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VIDAS

A VIDA É FEITA DE ESCOLHAS. A VIDA ETERNA, DE RENÚNCIAS!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

NADA É POR ACASO

Ricardinho não agüentou o cheiro bom do pão e falou:
- Pai, tô com fome!!!

O pai, Agenor, sem ter um tostão no bolso, caminhando desde muito cedo em busca de um trabalho, olha com os olhos marejados para o filho e pede mais um pouco de paciência.
- Mas pai, desde ontem não comemos nada. Eu tô com muita fome, pai!!!

Envergonhado, triste e humilhado em seu coração de pai, Agenor pede para o filho aguardar na calçada enquanto entra na padaria à sua frente.
Ao entrar dirige-se à um homem no balcão:
-Meu senhor, estou com meu filho de apenas seis anos na porta, com muita fome. Não tenho nenhum tostão, pois sai cedo para buscar um emprego e nada encontrei. Eu lhe peço que em nome de Jesus me forneça um pão para que eu possa matar a fome desse menino. Em troca posso varrer o chão de seu estabelecimento, lavar os pratos e copos, ou outro serviço que o senhor precisar!

Amaro, o dono da padaria, estranha aquele homem de semblante calmo e sofrido, pedir comida em troca de trabalho e pede para que ele chame o filho.
Agenor pega o filho pela mão e apresenta-o a Amaro que imediatamente pede que os dois sentem-se junto ao balcão, onde manda servir dois pratos de comida, do famoso PF (Prato Feito) - arroz, feijão, bife e ovo.
Para Ricardinho era um sonho comer após tantas horas na rua.
Para Agenor, uma dor à mais, já que comer aquela comida maravilhosa fazia-o lembrar da esposa e mais dois filhos que ficaram em casa, apenas com um punhado de fubá.
Grossas lágrimas desciam dos seus olhos já na primeira garfada.
A satisfação de ver seu filho devorando aquele prato simples e a lembrança de sua pequena família em casa, foi demais para seu coração tão cansado de mais de dois anos de desemprego, humilhações e necessidades.
Amaro se aproxima de Agenor e percebendo a sua emoção, brinca para relaxar:
- Ô Maria!!! Sua comida deve estar muito ruim! Olha o meu amigo está até chorando de tristeza desse bife, será que é sola de sapato?!

Imediatamente, Agenor sorri e diz que nunca comeu comida tão apetitosa, e que agradecia a Deus por ter esse prazer.
Amaro pede então que ele sossegue seu coração, que almoçasse em paz e depois conversariam sobre trabalho.
Mais confiante, Agenor enxuga as lágrimas e começa a almoçar, já que sua fome já estava nas costas.
Após o almoço, Amaro convida Agenor para uma conversa nos fundos da padaria, onde havia um pequeno escritório.
Agenor conta então que há mais de dois anos havia perdido o emprego e desde então, sem uma especialidade profissional, sem estudos, estava vivendo de pequenos 'biscates aqui e acolá', mas que há dois meses não recebia nada.
Amaro resolve então contratar Agenor para serviços gerais na padaria, e penalizado, faz para o homem uma cesta básica com alimentos para pelo menos quinze dias.
Agenor com lágrimas nos olhos agradece a confiança daquele homem e marca para o dia seguinte seu início no trabalho.
Ao chegar em casa com toda aquela 'fartura', Agenor é um novo homem. Sentia esperanças. Sentia que sua vida iria tomar novo impulso.
Deus estava lhe abrindo mais do que uma porta. Era toda uma esperança de dias melhores.
No dia seguinte, às cinco da manhã, Agenor estava na porta da padaria ansioso para iniciar seu novo trabalho.
Amaro chega logo em seguida e sorri para aquele homem que nem ele sabia porque estava ajudando.
Tinham a mesma idade, trinta e dois anos, e histórias diferentes, mas algo dentro dele chamava-o para ajudar aquela pessoa.
E ele não se enganou - durante um ano, Agenor foi o mais dedicado trabalhador daquele estabelecimento, sempre honesto e extremamente zeloso com seus deveres.
Um dia, Amaro chama Agenor para uma conversa e fala da escola que abriu vagas para a alfabetização de adultos um quarteirão acima da padaria, e que ele fazia questão que Agenor fosse estudar.
Agenor nunca esqueceu seu primeiro dia de aula: a mão trêmula nas primeiras letras e a emoção da primeira carta.
Doze anos se passam desde aquele primeiro dia de aula.
Vamos encontrar o Dr. Agenor Baptista de Medeiros, advogado, abrindo seu escritório para seu cliente, e depois outro, e depois mais outro.
Ao meio dia ele desce para um café na padaria do amigo Amaro, que fica impressionado em ver o 'antigo funcionário' tão elegante em seu primeiro terno.
Mais dez anos se passam, e agora o Dr. Agenor Baptista, já com uma clientela que mistura os mais necessitados que não podem pagar, e os mais abastados que o pagam muito bem, resolve criar uma Instituição que oferece aos desvalidos da sorte, que andam pelas ruas, pessoas desempregadas e carentes de todos os tipos, um prato de comida diariamente na hora do almoço.
Mais de 200 refeições são servidas diariamente naquele lugar que é administrado pelo seu filho, o agora nutricionista Ricardo Baptista.
Tudo mudou, tudo passou, mas a amizade daqueles dois homens, Amaro e Agenor impressionava a todos que conheciam um pouco da história de cada um.
Contam que aos oitenta e dois anos os dois faleceram no mesmo dia, quase que na mesma hora. Morrendo placidamente com um sorriso de dever cumprido.
Ricardinho, o filho mandou gravar na frente da 'Casa do Caminho', que seu pai fundou com tanto carinho:
'Um dia eu tive fome, e você me alimentou. Um dia eu estava sem esperanças e você me deu um caminho. Um dia acordei sozinho, e você me deu Deus, e isso não tem preço. Que Deus habite em seu coração e alimente sua alma. E, que te sobre o pão da misericórdia para estender a quem precisar!!!'

(História verídica)

Nunca é tarde para começar e sempre é cedo para parar!!!

Que Deus te abençoe poderosamente lhe concedendo o dom da fé e da caridade. Fazer obras de caridade não nos garante a salvação. Isso é prazer e nobre obrigação como cristãos.

TODA HONRA, TODA GLÓRIA E TODO O LOUVOR PERTENCEM À DEUS. AMÉM!

enviado pelo Pr. Nelson Martins

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS













Pr. Adaylton de Almeida Conceição.

Texto bíblico: Mateus 25.1 – 13

Sobre esta parábola, temos muitas interpretações.

1- Foi dada a Israel, ilustrando os resultados para aqueles que aceitam ou recusam ao “noivo”, que é o Messias, o Cristo. Jesus teria ilustrado que Israel não se tinha preparado convenientemente para receber o Messias, e que isso equivalia a recusá-lo. Logo, aqueles convidados que não se tinham preparado convenientemente, teriam que ficar fora das festividades do reino.

2- Outros dizem que a parábola foi apresentada principalmente à igreja e que no seio da própria igreja alguns estarão prontos para a "parousia" ou vinda de Cristo, mas que outros não estarão prontos. Os que estiverem prontos serão “arrebatados”, ou seja, tirado deste mundo para o céu; enquanto que aqueles que não estiverem prontos, serão deixados para o período da grande tribulação. Essa é a chamado teoria do “arrebatamento parcial”

Jesus estava ensinando no templo sobre sua vinda (texto de Mateus 24), quando expos esta parábola. Ela ensina a grande necessidade da preparação do crente para a vinda do senhor. Tudo indica que a falta de preparação ou condições das virgens insensatas foram as que as deixaram fora do reino.

A - O PROPÓSITO DAS VIRGENS

Mat. 24.1 = “Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo.”

“VIRGENS”. Alguns pais da igreja, que favoreciam o celibato, tentaram tirar proveito do termo: “virgens”, compreendo-o num sentido literal; ensinando que havia um privilegio especial para aqueles que levassem uma vida celibatária. É possível que o termo tenha alguma relação com a pureza necessária da igreja, mas vemos que também as insensatas são chamadas virgens.
Na parábola das dez virgens, Jesus usou uma ilustração de algo muito comum a seus ouvintes: a cerimonia de um casamento judeu, principalmente a parte da noiva, nos tempos bíblicos. A noiva bem vestida, acompanhada de virgens esperava na casa de seus pais a chegada do noivo. Todas as virgens conduziam lâmpadas acesas e uma reserva de azeite para os imprevistos (pois era comum o atraso dos casamentos). Os casamentos geralmente se realizavam quase sempre à noite. O atraso era maior quando o noivo vinha de longe. O noivo da parábola chegou à meia noite.
O noivo era chamado “esposo” (v.1). Porque entre os hebreus o noivado era a primeira parte do casamento, e apesar de que os noivos viviam em casa de seus pais e não tivessem nenhum contato marital, o noivado só podia ser desfeito com o divorcio. Por isso Maria é chamada “desposada” com José antes que vivessem juntos (Mat. 1.18), ou seja, eram noivos aguardando a segunda parte do casamento quando aconteceu o milagre da encarnação de Jesus.
“Tomando suas lâmpadas” (v.1). Cada qual era responsável por si mesma; todos aqueles que buscam as coisas espirituais devem tomar suas próprias decisões e devem preparar-se pessoalmente. Era impossível, depois da chegada do grande dia, no momento da crise, quando era a chegada do noivo, que alguém viesse pedir azeite emprestado a outro. A preparação espiritual é uma questão individual.
O propósito das virgens era sair ao encontro do esposo (v.1). Alguém previamente indicado, ao aparecer o esposo, dava o aviso: “aí vem o esposo”. Todas as virgens, com suas lâmpadas acesas saiam a encontrar a comitiva do noivo. Essas virgens eram conhecidas da noiva. Ao sair ao encontro do noivo com muita alegria, estavam anunciando que tudo estava pronto e que por parte da noiva não faltava nada, só esperava a chegada do noivo.

B - A DIFERENÇA ENTRE AS VIRGENS.

Inicialmente não se via nenhuma diferença entre elas, todas eram virgens, todas tinhas lâmpadas, todas estavam esperando o noivo.

1. A diferença não estava na aparência exterior, estava na alma, no caráter, e só foi visto depois da chegada do noivo. Por isso é que Jesus nos adverte no versículo 13. “Vigiai pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora.” No momento inesperado da chegada do noivo ficou claro que daz dez virgens, cinco eram prudentes, precavidas, sábias, vigilantes. Cinco eram insensatas, inconsequentes, negligentes. Tinham conhecimento do que ia acontecer mas não tinhm sabiduria para vigiar, velar e para preparar-se.

2. O azeite das lâmpadas (v;3). As lâmpadas representa a vida espiritual do crente. O azeite através da Bíblia é símbolo do Espirito Santo em sua missão de ungir, iluminar, suavizar, purificar, curar e proteger.
As virgens insensatas se criam espertas e prpradas para o encontro com o noivo, mas não estavam. Ainda que conduziam lâmpadas, não se tinham procupado com o combustivel que mantem a lampada acesa, o azeite,; ignoravam a natureza do uso da graça, não viam necessidade da mesma, decrararam ser uma coisa que na verdade não eram, e justamente nisso é que consistia sua insensatez.
“As prudentes, porém, levaram azeite em suas vasilhas, juntamente com as lâmpadas.” (v.4) Essas outras virgens tambel levavam lampadas, mas, além disso, não se esqueceram do azeite que era necessario para que as lampadas continuassem brilhando intensamente, e só assim suas lampadas teriam utilidade para que pudessem encontrar o noivo. A sabedoria desse grupo ficou demostrada por sua preparação.
“E tardando o noivo, cochilaram todas, e dormiram.” (v.5) Não sabemos o porque da demora de Cristo, mas podemos estar seguros de que nisso há propositos e significações que não nem reais. Pelo menos um desses propositos é que Deus está demostrando, atravez da historia da humanidade, a necessidade do homem voltar-se para Deus, pois só nele o homem estará completo. Mas essa demora nos leva a cabeçear e a dormir. Os prudentes compreende que esta vida está cheia de alegria apocalipticas, e que a qualquer momento Cristo pode aparecer.
“E tardando o noivo, cochilaram todas, e dormiram. Mas à meia-noite ouviu-se um grito: Eis o noivo! saí-lhe ao encontro!” (v. 6, 7) A meia noite... um clamor... aí vem o esposo! O autor deste evangelho escolheu com maestria os seus símbolos. O clamor soou à meia noite. A noite fria e larga, e a hora das trevas já tinham chegado. Ninguém esperava que a cerimonia nupcial começasse tão tarde. A meia noite é hora de dormir, e não para cerimonias nupciais. Porem o noivo disse que viria em hora inesperada.
Suas lâmpadas. No grego a expressão é mais enfática. “As próprias lâmpadas delas”.. Esse versículo destaca a preparação individual. As prudentes, cada uma de por si, se prepararam cuidadosamente. Não poderiam arrumar as lâmpadas das insensatas, ainda que quisessem faze-lo. O cristianismo oferece uma salvação universal, é necessário que essa salvação seja aplicada individualmente. Durante o dia, tanto as virgens prudentes como as insensatas se assemelham: somente na hora da meia noite, quando soar o clamor é que se poderá fazer a diferença entre elas. “Por isso ficai também vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem” Mat. 24.44..
“e prepararam as suas lâmpadas” v. 7. Isso significa que as colocaram em ordem, arrumando a tocha ou pavio, fazendo brilhar a luz.

“E as insensatas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão se apagando. Mas as prudentes responderam: não; pois de certo não chegaria para nós e para vós; ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós.” V.8,9

Essa negativa na resposta das virgens prudentes pode parecer desumana e anticristã, mas o autor deste evangelho queria ilustrar que as palavras de Jesus, nesta parte, ensina uma lição central, enfocada sobre a experiência humana, a necessidade da preparação. Todos os detalhes desta parábola são acrescentados com a finalidade exclusiva de enfatizar essa grande lição.
Por todos estes motivos, esta parábola ilustra a importância do individualismo no que concerte ao plano salvífico.
“E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o noivo; e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.“ v. 10. As virgens insensatas aceitaram o conselho. A indicação parece mostrar que elas realmente encontraram o azeite, mas o ensino claro da parábola é que isso só veio a acontecer muito tarde. A porta já tinha fechado. Alguns creem que originalmente a parábola terminava aqui. Vemos as cinco virgens insensatas do lado de fora. Do lado de dentro estava a alegria da boda. Aqui vemos que tremendo e espantoso é o gráfico de alguém quase salvo, porém perdido.” Elas clamaram dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos a porta.” Mas era muito tarde.
“Ele, porém, respondeu: Em verdade vos digo, não vos conheço.” V.12. Vemos que a oração fervente, quando se usa no tempo certo pode fazer muito efeito; porém segundo entendemos por esta parábola, pode chegar um momento em que a oração, por mais fervorosa que seja, quando a porte se fecha, quando a morte separa o corpo da alma, nada poderá fazer.
Segundo o texto, as insensatas eram como desconhecidas, alheias, não havia mais lugar para elas.
A grande lição que temos aqui é que o momento da preparação é AGORA. Não devemos permitir que o sono espiritual domine nossas vidas. Até as virgens prudentes cabecearam e dormiram (v.5). A trombeta soará a qualquer momento anunciando a chegada do Senhor Jesus. No relógio de Deus é quase meia noite.

Pr. Adaylton de Almeida Conceição (Th.B. Th.D. Phy)

PARA REVISAR

1- Qual é a interpretação da parábola das “Dez Virgens” e sua reação com a igreja?

2- Comente a relação da parábola com a igreja.

3- Onde se encontrava Jesus quando pronunciou a parábola das Dez virgens?

4- Segundo o costume judeu, como era tipificada a presença das Dez Virgens?

5- Por que ao noivo se chamava “esposo”?

6- Qual era a distinção ou diferença entre as Dez virgens?

7- O que representa as lâmpadas na parábola das Dez Virgens?

8- Qual a relação entre o fato de que as virgens adormeceram a Igreja e Jesus?

10- Faça um breve resumo da Parábola das 10 Virgens.

Explique a relação do individualismo com a parábola das Dez Virgens

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Hospital do HOMEM, consultas GRÁTIS


HOSPITAL DO HOMEM.

O Governo do Estado de São Paulo investiu R$ 2 milhões na compra de equipamentos de ultrassom, urologia, litotripsia (que destrói o cálculo renal através de ondas de impacto) para equipar o "Hospital do Homem". O Hospital ocupa uma área de 1,1 mil m².

A unidade reune especialidades médicas como Andrologia, Patologias da Próstata e Urologia, além dos núcleos de alta resultabilidade (check-up) e de ensino e pesquisa.

O Departamento de Patologias da Próstata é dividido em dois setores: diagnóstico e tratamento das DST, prostatites (infecções da próstata causadas por bactérias e vírus) e prevenção do HIV e HPV; e tumores (câncer e hiperplasia benigna da próstata).

Já na área de Urologia, o Centro conta com profissionais de Nefrologia (hipertensão renovascular e transplante renal), Endocrinologia, Neurologia (disfunções da vesícula, uretrais e incontinência urinária) e urologias geriátrica e plástica.

Hospital do Homem
AV. BRIGADEIRO LUIS ANTONIO, 2.651.
JARDIM PAULISTA
São Paulo/SP
Telefones: (11) 3289-2421 (11) 3289-2421
FAX: (11) 3284-8650

AJUDE A DIVULGAR, MESMO SE VOCÊ NÃO RESIDA NA CAPITAL POIS É PÚBLICO E, POR
DESCONHECER OS SERVIÇOS, O USO TEM SIDO PEQUENO.
NÃO JUSTIFICANDO O INVESTIMENTO, O HOSPITAL PODE SER FECHADO.
Batalha Bíblica de Arqueologia -dia 03/11/2011
Matéria: Apostila até a página 13 (Dilúvio).

NÃO DEIXEM DE COMPARECER

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Missão Operação Atos 1:8

Avançando com as crianças
SENEGAL — Ano V/2011

Louvado seja Deus que leva adiante Seu reino e que nos chama a participar ativamente nele! Que Sua graça abunde sobre cada um de vocês!
A hora de abrirmos as portas da nossa “Daaru Soppi bi” chegou! É assim como é chamada em Wolof (língua do Senegal) nossa casa-abrigo que traduzindo significa “A Escola Transformadora”. Aqui a casa-abrigo precisou tomar o nome de “escola” devido ao significado cultural e religioso que tem este nome. Aqui escola não é somente as instituições de ensino formal que conhecemos, mas também as estruturas de ensino não formal conhecidas como Daara. O que é uma Daara? É uma casa em processo de construção, inabitável, na qual moram determinadas crianças conhecidas como taalibes junto ao mestre chamado marabu. Na Daara estas crianças são islamizadas. O particular deste tipo de escola é que os pequenos alunos vivem junto ao mestre muçulmano toda a sua infância e adolescência e é nisto que se assemelha a uma casa-lar. É evidente que as diferenças são também imensas, porém o nome “Daaru Soppi bi” faz de nosso projeto dirigido às crianças em situação de risco um projeto contextualizado e portanto relevante (acesse e conheça mais sobre os taalibes do Senegal: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=-_asmBmgm3I ).
Nosso Deus é maior! 

Missão Operação Atos 1:8

Avançando com as crianças
SENEGAL — Ano V/2011

Avançando com o Evangelho!

Desejamos compartilhar também com os irmãos nossos alvos de oração neste sentido:
—Louvar a Deus pela permissão para construir concedida pelas autoridades.
—Precisamos, urgente de um arquiteto, aqui, que possa visitar o terreno e nos ajudar com a elaboração dos planos.
—Que Deus abençoe os trabalhos de construção!



Quando portas se fecham, Deus trabalha para abrir maiores

Porém, como chegamos ao momento certo de abrir a “Daaru Soppi bi”? Vocês lembram que dizemos que nosso trabalho com os pequenos taalibes foi a primeira fase deste projeto? Pois bem, foi justamente através deste trabalho que descobrimos que crianças da rua dormem na calçada da entrada do terminal de transporte terrestre. Foram os pequenos taalibes que nos revelaram a localização certa deles e quem nos ajudaram a distingui-los, pois taalibes e crianças da rua se confundem com facilidade. Aleluia por isto! Nós tínhamos pensado que aqui em Thies só existiam crianças taalibes (que por certo são muitas) e não crianças de rua. Chegamos a pensar que seria necessário ir atrás delas em outras cidades, porém grande foi a nossa surpresa ao descobrir que elas também se encontram aqui.
Agora, você deve estar se perguntando porque uma casa-abrigo para este tipo de crianças e não com os taalibes? Uma vez mais temos que voltar à questão do contexto afim de compreender. No Senegal, como em outros países onde se apresenta o fenômeno taalibe, estas crianças são quase que intocáveis devido ao fato de que os próprios pais as entregaram à esse sistema de formação islâmico. Nesse sistema é o marabu quem é reconhecido como tutor delas. No Senegal, um país 95% muçulmano, o marabu é a expressão viva dessa religiosidade. Tocar nos taalibes é tocar no marabu e conseqüentemente no Islam. Já com os faqmaan uma porta se abre devido a que eles não se encontram mais baixo o sistema da Daara. Tal situação permite que projetos como o nosso possam localizar os pais destas crianças afim de obter a autorização deles que nos permita ser reconhecidos como os verdadeiros tutores legais destas crianças. Aleluia! Há esperança para os pequeninos que se perdem nesta nação.
E também para os taalibes! Sim, embora seja limitada nossa ação no meio deles por causa da religião, o que conseguimos realizar no meio deles foi realmente maravilhoso. Passamos o filme Jesus na própria Daara! Isso foi histórico. Ouvir de Jesus dentro da própria Daara?! Inacreditável. Isso somente pode ter sido obra do Deus a quem servimos. Aleluia!
A maioria destas crianças já foram crianças taalibes que, devido aos maus tratos que receberam nas Daaras, terminaram fugindo delas para se refugiar na miséria das ruas. Aqui, no Senegal, estas crianças são conhecidas como faqmaan, nome pejorativo que é dado a estas por serem identificadas como crianças que romperam vínculo com a família e a sociedade (aqui o fugir da Daara para viver na rua é considerado degradante). E é este tipo de criança que nossa “Daaru Soppi bi” visa alcançar, transformar com o amor de Jesus aos desprezados e marginalizados.
Voltando à abertura da nossa “Daaru Soppi bi”, ore pelos contatos que já estão sendo feitos a várias semanas com as crianças faqmaan. Que Deus escolha os que farão parte do projeto e que abençoe ricamente nossa casa-abrigo. Ainda que há detalhes para serem arrumados nela. Ela está ficando linda!
Precisamos continuar. É verdade que reações tem surgido, pois o diabo não fica contente com tudo isto e procura de todas as maneiras deter o avanço do Evangelho. Lhes compartilho que o marabu mudou radicalmente de um momento a outro e não tem facilitado o trabalho de assistência entre os taalibes (café da manhã, assistência medica). Ore para que Deus nos fortaleça e nos conceda sabedoria neste sentido.

Avançando no terreno!


—Ore para que nosso testemunho nas aldeias se mantenha firme, precisamos de força e sabedoria.
—Ore pelo nosso testemunho no bairro onde moramos que Deus abençoe nossos contatos.
—Ore para que Deus nos permita também ser testemunhas no bairro onde se encontra a nossa Daaru Soppi bi. Que não só as crianças senão também os adultos conheçam o Evangelho.
—Ore agradecendo a Deus pela casa encontrada para a realização do projeto, pois ela é resposta de vários meses de oração.
—Ore agradecendo a Deus pela nossa família. É lindo ver como o David e o Caleb crescem no conhecimento do Senhor.

Pr. Luis Cóndor e família
operacao_atos1.8@hotmail.com
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terça-feira, 18 de outubro de 2011

O DESCANSO VERDADEIRO

Os judeus consideravam que os dias estabelecidos eram essenciais a adoração, destacando entre eles o dia de sábado, mas Cristo demonstrou que a verdadeira adoração só é possível através do poder de Deus, que é Cristo. Ele mudou a adoração que eram em dias específicos, semanas, luas, etc., para ser em todos os momentos e, o lugar deixou de ser apenas na cidade de Jerusalém para ser em todos os lugares, pois com a vinda do Messias as pessoas passaram a ser o sacrifício, o templo e a morada do espírito (1Co 3.16).

"Ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério; porém não quiseram ouvir" (Is 28.12)

Os seguidores de certos posicionamentos judaizantes geralmente fazem as seguintes perguntas a fim de confirmarem suas alegações acerca do sábado: Quem mudou o dia de adoração do sábado, o sétimo dia da semana, para o domingo, o primeiro dia da semana? Quando foi feita essa mudança? Será que Deus autorizou essa mudança?
Estas perguntas contêm certos elementos da doutrina judaizante, visto que buscam um retorno à lei mosaica e apresentavam a circuncisão e o sábado como elementos essenciais para o cristão ser salvo. Para os da circuncisão (judaizantes) o apóstolo Paulo apresentou a seguinte resposta: "Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne" (Fl 3.3).
Da resposta paulina temos dois conceitos:
A verdadeira circuncisão é servir a Deus em espírito, pois só serve a Deus os que foram submetidos à circuncisão de Cristo, que não é feita no prepúcio, antes se dá no coração, onde é lançado fora todo o corpo do pecado "No qual também estais circuncidados com a circuncisão não feita por mão no despojo do corpo dos pecados da carne, a circuncisão de Cristo" (Cl 2.11). Somente em Cristo o homem consegue cumprir a lei, pois somente através d’Ele é possível fazer a circuncisão sem o auxilio de mãos humana, a do coração "Circuncidai, pois, o prepúcio do vosso coração, e não mais endureçais a vossa cerviz" (Dt 10.16; Jr 4.4);
O cristão não se gloria do que é pertinente a carne (genealogia, circuncisão, nacionalidade, dias, festas, etc.), tais como ser descendente da carne de Abraão, ter sido circuncidado, participar das festas da lei, oferecer os sacrifícios segundo a lei, o descanso do corpo em dias específicos, etc.
Ou seja, o apóstolo Paulo deixa claro que o cristão não serve a Deus segundo a carne, mas em espírito. Mas, como se serve a Deus em espírito? Não há um lugar específico? Um dia propício para tal serviço?
Quando o homem vincula a adoração a objetos, dias, festas, sacrifícios, etc., é porque não sabe o que é adorar em espírito e nem com de estabeleceu a justiça de Deus. Adorar em espírito só é possível àqueles que nasceram de novo, ou seja, foram de novo gerados através da palavra de Deus, a semente incorruptível.
É através do evangelho, que é poder de Deus, que Deus estabelece a sua justiça, ou seja, Ele é quem justifica o homem com base no seu poder, que é o evangelho (Rm 1.16-17).
Cristo é Senhor do Sábado, o descanso verdadeiro, por quem os verdadeiros adoradores são gerados segundo o que o Pai procura. Todos que entram por Cristo não necessitam se preocupar com o lugar (Samaria ou Jerusalém), ou o com o tempo (dias) de adoração, pois Cristo é a posteridade prometida e, com o seu advento chegou a hora em que adoradores adorariam o Pai em verdade e em justiça "Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita; e foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro" (Gl 3.19); “Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.21 -24).
Jesus deixa claro à samaritana que estava ocorrendo uma mudança autorizada pelo Pai (Jo 4.23).
Na mudança estabelecida por Cristo, os dias de festas, luas novas, sábados, etc., deixaram de ter importância, o importante agora é ser uma nova criatura, visto que o que na antiga aliança parecia depender de lugar e de um tempo específico, Jesus demonstrou ser possível naquele exato momento e naquele lugar (Gl 6.15). A hora já chegou!
Os judeus consideravam que os dias estabelecidos eram essenciais a adoração, destacando entre eles o dia de sábado, mas Cristo demonstrou que a verdadeira adoração só é possível através do poder de Deus, que é Cristo. Ele mudou a adoração que eram em dias específicos, semanas, luas, etc., para ser em todos os momentos e, o lugar deixou de ser apenas na cidade de Jerusalém para ser em todos os lugares, pois com a vinda do Messias as pessoas passaram a ser o sacrifício, o templo e a morada do espírito (1Co 3.16).
Após a mudança instituída por Cristo não há que o homem reclamar de que não há tempo para adoração, com base no antigo argumento de que o local era longe ou que era necessário aguardar tempos específicos como dias, meses, luas novas, semanas, sábados, etc.
Antes do advento do Messias, o pecado era apenas coberto com sangue de animais, representado a futura obra de Deus, o transitório seria definitivamente substituído, pois somente o Cordeiro de Deus faria a obra perfeita: tirar o pecado do mundo.
Agora, na condição de templos, sacerdotes e sacrifícios vivos, os homens podem em todo momento e em qualquer lugar oferecerem sacrifícios de louvor que é o fruto dos lábios que professam a Cristo (Hb 13.15; Rm 12.1), pois são templo de Deus e possuem livre acesso ao trono da graça (1Pe 2.5 ; Hb 10.19).
O ritmo frenético do dia a dia não se constitui obstes em servir a Deus, pois agora já não se serve com base na velhice da letra, antes se serve a Deus através do conhecimento do Santo, que é Cristo (Rm 10.2; Pv 9.10).
Quando Jesus ofereceu descanso, alivio aos cansados e oprimidos não estava oferecendo solução para os problemas diários dos homens, pois a fatiga do dia a dia é pertinente a todos os homens em decorrência do julgamento que se deu no Éden. A existência terrena sempre será afadigada, pois assim determinou Deus, seria um contra senso o Filho que faz a vontade do Pai contrariá-lo (Gn 3.17). Se o homem esperar em Cristo por causa de questões pertinente a esta vida é o mais miserável dos homens, pois o trabalho e as aflições dele decorrentes foram estabelecidas por Deus (Ec 3.10); "Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens" (1Co 15.19).
Mas, o que Jesus ofereceu ao dizer: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” ( Mt 11.28 -30)? Ele ofereceu alivio para os que estavam sob o jugo do pecado, e descanso para os que levavam o fardo pesado da lei mosaica. Jesus veio salvar o que se havia perdido, e não conceder aos homens qualidade existencial.
Os problemas de família, trabalho, estresse, qualidade de alimentação, férias, etc., são questões que o homem pode e deve resolver, pois faz parte de sua disposição interna (vontade) e isto é de inteira competência dos homens, no entanto, a salvação da condenação do pecado que é impossível ao homem compete a Deus (Mt 19.26).
O alivio para os problemas diários também não está no sábado e nem no domingo, antes em seguir o alerta de Cristo: “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (Jo 16.33).
A ordem é clara: "Não pergunteis, pois, que haveis de comer, ou que haveis de beber, e não andeis inquietos" (Lc 12.29), pois: ”Mas é grande ganho a piedade com contentamento. Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes” (1Tm 6.6-8).
O descanso prometido aos cansados e oprimidos é para que o homem venha alimentar-se de Cristo, pois é Ele quem dá a vida eterna (Jo 6.57). Após ser participante da carne e do sangue, o homem permanece em Cristo e Cristo e o Pai no homem (Jo 15.4-5).
Os judaizantes apregoavam o sábado como o dia do 'descanso' que a lei fazia referencia dizendo que Deus descansou neste dia (Gn 1.31), porém, Jesus é claro ao dizer que o seu Pai trabalha até agora, e Ele também, o que demonstra que os sábados pertinentes aos dias da semana é uma alegoria para Cristo, o descanso dos cansados e oprimidos (Jo 5.17).
Ora, Cristo, o criador dos céus e da terra (Jo 1.3; Cl 1.16), após ter criado todas as coisas até o sexto dia, no sétimo descansou, porém, o Gênesis só fez referência a ordem natural deste mundo que são visíveis aos olhos do homem (primeira criação), ou seja, refere-se as coisas que não são eternas "E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o sexto dia. Assim, foram concluídos os céus, e a terra, e tudo o que neles há. No sétimo dia, Deus já havia concluído a obra que realizara, e nesse dia descansou. Abençoou Deus o sétimo dia e o santificou, porque nele descansou de toda a obra que realizara na criação" (Gn 1.31; Gn 2.3).
No sétimo dia Cristo descansou, no sentido de concluir, as obras pertinentes ao mundo dos homens, contudo, Ele e o Pai continuaram a trabalhar com vista aos bens futuros, aquilo que os olhos não viram e nem subiram ao coração do homem "Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam" (1Co 2.9); "Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação" (Hb 9.11).
O fato de ter sido registrado que no sétimo dia Cristo descansou, não é porque Ele tenha se cansado como se necessitasse de folga ou se dormir (Sl 121.1), antes tem por objetivo alertar os homens que há um descanso e o descanso é Cristo.
Quando se utiliza Êxodo 20, verso 11 para dizer que o homem é abençoado por guardar o sétimo dia da semana, esquecem-se de considerar que descansou (concluiu) no sétimo dia foi aquele que criou todas as coisas, e não os homens. Quem descansou de tudo o que fizera foi Deus, e não os homens, como se lê: “Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou” (Ex 20.11; Ex 31.17).
Por que inicialmente Deus separou o dia do sábado dos outros dias? Para lhes servir de memorial de que é Deus quem dá descanso "Lembrai-vos da palavra que vos mandou Moisés, o servo do SENHOR, dizendo: O SENHOR vosso Deus vos dá descanso, e vos dá esta terra" (Js 1.13 ). Mas, como não quiseram ouvir e descansar em Deus "Porque o Egito os ajudará em vão, e para nenhum fim; por isso clamei acerca disto: No estarem quietos será a sua força" (Is 30.7).
Enquanto na palavra de Deus há benção, pois de tudo que sai da boca de Deus viverá o homem (Dt 8.3), na ordenança da guarda do sábado havia uma maldição "Seis dias se trabalhará, porém o sétimo dia é o sábado do descanso, santo ao SENHOR; qualquer que no dia do sábado fizer algum trabalho, certamente morrerá" (Êx 31.15). Qualquer do povo que ouvisse (crer) a palavra de Deus viveria, o que significa que estavam mortos em delitos e pecados. Com o advento da lei, além de estarem separados de Deus, alienados, mortos, caso não descansasse no sétimo dia da semana, os filhos de Jacó sofreriam uma pena física: morte física.
Deus queira dar-lhes a entender que, se cressem entrariam no descanso prometido “Porque até agora não entrastes no descanso e na herança que vos dá o SENHOR vosso Deus. Mas passareis o Jordão, e habitareis na terra que vos fará herdar o SENHOR vosso Deus; e vos dará repouso de todos os vossos inimigos em redor, e morareis seguros” (Dt 12.9-10), mas como se desviaram de obedecê-lo, na sua ira Ele jurou que o povo de Israel não entraria no seu descanso (Hb 4.1).
Assim como todas as coisas que foram postas no tabernáculo são figuras, o sábado também foi utilizado como figura para demonstrar que quem não crer não tem vida. Embora alertado de que Deus não os aceitava e que as suas festas, sábados, etc. eram insuportáveis, o povo continuava a 'servir' as alegorias e não a Deus "Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e as luas novas, e os sábados, e a convocação das assembleias; não posso suportar iniquidade, nem mesmo a reunião solene. As vossas luas novas, e as vossas solenidades, a minha alma as odeia; já me são pesadas; já estou cansado de as sofrer" (Is 1.13-14).
Mas, os cristãos por terem crido em Cristo já entraram no descanso prometido (Hb 4.3), pois estão assentados nas regiões celestiais em Cristo (Ef 2.6). Por que os cristãos já entraram no descanso? Porque foram vivificados com Cristo, ou seja, ressurgiram com Ele, portanto, estão descansados (Ef 2.5; Co 3.1).
Portanto, todas as vezes que um cristão olha para a lei e os seus mandamentos, tem que considerar que tudo foi nos deixado como exemplo (1Co 10.11), e não como imposição “Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da prostituição, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá” (At 15.28-29), mas qualquer que se propõe guardar qualquer quesito da lei, se obriga a guardar toda a lei "E de novo protesto a todo o homem, que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei" (Gl 5.3).
O cristão deve analisar algumas passagens bíblicas com critério, visto que os seguidores das premissas judaizantes utilizam alguns versos para impor uma pratica que não é salutar à igreja de Cristo. Por exemplo, citam Lucas 4, verso 16 para dizer que Cristo utilizava o sábado para adorar a Deus, porém, o texto quer demonstrar somente que, era prática dele ensinar nas sinagogas (Lc 4.15) e, que certa feita, foi num sábado a uma sinagoga de Nazaré (Lc 4.16). Por que será? Não seria pelo fato de os judeus frequentarem a sinagoga no sábado? Por certo que ele ia às sinagogas no sábado porque os judeus frequentavam o templo no sábado.
Uma coisa é certa: segundo a visão distorcida dos fariseus, os discípulos de Cristo faziam o que era vetado no sábado e, Jesus recriminou os fariseus ao orienta-lós a aprenderem o significado de 'misericórdia quero, e não sacrifícios' (Mt 12.7). Ou seja, Eles tinham que aprender que Deus busca o amor dos homens (Os 6.6), e não sacrifícios como prática de restrições no dia de sábados. Neste texto Jesus demonstra que o sábado é um mero sacrifício e, o Senhor que dá descanso espera somente que O amem (Os 6.4).
Foi neste contexto que Jesus salientou que o descanso de Deus foi providenciado por causa da necessidade dos homens em serem salvos (Mc 2.27). Observe que se faz referencia ao sábado no singular, ou seja, o descanso prometido, que é Cristo, e não aos sábados semanais.
Foi quando Jesus fez referencia a si mesmo como o Filho do homem, pois é Senhor dos homens e, até mesmo dos sábados (Mc 2.28).
Como Jesus e seus discípulos não guardavam as mesmas práticas dos fariseus, tentam a Cristo perguntando: “É licito curar no sábado?” (Mt 12.10). E, novamente Jesus curou no sábado.
Os acusadores de Cristo eram exímios guardadores da lei, porém, mesmo guardando o sábado Jesus os recriminou dizendo: “Não vos deu Moisés a lei? e nenhum de vós observa a lei. Por que procurais matar-me?” (Jo 7.19).
Portanto, qualquer ordenança para que se busque a Deus através de dias é um argumento fraco e pobre, pois tal pratica leva o homem somente a servi-las, e não a Deus, pois a Ele só é possível servir em espírito e em verdade “Mas agora, conhecendo a Deus, ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir? Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. Receio de vós, que não haja trabalhado em vão para convosco” (Cl 4.9 -11), pois a lei cumpres-se em um só mandamento "Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo" (Gl 5.14), e a salvação em crer que Cristo é o Filho de Deus (Jo 3.23).

sábado, 15 de outubro de 2011

MENTES PERIGOSAS

Vitória sobre o Mundo


O bom ânimo é uma ordem de Cristo, e está deve ser uma das características dos cristãos neste mundo. Aqueles que crêem em Cristo não devem estar turbados (Jo 14:1). As aflições deste mundo presente são certas, porém, elas não são para se comparar com a glória do mundo vindouro, do qual você é participante (...) Você já aprendeu que faz parte da família de Deus e que é pleno (cheio) do Espírito, porém, mesmo pertencendo à família de Deus você é passível de sofrer os revezes pertinentes a esta vida. Resta a pergunta: Se na posição de filho de Deus você continuará enfrentado os mesmos reveses que afeta a humanidade sem Deus, em que você é mais que vencedor? No que consiste a vitória do cristão? Saiba porque o bom ânimo é uma ordem de Cristo e uma das características daqueles que nele crê.
Recapitulando: Você foi gerado de novo, e agora faz parte da família de Deus na condição de filho, porém, é da vontade d'Ele que você não seja tirado do mundo "Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal" (Jo 17:15). Diante deste mundo a ordem de Cristo é clara: tende bom ânimo, Eu venci o mundo! (Jo 16:36).
Sabemos que "Deus amou o mundo de tal maneira que enviou o seu Filho unigênito..." (Jo 3:16), para que todo aquele que cresse em Cristo não perecesse e obtivesse a vida eterna. Que mundo Deus amou? Deus amou a humanidade, ou seja, Deus amou sem distinção alguma todos os homens nascidos de Adão (humanidade=mundo).
Você era uma das pessoas que Deus amou de tal maneira, e Cristo foi entregue para que você não perecesse, pois este seria o fim da humanidade, por causa da semente corruptível de Adão.
Agora, por estar em Cristo, você não mais faz parte da humanidade que está perdida "Eles não são do mundo, como eu do mundo não sou" (Jo 17:16). Deus amou todos os homens, e aqueles que creram foram criados novamente na condição de homens espirituais, e deixaram de pertencer ao mundo de Adão.
Você creu, nasceu de novo e passou a ser participante da natureza e família de Deus. Deixou de ser filho de Adão e passou a ser filho de Deus em Cristo (o último Adão), homem espiritual.
Cristo, antes de ser crucificado, orou ao Pai dizendo: "Não peço que os tires do mundo, mas que os guarde do mal" (Jo 17:15). Ou seja, Jesus estava prestes a ser tirado deste mundo, porém, os que nele creram não seriam tirados deste mundo. Isso demostra que, apesar de você ainda não ter sido tirado deste mundo, não mais pertence a ele (o mundo).
Você é propriedade exclusiva de Deus, selado com o Espírito Santo que fora prometido: "... o qual é a garantia da nossa herança, para redenção da propriedade de Deus, em louvor da sua glória" (Ef 1:14).
Embora ainda não tenha sido tirado do mundo, você já escapou da corrupção que nele há "Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo" (2Pe 1:4).
Tendo sempre na memória "... que somos de Deus, e que o mundo jaz no maligno" (1Jo 5:19).
Jesus pediu ao Pai para que você não fosse tirado do mundo e que fosse guardado livre do mal. Desta forma, confie também que é Jesus quem te guarda intocado do maligno (1Jo 5:18).
Jesus venceu o mundo e você é participante desta vitória. Porém, isto não significa que, enquanto estiver neste mundo você é imune às aflições "Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo" (Jo 16:33).
O bom ânimo é uma ordem de Cristo e esta deve ser uma das características daqueles que n’Ele crê. Aqueles que crêem em Cristo não devem ficar turbados quando se depararem com problemas desta vida (Jo 14:1). As aflições deste mundo são certas, porém, elas nem de longe são comparáveis com a glória do mundo vindouro, do qual você é participante.
Você venceu o mundo quando passou a pertencer a família de Deus "Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo" (1Jo 4:4).
Você é mais que vencedor por aquele que te amou! (Rm 8:37)
Porém, há uma mensagem de alerta: "Não ameis o mundo, nem o que há no mundo..." (1Jo 2:15). Sabemos que Cristo é a propiciação pelos pecados do mundo todo, quem O aceita é porque O ama e ama aquele que O gerou.
Quem crê em Cristo faz a vontade de Deus, é o mesmo que amar a Deus. Quem ama a Deus não ama o mundo e nem pertence ao mundo, ou seja, por ter feito a vontade de Deus, que é crer naquele que Ele enviou, você não ama o mundo. Mas, aos que não amam o mundo (os que crêem em Cristo), resta não amar o que há no mundo.
Para não amar o que há no mundo você deve acatar a recomendação de Paulo: "E os que usam deste mundo, como se dele não abusassem, porque a aparência deste mundo passa" (1Co 7:31). "Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência..." (1Jo 2:17), mas você permanecerá para sempre com Cristo.
Ao nascer de Deus você venceu o mundo e passou a viver em Espírito. Por isso, aquele que vive no Espírito, deve também andar em Espírito "Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé" (1Jo 5:4).
Você tem fé (descansa) em Deus, e por isto, já venceu o mundo. Tal vitória foi concedida através do evangelho de Cristo, a fé que vence o mundo. Agora, resta a você andar entre os homens de modo digno da vocação que foste chamado. Ou seja, não andar (comportar-se) mais como andam os outros gentios, cometendo toda sorte de dissolução e torpezas (Ef 4:1 e 17).

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Nem os ‘loucos’ errarão o caminho

Muitos se dizem cheios do Espírito, mas se fosse verdade, seriam capazes de compreender e interpretar as Escrituras (Salmos, Profetas e a Lei) do mesmo modo que o apóstolo Pedro, que após ser revestido de poder, anunciou Cristo aos seus compatriotas utilizando-se dos salmos (At 2.30-35).

“E ali haverá uma estrada, um caminho, que se chamará o caminho santo; o imundo não passará por ele, mas será para aqueles; os caminhantes, até mesmo os loucos, não errarão” (Is 35.8)

Há uma onda crescente de cristão se auto intitulando ‘loucos’ por Cristo. É coerente esta atitude à luz das escrituras?
O apóstolo Paulo argumentou que o mundo não conheceu a Deus por sua própria sabedoria (Jo 1.10); (ICo 1.21), pois para os judeus Jesus era escândalo e, para os gregos, loucura (1Co 1.23). Porém, o fato é que Jesus é poder e sabedoria de Deus, sendo que, o que os homens ignorantes denominam ‘loucura’ é muito mais sábio que a sabedoria dos homens (1Co 1.25).

Para os que perecem a palavra da cruz de Cristo é loucura, mas para os que creem, poder de Deus (1Co 1.18). Diante do evangelho de Cristo, o sábio, o escriba e o inquiridor deste século, tiveram a sua sabedoria e inteligência destruídas, visto que Deus salva os crentes pela pregação, a qual os sábios e escribas chamam de loucura "Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente" (1Co 2.14).
Certa feita o apóstolo Paulo disse que os apóstolos eram loucos por amor a Cristo (1Co 4.10), e de modo irônico, evidenciou como prova o fato de os apóstolos não serem sagazes como eram alguns dos seus interlocutores, visto que alguns cristão se diziam fortes, ilustres, nobres, enquanto os apóstolos eram fracos, vis, desprezíveis (1Co 4.10).
Diferente de muitos, os apóstolos sofriam fome, sede, nudez, injurias e não possuiam pousada certa. Além de se deixarem gastar em prol do evangelho, se fatigavam no trabalho diário e, quando injuriados, bendiziam; se eram perseguidos, resignavam-se em sofrer; quando difamados, consolavam. Atitudes como estas ou é demonstração de amor por Cristo, ou desvairo (1Co 4.10-13).
O termo ‘loucura’ foi utilizado para expressar o grau de comprometimento que os apóstolos tinham ao servir a Deus, porém, apesar da aparente loucura para os que estavam de fora, eles conservavam o juízo em função dos cristãos, visto que o amor de Cristo os constrangia "Porque, se enlouquecemos, é para Deus; e, se conservamos o juízo, é para vós" (2Co 5.13).
Poucos querem sofrer as agruras que os apóstolos suportaram por causa do evangelho, porém, querem gloriar-se quando se apresentam como ‘loucos’ (2Co 5.12).
Os erros, as incoerências, as discrepâncias, as falsas doutrinas, etc., decorrem da má interpretação que fazem da bíblia. E, tanto mais a passagem bíblica é citada, quanto mais é divorciada do seu contexto.
Há muitos que dispõe de uma facilidade sobrenatural em citar as escrituras fora do contexto, a exemplo do que fazem com as frases seguintes: ‘E um ao outro ajudou e ao seu companheiro diz esforça-te’; ‘maldito o homem que confia no homem’; ‘a letra mata, mas o espírito vivifica’, ou ‘nem os loucos errarão o caminho’, etc.
Quem são os loucos que não errarão o caminho? Qual é a loucura em questão? Que dizer da citação de Isaias 38, verso 8: “E ali haverá uma estrada, um caminho, que se chamará o caminho santo; o imundo não passará por ele, mas será para aqueles; os caminhantes, até mesmo os loucos, não errarão” (Is 35.8). As respostas para estas questões devem ser fornecidas pela bíblia. Não podemos aquiescer de uma resposta fora das Escrituras.
O termo hebraico traduzido por ‘louco’ no verso em comento diz de estultícies, imprudência, daquele que é avesso à prudência, ao entendimento, ou seja, não diz do resultado da doença mental, a insânia.
É renitente os profetas de Deus definirem o povo de Israel de estultos por causa da teimosia e rebeldia.
Dentre eles, vaticinou o profeta Jeremias que havia loucura nos profetas, pois não foram enviados por Deus (Jr 23.21). Os profetas falavam segundo a imaginação de suas mentes (Jr 23.26), engendravam e anunciavam mentiras segundo os seus corações "Nos profetas de Samaria bem vi loucura; profetizavam da parte de Baal, e faziam errar o meu povo Israel (...) Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras dos profetas, que entre vós profetizam; fazem-vos desvanecer; falam da visão do seu coração, não da boca do SENHOR" (Jr 23.13 e 16).
O profeta Isaías demonstra que Deus mesmo transtornava os inventores de mentiras, convertendo em loucura a sabedoria deles "Que desfaço os sinais dos inventores de mentiras, e enlouqueço os adivinhos; que faço tornar atrás os sábios, e converto em loucura o conhecimento deles" (Is 44.25).
O salmista também fez referência aos loucos: “DISSE o néscio no seu coração...” (Sl 53.1). Num primeiro momento poderia se imaginar que os néscios são os ateus, porém, o contexto diz de pessoas que se alimentavam do povo de Deus como se fossem pão. Este salmo aponta como néscios os lideres de Israel, pois embora tivessem contato com a verdade, cometiam a loucura de negligenciá-la “Acaso não têm conhecimento os que praticam a iniquidade, os quais comem o meu povo como se comessem pão? Eles não invocaram a Deus” (Sl 53.4).
O apóstolo Paulo após citar o Salmo 53 para demonstrar que tanto judeus quanto gentios estão debaixo do pecado (Rm 3.9) concluiu dizendo que ‘tudo o que a lei diz, diz aos que estavam sob a lei’, para que os judaizantes entendessem que os judeus também se desviaram e não buscavam a Deus "Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus" (Rm 3.19).
Neste sentido, vários salmos protestavam contra o povo de Israel rotulando-os de loucos: "Disse eu aos loucos: Não enlouqueçais, e aos ímpios: Não levanteis a fronte" (Sl 75.4); "O homem brutal não conhece, nem o louco entende isto" (Sl 92.6); "Atendei, ó brutais dentre o povo; e vós, loucos, quando sereis sábios?" (Sl 94.8).
O profeta Jeremias não passou vontade de chamá-los de loucos: "Deveras o meu povo está louco, já não me conhece; são filhos néscios, e não entendidos; são sábios para fazer mal, mas não sabem fazer o bem" (Jr 4.22); "Eu, porém, disse: Deveras estes são pobres; são loucos, pois não sabem o caminho do SENHOR, nem o juízo do seu Deus" (Jr 5.4); "Mas eles todos se embruteceram e tornaram-se loucos; ensino de vaidade é o madeiro" (Jr 10.8).
Porém, em certas profecias Deus promete que chagaria um tempo de refrigério para o povo de Israel. Neste dia ‘nem os loucos errarão o caminho’, ou seja, nem o povo que era cego e surdo, que era contumaz em desviar-se do caminho do Senhor, indo após os seus próprios pensamentos, hão de errar caminho! (Is 65.2 ; Is 59.10).
A passagem bíblica de Isaías 35 faz referencia à restauração de Israel, tempo em que nem o povo que é de dura cervis se desviará do Senhor "Disse mais o SENHOR a Moisés: Tenho visto a este povo, e eis que é povo de dura cerviz" (Êx 32.9).
Os ‘loucos’ que não errarão o caminho diz do povo de Israel. O termo ‘louco’ refere-se a estultícia de Israel, das falsas esperanças dos imprudentes que não se firmavam em Deus, pois tinham contato com a verdade, mas preferiam a mentira. Seguiam os desvarios dos seus corações e as instruções errôneas dos videntes e sacerdotes que também profetizavam segundo os seus corações corrompidos.
Eles nunca mais errarão o caminho porque deixarão de ser guiados pelos seus profetas mentirosos "Assim diz o Senhor DEUS: Ai dos profetas loucos, que seguem o seu próprio espírito e que nada viram!" (Ez 13.3); "Chegarão os dias da punição, chegarão os dias da retribuição; Israel o saberá; o profeta é um insensato, o homem de espírito é um louco; por causa da abundância da tua iniquidade também haverá grande ódio" (Os 9.7).
Dos videntes e dos sacerdotes Deus sempre dizia: "Porquanto fizeram loucura em Israel, e cometeram adultério com as mulheres dos seus vizinhos, e anunciaram falsamente, em meu nome uma palavra, que não lhes mandei, e eu o sei e sou testemunha disso, diz o SENHOR" (Jr 29.23).
A ‘loucura’ dos ‘loucos’ de Israel estava em juntamente seguirem o que Deus não ordenara e, anunciarem o que Deus não dissera. Este era o adultério que Deus condenava veementemente. Observe que a mulher estranha utiliza-se das suas palavras para fazer com que o povo se desviasse da aliança de Deus “Para te afastar da mulher estranha, sim da estranha que lisonjeia com suas palavras; Que deixa o guia da sua mocidade e se esquece da aliança do seu Deus” (Pv 2.16 -17).
Por interpretar estas passagens do ponto de vista moral e comportamental, o povo de Israel distinguia-se dos outros povos pela sua elevada religiosidade e moralidade, porém, honravam a Deus só com mandamento de homem, mas estavam longe da sua palavra "Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído" (Is 29.13); "Ouvi-me, ó duros de coração, os que estais longe da justiça" (Is 46.12).
Eles eram loucos porque estavam em um caminhos que os conduzia à destruição. O caminho deles era segundo a estultícia deles, porém, os filhos seguiam as palavras de seus pais e se sujeitavam ao mesmo caminho e perdição "Este caminho deles é a sua loucura; contudo a sua posteridade aprova as suas palavras" (Sl 49.13).
Bastava dar ouvidos à palavra do Senhor que deixariam de ser loucos e alcançariam a salvação de Deus "Escutarei o que Deus, o SENHOR, falar; porque falará de paz ao seu povo, e aos santos, para que não voltem à loucura" (Sl 85.8).
É por causa desta realidade que Jesus nomeia os fariseus, escribas, saduceus e o povo de loucos, néscios "Loucos! Quem fez o exterior não fez também o interior?" (Lc 11.40). Com esta atitude, além de repreender seus interlocutores, Cristo estava se identificando como a autoridade que falou por intermédio do profetas. Pois enquanto os profetas falavam em nome do Senhor, Cristo diretamente nomeava os líderes religiosos de loucos "Insensatos e cegos! Pois qual é maior: o ouro, ou o templo, que santifica o ouro?" (Mt 23.17).
Até mesmo os dois discípulos que estavam no caminho de Emaús, por não crerem em tudo oque os profetas disseram, foram chamados de loucos "E ele lhes disse: Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!" (Lc 24.25).
O apóstolo Paulo deixa claro que os líderes de Israel eram instrutores dos néscios e, que os cristãos não deviam portar como os judeus, que eram faltos de entendimento do Espírito "Instrutor dos néscios, mestre de crianças, que tens a forma da ciência e da verdade na lei" (Rm 2.20); "Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios" (Ef 5.15).
Jesus chamou o povo de raça de víboras, devido ao vinho da qual era participante “O seu vinho é ardente veneno de serpentes, e peçonha cruel de víboras” (Dt 32.33). Como o caminho que estavam era de destruição, Deus antecipadamente já os nomeava de Sodoma e de Gomorra, pois o juízo já estava estabelecido "Eu vos digo, porém, que haverá menos rigor para os de Sodoma, no dia do juízo, do que para ti" (Mt 11.24); "Ouvi a palavra do SENHOR, vós poderosos de Sodoma; dai ouvidos à lei do nosso Deus, ó povo de Gomorra" (Is 1.10); "Mas nos profetas de Jerusalém vejo uma coisa horrenda: cometem adultérios, e andam com falsidade, e fortalecem as mãos dos malfeitores, para que não se convertam da sua maldade; eles têm-se tornado para mim como Sodoma, e os seus moradores como Gomorra" (Jr 23.14).
O erro persiste, pois muitos hoje se dizem cheios do Espírito, profetizam, operam sinais e maravilhas, orientam seus seguidores a serem cheios do Espírito, no entanto, não conseguem discernir que o vinho que o apóstolo Paulo veta aos cristãos diz do vinho profetizado por Moisés, vinho que um povo louco era participante: “Recompensais assim ao SENHOR, povo louco e ignorante? Não é ele teu pai que te adquiriu, te fez e te estabeleceu? (...) Porque são gente falta de conselhos, e neles não há entendimento. Quem dera eles fossem sábios! Que isto entendessem, e atentassem para o seu fim! (...) Porque a sua vinha é a vinha de Sodoma e dos campos de Gomorra; as suas uvas são uvas venenosas, cachos amargos têm. O seu vinho é ardente veneno de serpentes, e peçonha cruel de víboras” (Dt 32.6 ; 28 -29 e 32- 33).
Deste vinho também disse o profeta Isaías: "Mas também estes erram por causa do vinho, e com a bebida forte se desencaminham; até o sacerdote e o profeta erram por causa da bebida forte; são absorvidos pelo vinho; desencaminham-se por causa da bebida forte; andam errados na visão e tropeçam no juízo (...) Tardai, e maravilhai-vos, folgai, e clamai; bêbados estão, mas não de vinho, andam titubeando, mas não de bebida forte" (Is 29.7 e 9).
Em nossos dias muitos se dizem cheios do Espírito, mas se fosse verdade, seriam capazes de compreender e interpretar as Escrituras (Salmos, Profetas e a Lei) do mesmo modo que o apóstolo Pedro, que após ser revestido de poder, anunciou Cristo aos seus compatriotas utilizando-se dos salmos (At 2.30 -35).
Não é possível estarem cheios do poder e desconhecer que o vinho da contenda diz da doutrina dos ‘loucos’ (Ef 5.18). É impossível ‘nadar’ no Espírito e desconhecer que os sensuais, carnais e que causam dissensão, contenta, são os que não têm o Espírito que vivifica (Jd 1.19). Ou pior, desconhecer que a ‘letra’ que mata diz da doutrina dos ‘loucos’, do vinho da contenda, da instrução dos carnais que se baseiam na velhice da antiga aliança e não no evangelho (2Co 3.6).

"O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica" (2Co 3.6);

"O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida" (Jo 6.63).

Qualquer que não reconhece que o Espírito que vivifica diz de Cristo, o poder de Deus, o Verbo encarnado, o Espírito de profecia, a palavra que procede da boca de Deus, a fé foi manifesta, etc. (Dt 8.3; Hc 2.4; Is 55.3; Gl 3.23; Ap 19.10), não é de Cristo, ainda que possua aparência de santidade, humildade e de culto aos anjos (Cl 2.23).
Como alguém cheio do Espírito, visto que ser cheio (pleno) do Espírito é o mesmo que ter a palavra de Deus habitando abundantemente o seu ser (Cl 3.16; Ef 5.18-19; Ef 3.19), desconhece que as palavras de Cristo é o Espírito que vivifica? "O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida" (Jo 6.63).
As pessoas que comparam comportamento com comportamento e pessoas com pessoas, desconhecem que comparar coisas espirituais com as espirituais significa comparar as palavras de Cristo, que é Espírito, com a palavra dos profetas, porque o Espírito de profecia, que é Cristo, falava através dos profetas (1Co 2.13; 1Pe 1.11).
O que aprenderam do Espírito Santo? Com pode o Espírito de Deus estar neles se não compreendem as escrituras? “Porque não sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós” (Mt 10.20; "Mas, quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir" (Jo 16.13).
Será que aprenderam do Espírito Santo que o homem maldito não é o que confia no seu próximo, antes aquele que confia em si mesmo? Será que não percebem que o homem que confia na força do seu braço e rejeita a força, a salvação, do Senhor diz dos loucos de Israel? (Jr 17.5; Pv 6.16 e 19).
Nada aprenderam do Espírito, visto que não seguem a recomendação de não ir além do que está escrito (1Co 4.6). Vão de mal a pior, pois seguem o desvario de suas mentes carnais, uma vez que estão ‘inchados’ em sua carnal compreensão (Cl 2.18).
Por causa destes erros é que o apóstolo João alertou: “AMADOS, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1Jo 4.1).
Após observamos que o termo ‘louco’ aplica-se aos judeus pela sua estultice em rejeitar a palavra de Deus, conclui-se que não é coerente um cristão se auto intitular louco, pois o apóstolo Paulo dá orientações aos cristãos para que evitassem comportamentos que levassem a tal impressão por partes dos não crentes "Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos?" (1Co 14.23).