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VIDAS

A VIDA É FEITA DE ESCOLHAS. A VIDA ETERNA, DE RENÚNCIAS!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

SEMENTES

Um moço encontrou um homem já de bastante idade plantando um pé de nogueira num campo, na Suiça, e ficando surpreso, disse-lhe:

- O senhor não sabe que este pé só dará fruto daqui a sessenta ou setenta anos? - Sei, foi a resposta - Mas estou colhendo o fruto de muitas árvores que homens de bom senso plantaram a setenta ou mais anos para mim.

Homens de bom senso lançam sementes, Jesus certa vez, contou a parábola do semeador onde dizia que um homem saiu a semear e lançava suas sementes na beira do caminho, entre as pedras, os espinhos e em terreno fértil.

Eu vejo que esse semeador tinha o bom senso de não selecionar a qualidade da terra onde lançava suas sementes, ele apenas as lançava, não competia a ele decidir onde a semente iria produzir frutos e nem quando isso aconteceria, nem mesmo quem os iria colher, ele apenas lançava as sementes.

Semear a semente da palavra, plantar as árvores que produzirão os frutos que alimentarão outras gerações, é um ato de gratidão. Pense nisso!

Pr. Messias Bueno - www.igrejavidaplena.no.comunidades.net

domingo, 25 de setembro de 2011

ESTUDO SOBRE O LIVRO DE NEEMIAS

Escritor: Neemias.

Lugar da Escrita: Jerusalém.


Escrita Completada: cerca de 430 - 420 a.C.


Tema: Reedificação dos muros de Jerusalém.

ANTECEDENTES HISTÓRICOS

O povo de Israel estava numa posição incomoda, pois tinha passado por sucessivas derrotas.
- Primeiro foi a destruição do Reino do Norte com as 10 tribos destruídas e levados cativos pela Assíria. 722 a. C.
Depois veio Nabucodonozor contra o reino do Sul, Destruiu o Templo e levou parte da população cativa para a Babilônia – 586 a.C
Por volta do ano 506 a.C. o rei persa Ciro, autoriza o regresso de alguns judeus a Jerusalém para sua reconstrução, incluindo a reconstrução do Templo. Ed. 1.1
Depois veio Nabucodonozor contra o reino do Sul, Destruiu o Templo e levou parte da população cativa para a Babilônia – 586 a.C
Por volta do ano 506 a.C. o rei persa Ciro, autoriza o regresso de alguns judeus a Jerusalém para sua reconstrução, incluindo a reconstrução do Templo. Ed. 1.1
Ciro Rei da Pérsia
• 23 - Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus do céu me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá. Quem há entre vós de todo o seu povo suba, e o Senhor seu Deus seja com ele.
• Apesar de ter autorização real, a oposição se levantou contra Zorobabel, e o novo rei persa Artaxerxes paralisou a reconstrução da cidade.
• Com a subida do rei Dario ao poder, a obra foi retomada e o Templo concluído (Ed. 6).
• Sua inauguração foi por volta do ano 512 a.C. (Ed. 6.13-22)

NEEMIAS E SUA HISTÓRIA

• Poucas pessoas estão familiarizadas com os feitos e a figura bíblica de Neemias, e ainda assim ele foi fundamental para a reconstrução e restabelecimento de Jerusalém, no século V a.C. após o exílio babilônico.
• Embora não haja consenso sobre a cronologia relativa dos livros de Esdras e Neemias (as datas bíblicas não são claras), o retorno de Neemias a Jerusalém, foi provavelmente precedido de Esdras.
• Ambos trabalharam juntos para restaurar a cidade e dedicar seu povo Deus
• Embora não haja consenso sobre a cronologia relativa dos livros de Esdras e Neemias (as datas bíblicas não são claras), retorno de Neemias a Jerusalém, provavelmente foi precedida de Esdras uns anos depois.
• Ambos trabalharam juntos para restaurar a cidade e dedicar seu povo Deus
• Depois de ouvir sobre o triste estado de coisas em Judá, Neemias conseguiu a permissão do rei para voltar a Jerusalém e reconstruir a cidade e suas fortificações.
• A ele é ainda dado cartas do rei para garantir uma passagem segura e para obter madeira de floresta do rei para os portões e muros de Jerusalém.
• Neemias voltou a Jerusalém em 445 a.C.
• Sua genealogia é obscura.
• Alguns classificam como um sacerdote, outros como profeta.
• Mas seu nome está lá determinado como sendo o principal líder do povo.
• Ele é chamado de "Tirshata" em 8.9, o que significa governador.
• Neemias, cujo nome significa “Deus Consola”, era servo judeu do rei persa Artaxerxes (Longímano).

Era copeiro do rei. Esta era uma posição de grande confiança e honra, e desejável, pois dava acesso direto ao rei.
• Entretanto, Neemias era um daqueles fiéis exilados que preferiu Jerusalém acima de qualquer “causa de alegria” pessoal. (Sal. 137.5, 6)

Não era posição ou riqueza material que ocupava o primeiro lugar nos pensamentos de Neemias, mas sim a restauração da adoração de Deus.
• Estavam numa situação lamentável. (Nee. 1.3) A muralha da cidade era um entulho, e o povo era um vitupério aos olhos de seus adversários sempre presentes.
• Neemias é, sem dúvida, o escritor do livro que leva seu nome.
• A declaração inicial: “As palavras de Neemias, filho de Hacalias”, e o uso da primeira pessoa no texto provam claramente isto. (Nee. 1.1)
• Originalmente os livros de Esdras e Neemias eram um só livro, chamado Esdras. Mais tarde, os judeus dividiram o livro em Primeiro e Segundo Esdras, e ainda mais tarde, Segundo Esdras veio a ser conhecido como Neemias.
• Há um intervalo de cerca de 12 ou 14 anos entre os eventos finais de Esdras e os eventos iniciais de Neemias, cuja história abrange então o período do fim de 456 a.C. até depois de 443 a.C. — Neemias 1.1; 5.14; 13.6.
• O livro de Neemias se harmoniza com o restante da Escritura inspirada, da qual faz legitimamente parte.
• Ademais, o livro marca o início do cumprimento da profecia de Daniel de que Jerusalém seria reconstruída, mas não sem oposição, “no aperto dos tempos”. — Dan. 9.25
• Evidências históricas fidedignas de fontes gregas, persas e babilônicas apontam para 475 a.C. como o ano da ascensão de Artaxerxes e para 474 a.C. como seu primeiro ano de reinado.
• Neemias 2.1-8 indica que foi na primavera setentrional daquele ano, no mês judaico de Nisã, que Neemias, o copeiro real, recebeu do rei permissão para restaurar e reconstruir Jerusalém, sua muralha e seus portões.
• A profecia de Daniel declarava que se passariam 69 semanas de anos, ou 483 anos, “desde a saída da palavra para se restaurar e reconstruir Jerusalém até o Messias, o Líder”.
• Uma profecia que se cumpriu de modo notável ao ser Jesus ungido em 29 d.C., uma data que se harmoniza tanto com a história secular como com a bíblica.
• O contexto da atuação de Neemias

I. Contexto político

• A Palestina, na época de Neemias, pertencia à Satrápia Transeufrates. Essa Satrápia era formada pela Síria, Fenícia, a terra de Canaã e Chipre.
• A organização do Império Persa:


• O rei dispunha de um Secretário Real, do exército e de pessoas com missões especiais. A Bíblia cita quatro figuras que possuíam a missão de ser um "olheiro do rei" São eles:
• Sesbasar
• Zorobabel
• Neemias
• Esdras

Porém, a grande função ocupada por Neemias foi a de governador (no hebraico: pehah), por um tempo limitado (Ne 2.6, 9; 3.7). 
• Enfim, Neemias recebe do rei Artaxerxes I (465-423 a.C.) a missão de:
• Fortalecer a comunidade de Jerusalém e prepará-la para reconstrução;
• Reorganizar o povo
• Assentá-lo na terra e na cidade
• Disciplinar o povo sob a Torá;
• Detectar abusos na administração política, na prática religiosa; na economia.
• Desde o exílio de Sedecias (587 a.C.), Jerusalém não abrigava o governo e, consequentemente, não mais possuía força e poder político.
• Contexto social
• A injustiça e a exploração entre os próprios judeus (Ne 5.1-13):
• Crescia a desigualdade entre as famílias;
• Aumentava o desejo de lucro pessoal;
• A volúpia do lucro também contaminava os sacerdotes.
• O cenário de Jerusalém era desolador:
• Contexto social
• A Injustiça e exploração entre os próprios judeus (Ne 5.1-13):
• Crescia a desigualdade entre as famílias;
• Aumentava o desejo de lucro pessoal;
• A volúpia do lucro também contaminava os sacerdotes.
• O cenário de Jerusalém era desolador:
• Por outro lado, há um conflito entre o povo da terra (os que não foram para o exílio) e os exilados que retornaram da Babilônia. Por isso,
• Entre o povo, havia falta de identidade de fé:
• Assimilação de outras práticas religiosas;
• Dificuldades com os casamentos mistos;
• Alianças por interesses econômicos;
• Radicalismos na prática religiosa:
• Exigência da guarda do sábado, (Ne. 13.17...)
• Exigência quanto a prática do jejum,
• Obrigatoriedade quanto ao dízimo. (Ne. 13.11, 12)

Os dez ditos inspirados de Neemias:

1 - A boa mão de Deus está comigo: 2.8
2 - Levanta-se e vamos construir: 2.18
3 - O Deus do céu, ele vai prosperar: 2.20
4 - O povo tinha ânimo para trabalhar: 4.6
5 - Lembre-se do Senhor grande e temível, e lutar: 4.14
6 - E o nosso Deus pelejará por nós: 4.20
7 - Ó Deus, fortalece as minhas mãos: 6.9
8 - Este trabalho foi feito por nosso Deus: 6.16
9 - A alegria do Senhor é a vossa força: 8.10
10 - Lembrai-vos, ó meu Deus: 13.29, 31

Os livros de Esdras, Neemias e Ester fazem parte do mesmo período geral na história de Israel. Em nossa Bíblia foram invertidos na ordem cronológica em que aconteceu. Em outras palavras, os fatos do livro de Ester realmente aconteceram quando Deus começou a se mover no meio do cativeiro de Israel, a fim de retornar esta nação à sua terra. Isso foi pouco depois do meio dos setenta anos que Jeremias tinha predito que o cativeiro duraria. Deus levantou Ester, uma jovem judia, ao trono da Pérsia como rainha.
• Foi seu marido, o rei Assuero da Pérsia, (Artaxerxes) mencionado nos capítulos iniciais de Neemias.
• Isso foi pouco depois do meio dos setenta anos que Jeremias tinha predito que o cativeiro duraria.
• Deus levantou Esther, uma jovem judia, ao trono da Pérsia como rainha.
• Foi seu marido, o rei Assuero da Pérsia, Artaxerxes mencionado nos capítulos iniciais de Neemias.
• Nem Artaxerxes e Xerxes são os nomes deste rei, por isso é muito confuso.
• Estes são realmente títulos.
• Artaxerxes significa "o grande rei”, Xerxes significa “o pai venerável”.
• De modo que não era o nome do rei.
• Pode ser útil ou não poder saber que este é também Artaxerxes e Darius Xerxes Mede, mencionado no livro de Daniel.
• E para adicionar mais confusão, Artaxerxes no livro de Neemias não é o mesmo Artaxerxes no livro de Esdras.
• De qualquer forma, na história desta cidade, Esther, como um instrumento da graça de Deus, foi enviado para ocupar o trono da Pérsia e assim moveu o coração do seu marido, o rei, que permitiu que Neemias seu copeiro , o retorno a Jerusalém.
• Os primeiros seis capítulos abordam a reconstrução do muro, enquanto o resto dos capítulos até o 13, lida com a reconstrução da cidade

O livro de Esdras começa com a construção do templo.

A restauração da casa de Deus é sempre a primeira coisa a voltar para Deus. Depois vem a construção das paredes, como discutido no livro de Neemias, que cobre a necessidade de segurança e força. Finalmente, o livro de Ester vem como a revelação de todo o propósito na vida da pessoa.

Esta é uma visão geral destes três livros.

TEMA E HISTORIA DE FUNDO: 

Zorobabel conduziu o primeiro grupo de exilados de volta à Jerusalém nos quase oitenta anos mais tarde,
• Esdras o escriba veio à cidade santa com um segundo grupo de judeus, dando lugar às reformas de grande envergadura através de seu ministério fundado na Palavra de Deus. 538-537 a.C. (Esd. 2) e supervisionou a construção do templo. 
• Há três classes de pessoas no mundo: Os que não sabem o que está acontecendo, os que estão pendentes do que acontece, e os que fazem com que aconteça. “Neemias pertencia a este ultimo grupo.
• Enquanto o livro de Esdras trata do Templo e da adoração, Neemias trata com os muros e a obra de cada dia.
• O livro de Neemias coloca a Deus no centro dos assuntos da vida cotidiana.

• CAPITULO 1

• O primeiro capítulo nos oferece muito pouco a titulo de introdução. Apenas indicam as circunstâncias da vida de Neemias: O nome do seu pai: Hacalias, e sua alta e influente posição como copeiro do rei Artaxerxes.
• Neemias 1.
• "As palavras de Neemias,..." “Ou suas transações e obras; pois דברי “dibre” significa coisas feitas, assim como palavras faladas;” 
• Na LXX, este é o capítulo 11 do Segundo de Esdras (2 Esdras). 
• O nome “Neemias” significa “Jah Consola; Jah É Consolo”. Hebr.: Nehhem•yáh. 
• "Ora, no mês de quisleu,..." O nono mês, correspondente ao final de Novembro e começo de Dezembro. "No vigésimo ano,…" i.e. de Artaxerxes Longimanus (465-425 a.C.). 
• Compare com Nee 2.1. "Sucedeu que eu mesmo vim a estar em Susã, o castelo." Susã, ou Susa, era a residência comum dos reis da Pérsia.
• Foi no mês de Kislev, no ano 20 (445 ADC) Quando seu irmão Hanani (7.2) visitou alguns de Judá,
• O que ele pediu imediatamente mostra o profundo interesse que ele tinha no povo de Deus.
• "Eu perguntei sobre os judeus que tinham escapado, que foram do cativeiro, e acerca de Jerusalém." 
• v. 4-11 – Durante quatro meses (2.1) Neemias orou a Deus “dia e noite”.
• Neemias se importava mais com as pessoas que consigo mesmo.
• Quando Neemias soube das necessidades do seu povo, sentiu-se chamado para atender às necessidades.
• Neemias é um homem que diagnostica os problemas do seu povo.

Que tipo de problema havia em Jerusalém?

• 1 - Insegurança pública. Os muros estão derrubados. A cidade estava desguarnecida.
• 2 - O povo estava sem defesa, os invasores podiam entrar a qualquer hora.
• 3 - Jerusalém estava enfrentando injustiça social.

Suas portas estavam queimadas. 

• Os juízes julgavam as causas junto às portas da cidade... Não havia julgamento, a cidade estava sem lei
• Jerusalém enfrentava problema de pobreza.
• Hanani concluiu seu relato: “Os restantes que não foram levados para o cativeiro, e se acham na província, estão em grande miséria”
• Jerusalém enfrentava problema de desprezo.
• Hanani conclui dizendo: “...e desprezo”.
• Além de todos os problemas, eram ultrajados e desprezados.
• Embora ele nunca tivesse visto Jerusalém, a cidade de seus pais, ele amava Jerusalém e sentia como todos os outros cativos piedosos, que se expressa muito bem em um dos Salmos:

"Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, esqueça-se a minha destra da sua destreza. Apegue-se-me a língua ao céu da boca, se não me lembrar de ti, se eu não preferir Jerusalém à minha maior alegria."(Salmo 137.5-6).

• Se passaram aproximadamente quatro meses nos quais Neemias esperou para aproximar-se do rei. “…aquele que crer não se apressará.” Is. 28.16.
• Certamente a fé e a paciência vão juntos. (Heb. 6.12). Porém, Neemias tinha em mente um plano, dado a ele pelo Senhor, e sabia exatamente quando seria a hora certa.
• Neemias e as ruínas

Levou três meses para Neemias chegar na cidade, e chegou como governador, não como um servo.
• Ele foi paciente e esperou três dias antes de tomar qualquer decisão.
• Os inimigos de Neemias estava assistindo e teve que ser sábio e cuidadoso.
• Mais tarde ele descobriu que alguns dos nobres de Judá eram aliados com Tobias, o inimigo dos judeus.
• Embora tenha vivido em prosperidade, seu coração estava com o seu povo.
• O restante estava em grande aflição e opróbrio, o muro de Jerusalém dividida, e as portas queimadas a fogo.
• Vv. 11/04. Estas tristes notícias o dominaram com grande tristeza
• Ele se sentou e chorou, lamentando por alguns dias.

A ORAÇÃO DE NEEMIAS – 1.5-11.

• ESTA ORAÇÃO FEITA POR NEEMIAS NOS LEMBRA A ORAÇÃO ANTERIORMENTE FEITA POR DANIEL (Dn. 9.4-19)
• Ambas são ricas em conteúdo, confissão, interseção, reconhecimento e dependência para com Deus.
• Ambos descem ao nível do povo...
• Um estudo da oração de Neemias nos dará a chave da espécie de oração que Deus ouve e que tem resultados.
• Neemias não era profeta, não era sacerdote, era um devoto que quando não sabia o que fazer dobrava seus joelhos diante de Deus e dependia diretamente Dele.
• A oração coloca a Deus como parte da solução de nossos problemas...

I - ESTA ORAÇÃO RECONHECE O CARÁTER DE DEUS. 1.5

• “Jerusalém estava enfrentando injustiça social”. Ne. 1.5
• Para saber o que Deus pode fazer, primeiro temos que saber quem é Deus.
• Muitos desconhecem o poder de Deus porque não conhecem a Deus.
• Conhecer a Deus vai mais além de crer em sua Palavra e o que Ele disse...
• Mas crer a sua Palavra e o que Ele diz
• Vejamos o espírito humilde com que ele ora: “Te rogo...”. Não orava exigindo nem demandando
• Neemias apelava para “O pacto de Misericórdia” de Deus.

II – ESTA ORAÇÃO RECONHECE A ATENÇÃO DE DEUS. 1.6

• Estejam atentos os teus ouvidos e abertos os teus olhos, para ouvires a oração do teu servo, que eu hoje faço perante ti, dia e noite, pelos filhos de Israel, teus ser-vos, confessando eu os pecados dos filhos de Israel, que temos cometido contra ti; sim, eu e a casa de meu pai pecamos;
• Para Deus não interessa o que dizemos, mas como o dizemos.
• Que motivação temos quando oramos?
• Para Neemias não havia um tempo para orar, mas o tempo de orar.
• Não profetizava, mas orava, não dirigia culto, mas orava.
• Neemias se sentia parte dos problemas do povo seria parte da solução

III - ESTA ORAÇÃO RECONHECE A CONFISSÃO SINCERA. Ne. 1.7

• “na verdade temos procedido perversamente contra ti, e não temos guardado os mandamentos, nem os estatutos, nem os juízos, que ordenaste a teu servo Moisés”.
• Neemias não ora dizendo que eles se corromperam... Não apenas eles, mas eu também te falhei...
• Eu também me descuidei.

IV - ESTA ORAÇÃO RECONHECE A JUSTIÇA DE DEUS. Ne. 1.8

• “Lembra-te, pois, da palavra que ordenaste a teu servo Moisés, dizendo: Se vós transgredirdes, eu vos espalharei por entre os povos”.
• Aqui Neemias resume Levítico 26 e Deuteronômio 30. Se lembra que a desobediência a Deus trará o castigo.
• O amor de Deus exige Justiça. Amor sem justiça é uma injustiça.
• Deus é amor, mas é justo. Isso o expressou na cruz do Calvário e sua justiça o expressará no Juízo Final.

V - ESTA ORAÇÃO RECONHECE A RESTAURAÇÃO DE DEUS. Ne. 1.9.

• “mas se vos converterdes a mim, e guardardes os meus mandamentos e os cumprirdes, ainda que os vossos rejeitados estejam na extremidade do céu, de lá os ajuntarei e os trarei para o lugar que tenho escolhido para ali fazer habitar o meu nome.”
• Outra vez Neemias resume as garantias de Deus arquivadas em Lev. 26 e Dt. 30
• Está mais que seguro que pode descansar sobre as garantias divinas.
• Fora da Palavra de Deus perdemos o direito de garantia oferecido por Deus.

VI - ESTA ORAÇÃO RECONHECE A POSIÇÃO DO CRENTE DIANTE DE DEUS. Ne. 1.10

• “Eles são os teus servos e o teu povo, que resgataste com o teu grande poder e com a tua mão poderosa.”.
• Neemias lembra a Deus por quem ele ora, e o que Ele já fez por eles.
• Na oração declara com ênfase: “eles são teus servos e o teu povo”.

Por causa de Jesus Cristo, a igreja agora tem uma posição de autoridade diante do mundo e de beneficiaria diante de Deus.
• “e nos ressuscitou juntamente com ele, e com ele nos fez sentar nas regiões celestes em Cristo Jesus,”
• Ao reconhecer quem somos em Cristo, determinará como nos reconheceremos diante do mundo.
• Tu e eu nos devemos ver como Deus nos vê e não como outros querem que nos vejamos.

VI - ESTA ORAÇÃO RECONHECE O FAVOR DE DEUS. Ne. 1.11

• Ne. 1.11.“Ó Senhor, que estejam atentos os teus ouvidos à oração do teu servo, e à oração dos teus servos que se deleitam em temer o teu nome; e faze prosperar hoje o teu servo, e dá-lhe graça perante este homem. Era eu então copeiro do rei.”
• Não empreendamos nada para Deus se não estamos seguros de que Ele lhe interessa.
• Neemias associa o êxito com a oração.
• Neemias ora por graça.
• Quando Deus quer que faça alguma coisa, te dará a graça para fazê-lo.

CONCLUSÃO:

• Oremos sabendo quem é Deus.
• Oremos buscando a atenção de Deus pelo que oramos.
• Oremos amparados nas garantias divinas
• Oremos vendo-nos na posição que Deus nos vê.
• Oremos para triunfar e para receber graça de Deus.
• 2.1 – Do cap. 1.5-11, vemos que Neemias já levava quatro meses em oração, buscando a orientação de Deus, dia e noite, com lágrimas e jejuns (1.4).
• A prudência de Neemias se prendia a muitos fatores:
• Artaxerxes havia apoiado o projeto de Esdras de honrar o templo de Jeová em Jerusalém e de ensinar e aplicar a Lei em Judá. (Esd. 7.6, 11-28).
• Mas por oposição o rei havia mandado deter as obras em Jerusalém
• Ed. 4.21 = “Agora, pois, dai ordem para que aqueles homens parem, a fim de que não seja edificada aquela cidade até que eu dê ordem.’
• ...ainda que tenha deixado aberta a porta para reverter essa ordem (Esd. 4.21). Qual seria sua atitude agora?
• Depois de servir o vinho ao rei, o mesmo nota por primeira vez, o aspecto triste do seu copeiro, Artaxerxes lhe pergunta o motivo (2.1, 2).
• Isso deu lugar a um diálogo onde por três vezes o rei dirige uma pergunta a seu copeiro (2.2, 4ª, 6ª) e três vezes este lhe responde (2.2b, 3, 4b, 5, 6b).
• Esta era a oportunidade que Neemias esperava e a aproveitou para falar ao rei acerca de Jerusalém.
• Vemos a inteligência de Neemias ao responder ao rei.
• Primeiro ele reafirmou sua lealdade ao rei mediante a saudação tradicional (2.3, cf. I Re. 1.31, Dan.2.4). Logo depois deu uma resposta sábia, certamente planejada durante seus quatro longos meses de oração.
• Fez um aproximação, personalizada, sentimental e cauto.
• Em vez de debater questões políticas, falou dos sepulcros de seus pais.
• As leis do Antigo Oriente guardavam um profundo respeito pelos sepulcros ancestrais.
• Neemias evitou o nome “Jerusalém”, cidade que Artaxerxes havia intitulado de rebelde e perigosa (Esd. 4.12, 19, 20).
• Em vez da delicada palavra “muralhas” só falou das portas da cidade. Não pediu nada, só falou de sua tristeza em resposta à pergunta do rei.
• A segunda pergunta de Artaxerxes abriu uma porta grande (2.4).
• O rei supunha que se o seu copeiro havia pranteado um problema, já deveria ter um plano para resolvê-lo, o qual requeria a autorização real.
• Porém antes de responder, Neemias manda uma mensagem divina (2.4 ver 1.11b).
• Plasmou sua resposta em oração (2.5). Se for do agrado do rei, e se teu servidor for aceito diante de ti.
• Logo depois começa sua própria petição com outro paralelismo:
• Envia-me a Judá. A cidade de meus pais.
• Guardou o principal e mais delicada até o final: Para que eu reedifique. Ainda continuou evitando usar a palavra “Jerusalém” e “muralha”, mas edificar a cidade bem podia incluir amuralhá-la. (ver Jos. 6;26. I Re. 12.25, 15.17, 21, 22).
• Em sua terceira pergunta Artaxerxes já se mostrava favorável à solicitação (2.6ª).
• Em verdade a concedeu antes mesmo de que Neemias a respondesse (2.6b). Neemias havia indicado um prazo curto, ainda que ele terminasse ficando por 12 anos em Judá (5.14; 13.6).
• Logo depois, Neemias pediu cartas de apoio oficial 2.7, 8. Durante quatro meses de oração, Neemias havia desenvolvido um plano pormenorizado.
• Quando lhe chegou o momento de fazer sua petição, o apresentou como um programa bem pensado e estruturado.
• Durante sua viagem, Neemias usou as cartas de salvo-conduto (2.9).
• No vers. 10 encontramos o primeiro sinal de oposição. Sambalat era governador da província persa de Sumária, ao norte de Judá.
• Ouviram (2.10). É um verbo clave na estrutura dos capítulos 2–6. Cada vez que o projeto de reconstrução da muralha avançava, os inimigos o ouviram e reagiram com desagrado ou oposição (2.10,19: 4.1,7: 6.1).
• Por outro lado, o mesmo verbo introduzirá o anuncio do fracasso da oposição (4.15; 6.16).
• Neemias exclui Sambalat e Tobias dos legítimos filhos de Israel (2.10).
• Seu desagrado refletia seus interesses. Reconheciam que a vinda de Neemias ameaçava seu poder em Jerusalém (6.16-19; 13; 4-9, 28 cf. Esd. 4;11.12.17.23).

NEEMIAS CONVENCE AOS JUDEUS DE RECONSTRUIR A MURALHA. 2.11-20.

• Depois da viagem de 1800 km. Supõe-se que a viagem da babilônia a Jerusalém era de aproximadamente quatro meses (Esd. 7.9) e o trecho de Babilônia a Susa acrescentava mais algumas semana.
• Ao chegar, Neemias se tomou três dias, ou seja o resto do dia de sua chegada mais os dois dias seguintes, para descansar, ordenar seus assuntos, sua casa e ser recebido pelas pessoas influentes da cidade (2.11, cf Esd. 8.33).
• O v. 16 amplia o que Neemias já tinha dito no v. 12: Não tinha revelado sua meta a ninguém.
• Quando Neemias apresentou o seu projeto aos judeus (2.17, 18), não lhes falou como um funcionário persa, mas como um irmão, usando a primeira pessoa do plural: estamos, edifiquemos e sejamos.
• Lhes declarou de como a Mão de Deus esteve com ele tocando no rei para comissioná-lo a edificara muralha (2.18).
• Esta foi uma noticia clave, pois sobre os judeus pesava o decreto de Artaxerxes que proibia construir os muros (v. Esd. 4.21).
• Quando os inimigos o ouviram, começaram uma guerra psicológica (2.19). O ataque consistia em zombaria e uma acusação de rebelião contra Artaxerxes (2.19).
• A zombaria foi perpetrada para desanimar, e a acusação para atemorizar. Foi por uma acusação semelhante que Artexerxes tinha mandado parar a construção do muro (Esd. 4.12, 19, 21).
• Porem, o testemunho de Neemias (v.18) já tinha se antecipado em tirar o aguilhão da acusação.
• Neemias, de forma brilhante, reafirmou sua confiança em Jeová e recusou toda interferência dos três opositores em Jerusalém (2.20).
• Não falou do apoio do rei, mas do Deus dos céus (1.11; 2.4, 8, 12, 18), a quem havia clamado em 1.5 e 2.4.
• A recusa enfática no final do vers. 20 antecipa a luta que Neemias sustentará contra a influencia de Tobias e Sambalat em Jerusalém (v. 6.7; 13.4-9, 28).
• Também introduz a necessidade da separação (9.2; 1013.1-3, 23-30; Esd.4.1-3; 6.21).
• As expressões: (2.20) nos levantaremos e edificaremos deixa claro uma ideia principal, e ao mesmo tempo reconhece que a construção não será obra de Neemias, mas de todo o povo.

DIFERENTES GRUPOS PARTICIPAM DA RECONSTRUÇÃO 

• O cap. 3 deixa de manifesto a extraordinária capacidade de Neemias para motivar e organizar.
• O trabalho se repartiu entre grupos já existentes: famílias, habitantes de determinada cidade ou região e diversos setores (sacerdotes, levitas, servidores do templo, obreiros, perfumistas e comerciantes), 3.1
• Assim, o capitulo ressalta o segundo personagem do livro: A comunidade com sua liderança múltipla.

A RECONSTRUÇÃO EM CURSO

• 3.1. “Então se levantou Eliasibe, o sumo sacerdote, juntamente com os seus irmãos, os sacerdotes, e edificaram a porta das ovelhas, a qual consagraram, e lhe assentaram os batentes’’.
• Consagraram-na até a torre dos cem, até a torre de Hananel.”
• Eliasibe dirigiu o primeiro grupo (3.1). Foram sacerdotes, um sinal de que a obra foi uma tarefa sagrada.
• O sumo sacerdote era a segunda pessoa mais poderosa em Judá, depois do governador, e seu apoio foi clave para que o povo se envolvesse com entusiasmo.
• A porta das Ovelhas estava a oeste da esquina nordeste da cidade (ver v. 32).
• Seu nome sugere que por ela entrava as ovelhas destinadas para o sacrifício no templo e que perto dela havia um mercado de ovelhas.
• Antes de completá-la os sacerdotes a santificaram. Depois santificaram também sua seção do muro.
• Jericó (3.2), a uns 30 km ao nordeste de Jerusalém, foi uma das varias cidades de Judá que enviaram equipes (v. vers. 3, 5, 7, 13 e 27).
• Sena ou Hassenaá era uma cidade e seus filhos seus habitantes. (ver 9.36-38; Esd. 2.33-35).
• Aparentemente pela porta dos Peixes se traziam os peixes para a cidade e sua venda era realizado próximo a ela.
• 3.6 “Joiada, filho de Paséia, e Mesulão, filho de Besodéias, repararam a porta velha, colocaram-lhe as vigas, e lhe assentaram os batentes com seus ferrolhos e trancas.”
• “A frase traduzida por “Porta Velha”, é literalmente “a porta da Antiga”, talvez de uma forma abreviada “a porta da (cidade) Antiga”. Estava próximo do segundo bairro, o setor menos antigo da cidade.
• 3.14, 15. “A porta do monturo, reparou-a Malquias, filho de Recabe, governador do distrito de Bete-Haquerem; 
• Aporta da fonte ou do Manancial. O tanque de Siloé estava no extremo sul de Jerusalém. Salum restaurou a parte do muro que servia de retenção para o tanque.

RECONSTRUÇÃO DO MURO ORIENTAL – 3.16-31.

• Segundo a evidencia arqueológica, no lado oriental da cidade Neemias não reconstruiu o muro preexílico, mas levantou outro novo mais próximo do pico do monte.
• Não se deve confundir Neemias filho de Azbuque (3.16) com o filho de Acalias, que é o herói do livro.
• 3.16. “Depois dele Neemias, filho de Azbuque, governador da metade do distrito de Bete-Zur, fez os reparos até defronte dos sepulcros de Davi, até a piscina artificial, e até a casa dos homens poderosos’’

• A expressão “sepulcros de Davi’’, deve ser entendido que ali estavam sepultados não só o rei, mas também familiares e seus descendentes. Ignoramos a localização exata de todos os lugares mencionados em 3.16-31.

RECONSTRUÇÃO DO TRECHO NO MURO NORTE.
 
• 3.32. O último trecho termina onde o primeiro começou: na porta das ovelhas.

NEEMIAS ENFRENTA ZOMBARIAS E AMEAÇAS. 

• Zombarias de Sambalat e Tobias – 4.1-6. Segundo o cap. 3 a construção de todo o muro se completou (3.1, 32).
• Agora os caps. 4-6 voltam a contar a história para ressaltar os obstáculos que foram superados.
• Outra vez Sambalat ouviu sobre o avanço do projeto (4.1). Desta vez reagiu com fúria, pensando no poder que iria perder em Jerusalém.
• Para tentar deter o projeto e alentar o seu pessoal, outra vez recorreu à zombaria (ver 2.19).
• O escárnio consistiu em cinco perguntas retóricas (4.2):
• Segundo as duas primeiras, os judeus eram incapazes de fazer qualquer coisa, muito menos restaurar sua própria muralha.
• Na terceira pergunta, ele questiona sobre o Oferecer sacrifícios, como que querendo dizer que o fato de oferecer sacrifício não os habilitaria para terminar a obra.
• A quarta pergunta sugere que os judeus não percebem a magnitude do trabalho,
• A quinta zombaria dos seus recursos. Dizia que aquele tipo de pedra não servia mais para levantar uma muralha.

A oração que faz a diferença (4.4, 5).

• Cap. 4.4, 5 = Ouve, ó nosso Deus, pois somos tão desprezados; faze recair o opróbrio deles sobre as suas cabeças, e faze com que eles sejam um despojo numa terra de cativeiro. Não cubras a sua iniquidade, e não se risque de diante de ti o seu pecado, pois que te provocaram à ira na presença dos edificadores.
• A oração agressiva de Neemias animou e encorajou os judeus diante da intimidação samaritana e em seguida completaram a metade do projeto (4.6).
• “Assim edificamos o muro; e todo o muro se completou até a metade da sua altura; porque o coração do povo se inclinava a trabalhar”.
• Todos os trechos foram levantados simultaneamente, pois muitos judeus se uniram à tarefa.
• O vocábulo reedificamos e a última oração do v. 6 reconhecem que a construção não dependia apenas do grande líder, mas da participação do povo.

A AMEAÇA DE UM ATAQUE. 4.7-15 

• Mais uma vez os inimigos ouviram e se enraiveceram (4.7, 8).
• “Mas, ouvindo Sambalate e Tobias, e os arábios, o amonitas e os asdoditas, que ia avante a reparação dos muros de Jerusalém e que já as brechas se começavam a fechar, iraram-se sobremodo; e coligaram-se todos, para virem guerrear contra Jerusalém e fazer confusão ali”.
• Rodearam Judá como nunca: Sambalt ao norte, os árabes ao sul, os amonitas ao leste e se juntaram os de Asdod ao oeste (estes eram não só os habitantes da cidade de Asdod, mas de quase todo o território filisteu.
• Apesar do temor dos israelitas, mais uma vez Neemias usou sua confiança para animar os construtores e defender a cidade sem interromper o projeto da construção.

NEEMIAS AJUDA OS EXPLORADOS 5.1-19. 

• O clamor dos devedores (5.1-5). Um clamor de angustia de todo o povo.
• Não se queixaram das nações inimigas, mas de seus irmãos judeus.
• Suas queixas foram quatro (5.2-5):
• Passavam fome (5.2);
• Hipotecavam suas propriedades para poder comer (5.3), e para pagar tributos ao rei persa (5.4);
• Para pagar suas dividas, tinham que entregar seus filhos para serem vendidos como escravos (5.5).
• Neemias socorre aos devedores (5.6-13).
• Neemias viu que os credores eram os próprios governantes judeus (5.7)
• “Então consultei comigo mesmo; depois contendi com os nobres e com os magistrados, e disse-lhes: Estais tomando juros, cada um de seu irmão. E ajuntei contra eles uma grande assembleia”.
• Longe de cumprir com a Lei que mandava proteger ao pobre (Sal. 72.1, 12-14), se aproveitavam deles para obter lucros.
• Neemias os adverte, e fala sobre o castigo de Deus (5.9).
• Disse mais: Não é bom o que fazeis; porventura não devíeis andar no temor do nosso Deus, por causa do opróbrio dos povos, os nosso inimigos?

NEEMIAS E AS INTIMIDAÇÕES 6.1-9.

• Uma das propostas de Neemias, incluía deixar de exigir hipotecas e que devolvessem as propriedades e os juros (5.10, 11).

NEEMIAS E AS INTIMIDAÇÕES 6.1-9

• O que se ouvia desta vez foi que Neemias terminava o projeto (6.1).
• Os inimigos querias preparar uma armadilha, talvez para matar a Neemias (6;2. 10-13).
• A negativa de Neemias teve como desculpa a obra (6.3), dava prioridade ao trabalho mais que a uma reunião com Sambalate e Gesem.
• Por quatro vezes Neemias recusou o convite
• (6.4).“Do mesmo modo mandaram dizer-se quatro vezes; e do mesmo modo lhes respondi.”
• A quinta vez foi enviado por Sambalate através de um de seus funcionários (6.5).
• 6.5- Então Sambalate, ainda pela quinta vez, me enviou o seu moço com uma carta aberta na mão”.

Armadilhas da falsa profecia (6.10-14)

• Neemias foi à casa de Semaias aparentemente porque este havia mandado informar-lhe que tinha uma profecia para ele.
• 6.10 - “Fui à casa de Semaías, filho de Delaías, filho de Meetabel, que estava em recolhimento; e disse ele: Ajuntemo-nos na casa de Deus, dentro do templo, e fechemos as suas portas, pois virão matar-te; sim, de noite virão matar-te.”
• Semaias se apresentava como um profeta aliado de Neemias, mas por fim se comprova que o mesmo era um profeta corrupto, contratado para destruir sua reputação (6.12, 13).
• 6.12, 13 - E percebi que não era Deus que o enviara; mas ele pronunciou essa profecia contra mim, porquanto Tobias e Sambalate o haviam subornado.
• Eles o subornaram para me atemorizar, a fim de que eu assim fizesse, e pecasse, para que tivessem de que me infamar, e assim vituperassem.
• Os inimigos esperavam que Neemias pecasse, mostrando falta de fé em Deus (6.13).
• O número de adversário veio crescendo. Em 6.16 Neemias fala de todos: “nossos inimigos e todos os povos em volta de nós.
• 6.16 = “Quando todos os nossos inimigos souberam disso, todos os povos que havia em redor de nós temeram, e abateram-se muito em seu próprio conceito; pois perceberam que fizemos esta obra com o auxílio do nosso Deus.”
• Quando chegamos ao v.16 pareceria concluir o livro. A construção do muro foi concluído com êxito.

Mas o livro continua por mais 7 capítulos!

• O capitulo 6 conclui com um apêndice, depois da derrota dos inimigos (6.17-19).
• Muitos líderes de Judá mantinhas relações com Tobias por meio de cartas (6.17)
• Os casamentos mistos apareceram, mesmo depois da reforma de Esdras 10.
• 6.17 = Além disso, naqueles dias os nobres de Judá enviaram muitas cartas a Tobias, e as cartas de Tobias vinham para eles.
• Pactos. 6.18ª. “Pois muitos em Judá estavam ligados a ele por juramento..,”
• e até mesmo casamentos. 6.18b = “por ser ele genro de Secanias, filho de Ará, e por haver seu filho Joanã casado com a filha de Mesulão, filho de Berequias.”

EDIFICAÇÃO DO POVO -7.1 – 13.31.

• Neemias e a defesa da cidade 7.1-73
• A passagem de 6.17-7.5 serve de transição entre as grandes tarefas do livro:

A construção do muro (1-6)

• A purificação do povo (7-13)
• ...e também entre os personagens principais. (Neemias e o povo).
• Neemias, depois da construção do muro e outras atividades, se preocupa com a manutenção do trabalho realizado. (7.1-5).
• Neemias nomeou dois governadores sobre Jerusalém (7.2), dando-lhes instruções sobre a segurança da cidade.
• Um dos nomeados foi o irmão de Neemias (7.2)
• A cidade era grande e pouco os habitantes, (7.4) assim, Neemias tinha que usar toda estratégia para defendê-la. (7.5, 6).

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R.I.P.

Prof. Adaylton de Almeida Conceição
(Th.B.,Th.D., Phy.)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Sábado passado (17/09/2011) houve um jantar de confraternização na Igreja Philadelfia do Pr. Roberto Câmara. É sempre bom poder estar com o povo de Deus em qualquer situação. Além de membros da igreja local e de pessoas convidadas de outras denominações, estavam presentes alguns alunos e mestres da SETEQUE.
O blog deseja ver o crescimento da Igreja do Senhor em todos os lugares.
Agradecemos a recepção por parte do Pr. Roberto e sua família, do Pr. Átila, da irmã Andréa e de todos que participaram dessa noite de convívio sadio e prazeroso, na presença do Senhor.
Esperamos que em próxima oportunidade todos possam comparecer para desfrutar dessa união.

SALMO 133
A excelência do amor fraternal
Cântico dos degraus, de Davi

1 OH! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.
2 É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes.
3 Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Parábola do Rico e Lázaro

INTRODUÇÃO

O compêndio da Bíblia encerra grandes lições para seus estudiosos. Devido a sua diversidade de assuntos, por vezes ela é mal compreendida, e desta forma surgem interpretações incorreras. Um exemplo clássico da situação acima é a parábola do rico e Lázaro, citada em Lucas 16:19-31. Parábola que têm sido mal aplicada mesmo no meio evangélico.

O propósito desta pesquisa é buscar de maneira segura algumas soluções para perguntas como: Para quem foi direcionada esta parábola? Por que Jesus usou esta parábola? Qual o propósito fundamental desta parábola?

O presente estudo limitou-se a pesquisa em dicionários, comentários, enciclopédias e obras literárias de diversos autores em fontes no português e inglês. A pesquisa iniciou-se com esta breve introdução, seguida de quatro partes fundamentais. A primeira explicando, o que é uma parábola e o uso de suas interpretações. Na segunda é abordado o público alvo da parábola do rico e Lázaro. Na terceira, um rápido estudo das palavras relevantes do texto. E a quarta parte sendo a aplicação para a época e para o presente. Encerrando o trabalho com o resumo e conclusão desta obra.

Através deste compêndio, o grupo de alunos pesquisadores, espera contribuir para que esta parte das Santas Escrituras seja mais bem compreendida.

CAPÍTULO I

O QUE É UMA PARÁBOLA?

A palavra inglesa parábola vem do grego parabolé tendo o significado de: uma justaposição, uma comparação, uma ilustração, uma parábola, um provérbio. Esta palavra vem do verbo paraballõ significando, ordenar as coisas ao lado de outra, ou seja, por comparação.

Essencialmente o grego parabolé e sua equivalente hebraica masal são mais plenos em significados de que a palavra inglesa parábola, limitando sua definição como uma narrativa cujos propósitos primários é ensinar a verdade. Na forma literária é uma metáfora ampliada.

Mas nos Evangelhos uma parábola é uma narrativa colocada lado a lado de uma certa verdade espiritual para fins de comparação. As parábolas do nosso Senhor geralmente foram baseadas sobre experiências comuns da vida familiar diária de Seus ouvintes, e freqüentemente sobre incidentes específicos que recentemente tinham ocorrido ou que eles podiam ver no momento. A narrativa em si própria era simples e resumida, e sua conclusão geralmente tão óbvia de modo a não permitir incertezas. Colocada lado a lado de uma verdade espiritual era designada para ilustrar. A parábola assim tornava-se uma parte pela qual os ouvintes podiam vir a compreender e apreciar a verdade. Assim encontrava as pessoas onde elas estavam e, por uma agradável e familiar vereda, conduzia os seus pensamentos para onde Jesus pretendia dirigir-lhes. Esta era uma janela pela qual a alma podia alentar sobre as vistas da verdade celestial.

A Interpretação das Parábolas de Cristo

Estudando as parábolas de Jesus é muito relevante seguir integralmente os princípios de interpretação. Esses princípios podem ser sintetizados assim:

1 – Uma parábola é um modo pelo qual a verdade pode ser vista, e não uma verdade em si própria.

2 – O contexto em que uma parábola é dada – o lugar as circunstâncias, as pessoas a quem foi falada, e o problema em discussão – deve ser tomada em consideração e feita à chave para interpretação.

3 – A própria introdução e conclusão de Cristo para as parábolas geralmente tornam claro seu propósito fundamental.

4 – Cada parábola ilustra um aspecto fundamental da verdade espiritual. Os detalhes de uma parábola são significativos unicamente quando contribuem para a classificação daquele ponto particular da verdade.

5 – Antes que o significado da parábola no reino espiritual possa ser compreendida é necessário ter um quadro claro da situação descrita na parábola, em termos de costumes e modelos do pensamento e expressão. Parábolas são vívidas palavras ilustradas que devem ser vistas, conforme foi falado, antes que possam ser compreendidas.

6 – Em vista do fato fundamental que uma parábola é dada para ilustrar a verdade, e geralmente uma verdade particular, nenhuma doutrina pode ser baseada sobre detalhes incidental de uma parábola.

7 – A parábola integral e em parte, deve ser interpretada em termos da verdade, e é designada para ensinar, quando colocada em linguagem literal no contexto imediato e em qualquer lugar das escrituras.

Estabelecido o significado e a interpretação das parábolas pode-se adentrar ao próximo tópico da pesquisa.

CAPITÚLO II

QUAL O PÚBLICO ALVO?

Quando se lê o texto de Lucas 16:19 a 31, naturalmente ocorre a interrogação sobre para que público Jesus direcionou esta parábola.

Acerca do pouco que se sabe e quanto às circunstâncias que rodearam a apresentação desta parábola o Comentário Adventista do Sétimo dia afirma que fica evidente o fato de que esta parábola foi dirigida especialmente aos fariseus (Lc 15:2, 16:14), mas também aos discípulos (16:1), aos publicanos e aos pecadores (15:1), e finalmente ao grande público que também estava presente (Lc 12:1, 14:25 e 15:1).

Os fariseus termo que significa separados, era a seita mais segura da religião judaica segundo Atos 26:5. Foi uma seita criada no período anterior à guerra dos macabeus com o fim de oferecer resistência ao espírito helênico que se havia manifestado entre os judeus, tendente a adotar os costumes da Grécia.

Torna-se relevante nesta parte da presente pesquisa conhecer a crença desta seita. Os fariseus sustentavam a doutrina da predestinação que consideravam em harmonia com o livre arbítrio. Criam na imortalidade da alma, que haveria de reencarnar-se também na existência do espírito, criam nas recompensas e castigos na vida futura, de acordo com o modo de viver neste mundo, que as almas dos ímpios eram lançadas em prisão eterna, enquanto que as dos justos, revivendo iam habitar em outros corpos.

Os fariseus eram estritos e fanáticos conservadores bíblicos, e como escribas difundiam ensinos exagerados que circundavam a lei e às observâncias legalistas. Josefo, que também era fariseu diz que eles, não somente aceitavam a lei de Moisés interpretando-a com exagerada diligência, como também haviam ensinado ao povo mais práticas de que seus antecessores, que não estavam escritos na lei de Moisés. Conseqüentemente esta crença tornou-se hereditária, professada por homens de caráter muito inferior ao que ela professava.

CAPITÚLO III

ESTUDO DAS PALAVRAS

Hades, o além, o mundo subterrâneo dos mortos é traduzido também por inferno.

Na LXX, Hades ocorre mais de 100 vezes, na maioria das vezes para traduzir o hebraico Sheol, o mundo subterrâneo que recebe todos os mortos. É uma terra de trevas, onde não há lembrança de Deus (Jo 10:21-22, 26:5, Sl 6:5, 30:9 [LXX 29:9], 15:17 [LXX 13:25], Pv 1:12, 27:20, Isa 5:14).

Portanto, para compreendermos o significado real de Hades é necessário estudarmos o significado de Sheol no AntigoTestamento.

Sheol: Sepultura, inferno, cova.3 O vocábulo não ocorre fora do A.T, à exceção de uma única vez é nos papiros judaicos de Elefantina, em que é usado com o sentido de Sepultura.4A palavra obviamente se refere de alguma maneira ao lugar dos mortos.

Há grande divergência de opinião acerca do significado do termo, o que é em parte causado por diferentes maneiras de entender o ensino do Antigo Testamento sobre a questão da morte e ressurreição.

Um dos problemas de Sheol é que homens tantos bons (Jacó, Gn 37:35) quantos maus (Core, Data, etc., Nm 16:30) vão para lá. Mas a melhor tradução para Sheol parece ser “sepultura”. De acordo com o seu uso na Bíblia.

No judaísmo rabínico, sob influência persa e helênica apareceu a doutrina da imortalidade da alma, alterando-se, assim, o conceito de Hades. A atestação mais antiga desta doutrina é em Enoque 22.

Um fator contribuinte neste ponto é a substituição da doutrina neotestamentária da ressurreição dos mortos (1Co 15) pela doutrina grega da imortalidade da alma. Assim acontece no cristianismo irrefletido, que fracassa por não perguntar se a crença se fundamenta no N.T ou no pensamento grego pagão.

Ao chamar Abraão de Pai Abraão (16:24, 27 e 30), o rico está apelando para a afinidade sangüínea com o Pai desta Nação. Entretanto, essa atividade genética, física, especialmente na teologia de Lucas (3:8), nada significa. Segundo uma lenda judaica, Abraão estará sentado à entrada do inferno a fim de certificar-se de que nenhum israelita circuncidado seja atirado ali. Entretanto, até mesmo para os israelitas sentenciados a passar algum tempo no inferno, Abraão detém a autoridade de retirá-los de lá e recepcioná-los, encaminhando-os ao céu. Provavelmente essas tradições deram ao rico da parábola a esperança de que Abraão pudesse confortá-lo.

Seio (de Abraão), kolpon, em Lucas 16:22, aparece no caso acusativo, singular masculino. Como região, enseada, o mesmo sentido usado em Jo 1:18.

Três expressões eram comumente usadas entre os Judeus para expressar o futuro estado da bem-aventurança, a saber: 1 – o Jardim do Éden (ou paraíso), 2 – o trono da glória, e 3 – o seio de Abraão. Na parábola do Rico e Lázaro (Lc 16:20), é usada a terceira dessas expressões, a qual também era a mais comumente usada entre as três.

Para os judeus, a comunidade do AntigoTestamento o termo:Hêq, sulco, dobra, colo, regaço, seio. Possuía uma variedade de idéias abstratas e figurativas.

É usado para enfatizar a intimidade familiar (Dt 28:54). O cuidado atencioso e o desvelo podem ser por ele expresso, como no caso do desvelo da viúva para com seu filho enfermo (I Rs 17:19) e da promessa divina de carregar seu povo junto ao seio (Isa 40:11). Colocar as esposas do rei morto ou deposto no regaço do novo rei representava a autoridade desse monarca (II Sm 12:8, cf. também II Sm 16:20-23), Noemi colocou formalmente o filho de Rute no seu regaço como símbolo de que o menino era seu legítimo herdeiro (e também herdeiro de seu falecido marido) Rt 4:16.1Portanto este termo poderia significar: hospede favorecido do céu.

A idéia de filiação era um importante conceito judaico sobre a salvação.3 Um homem justo ou justificado é um filho de Abraão, que está sendo transformado à imagem do Filho (Rm 8:29, II Co 3:18), alguém que terminará por participar de toda a plenitude de Deus(Ef 3:19) e de sua natureza divina (II Pe 2:4).

Na passagem de João 18:23 nota-se que jazer no seio era o lugar dos convivas mais favorecidos. A expressão “seio de Abraão” do N.T transmite a idéia de consolo, paz e segurança, visto que Abraão, como progenitor da nação judaica, naturalmente preocupava-se com o bem estar de todos os seus descendentes.

CAPÍTULO IV

EXPLICAÇÃO DA PARÁBOLA

Esta parábola é a mais comentada do evangelho de Lucas, devido ser mal interpretada e equivocadamente compreendida por alguns leitores. Muitos têm afirmado que este relato de Cristo não é uma parábola, pelo fato dEle não a ter mencionado como tal. Esta declaração é improcedente, desde que há outras parábolas aceitas como parábolas, sem que Jesus as mencionasse como pertencendo a este gênero literário. Porém, de acordo com o Manuscrito D, que é o Código de Beza, esta parte do evangelho de Lucas se trata de uma parábola.

Há uma seqüência de parábolas mencionadas por Jesus nesta parte de Lucas, a do filho pródigo, o administrador infiel e automaticamente a parábola do rico e Lázaro.

Existe uma suposição de que Jesus queria dizer através desta parábola que os homens bons e maus recebiam suas recompensas após a morte, porém esta alegoria contradiz dois princípios:
1º) Um dos princípios mais relevantes de interpretação segundo já foi visto, é que cada parábola tem um propósito de ensinar uma verdade fundamental.

2º) O sentido de cada parábola deve ser analisado apartir do contexto geral da Bíblia.

Na verdade Jesus nesta parábola não estava tratando do estado do homem na morte, nem do tempo quando se daram as recompensas. Ademais interpretar que esta parábola ensina que os homens recebem sua recompensa imediatamente após a morte, é contradizer claramente o que a Bíblia apresenta por um todo (Mt 16:27, 25:31-40, ICo 15:51-55, Isa 4:16, 17, Ap 22:12), dentre outros textos.

Obviamente nesta parábola Jesus estava fazendo uma clara distinção entre a vida presente e a futura, pretendendo através desta relação mostrar que a salvação do judeu-fariseu, ou de qualquer homem, seria individual e não coletiva, como criam, e isso através da verdadeira consideração a imutável lei de Deus aos profetas (Lc 16:27-31).

A parábola do rico e Lázaro tem o propósito de ensinar que o destino futuro fica determinado pelo modo que o homem aproveita as oportunidades nesta vida.

Em conexão com o contexto da parábola anterior do administrador infiel. “Se, pois, não vos tornardes fiéis na aplicação das riquezas de origem injusta, quem vos confiará a verdadeira riqueza?” Lc 16:11.

Sendo assim, compreende-se que os fariseus não administravam suas riquezas de acordo com a vontade divina, e por isso estavam arriscando seu futuro, perdendo a vida eterna.

Portanto fica estabelecido que interpretar esta parábola de forma literal, resultaria em ir contra os próprios princípios encontrados nas escrituras, como comenta Chaij: “Fosse essa história uma narrativa real, enfrentaríamos, o absurdo de ter que admitir ser o ‘seio de Abraão’ o lugar onde os justos desfrutarão o gozo, e que os ímpios podem se ver e falar uns com os outros”.

Na Bíblia não encontramos um lugar de descanso referindo-se como seio de Abraão. Mas segundo o historiador Josefo os judeus do tempo de Jesus criam numa fábula muito semelhante à dada por Cristo. Obviamente não se pode deixar de reconhecer a íntima semelhança entre a fábula judaica e a parábola do rico e Lázaro. Por isso os Judeus do templo de Jesus costumavam chamar o lugar dos justos de seio de Abraão. Uma afirmativa que não é bíblica.

Aplicação

As lições apresentadas nesta parábola são claras e convincentes, porém os justos ou injustos receberam suas recompensas somente no dia da ressurreição (Jo 14:12-15,20 e 21, Sl 6:5, 115:17, Ec 9:3-6 e Isa 38:18).

“A Bíblia não descreve um céu onde os justos são vistos pelos ímpios e nem um inferno de onde os perversos contemplam os justos e com eles mantém conversação”.

Na verdade esta parábola traça um contraste entre o rico que não confiava em Deus e o pobre que nele depositava confiança.2 Os Judeus criam ser a riqueza um sinal das bênçãos de Deus pelo fato de serem descendentes de Abraão, e a pobreza indício, do seu desagrado para com os ímpios.

O problema não estava no fato do homem ser rico, mas sim por ser egoísta. A má administração dos bens concedidos por Deus haviam afastado os fariseus e os Judeus da verdadeira riqueza, que é a vida eterna, esqueceram do segundo objetivo que se encerra na lei de Deus: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” Mt 22:39.

A Bíblia declara que todos os homens enfrentaram o juízo final, e este é o tempo de assegurar a salvação (Ec 12:14; Isa 1:27; Jr 33:15 e Ap 19:02).

Ellen White deixa claro que:
O diálogo entre Abraão e o homem outrora rico, é figurativo. O importante e o propósito da parábola, é que a todo homem é dada suficiente luz para o desempenho dos deveres dele exigidos. Há responsabilidades do homem são proporcionais às suas oportunidades e privilégios.

Ao descrever a parábola do rico e Lázaro, “Cristo desejava que Seus ouvintes compreendessem a impossibilidade de o homem assegurar a salvação da alma depois da morte”.

Mostrando assim... “a completa falta de esperança em aguardar uma segunda oportunidade. Esta vida é o único tempo dado ao homem para preparar-se para a eternidade”.

RESUMO E CONCLUSÃO

A Parábola do rico e Lázaro encontrada em Lucas 16:19-31 têm levantado interpretações incorretas sobre o que Jesus estava falando com esta ilustração.

Não se pode deixar de lado o propósito do uso das parábolas, que era em primeiro lugar clarear a mente para ali introduzir uma verdade fundamental, não sendo em si própria uma verdade.

No contexto de Lucas 16 vários grupos de pessoas estavam envolvidas, porém o objetivo desta parábola é direcionado especialmente aos fariseus. Esta seita judaica cria na doutrina da predestinação, imortalidade da alma, assim como também nas recompensas e castigos na vida futura. As almas dos ímpios eram lançadas em prisões, enquanto as dos justos, reviveriam em outros corpos.

Ao estudar as palavras do texto relevantes como seio de Abraão, e Hades, nota-se que a esperança do povo judeu, e não só do grupo de fariseus, depositavam suas esperanças no fato de serem descendentes de Abraão e que por ele ser seu progenitor salvaria toda a sua semente.
Portanto Jesus estava usando as crenças dos fariseus para lhes dar uma mensagem fundamental de quê o destino de cada homem fica determinado pela forma que aproveita as oportunidades nesta vida.

A aplicação mais relevante desta parábola reside na metodologia de Jesus em levar a mensagem do Evangelho. Cristo usou a crença dos fariseus, para lhes ensinar uma verdade fundamental que significa a oportunidade de vida que existe enquanto o homem vive. O que hoje é aparentemente um problema ao se ler a Bíblia, foi a solução para dar a mensagem àqueles homens. Jesus em Lucas 16:19-31, não estava interessado em provar o que era errado e sim o que era certo, pois Ele é a Verdade, Cristo estava mais preocupado em salvar as almas, quebrando paradigmas, conceitos e preconceitos, pois Ele fez tudo para salvar as pessoas. E a mensagem foi dada.portanto uma obra de transformação.

BIBLIOGRAFIA

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Estudo elaborado Por:
Esequiel Bussmann, Gilberto Gregório,
João Marcos, Misael dos Reis, Rodrigo Serveli,
Ronaldo Rebouças