Defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia; mas o Espírito de Jesus não o permitiu. (At. 16.7)
Que estranha proibição! Aqueles homens iam para Bitínia exatamente para fazer a obra de Cristo, e a porta foi fechada diante deles pelo próprio Espírito de Cristo. Eu também já experimentei isto em certas ocasiões. Já me vi algumas vezes sendo obrigado a interromper uma carreira que me parecia útil e abençoada. Veio oposição e me forçou a voltar para trás; ou doença, e me impeliu a retirar-me para um deserto à parte.
Foi difícil, nessas ocasiões, deixar incompleto um trabalho, que eu acreditava ser uma obra do Espírito. Mas vim a me lembrar de que o Espírito não tem somente serviços de atividade, mas também serviços de espera. Comecei a ver que no reino de Cristo não há somente momentos de ação, mas ocasiões em que se proíbe a ação.
Vim a aprender que o lugar deserto à parte é muitas vezes o lugar de maior utilidade na variada vida humana: mais rico em colheita do que as estações em que o trigo e o vinho foram abundantes. Tenho tido que agradecer ao bendito Espírito o fato de ter sido impedido de visitar muitas e estimadas Bitínias.
Assim, Espírito Santo, quero continuar a ser dirigido por Ti, ainda que venham desapontamentos em planos que me pareçam de utilidade. Hoje a porta parece estar aberta para viver e trabalhar para Ti; amanhã, ela se fecha diante de mim exatamente quando estou para entrar por ela. Ensina-me a ver outra porta, no próprio fato de ficar parado.
Ajuda-me a achar na proibição de Te servir ali, uma nova área de serviço. Inspira-me com o conhecimento de que um homem pode, às vezes, ser chamado a fazer o seu dever, não fazendo nada; a trabalhar, ficando quieto; a servir, pela espera. Se me lembrar de quanto poder há na "voz mansa e delicada", não me queixarei se às vezes essa mesma voz, a voz do Espírito, me disser: Não, não vá. — George Matheson
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