Pr. Adaylton de Almeida Conceição
TEXTO ÁUREO
"Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua
mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gn 2.24).
VERDADE PRÁTICA
O
casamento é uma instituição divina, sendo constituído pela união indissolúvel
de um homem e de uma mulher: monogâmico e heterossexual.
Introdução
Diferentes
modelos de casamentos são apresentados à sociedade, principalmente na mídia,
como alternativos, mas de acordo com a Bíblia, a Palavra de Deus, existe apenas
um padrão bíblico para o casamento.
Um dos
objetivos principais daqueles que se opõem ao padrão bíblico para o casamento,
é descredenciar a autoridade da Bíblia. Para tanto, afirmam que a Bíblia não
passa de um livro humano, e que, por isso, é produto da cultura e de uma época.
Por conseguinte, tentam inculcar na sociedade que os valores exarados nas
Escrituras não mais se aplicam aos dias atuais.
O matrimônio é um passo importante na
vida de todos. Não é por acaso que existe um grande número de livros abordando
o assunto.
O casamento aos moldes bíblicos vai
muito além da união emocional e da junção de corpos, é um compromisso moral e
legal, que transcende à esfera espiritual.
FAÇAMOS O
HOMEM.
Nos
versículos 26-28, lemos a respeito da criação dos seres humanos; 2.4-25 supre
pormenores mais específicos a respeito da sua criação e do seu meio-ambiente.
Esses dois relatos se completam e ensinam várias coisas.
(1) Tanto o homem quanto a mulher foram uma criação
especial de DEUS, não um produto da evolução (v. 27; Mt 19.4; Mc 10.6).
(2) O homem e a mulher, igualmente, foram criados à
imagem e semelhança de DEUS. À base dessa imagem, podiam comunicar-se com DEUS,
ter comunhão com Ele e expressar de modo incomparável o seu amor, glória e
santidade. Eles fariam isso conhecendo a DEUS e obedecendo-o (2.15-17).
Em certo sentido, a constituição física do homem e
da mulher retrata a imagem de DEUS, o que não ocorre no reino animal. DEUS pôs
nos seres humanos a imagem pela qual Ele apareceria visivelmente a eles
(18.1,2,22) e a forma que seu Filho um dia viria a ter (Lc 1.35; Fp 2.7; Hb
10.5).
(3) O fato de seres humanos terem sido feitos à
imagem de DEUS não significa que são divinos. Foram criados segundo uma ordem
inferior e dependentes de DEUS (Sl 8.5).
(4) Toda a vida humana provém inicialmente de Adão
e Eva (Gn 3.20; At 17.26; Rm 5.12.
Deus
é o Autor do casamento
“Se Jeová não edificar a casa, em vão
trabalham os que a edificam” (Salmos 127.1).
Realmente não há possibilidade de se
estabelecer um casamento nas bases de Deus, se não sabemos o que é que o
arquiteto tem para dizer acerca de pedir.
Se queremos entender o plano de Deus
para a família, devemos começar pelo segundo capítulo de gênesis. Ali
encontraremos os detalhes sobre a instrução da primeira família (veja Gênesis
2.18-32).
Deus
o criador da Família
"Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a
edificam; Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela"
(Salmo 127:1).
Deus nos criou e designou o casamento e a
família como a mais fundamental das relações humanas. Em nosso mundo de hoje em
dia, vemos famílias atormentadas pelo conflito e arrasadas pela negligência e o
abuso.
A
Solução da solidão
A criação do homem e a instituição da
família ocorreram no sexto dia da semana da criação. A Palavra de Deus nos diz
que no sétimo dia Ele descansou de toda obra que fizera. Mas, antes de
descansar, “viu que tudo o que havia feito, e eis que era muito bom” (Gênesis
1:31). Contudo, em Gênesis 2.18, vamos encontrar o primeiro “não é bom”. Deus
declara que não é bom que o homem esteja só. Creio que quando Deus disse isto,
Adão gritou: “Amém, Senhor!”.
O casamento foi instituído por Deus para
resolver o primeiro problema da raça humana: “A Solidão!” Imagine Adão em um
ambiente perfeito, mas solitário. Ele teria perfeita comunhão com Deus e a
companhia dos animais e das aves. Mas, a Bíblia nos diz: “Mas para Adão não se
achou adjuntora que estivesse como diante dele” (Gênesis 2.20). Então o Criador
tomou a iniciativa de solucionar o problema, criando outro ser semelhante ao
homem, ainda que muito diferente deste.
Olhe o primeiro título que Deus deu a
mulher foi “ajudadora”, pois esta é sua função básica. Esta palavra comunica a ideia
de alguém que complementa outra pessoa, isto é, Eva seria absolutamente
necessária para a realização total de Adão. E Deus une, “que lhe fora idônea”, isto
é, alguém completamente adequado física, emocional, intelectual e espiritualmente
para o homem.
Eva foi criada para ser a parte que
faltava na existência da origem de Adão. O casamento começou a partir de uma
necessidade básica de companheirismo e complementação. No plano de Deus o
casamento foi instituído para que as duas pessoas possam viver completando um
ao outro. Logo, quando vocês estão suprindo as necessidades físicas,
emocionais, intelectuais e espirituais de seu conjugue estão sendo um. E quando
não supres a necessidade de seu conjugue está só, como se aina estivesse
solteiro.
No versículo 22 de Gênesis 2, vemos como
foi formada a mulher. O Senhor fez da costela de Adão uma linda mulher – uma
companheira criada especialmente por Deus para o homem.
É interessante notar que a mulher foi
tirada do lado de Adão, ou seja, de sua costela, para revelar sua
dependência do homem. Ela não foi tirada da cabeça pois não é sua função
dominá-lo; nem de seu pé pois não foi criada para ser pisada por ele, mas de
seu lado, de sua costela, para revelar a responsabilidade e dever de marido em
protegê-la e cuidá-la.
Uma
só carne
A fim de que em nossos próprios
matrimônios possamos compreender o significado do conceito de uma só carne,
necessitamos compreender o plano original de Deus para o matrimônio quando Ele
estabeleceu esta relação no jardim do Éden. O quadro do matrimônio segundo o
propósito original de Deus se encontra em Gênesis capítulos 1 e 2. Deus criou à
sua própria imagem e semelhança (Gênesis 1.27). Adão estava integralmente
realizado, contendo dentro de si mesmo todos os atributos que agora conhecemos
como masculino e feminino (Gênesis 2.27;5.2). Depois Deus pôs Adão em um sono
profundo e tirou de uma costela ou “câmara” em Hebreu. Este vocábulo indica uma
capacidade ou recipiente (Gênesis 2.21,22). Desta capacidade, Deus formou uma mulher
os apresentou um ao outro. Porém, agora eram DUAS pessoas, que juntas se
fizeram UMA só, na qual Deus seguiu chamando Adão (Gênesis 5.2). Foi Adão quem
chamou a sua esposa Eva. Ou seja, foi Adão que lhe deu o seu nome (Gênesis
3.20).
Adão e sua mulher foram criados para se
complementarem e realizarem um ao outro. Gênesis 2. 18 diz que Eva era uma
ajudadora idônea para seu marido. A expressão ajudadora idônea representa um
auxílio ou ajuda, e deriva de uma raiz Hebreia que significa “rodear”. Juntos se
fortaleceram e criaram uma unidade mais forte que qualquer um dos dois seria
individualmente, como em uma forma muito parecida de quando os metais se
combinam para formar uma reação mais forte. Posto que teriam a mesma natureza
de Deus, era natural para eles serem amorosos e dadivosos um com o outro. O
resultado de duas pessoas que se dão ativamente um ao outro, preferindo
completamente ao outro, é a integridade e unidade da vida em uma só carne.
Vemos que com as três palavrinhas de
Gênesis 3.22 “e lhe trago”, temos o casamento. Foi Deus quem instituiu a
família e foi Ele quem fez o primeiro casamento no o horto do Éden. E quando
Adão viu sua noiva, disse: “Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha
carne”. Estas palavras na língua original comunicam uma tremenda expressão de
êxtase e alegria. “Finalmente encontrei quem me completa, que supre todas as
minhas necessidades”.
Quatro
colunas de um lar harmonioso
Gênesis 2.24-25. “Portanto, deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e serão uma só
carne. E estavam ambos nus e não se envergonharam”.
Neste texto temos quatro colunas que são
as bases de um casamento feliz. Cada uma destas colunas é extremamente
necessária para que haja harmonia e felicidade no lar.
“Portanto
deixará o homem a seu pai e a sua mãe”.
Ali está a primeira coluna. Para que o
novo relacionamento fortaleça há necessidade de um “deixar” emocional por parte
dos recém-casados. É fundamental que tanto o homem como a mulher cortem o
cordão umbilical, rompam os laços de dependência emocional, proteção e sustento
material.
Contudo, depois de uma nova vida de
casados, assumem as funções de marido e esposa. Este “deixa” é tão importante
que Deus o mencionou antes de falar na união matrimonial. Isto não quer dizer
que os recém-casados devem abandonar ou deixar de respeitar e honrar seus pais,
mais do que eles necessitam dar outro enfoque a vida, com o cuidado de suprir
as necessidades um do outro. Isto quer dizer que se não estiverem dispostos a
deixar, seja seus pais, seus desejos, nunca poderá desenvolver a experiência de
“se unir”, que Deus planejou para o casal.
A segunda coluna está contida nas
palavras “e se unirá a sua mulher”. A palavra “unir” significa “consolidar” e
indica a natureza permanente do casamento. As duas pessoas estão unidas, apegadas
uma a outra. Por isso é que qualquer classe de separação é dolorosa. No plano
de Deus, o casamento era uma instituição permanente, “Até que a morte os
separe”. Não até que a sogra os separe, não até que a amante os separe, nem até
que a profissão os separe, nem até que o desacordo os separe, mas a morte.
Aos olhos de Deus, a união matrimonial é
inseparável, e isto, nos leva a terceira coluna, expressa nas palavras: “E serão uma só carne”. Casamento
significa unidade no sentido mais completo da palavra – espiritual, mental,
emocional e física. É um processo que acontece durante toda a vida do casal.
Unidade não significa conformidade ou uniformidade, porque o casamento une duas
pessoas com diferentes bases, sentimentos, hábitos, dons e habilidades. Esta
unidade não pode acontecer da noite para o dia.
“Ser
uma só carne” se refere à experiência sexual. Nós casamos no Registro Civil
para cumprir com a lei. Casamos na Igreja diante do povo para suplicar as
bênçãos de Deus e para dar testemunho público. Casamos na cama através do
ato conjugal. Isto é a consumação do casamento. Esta experiência é
reservada somente para duas pessoas que “deixaram” e “se uniram”.
Somente depois que o homem e a mulher “deixam”
seus pais e assumem o compromisso de se unirem e tornarem uma só carne é que
vem a intimidade. Esta é a quarta coluna do casamento. Ela está expressa nas
palavras “e estavam ambos nus, e não se envergonhavam”. Na lista das
prioridades de Deus, a intimidade está em último lugar, porque antes dela o
casal deve “deixar”, “unir-se” e “ser uma só carne”. Esta ordem é importante e
não pode mudada. A nudez de Adão e Eva não era simbólica, mas real.
O
Matrimônio é um pacto
Os pactos se fazem mediante o acordo
mútuo, e cada pacto contém promessas e limites específicos. As promessas
expressam compromisso interpessoal dos companheiros que formulam o pacto. Os
finais indicam as condições nas quais os companheiros cumprirão seu
acordo. Os limites também indicam o
tempo durante a qual durará o pacto, isto é, por quanto tempo esperam os
companheiros respeitá-lo.
As Escrituras contém dois tipos de
pactos: Aqueles feitos entre Deus e o homem, e aqueles feitos entre os homens.
Os pactos entre os homens se fazem para proporcionar um sentido de compromisso
firme na ralação.
O matrimônio é reconhecido como uma
relação de pacto pela Palavra de Deus.
“Porque o Senhor foi testemunha entre ti
e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua
companheira e a mulher do teu concerto” (Malaquias 2.14). “...A qual abandona
ao companheiro de sua juventude, e se esquece do pacto de seu Deus” (Provérbios
2.17). Se Deus é apenas uma testemunha
do matrimônio e não vive dentro dos companheiros, isto não é mais que um pacto
entre homens.
Muitos homens jamais aprenderam a ser esposos e pais devotados. Muitas mulheres
estão fugindo de seus papéis dados por Deus. Pais que não têm nenhuma ideia de
como preparar seus filhos estão assim perturbados pelo conflito com seus
rebentos rebeldes.
A Família é a base da
sociedade
A família é a base da sociedade, daí ser importante manter a coesão da família
e solidariedade entre os seus membros, pois essa coesão contribui para o nível
de honradez da sociedade.
A família é, também, uma escola de
altíssimo valor espiritual. Em seu seio, há oportunidades constantes para se
desenvolverem e fortalecerem alguns atributos psíquicos como a arte de
governar, administrar, controlar, frear ou moderar os próprios impulsos, etc.
Para muitas pessoas, hoje em dia, a frase familiar e confortadora: "Lar,
Doce Lar" não é mais do que uma ilusão vazia. Não há nada doce ou seguro
num lar onde há o abuso, a traição e o abandono.
O CASAMENTO BÍBLICO
O princípio fundamental do casamento bíblico é o de
que Deus, e não os homens, o ordenou, portanto o casamento não é uma opção, mas
uma orientação divina. A primeira cerimônia de casamento foi realizada pelo
próprio Deus no Jardim do Éden (Gn. 1.28), tornando homem e mulher, uma só
carne (Gn. 2.24). A união do primeiro homem e mulher no Éden reafirma o modelo
bíblico para o casamento: monogâmico, heterossexual e indissolúvel.
Jesus ratificou o casamento bíblico,
entre um homem e uma mulher, como criação divina quando disse: "desde o
princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso deixará o homem a seu
pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher. E serão os dois uma só carne: e
assim já não serão dois, mas uma só carne. Portanto o que Deus ajuntou não o
separe o homem" (Mc 10:6-9). Casamento este, aliás, que mandou que a
Igreja, como Corpo de Cristo, venerasse, isto é, respeitasse, bem como cuidasse
para que se estabelecesse dentro de uma pureza sexual (Hb 13:4).
JUGO DESIGUAL
Que instruções dá a Bíblia sobre com quem nos
devemos casar? A Bíblia diz em 2 Coríntios 6:14 “Não vos prendais a um jugo
desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça?
ou que comunhão tem a luz com as trevas? “
A
heterossexualidade é outro aspecto do casamento cristão, já que Deus criou
“macho e fêmea” (Gn. 1.26; 2.24). Na religião judaica, o homossexualismo
deveria ser punido com a morte, sendo este considerado uma abominação aos olhos
de Deus (Lv. 18.22). Não há brecha para a prática homossexual no contexto
cristão, sendo essa reprovada pelo apóstolo Paulo (Rm. 1.26). Mas isso não deve
ser motivo para homofobia, não podemos esquecer que Jesus ama a todos,
inclusive aos homossexuais, por isso, devemos orar por eles, e conduzi-los à
verdade, que é Cristo.
O PRINCÍPIO DA MONOGAMIA
1.
Monogamia é o ideal divino. O Criador
instituiu o matrimônio com a união de um homem e uma mulher (Gn 2.18-24; Mt
19.5; Mc 19:7) - “Por isso, deixará o homem a seu pai e a sua mãe e
unir-se-á a sua mulher”. Aqui, não é dito que o homem deve unir-se às suas mulheres.
Deus não criou mais de uma mulher para Adão nem mais de um homem para Eva.
Tanto a poligamia quanto a poliandria estão em desacordo com os princípios de
Deus para o casamento (Dt 28:54,56; Sl 128:3; Pv 5:15-21; Ml 2:14).
Esta norma não foi apenas
estabelecida na criação, mas também foi reafirmada na entrega da lei moral. A
lei de Deus ordena: “Não cobiçarás a mulher do teu próximo...” (Ex 20.17).
O uso do singular é enfático. Moisés não deu provisão à questão da poligamia.
O Rev. Hernandes Dias Lopes, em seu
comentário sobre o Evangelho de Marcos, citando Norman Geisler, enumera alguns
argumentos que reforçam o ensino da monogamia:
A monogamia foi ensinada por
precedência (Gn 2:24);
A monogamia foi ensinada por preceito
(Ex 20:17);
A monogamia foi ensinada por
intermédio das severas consequências decorrentes da poligamia (1Rs 11:4).
2.
Poligamia é criação humana desviada dos preceitos de Deus. Deus não instituiu
nem aprovou a poligamia, pois criou uma só mulher para o homem. Se aprovasse a
poligamia, teria criado duas ou mais mulheres para Adão, o que não fez.
Deus permitiu, mas não aprovou certas
coisas nos dias em que a Bíblia não era completa. Em Atos 17.30 está escrito
que Deus não teve em conta os tempos da ignorância. Passou por cima de certas
coisas erradas até os dias de Cristo.
A Bíblia relata que foi na
civilização dos caimitas que se iniciou a poligamia. Lameque, o primeiro
polígamo, foi quem deu a cartada inicial da quebra do princípio da monogamia (ler Gn 4.19), abandonando-se o modelo divino de família; houve aumento
da violência, com novo homicídio, que gerou a vingança humana como modelo de
justiça como demonstra o "cântico da espada" de Lameque (Gn 4.23,24);
o desvalor do ser humano se patenteia, pois uma vida foi ceifada apenas por
causa de um pisão (Gn 4:23); inicia-se a prostituição, pois a irmã de
Tubalcaim, Naamá, é tida como a primeira prostituta da história (seu nome quer
dizer "agradável", "desejável").
3. No Novo
Testamento a poligamia é condenada por Jesus e pelo apóstolo Paulo. Jesus, em Sua
resposta aos fariseus, quando estes lhe interrogaram acerca do divórcio, foi
clarividente ao dizer que Deus criou o casamento monogâmico. Ele disse: “Portanto,
deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher...” (Mt 19.5). Ele não
disse: “suas mulheres”, e sim, “sua mulher”. A resposta do Senhor remonta às
origens do casamento e da própria criação (cf. Gn 2.24).
O apóstolo
Paulo, também, proíbe a poligamia no casamento (1Co 7.2). Diz o apóstolo:
"[...] mas, por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa,
e cada uma, o seu próprio marido". Paulo coloca o aspecto singular de
que a poligamia não é o padrão moral de Deus para o seu povo. Cada um deve ter
a sua esposa, e cada uma o seu marido. Tanto a poligamia, um homem ter mais de
uma mulher, quanto a poliandria, uma mulher ter mais de um marido, estão em
desacordo com o ensino das Escrituras.
Ao mencionar as qualificações do
presbítero, Paulo adverte: “É necessário, portanto, que o bispo seja (...)
esposo de uma só mulher...” (1Tm 3.2). O diácono também deve ser “marido de uma
só mulher” (1Tm 3.12). Portanto, a liderança eclesiástica deve ser o exemplo
dos fiéis em tudo e esse exemplo inclui o casamento bíblico (1Tm 4.12).
O PRINCÍPIO
DA HETEROSSEXUALIDADE
1. “Macho e
fêmea os criou”. “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho
e fêmea os criou” (Gn 1.26). O modelo divino para o ser humano é a
heterossexualidade – Gn 1.27; 5.1-3; 2.22-24; Mt 19.4; Rm 1.26,27. O “macho” a
Bíblia chama de “homem”; a “fêmea” a Bíblia chama de “mulher”. O macho, o
homem, é chamado de um ser do sexo masculino; a fêmea, a mulher, é chamada de
um ser do sexo feminino. Para a Bíblia existem, apenas, dois tipos de sexo: ou
a criatura é Homem, ou, então, é Mulher. Não existe a “coluna do meio”. Um
Homem e uma Mulher, biblicamente, formam um casal. A Bíblia sempre condenou o
homossexualismo voluntário, atitude que é típica dos rebeldes e pecadores, como
demonstra a Palavra de Deus, inequivocamente, em diversas passagens – Lv 20.13;
18.22; Dt 23.17; 1Rs 14.24; 15.12; 22.47; Rm 1.24,27; 1Co 6.10; Gl 5.19; 1Tm 1.10;
Ap 21.8.
Paulo
proíbe a união homossexual (1Co 7.2). Quando Paulo diz que cada um tenha a
sua esposa e cada uma tenha o seu marido, fica clara a ideia de uma relação
heterossexual. Embora a união homossexual fosse algo comum no tempo de Paulo,
ele define essa prática como uma paixão infame, um erro, uma disposição mental
reprovável, uma abominação para Deus. A relação homossexual pode chegar a ser
aprovada pelas leis dos homens, por causa da corrupção dos costumes, mas jamais
será chancelada pelas leis de Deus. Uma decisão não é ética, apenas por ser
legal. Ainda que a relação homossexual se torne legal pelas leis dos homens,
jamais será aprovada por Deus, pois fere frontalmente a Sua Lei.
2. “E se
unirá à sua mulher”. Após realizar o primeiro matrimônio, o Criador disse: “deixará o homem
[macho] o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher [fêmea], e serão ambos
uma carne” (Gn 2.24). Uma família
somente pode ser construída, segundo os parâmetros divinos, mediante uma união
entre um homem e uma mulher com compromisso de constituir uma vida em comum.
Desta forma, jamais estará obedecendo aos princípios divinos quem defender ou
constituir uma união homossexual, algo que, lamentavelmente, vem se alastrando
nos países de todo o mundo. A união de pessoas do mesmo sexo é a própria
negação do conceito bíblico de família, que é, como se vê claramente em Gn 2.24,
que diz que uma família se constitui quando um varão deixa seu pai e sua mãe e
se une à sua mulher e se constituem em uma só carne.
Como devem os
maridos tratar as suas esposas? A Bíblia diz em Efésios 5.25-28 “Vós, maridos,
amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se
entregou por ela, a fim de a santificar, tendo-a purificado com a lavagem da
água, pela palavra, para apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula,
nem ruga, nem qualquer coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Assim
devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos.
Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.”
Os maridos devem tratar as suas esposas com respeito e honra. A Bíblia diz em 1
Pedro 3.7 “Igualmente vós, maridos, vivei com elas com entendimento, dando
honra à mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras convosco da
graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações.”
Como devem as mulheres tratar os seus maridos? A Bíblia diz em Efésios 5.22-24
“Vós, mulheres, submetei-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido
é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele
próprio o Salvador do corpo. Mas, assim como a igreja está sujeita a Cristo,
assim também as mulheres o sejam em tudo a seus maridos”.
Significa isto que a mulher deve ser a única a
submeter-se? Não! Num casamento ambos se submetem. A Bíblia diz em Efésios 5.21
“Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo”.
Que conselho Bíblico proíbe o abuso físico e verbal? A Bíblia diz em
Colossenses 3.19 “Vós, maridos, amai a vossas mulheres, e não as trateis
asperamente”.
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Estudo ministrado pelo Pastor ADAYLTON
DE ALMEIDA CONCEIÇÃO (Th.B.Th.D)
www.adayltonalm.spaceblog.com.br
NOTAS BIBLIOGRAFICAS
A Família Cristã - Adaylton de Almeida
Conceição
O
Casamento Bíblico - Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
O
Casamento Bíblico - Eliseu Antonio Gomes
O Casamento
Bíblico - Eliseu Antonio Gomes