiéis e fizeram
como foram instruídos mesmo na ausência do senhor foram elogiados e
recompensados.
Princípios
de Fidelidade Objetivo
Combinar
os termos identificadores com os princípios de fidelidade. Lemos no texto de
Romanos 5.1-2: “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por
nosso Senhor Jesus Cristo; pelo qual, também, temos entrada, pela fé, a esta graça,
na qual estamos firmes...”. Posto isto, a fé é o fundamento da fidelidade e das
outras virtudes que fazem parte do fruto do Espírito. A nova vida que temos em Cristo deve caracterizar-se
pela fidelidade e pela sinceridade em contraste com a antiga vida pecaminosa. Vamos estudar agora alguns importantes princípios
da fidelidade. Esses princípios devem moldar
o estilo de vida do crente, atingindo todos os seus relacionamentos.
A fidelidade
e o amor.
Diz Gálatas 5.6: “Porque, em Jesus Cristo, nem a circuncisão nem a
incircuncisão têm virtude alguma; mas, sim, a fé que opera por amor”. A fé como
alicerce requer o amor para que se expresse e opere. Da mesma maneira que
marido e mulher provam o seu amor mútuo pela sua fidelidade um ao outro, assim
também provamos o nosso amor a Deus pela nossa fidelidade à Sua Palavra e à Sua
vontade.
Precisamos
entender o significado da palavra fé. Examinemos, portanto, os seus aspectos
-
A fé natural. Todo homem nasce com uma fé natural, relacionada simplesmente ao
raciocínio humano. Quando embarcamos em um avião, precisamos acreditar que o
avião está em condições mecânicas suficientes para o vôo, e que o piloto possui
o treinamento e a aptidão necessária para conduzir o avião. Exercemos esta fé
em nosso cotidiano de variadas formas. Sendo assim, podemos crer em Deus, sem,
contudo, relacionarmo-nos com Ele.
-A
fé salvífica. É concedida a nós quando ouvimos a Palavra de Deus ungida pelo
Espírito Santo (Romanos 10.17 - Efésios 2.8, 9). Diante disso, fundamentados
nesta fé, devemos confessar nossos pecados e aceitar o dom da salvação divina
(Atos 16.30, 31).
-A
fé ativa. Depois que aceitamos a Cristo, alcançamos uma fé duradoura, ou seja,
uma crença firme e resoluta em Deus. Mediante esta, permanecemos confiando em
Deus independentemente de qualquer circunstância. A fé viva impede-nos de sermos
vencidos pelas provações (2 Coríntios 4.13).
-O
dom espiritual da fé. É outorgado à igreja de forma sobrenatural como apraz ao
Espírito Santo (1Co 12.9). Esta fé manifesta-se na igreja através de milagres,
curas e outras demonstrações de poder do Espírito de Deus. É a fé divina mediante
um dos dons do Espírito Santo, operando no homem (Marcos 16.17, 18).
-O
fruto da fé (fidelidade). Diferente do dom, esta fé cresce dentro de nós (2
Coríntios 10.15 - 2 Tessalonicenses 1.3). Jesus mencionou-a em Marcos 11.22:
“Tende fé em Deus”. Esta é a fé revelada num caráter íntegro e santificado
segundo a Palavra de Deus.
-A
fé como crença. Aquilo que é crido ou o conteúdo de uma crença é chamado de fé
pessoal (At 6.7). Nesta passagem, os sacerdotes aceitaram a doutrina do
Evangelho; que passou a ser a sua fé; seu modo de crer em Deus.
Há
alguns princípios importantes relacionados à fidelidade. Estes devem moldar o
estilo de vida do cristão e nortear seus relacionamentos.
A
fé, como fundamento, requer amor para expressar-se e manter-se ativa (Gálatas
5.6). Da mesma forma que os cônjuges demonstram seu amor um pelo outro mediante
a fidelidade, provamos o nosso amor a Deus por meio da fidelidade à Sua Palavra
e à Sua vontade.
A
fé nos mantém na presença de Deus.
Fé
é a característica que devemos buscar desenvolver da melhor forma possível,
pois sem ela não poderemos agradar ao Senhor (Hb 11.6). É através da fé que nos
tornamos mais íntimos de Cristo, porque nela temos a firme certeza do
cumprimento da promessa divina acerca da vinda de Seu Filho para buscar os
Seus. É importante destacar que a fé não consiste somente em crer e confiar em
Deus. A fé apresentada por Paulo como característica do fruto do Espírito está
relacionada à busca pelo servo de Deus em ser honesto e fiel, pois, sendo Deus
fiel, Ele espera que também sejamos, para que possamos desfrutar de uma
perfeita comunhão com Ele através da pessoa de Seu Filho (1Co 1.9).
A
fé nos mantém fiéis ao Criador.
Quando
o homem consegue desenvolver a fé do fruto do Espírito, ele passa por um
processo de renovação que o mantém fiel ao seu Criador; independentemente da
situação a qual venha ser exposto. Se em alguma circunstância se apresentar uma
condição propícia à infidelidade, o homem de fé certamente irá negar-se a si
mesmo, permitindo que a ação do fruto do Espírito domine o seu interior. A fé
nos leva a entender que mesmo em meio a tribulações da vida é melhor seguir a
Cristo (Lc 9.23). A certeza da nossa fé e a pureza de nosso coração nos colocam
debaixo da provisão de Deus, pois Ele é o único que pode nos dar garantia de
que irá cumprir o que prometeu (Hb 10.22-23).
A
fé nos garante a vitória do arrebatamento.
Em
alguns momentos da vida, o servo fiel passa e passará por situações de
sofrimento. Entretanto, não podemos permitir que tais sofrimentos abalem a
nossa fé. Se permanecermos fieis a Cristo, teremos então a nossa fé purificada
e isso irá nos garantir uma certeza de vitória no dia da vinda do Cordeiro. O
Senhor Jesus tem em alta conta aqueles que são perseverantes nas provações e
que em todo tempo têm firmada sua fé nEle. Uma postura de fé é preciosa aos
olhos de Deus e tem um valor inestimável por toda eternidade (1Pe 1.6-7). Ter
um posicionamento firme de fidelidade fornece ao indivíduo a certeza da salvação
(1Co 15.58).
A
fidelidade de Deus e a mídia.
Os
cristãos enfrentam um grande problema na sociedade atualmente: conviver com uma
mídia doente e perversa. No entanto, a Bíblia nos orienta a não nos conformamos
com este século (Rm 12.2). Devemos nos fortalecer sempre na Palavra de Deus (At
2.40; Tt 2.12; Hb 3.12-13; Tg 4.4; 1Pe 1.13-15).
A
fidelidade e o sofrimento.
A
fidelidade inclui o sofrer por Cristo e com Cristo. Quanto a isso, a fidelidade está intimamente
associada à persistência ou resistência, que já estudamos na lição anterior. A Epístola
aos Hebreus foi escrita numa época em que os cristãos estavam sob feroz perseguição.
Num ambiente assim é que a nossa fé é realmente provada. Em Hebreus 6.12, os elementos da fidelidade e
da resistência no sofrimento são destacados: “Para que vos não façais negligentes,
mas sejais imitadores dos que, pela fé e paciência, herdam as promessas”. A
fidelidade é fruto do Espírito, sendo capaz de resistir firme sob quaisquer circunstâncias.
A
fidelidade e os nossos votos.
A
fidelidade como fruto do Espírito muito tem a ver com a moral e a ética cristã. Este bendito fruto faz com que o padrão cristão
se caracterize pela responsabilidade nas ações e nas palavras. Já houve tempo
em que a palavra de um homem tinha grande valor; quando um aperto de mão valia
tanto como um contrato escrito. Infelizmente isso não acontece muitas vezes,
nos nossos dias. Porém, o homem
que anda na
presença de Deus
precisa de ser
diferente, pois nele manifesta-se o
fruto do Espírito,
que também envolve
a lealdade, a
honestidade e a
sinceridade. O Espírito Santo
confere o Seu poder ao crente para que ele seja fiel à palavra empenhada –
alguém que cumpre os seus votos. Diz Eclesiastes 5.5: “Melhor é que não votes
do que votes e não pagues”.
IDOLATRIA
“Eu
sou o Senhor; este é o meu nome a minha glória, pois a outrem não darei, nem o
meu louvor à imagens de escultura” Isaias 42.8
O
que Deus diz sobre idolatria?
A
idolatria ofende a Deus. Tudo que toma o lugar de Deus em nossa vida é
idolatria. Só Deus merece adoração. O segundo mandamento proíbe a idolatria
(Deuteronômio 5.8-10).
Os
povos vizinhos de Israel adoravam ídolos, que são imagens de deuses. Eles
acreditavam que os deuses moravam dentro das imagens e que podiam ser
manipulados com rituais e sacrifícios. Muitos israelitas adotaram os ídolos e
os rituais idólatras desses povos (Juízes 2.11-12). Mas
a Bíblia diz que só há um Deus, que é espírito e não pode ser representado por
imagens nem objetos criados por homens (João 4.24). Deus não mora dentro de
estátuas nem pode ser manipulado. Não existem outros deuses; quem acredita
neles acredita em uma mentira.
Os
Querubins da Arca
A
Passagem Bíblica sobre os querubins colocados no propiciatório da arca da
aliança (Êx. 25.18-20), advogada pelo teólogos romanistas para justificar a
prática idólatra, não se reveste de sustento
algum.
Porque
não existe na Bíblia nenhuma passagem sequer que mostre um israelita dirigindo
as suas orações aos querubins. O propiciatório era a figura da redenção de
Cristo (Hb. 9.5-9). A Bíblia condena terminantemente o uso de imagem de
esculturas no meio do altar (Êx. 20.4-5; Dt. 5.8-9). Jesus disse: “Ao Senhor,
teu Deus, adorarás e só a ele servirás.” (Mt. 4.10). O Anjo disse a João:
“Adora somente a Deus” (Ap. 19.10; 22.9). Pedro recusou ser adorado por
Cornélio (At. 10.25-26)
Os
idólatras não entrarão no Céu.
“Ou
não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem
impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem
ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o
reino de Deus.” ICo 6.9-10.
O
que é heresia?
Heresia
é ensinamento desviado da Palavra de Deus, em outras palavras: facção que é
obra da carne (Gl 5.20). Herege é um termo usado na Bíblia para se referir ao
indivíduo ou grupos que, deixando a sã doutrina do Senhor, preferem andar
teimosamente segundo o seu próprio pensamento e interpretação abraçando erros doutrinários.
Nas epístolas do N.T. nos é recomendado evitar tais homens, porque não passam
de falsos irmãos (II Co 11.13). Preste atenção na mensagem abaixo:
“Assim
como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós
falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras,
até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si
mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e,
por causa deles, será infamado o caminho da verdade” (II Pe 2.1-2)
O
perigo da heresia
Desde
os tempos bíblicos, os pensamentos e costumes mundanos procuram se misturar à
doutrina do SENHOR. Por isso, observamos que um terço das mensagens do Novo
Testamento está relacionado ao combate às heresias. A igreja de Deus, cheia do
Espírito Santo, precisa vigiar e defender a sua fé perante as heresias que
constantemente ameaçam a sã doutrina recebida pelo Senhor.
“Cuidado
que ninguém vos venha enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a
tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo” (Cl
2.8)
CONCLUSÃO
- Alcançamos misericórdia para sermos fiéis (I Coríntios 7.25). A salvação de Jesus
nos põe na fidelidade a Ele e nos mantém firmes na obediência à Sua Palavra.
A
fidelidade nos envolve pessoalmente e em nosso relacionamento com Deus.
Fiel é
quem não duvida de Deus.
Fiel é quem não começa com o Espírito e segue a
procissão da carne.
Fiel é quem começa com Deus e continua caminhando com Ele
(Apocalipse 17.14).
Sejamos
fiéis até a morte para alcançarmos a Coroa da Vida (Apocalipse 2.10).
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Pr. Adaylton Conceição de Almeida
(Th.B.; Th.M.; Th.D.)
Ass.
de Deus em Santos (Ministério do Belém) - São Paulo.
Email:
adayl.alm@hotmail.com
Facebook:
adayl manancial
BIBLIOGRAFIA
Anderson
Quadros – Mensagens Bíblicas
Josaphat
Batista – Fidelidade
Carlos
Roberto Martins de Souza – Idolatra, eu?
Jefferson
Montanha – O que é idolatria?