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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

DEUS E O CASAMENTO

“Se Jeová não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam” (Salmos 127.1).

Realmente não há possibilidade de se estabelecer um casamento nas bases de Deus, se não sabemos o que é que o arquiteto tem para dizer acerca de pedir. Se queremos entender o plano de Deus para a família, devemos começar pelo segundo capítulo de gênesis. Ali encontraremos os detalhes sobre a instrução da primeira família (veja Gênesis 2.18-32).

A Solução da solidão

A criação do homem e a instituição da família ocorreram no sexto dia da semana da criação. A Palavra de Deus nos diz que no sétimo dia Ele descansou de toda obra que fizera. Mas, antes de descansar, “viu que tudo o que havia feito, e eis que era muito bom” (Gênesis 1.31). Contudo, em Gênesis 2.18, vamos encontrar o primeiro “não é bom”. Deus declara que não é bom que o homem esteja só. Creio que quando Deus disse isto, Adão gritou: “Amém, Senhor!”.
O casamento foi instituído por Deus para resolver o primeiro problema da raça humana: “A Solidão!” Imagine Adão em um ambiente perfeito, mas solitário. Ele teria perfeita comunhão com Deus e a companhia dos animais e das aves. Mas, a Bíblia nos diz: “Mas para Adão não se achou adjutora que estivesse como diante dele”. (Gênesis 2.20) Então o Criador tomou a iniciativa de solucionar o problema, criando outro ser semelhante ao homem, ainda que muito diferente deste.
Olhe o primeiro título que Deus deu a mulher foi “ajudadora”, pois esta é sua função básica. Esta palavra comunica a ideia de alguém que complementa outra pessoa, isto é, Eva seria absolutamente necessária para a realização total de Adão. E Deus une, “que lhe fora idônea”, isto é, alguém completamente adequado física, emocional, intelectual e espiritualmente para o homem.
Eva foi criada para ser a parte que faltava na existência da origem de Adão. O casamento começou a partir de uma necessidade básica de companheirismo e complementação. No plano de Deus o casamento foi instituído para que as duas pessoas possam viver completando um ao outro. Logo, quando vocês estão suprindo as necessidades físicas, emocionais, intelectuais e espirituais de seu conjugue estão sendo um. E quando não supres a necessidade de seu conjugue está só, como se fosse solteiro.
No versículo 22 de Gênesis 2, vemos como foi formada a mulher. O Senhor fez da costela de Adão uma linda mulher – uma companheira criada especialmente por Deus para o homem.
É interessante notar que a mulher foi tirada do lado de Adão, ou seja, de sua costela, para revelar sua dependência do homem. Ela não foi tirada da cabeça pois não é sua função dominá-lo; nem de seu pé pois não foi criada para ser pisada por ele, mas de seu lado, de sua costela, para revelar a responsabilidade e dever de marido em protegê-la e cuidá-la.

Uma só carne

Afim de que em nossos próprios matrimônios possamos compreender o significado do conceito de uma só carne, necessitamos compreender o plano original de Deus para o matrimônio quando Ele estabeleceu esta relação no jardim do Éden. O quadro do matrimônio segundo o propósito original de Deus se encontra em Gênesis capítulos 1 e 2. Deus criou à sua própria imagem e semelhança (Gênesis 1. 27). Adão estava integralmente realizado, contendo dentro de si mesmo todos os atributos que agora conhecemos como masculino e feminino (Gênesis 2.27; 5.2). Depois Deus pôs Adão em um sono profundo e tirou de uma costela ou “câmara” em Hebreu. Este vocábulo indica uma capacidade ou recipiente (Gênesis 2.21,22). Desta capacidade, Deus formou uma mulher e apresentou-os a ambos. Porém, agora eram DUAS pessoas, que juntas se fizeram UMA só, na qual Deus seguiu chamando Adão (Gênesis 5.2). Foi Adão quem chamou a sua esposa Eva. Ou seja, foi Adão que lhe deu o seu nome (Gênesis 3.20).
Adão e sua mulher foram criados para se complementarem e realizarem um ao outro.Gênesis 2. 18 diz que Eva era uma ajudadora idônea para seu marido. A expressão ajudadora idônea representa um auxílio ou ajuda, e deriva de uma raiz Hebreia que significa “rodear”. Juntos se fortaleceram e criaram uma unidade mais forte que qualquer um dos dois seriam individualmente, em uma forma muito parecida de quando os metais se combinam para formar uma reação mais forte. Posto que teriam a mesma natureza de Deus, era natural para eles serem amorosos e dadivosos um com o outro. O resultado de duas pessoas que se dão ativamente um ao outro, preferindo completamente ao outro, é a integridade e unidade da vida em uma só carne.

O Homem e a Mulher

A palavra “ishah” em Hebreu significa “mulher”, enquanto “ish” quer dizer “homem”. Alguém comentou que quando Adão viu a mulher que Deus havia criado para ele, então exclamou: ah!. Assim a palavra “ishah” pode indicar que a mulher se origina do homem, depende dele e o complemento.
Vemos que com as três palavrinhas de Gênesis 3.22 “e lhe trago”, temos o casamento. Foi Deus quem instituiu a família e foi Ele quem fez o primeiro casamento no o horto do Éden. E quando Adão viu sua noiva, disse: “Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne”. Estas palavras na língua original comunicam uma tremenda expressão de êxtase e alegria. “Finalmente encontrei que me completa, que supre todas as minhas necessidades”

Quatro colunas de um lar harmonioso

Gênesis 2.24-25. “Portanto, deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e serão uma só carne. E estavam ambos nus e não se envergonharam”.
Neste texto temos quatro colunas que são as bases de um casamento feliz. Cada uma destas colunas é extremamente necessária para que haja harmonia e felicidade no lar.

a. “Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe”.
Ali está a primeira coluna. Para que o novo relacionamento fortaleça há necessidade de um “deixar” emocional por parte dos recém-casados. É fundamental que tanto o homem como a mulher corte ao cordão umbilical, rompam os laços de dependência emocional, proteção e sustento material. Contudo, depois de uma nova vida de casados assumem as funções de marido e esposa. Este “deixa” é tão importante que Deus o mencionou antes de falar na união matrimonial. Isto não quer dizer que os recém-casados devem abandonar ou deixar de respeitar ou honrar seus pais, mas que eles necessitam dar outro enfoque à vida, com o cuidado de suprir as necessidades um do outro. Isto quer dizer que se não estiverem dispostos a deixar, seja seus pais ou seus desejos pessoais, nunca poderão desenvolver a experiência de “se unirem”, que Deus planejou para o casal.

b. A segunda coluna está contida nas palavras “e se unirá à sua mulher”. A palavra “unir” significa “consolidar” e indica a natureza permanente do casamento. As duas pessoas estão unidas, apegadas uma na outra. Por isso é que qualquer classe de separação é dolorosa. No plano de Deus, o casamento era uma instituição permanente, “Até que a morte os separe”. Não até que a sogra os separe, não até que a amante os separe, nem até que a profissão os separe, nem até que o desacordo os separe, mas a morte.

c. Aos olhos de Deus, a união matrimonial é inseparável e isto nos leva a terceira coluna, expresso nas palavras: “E serão uma só carne”. Casamento significa unidade no sentido mais completo da palavra – espiritual, mental, emocional e física. É um processo que acontece durante toda a vida do casal. Unidade não significa conformidade ou uniformidade, porque o casamento une duas pessoas com diferentes bases, sentimentos, hábitos, dons e habilidades. Esta unidade não pode acontecer da noite parar o dia.
“Ser uma só carne” se refere à experiência sexual. Nós casamos no Registro Civil para cumprir com a lei. Casamos na Igreja diante do povo para suplicar as bênçãos de Deus e para dar testemunho público. Casamos na cama através do ato conjugal. Isto é a consumação do casamento. Esta experiência é reservada somente para duas pessoas que “deixaram” e “se uniram”.

d. Somente depois que o homem e a mulher “deixam” seus pais e assumem o compromisso de se unirem e tornarem uma só carne é que vem a intimidade. Esta é a quarta coluna do casamento. Ela está expressa nas palavras “e estavam ambos nus, e não se envergonhavam”. Na lista das prioridades Deus, a intimidade está em último lugar, porque antes dela o casal deve “deixar”, depois “unirem-se” e depois “serem uma só carne”. Esta ordem é importante e não pode ser mudada. A nudez de Adão e Eva não era simbólica, mas real.

Pr. Adaylton de Almeida Conceição
O autor é Professor, Jornalista, Teólogo e Psicanalista. Ex-Assessor Geral e Conselheiro da UNOY .
Amigo e Mestre. 
R.I.P.

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