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terça-feira, 23 de abril de 2013

Cristãos deixam prisão no Senegal


José Dilson da Silva é membro da Igreja Presbiteriana do Brasil e missionário, na capital senegalesa, Dakar. Zeneide Moreira, que trabalha para a Missão Servos, gerencia um abrigo para crianças de rua em Mbour, 80 quilômetros ao sul de Dakar.

A Associação Nacional de Juristas Evangélicos em Defesa das Liberdades Civis Fundamentais, ANAJURE, afirmou que é esperado um julgamento final do caso de Silva e Zeneide para a data de 30 dias após a sua libertação, ocorrida em 5 de abril.

Silva, que trabalha no Senegal desde 2005, também é responsável por uma escola particular em Dakar. Ele levantou o orfanato e Projeto Obadias em 2011, com o objetivo de tirar crianças das ruas, lhes oferecendo casa e comida, além de educação e atividades esportivas. Zeneide atua no abrigo como a “mãe” que muitos pequenos não têm.

O presidente da ANAJURE, Uziel Santana, falou à World Watch Monitor, agência internacional de notícias da Portas Abertas, que a queixa de conversões forçadas ao cristianismo foi sustentada por uma brecha legal: os projetos de Silva estavam operando sem as licenças necessárias.

Os problemas tiveram início quando um pai registrou queixa contra Silva por não ter aprovado que o seu filho, que acredita-se tenha 17 anos, aprendesse sobre os valores e princípios do cristianismo através do Projeto Obadias, o qual conta, hoje, com 200 crianças registradas. A mídia local noticiou que o adolescente “se recusou a participar de orações muçulmanas e estava agindo como um cristão”.

O filho de Silva, Jon, publicou um texto sobre isso na internet:
“Esse homem alegou que meu pai fundou uma associação com o intuito de prejudicar as crianças do Senegal. A acusação diz que ‘a organização funciona como um centro para receber crianças de ruas e estudantes do Alcorão, e recrutou 17 crianças para forçá-los a passar por um treinamento de dois a três meses para ofícios como carpintaria e costura.’”

Aparentemente, o missionário foi levado à delegacia de polícia para responder perguntas relacionadas a essa acusação, mas terminou sendo preso. Pouco tempo depois, Zeneide foi presa em Mbour. Eles permaneceram detidos na cidade de Thies, aguardando por acusações formais. Nesse meio tempo, o primeiro pedido de fiança foi negado.

Originalmente, eles foram acusados de tráfico de crianças e conspiração para violar a lei. Porém, as acusações de “exploração de menores” e “desvio juvenil”, de acordo com a ANAJURE, foram “mais tarde, provadas pelas próprias autoridades locais como infundadas”.

No entanto, os dois missionários permaneceram em detenção, e as autoridades que os prenderam nunca defenderam diante de um juiz os argumentos legais que as levaram a mantê-los presos mesmo depois de sua inocência ter sido provada.

De acordo com o filho da missionária Zeneide, que iniciou uma petição online para a liberação de ambos, os dois foram mantidos em condições imundas, espaços superlotados e obrigados a dividir uma cela com presos já condenados.

“Meu pai está preso em uma cela extremamente suja, repleta de outros 35 detentos. As condições são bastante graves. Os missionários foram forçados a assinar papéis sem poder lê-los, foram colocados em salas que não tinham janelas ou um lugar para sentar ou dormir, cheia de mosquitos, onde faz muito calor. Minha mãe e meu irmão só podem visitar meu pai às segundas-feiras e sextas-feiras, durante 10 minutos. É difícil para eles vê-lo sendo tratado como um criminoso”, descreveu o filho de Silva, quando o cristão ainda não havia sido solto.

À World Watch Monitor, o presidente da ANAJURE, Uziel Santana, contou que Silva tentou obter as autorizações necessárias quando iniciou o Projeto Obadias, mas foi enganado por um falso advogado, que recebeu dinheiro para realizar o trabalho, mas não garantiu as licenças. Santana disse que o cristão deixou a questão de lado e assumiu as consequências do erro.

“O Projeto Obadias estava funcionando normalmente. Mesmo sem as autorizações, Silva não tinha ideia de que o projeto estava ilegal perante a legislação do Senegal, até o pai do menino registrar a queixa”, confirmou Santana. “Na delegacia de polícia, porém, a questão sobre as licenças não foi fundamental”, destacou ele. “O principal problema era a ‘cristianização’ do abrigo. Uma vírgula legal mal colocada dá margem a qualquer reclamação contra os cristãos.”

“Quando apresentamos provas de que eles não possuíam ocorrências em suas respectivas fichas criminais, ambos foram temporariamente libertados”, contou Uziel Santana, em relação ao processo dos missionários brasileiros José Dison da Silva e Zeneide Moreira.

“Eles deverão se apresentar na prisão de 15 em 15 dias e não podem sair do país. Dentro de 30 dias após a sua liberação, eles serão julgados.” Nesse meio tempo, segundo Santana, a ANAJURE está cuidando da legalização do Projeto Obadias.

A despeito do ocorrido, diversas fontes afirmaram que Silva esteve de bom humor durante o encarceramento, testemunhando de sua fé aos outros detentos. Em uma carta dirigida a sua esposa, Marli, ele escreveu: “Escreva a todos, até aos que estão no Senegal, que o inimigo irá colocar alguns na prisão, mas tudo será para a glória de Deus”.

A libertação dos dois missionários foi recebida com alegria e alívio por membros das comunidades cristãs da cidade de Thies. Um estrangeiro que frequenta os cultos dominicais da igreja batista disse à agência de notícias World Watch Monitor que houve lágrimas de alegria e um tempo de oração emocionante. A prisão de obreiros cristãos estrangeiros sem um processo judicial levantou muitas questões em um país visto como modelo de democracia na África, também conhecido por sua cultura de tolerância.

Projeto Obadias

Silva, que trabalha no Senegal desde 2005, levantou o orfanato e Projeto Obadias em 2011, com o objetivo de tirar crianças das ruas, lhes oferecendo casa e comida, além de educação e atividades esportivas. Zeneide atua no abrigo como a “mãe” que muitos pequenos não têm.

Milhares de crianças no oeste africano, provenientes de famílias da zona rural pobres demais para criá-las, são enviadas para grandes cidades, ainda e tenra idade – aos 3 e 4 anos – para receberem ensino. Esse ensino consiste primariamente de aulas sobre o Alcorão. Esses “talibes” ou “estudantes do Alcorão” precisam mendigar nas ruas, sob a supervisão de talibes mais velhos, e estão sujeitos a diversos maus-tratos.

Na maioria das vezes, vivem em meio à pobreza. Em março, nove crianças morreram em um incêndio numa escola corânica em Senegal. Quando as crianças se tornam adolescentes, saem dos cuidados do imame e devem tomar conta de si mesmas e encontrar um emprego.

História de tolerância

O Senegal faz fronteira com o Mali e a Mauritânia, e 94% de seus 13 milhões de habitantes são muçulmanos. A convivência entre eles e a minoria cristã tem sido pacífica. O primeiro presidente do Senegal, Léopold Sédar Senghor (de 1960 a 1980) era católico, e recebeu a visita do papa João Paulo II em 1992.

Essa cultura de tolerância tem sido percebida de várias maneiras no Senegal: cristãos e muçulmanos são enterrados nos mesmos cemitérios de diversas cidades.

Entretanto, como em muitos países do oeste africano, o Senegal tem alto índice de pobreza e desemprego generalizado. O tráfico de seres humanos e a exploração infantil são sérios problemas sociais, a despeito da economia relativamente estável.

Nos últimos anos vêm sendo relatado alguns ataques contra cristãos. Sete igrejas evangélicas foram saqueadas ou incendiadas entre 2010 e 2011, incitando uma forte reação da Aliança de Evangélicos do Senegal. Seu presidente à época, pastor Eloi Sabel Dogue, condenou tais ataques e pediu que a lei fosse respeitada uma conferência de imprensa realizada em 1º de julho de 2011.

“Nem a Constituição do Senegal nem a Carta Africana de Direitos Humanos nem a Declaração de Direitos Humanos da ONU e, menos ainda, nossos valores culturais podem ser mencionados como justificativa para tais atos”, disse ele.

Fonte: Portas Abertas Internacional

segunda-feira, 15 de abril de 2013

O CASAMENTO BÍBLICO



Pr. Adaylton de Almeida Conceição

TEXTO ÁUREO
"Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gn 2.24).

VERDADE PRÁTICA
O casamento é uma instituição divina, sendo constituído pela união indissolúvel de um homem e de uma mulher: monogâmico e heterossexual.

Introdução
Diferentes modelos de casamentos são apresentados à sociedade, principalmente na mídia, como alternativos, mas de acordo com a Bíblia, a Palavra de Deus, existe apenas um padrão bíblico para o casamento.

Um dos objetivos principais daqueles que se opõem ao padrão bíblico para o casamento, é descredenciar a autoridade da Bíblia. Para tanto, afirmam que a Bíblia não passa de um livro humano, e que, por isso, é produto da cultura e de uma época. Por conseguinte, tentam inculcar na sociedade que os valores exarados nas Escrituras não mais se aplicam aos dias atuais.

O matrimônio é um passo importante na vida de todos. Não é por acaso que existe um grande número de livros abordando o assunto.

O casamento aos moldes bíblicos vai muito além da união emocional e da junção de corpos, é um compromisso moral e legal, que transcende à esfera espiritual.

FAÇAMOS O HOMEM

Nos versículos 26-28, lemos a respeito da criação dos seres humanos; 2.4-25 supre pormenores mais específicos a respeito da sua criação e do seu meio-ambiente. Esses dois relatos se completam e ensinam várias coisas.
(1) Tanto o homem quanto a mulher foram uma criação especial de DEUS, não um produto da evolução (v. 27; Mt 19.4; Mc 10.6).

(2) O homem e a mulher, igualmente, foram criados à imagem e semelhança de DEUS. À base dessa imagem, podiam comunicar-se com DEUS, ter comunhão com Ele e expressar de modo incomparável o seu amor, glória e santidade. Eles fariam isso conhecendo a DEUS e obedecendo-o (2.15-17).

Em certo sentido, a constituição física do homem e da mulher retrata a imagem de DEUS, o que não ocorre no reino animal. DEUS pôs nos seres humanos a imagem pela qual Ele apareceria visivelmente a eles (18.1,2,22) e a forma que seu Filho um dia viria a ter (Lc 1.35; Fp 2.7; Hb 10.5).

(3) O fato de seres humanos terem sido feitos à imagem de DEUS não significa que são divinos. Foram criados segundo uma ordem inferior e dependentes de DEUS (Sl 8.5).
(4) Toda a vida humana provém inicialmente de Adão e Eva (Gn 3.20; At 17.26; Rm 5.12.


Deus é o Autor do casamento

“Se Jeová não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam” (Salmos 127.1).
Realmente não há possibilidade de se estabelecer um casamento nas bases de Deus, se não sabemos o que é que o arquiteto tem para dizer acerca de pedir. 
Se queremos entender o plano de Deus para a família, devemos começar pelo segundo capítulo de gênesis. Ali encontraremos os detalhes sobre a instrução da primeira família (veja Gênesis 2.18-32).

 Deus o criador da Família

"Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela" (Salmo 127:1).

       Deus nos criou e designou o casamento e a família como a mais fundamental das relações humanas. Em nosso mundo de hoje em dia, vemos famílias atormentadas pelo conflito e arrasadas pela negligência e o abuso.

A Solução da solidão

A criação do homem e a instituição da família ocorreram no sexto dia da semana da criação. A Palavra de Deus nos diz que no sétimo dia Ele descansou de toda obra que fizera. Mas, antes de descansar, “viu que tudo o que havia feito, e eis que era muito bom” (Gênesis 1:31). Contudo, em Gênesis 2.18, vamos encontrar o primeiro “não é bom”. Deus declara que não é bom que o homem esteja só. Creio que quando Deus disse isto, Adão gritou: “Amém, Senhor!”.

O casamento foi instituído por Deus para resolver o primeiro problema da raça humana: “A Solidão!” Imagine Adão em um ambiente perfeito, mas solitário. Ele teria perfeita comunhão com Deus e a companhia dos animais e das aves. Mas, a Bíblia nos diz: “Mas para Adão não se achou adjuntora que estivesse como diante dele” (Gênesis 2.20). Então o Criador tomou a iniciativa de solucionar o problema, criando outro ser semelhante ao homem, ainda que muito diferente deste.

Olhe o primeiro título que Deus deu a mulher foi “ajudadora”, pois esta é sua função básica. Esta palavra comunica a ideia de alguém que complementa outra pessoa, isto é, Eva seria absolutamente necessária para a realização total de Adão. E Deus une, “que lhe fora idônea”, isto é, alguém completamente adequado física, emocional, intelectual e espiritualmente para o homem.

Eva foi criada para ser a parte que faltava na existência da origem de Adão. O casamento começou a partir de uma necessidade básica de companheirismo e complementação. No plano de Deus o casamento foi instituído para que as duas pessoas possam viver completando um ao outro. Logo, quando vocês estão suprindo as necessidades físicas, emocionais, intelectuais e espirituais de seu conjugue estão sendo um. E quando não supres a necessidade de seu conjugue está só, como se aina estivesse solteiro.

No versículo 22 de Gênesis 2, vemos como foi formada a mulher. O Senhor fez da costela de Adão uma linda mulher – uma companheira criada especialmente por Deus para o homem.
É interessante notar que a mulher foi tirada do lado de Adão, ou seja, de sua costela, para revelar sua dependência do homem. Ela não foi tirada da cabeça pois não é sua função dominá-lo; nem de seu pé pois não foi criada para ser pisada por ele, mas de seu lado, de sua costela, para revelar a responsabilidade e dever de marido em protegê-la e cuidá-la.

Uma só carne

A fim de que em nossos próprios matrimônios possamos compreender o significado do conceito de uma só carne, necessitamos compreender o plano original de Deus para o matrimônio quando Ele estabeleceu esta relação no jardim do Éden. O quadro do matrimônio segundo o propósito original de Deus se encontra em Gênesis capítulos 1 e 2. Deus criou à sua própria imagem e semelhança (Gênesis 1.27). Adão estava integralmente realizado, contendo dentro de si mesmo todos os atributos que agora conhecemos como masculino e feminino (Gênesis 2.27;5.2). Depois Deus pôs Adão em um sono profundo e tirou de uma costela ou “câmara” em Hebreu. Este vocábulo indica uma capacidade ou recipiente (Gênesis 2.21,22). Desta capacidade, Deus formou uma mulher os apresentou um ao outro. Porém, agora eram DUAS pessoas, que juntas se fizeram UMA só, na qual Deus seguiu chamando Adão (Gênesis 5.2). Foi Adão quem chamou a sua esposa Eva. Ou seja, foi Adão que lhe deu o seu nome (Gênesis 3.20).

Adão e sua mulher foram criados para se complementarem e realizarem um ao outro. Gênesis 2. 18 diz que Eva era uma ajudadora idônea para seu marido. A expressão ajudadora idônea representa um auxílio ou ajuda, e deriva de uma raiz Hebreia que significa “rodear”. Juntos se fortaleceram e criaram uma unidade mais forte que qualquer um dos dois seria individualmente, como em uma forma muito parecida de quando os metais se combinam para formar uma reação mais forte. Posto que teriam a mesma natureza de Deus, era natural para eles serem amorosos e dadivosos um com o outro. O resultado de duas pessoas que se dão ativamente um ao outro, preferindo completamente ao outro, é a integridade e unidade da vida em uma só carne.

Vemos que com as três palavrinhas de Gênesis 3.22 “e lhe trago”, temos o casamento. Foi Deus quem instituiu a família e foi Ele quem fez o primeiro casamento no o horto do Éden. E quando Adão viu sua noiva, disse: “Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne”. Estas palavras na língua original comunicam uma tremenda expressão de êxtase e alegria. “Finalmente encontrei quem me completa, que supre todas as minhas necessidades”.

Quatro colunas de um lar harmonioso

Gênesis 2.24-25. “Portanto, deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e serão uma só carne. E estavam ambos nus e não se envergonharam”.

Neste texto temos quatro colunas que são as bases de um casamento feliz. Cada uma destas colunas é extremamente necessária para que haja harmonia e felicidade no lar.

“Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe”.

Ali está a primeira coluna. Para que o novo relacionamento fortaleça há necessidade de um “deixar” emocional por parte dos recém-casados. É fundamental que tanto o homem como a mulher cortem o cordão umbilical, rompam os laços de dependência emocional, proteção e sustento material.

Contudo, depois de uma nova vida de casados, assumem as funções de marido e esposa. Este “deixa” é tão importante que Deus o mencionou antes de falar na união matrimonial. Isto não quer dizer que os recém-casados devem abandonar ou deixar de respeitar e honrar seus pais, mais do que eles necessitam dar outro enfoque a vida, com o cuidado de suprir as necessidades um do outro. Isto quer dizer que se não estiverem dispostos a deixar, seja seus pais, seus desejos, nunca poderá desenvolver a experiência de “se unir”, que Deus planejou para o casal.
A segunda coluna está contida nas palavras “e se unirá a sua mulher”. A palavra “unir” significa “consolidar” e indica a natureza permanente do casamento. As duas pessoas estão unidas, apegadas uma a outra. Por isso é que qualquer classe de separação é dolorosa. No plano de Deus, o casamento era uma instituição permanente, “Até que a morte os separe”. Não até que a sogra os separe, não até que a amante os separe, nem até que a profissão os separe, nem até que o desacordo os separe, mas a morte.

Aos olhos de Deus, a união matrimonial é inseparável, e isto, nos leva a terceira coluna, expressa nas palavras: “E serão uma só carne”. Casamento significa unidade no sentido mais completo da palavra – espiritual, mental, emocional e física. É um processo que acontece durante toda a vida do casal. Unidade não significa conformidade ou uniformidade, porque o casamento une duas pessoas com diferentes bases, sentimentos, hábitos, dons e habilidades. Esta unidade não pode acontecer da noite para o dia.

Ser uma só carne” se refere à experiência sexual. Nós casamos no Registro Civil para cumprir com a lei. Casamos na Igreja diante do povo para suplicar as bênçãos de Deus e para dar testemunho público. Casamos na cama através do ato conjugal. Isto é a consumação do casamento. Esta experiência é reservada somente para duas pessoas que “deixaram” e “se uniram”.

Somente depois que o homem e a mulher “deixam” seus pais e assumem o compromisso de se unirem e tornarem uma só carne é que vem a intimidade. Esta é a quarta coluna do casamento. Ela está expressa nas palavras “e estavam ambos nus, e não se envergonhavam”. Na lista das prioridades de Deus, a intimidade está em último lugar, porque antes dela o casal deve “deixar”, “unir-se” e “ser uma só carne”. Esta ordem é importante e não pode mudada. A nudez de Adão e Eva não era simbólica, mas real.

O Matrimônio é um pacto

Os pactos se fazem mediante o acordo mútuo, e cada pacto contém promessas e limites específicos. As promessas expressam compromisso interpessoal dos companheiros que formulam o pacto. Os finais indicam as condições nas quais os companheiros cumprirão seu acordo.  Os limites também indicam o tempo durante a qual durará o pacto, isto é, por quanto tempo esperam os companheiros respeitá-lo.

As Escrituras contém dois tipos de pactos: Aqueles feitos entre Deus e o homem, e aqueles feitos entre os homens. Os pactos entre os homens se fazem para proporcionar um sentido de compromisso firme na ralação.

O matrimônio é reconhecido como uma relação de pacto pela Palavra de Deus.
“Porque o Senhor foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher do teu concerto” (Malaquias 2.14). “...A qual abandona ao companheiro de sua juventude, e se esquece do pacto de seu Deus” (Provérbios 2.17).  Se Deus é apenas uma testemunha do matrimônio e não vive dentro dos companheiros, isto não é mais que um pacto entre homens.

        Muitos homens jamais aprenderam a ser esposos e pais devotados. Muitas mulheres estão fugindo de seus papéis dados por Deus. Pais que não têm nenhuma ideia de como preparar seus filhos estão assim perturbados pelo conflito com seus rebentos rebeldes.

A Família é a base da sociedade

        A família é a base da sociedade, daí ser importante manter a coesão da família e solidariedade entre os seus membros, pois essa coesão contribui para o nível de honradez da sociedade.

        A família é, também, uma escola de altíssimo valor espiritual. Em seu seio, há oportunidades constantes para se desenvolverem e fortalecerem alguns atributos psíquicos como a arte de governar, administrar, controlar, frear ou moderar os próprios impulsos, etc.

        Para muitas pessoas, hoje em dia, a frase familiar e confortadora: "Lar, Doce Lar" não é mais do que uma ilusão vazia. Não há nada doce ou seguro num lar onde há o abuso, a traição e o abandono.

O CASAMENTO BÍBLICO

O princípio fundamental do casamento bíblico é o de que Deus, e não os homens, o ordenou, portanto o casamento não é uma opção, mas uma orientação divina. A primeira cerimônia de casamento foi realizada pelo próprio Deus no Jardim do Éden (Gn. 1.28), tornando homem e mulher, uma só carne (Gn. 2.24). A união do primeiro homem e mulher no Éden reafirma o modelo bíblico para o casamento: monogâmico, heterossexual e indissolúvel.

Jesus ratificou o casamento bíblico, entre um homem e uma mulher, como criação divina quando disse: "desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher. E serão os dois uma só carne: e assim já não serão dois, mas uma só carne. Portanto o que Deus ajuntou não o separe o homem" (Mc 10:6-9). Casamento este, aliás, que mandou que a Igreja, como Corpo de Cristo, venerasse, isto é, respeitasse, bem como cuidasse para que se estabelecesse dentro de uma pureza sexual (Hb 13:4).

JUGO DESIGUAL

Que instruções dá a Bíblia sobre com quem nos devemos casar? A Bíblia diz em 2 Coríntios 6:14 “Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? ou que comunhão tem a luz com as trevas? “

 A heterossexualidade é outro aspecto do casamento cristão, já que Deus criou “macho e fêmea” (Gn. 1.26; 2.24). Na religião judaica, o homossexualismo deveria ser punido com a morte, sendo este considerado uma abominação aos olhos de Deus (Lv. 18.22). Não há brecha para a prática homossexual no contexto cristão, sendo essa reprovada pelo apóstolo Paulo (Rm. 1.26). Mas isso não deve ser motivo para homofobia, não podemos esquecer que Jesus ama a todos, inclusive aos homossexuais, por isso, devemos orar por eles, e conduzi-los à verdade, que é Cristo.

O PRINCÍPIO DA MONOGAMIA

1. Monogamia é o ideal divino. O Criador instituiu o matrimônio com a união de um homem e uma mulher (Gn 2.18-24; Mt 19.5; Mc 19:7) - “Por isso, deixará o homem a seu pai e a sua mãe e unir-se-á a sua mulher”. Aqui, não é dito que o homem deve unir-se às suas mulheres. Deus não criou mais de uma mulher para Adão nem mais de um homem para Eva. Tanto a poligamia quanto a poliandria estão em desacordo com os princípios de Deus para o casamento (Dt 28:54,56; Sl 128:3; Pv 5:15-21; Ml 2:14).

Esta norma não foi apenas estabelecida na criação, mas também foi reafirmada na entrega da lei moral. A lei de Deus ordena: “Não cobiçarás a mulher do teu próximo...” (Ex 20.17). O uso do singular é enfático. Moisés não deu provisão à questão da poligamia.

O Rev. Hernandes Dias Lopes, em seu comentário sobre o Evangelho de Marcos, citando Norman Geisler, enumera alguns argumentos que reforçam o ensino da monogamia:

 A monogamia foi ensinada por precedência (Gn 2:24);
 A monogamia foi ensinada por preceito (Ex 20:17);
 A monogamia foi ensinada por intermédio das severas consequências decorrentes da poligamia (1Rs 11:4).

2. Poligamia é criação humana desviada dos preceitos de Deus. Deus não instituiu nem aprovou a poligamia, pois criou uma só mulher para o homem. Se aprovasse a poligamia, teria criado duas ou mais mulheres para Adão, o que não fez.

Deus permitiu, mas não aprovou certas coisas nos dias em que a Bíblia não era completa. Em Atos 17.30 está escrito que Deus não teve em conta os tempos da ignorância. Passou por cima de certas coisas erradas até os dias de Cristo.

A Bíblia relata que foi na civilização dos caimitas que se iniciou a poligamia. Lameque, o primeiro polígamo, foi quem deu a cartada inicial da quebra do princípio da monogamia (ler Gn 4.19), abandonando-se o modelo divino de família; houve aumento da violência, com novo homicídio, que gerou a vingança humana como modelo de justiça como demonstra o "cântico da espada" de Lameque (Gn 4.23,24); o desvalor do ser humano se patenteia, pois uma vida foi ceifada apenas por causa de um pisão (Gn 4:23); inicia-se a prostituição, pois a irmã de Tubalcaim, Naamá, é tida como a primeira prostituta da história (seu nome quer dizer "agradável", "desejável").

3. No Novo Testamento a poligamia é condenada por Jesus e pelo apóstolo Paulo. Jesus, em Sua resposta aos fariseus, quando estes lhe interrogaram acerca do divórcio, foi clarividente ao dizer que Deus criou o casamento monogâmico. Ele disse: “Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher...” (Mt 19.5). Ele não disse: “suas mulheres”, e sim, “sua mulher”. A resposta do Senhor remonta às origens do casamento e da própria criação (cf. Gn 2.24).

O apóstolo Paulo, também, proíbe a poligamia no casamento (1Co 7.2). Diz o apóstolo: "[...] mas, por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido". Paulo coloca o aspecto singular de que a poligamia não é o padrão moral de Deus para o seu povo. Cada um deve ter a sua esposa, e cada uma o seu marido. Tanto a poligamia, um homem ter mais de uma mulher, quanto a poliandria, uma mulher ter mais de um marido, estão em desacordo com o ensino das Escrituras.

Ao mencionar as qualificações do presbítero, Paulo adverte: “É necessário, portanto, que o bispo seja (...) esposo de uma só mulher...” (1Tm 3.2). O diácono também deve ser “marido de uma só mulher” (1Tm 3.12). Portanto, a liderança eclesiástica deve ser o exemplo dos fiéis em tudo e esse exemplo inclui o casamento bíblico (1Tm 4.12).

O PRINCÍPIO DA HETEROSSEXUALIDADE

1. “Macho e fêmea os criou”. “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn 1.26). O modelo divino para o ser humano é a heterossexualidade – Gn 1.27; 5.1-3; 2.22-24; Mt 19.4; Rm 1.26,27. O “macho” a Bíblia chama de “homem”; a “fêmea” a Bíblia chama de “mulher”. O macho, o homem, é chamado de um ser do sexo masculino; a fêmea, a mulher, é chamada de um ser do sexo feminino. Para a Bíblia existem, apenas, dois tipos de sexo: ou a criatura é Homem, ou, então, é Mulher. Não existe a “coluna do meio”. Um Homem e uma Mulher, biblicamente, formam um casal. A Bíblia sempre condenou o homossexualismo voluntário, atitude que é típica dos rebeldes e pecadores, como demonstra a Palavra de Deus, inequivocamente, em diversas passagens – Lv 20.13; 18.22; Dt 23.17; 1Rs 14.24; 15.12; 22.47; Rm 1.24,27; 1Co 6.10; Gl 5.19; 1Tm 1.10; Ap 21.8.

Paulo proíbe a união homossexual (1Co 7.2). Quando Paulo diz que cada um tenha a sua esposa e cada uma tenha o seu marido, fica clara a ideia de uma relação heterossexual. Embora a união homossexual fosse algo comum no tempo de Paulo, ele define essa prática como uma paixão infame, um erro, uma disposição mental reprovável, uma abominação para Deus. A relação homossexual pode chegar a ser aprovada pelas leis dos homens, por causa da corrupção dos costumes, mas jamais será chancelada pelas leis de Deus. Uma decisão não é ética, apenas por ser legal. Ainda que a relação homossexual se torne legal pelas leis dos homens, jamais será aprovada por Deus, pois fere frontalmente a Sua Lei.

2. “E se unirá à sua mulher”. Após realizar o primeiro matrimônio, o Criador disse: “deixará o homem [macho] o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher [fêmea], e serão ambos uma carne” (Gn 2.24). Uma família somente pode ser construída, segundo os parâmetros divinos, mediante uma união entre um homem e uma mulher com compromisso de constituir uma vida em comum. Desta forma, jamais estará obedecendo aos princípios divinos quem defender ou constituir uma união homossexual, algo que, lamentavelmente, vem se alastrando nos países de todo o mundo. A união de pessoas do mesmo sexo é a própria negação do conceito bíblico de família, que é, como se vê claramente em Gn 2.24, que diz que uma família se constitui quando um varão deixa seu pai e sua mãe e se une à sua mulher e se constituem em uma só carne.

Como devem os maridos tratar as suas esposas? A Bíblia diz em Efésios 5.25-28 “Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, a fim de a santificar, tendo-a purificado com a lavagem da água, pela palavra, para apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem qualquer coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.”

Os maridos devem tratar as suas esposas com respeito e honra. A Bíblia diz em 1 Pedro 3.7 “Igualmente vós, maridos, vivei com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações.”

Como devem as mulheres tratar os seus maridos? A Bíblia diz em Efésios 5.22-24 “Vós, mulheres, submetei-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o Salvador do corpo. Mas, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres o sejam em tudo a seus maridos”.

Significa isto que a mulher deve ser a única a submeter-se? Não! Num casamento ambos se submetem. A Bíblia diz em Efésios 5.21 “Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo”.

Que conselho Bíblico proíbe o abuso físico e verbal? A Bíblia diz em Colossenses 3.19 “Vós, maridos, amai a vossas mulheres, e não as trateis asperamente”.

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Estudo ministrado pelo Pastor ADAYLTON DE ALMEIDA CONCEIÇÃO (Th.B.Th.D)

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NOTAS BIBLIOGRAFICAS
A Família Cristã - Adaylton de Almeida Conceição
O Casamento Bíblico - Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
O Casamento Bíblico - Eliseu Antonio Gomes
O Casamento Bíblico - Eliseu Antonio Gomes