Os termos são bem claros: Honra teu pai e tua mãe, a fim de que tenhas vida longa na terra que o Senhor, o teu Deus, te dá (Êxodo 20.12).
Quando temos famílias bem estruturadas e pais dedicados, não temos qualquer dificuldade em aceitar a instrução. Se somos filhos de pais desajustados, o quinto mandamento nos soa amargo e injusto. Quando vemos filhos que honram os pais sendo ceifados ainda jovens, não temos como não perguntar sobre a validade da recomendação divina.
Não importam os nossos contextos, o mandamento continua esculpido nas nossas consciências. Ele está repetido integralmente no Novo Testamento, com um comentário: Honra teu pai e tua mãe - este é o primeiro mandamento com promessa - para que tudo te corra bem e tenhas longa vida sobre a terra (Efésios 6.2-3).
“Esse era um plano ordenado por Deus, escrito com sua própria mão, e foi entregue por Moisés a eles; era de natureza moral, e de obrigação eterna: é para ser entendido, não simplesmente como uma elevada estima que os filhos deveriam ter em relação aos seus pais, ou o uso de uma linguagem e gestos respeitosos diante deles, nem apenas uma alegre obediência a ser cedidas a eles; mas também de honrá-los com sua substância, alimentação, vestimenta, e os suprindo com as necessidades da vida, quando eles estiverem em necessidade dos mesmos; que é, porém serviço razoável deles, por todo o cuidado, despesa e problemas que eles tenha tido em trazê-los neste mundo” (Exposição de toda a Bíblia de John Gill, Dr. John Gill 1690-1771).
Em Mateus 15.3-9, Jesus relembrou os fariseus do comando de Deus de honrar seu pai e sua mãe. Eles estavam obedecendo a letra da lei, mas tinham adicionado as suas próprias tradições, as quais em essência rejeitavam esse comando. Enquanto honravam seus pais em palavras, suas ações provavam o verdadeiro motivo do seu coração. Honrar é mais do que da boca pra fora. A palavra honra nessa passagem é um verbo e, como tal, exige uma escolha/ação correta.
Honrar traz consigo a idéia de dar glória a alguém. 1 Coríntios 10.31 nos diz que qualquer coisa que façamos deve ser feita para a glória de Deus. Devemos procurar honrar nossos pais da mesma forma que Cristãos tentam trazer glória a Deus – em nossos pensamentos, palavras e ações.
A palavra grega "hypakouo" significa obedecer, escutar, prestar atenção. Para uma criança pequena, obedecer os pais vai lado a lado com honrá-los. Isso inclui escutar, prestar atenção e submeter-se à sua autoridade. Depois que a criança cresce, a obediência que aprenderam ainda pequenos vai ajudá-los a honrar outras autoridades, tais como o governo, polícia e patrões.
“Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a face da Terra”. (Efésios 6.1-3).
A Bíblia diz em Provérbios que “É ruína para o pai o filho insensato”. Realmente, provérbios 19.26 cita que “O filho que rouba o seu pai e afugenta sua mãe é filho que envergonha e desonra”. Hoje as notícias continuam a nos dizer que isto continua acontecendo, mas não comigo e nem com você. Honre seu pai e sua mãe, cuide deles e você terá aprovação de Deus. Ontem eles o criaram da melhor forma possível; hoje eles o sustentam e sentem o maior orgulho de você; amanhã, eles serão o exemplo que deve ser seguido, mas eles vão precisar que você cuide deles na velhice. Os pais ajuntam para os filhos porque, quando envelhecerem, os filhos é que vão administrar tudo o que eles construíram.
1. O primeiro sentido é contextual. A desobediência aos pais era punida com a pena de morte (Êxodo 21.17; Levítico 20.9; Deuteronômio 21.18-21). Quem os obedecesse estava livre deste peso. Em sentido mais largo, quem obedece aos seus pais evita cometer pecados que resultam na penas da lei.
Esta exceção não nos deve desviar da validade geral do princípio, demonstrável na experiência diária. Um filho que honra seu pai não se envolve com influências ruins que levam aos vícios e à irresponsabilidade, que levam à destruição.
3. O terceiro sentido que a promessa se refere a uma vida qualitativamente longa. Quem segue as instruções divinas para a sua vida, inclusive a de honrar seus pais, viverão de modo mais pleno, mesmo em meio às adversidades.
“Sabeis os mandamentos: não cometereis adultério; não matareis; não roubareis; não prestareis falso-testemunho; não fareis agravo a ninguém; honrai a vosso pai e a vossa mãe. (Marcos, 10.19; Lucas, cap. 18.20; Mateus 19.18 e 19.).
Os filhos têm que obedecer a ambos os pais. Frequentemente os filhos obedecem ao pai que é mais provável que os castiguem e desatendem as instruções do outro! A palavra que é traduzida "pais" em Efésios 6.1 é uma palavra geral que inclui ambos, mãe e pai. Os primeiros nove capítulos do livro de Provérbios foram escritos como se um pai estivesse escrevendo ao seu filho. O autor começa seu conselho a seu filho com o seguinte: "Filho meu, ouve o ensino do teu pai e não deixes a instrução de tua mãe. Porque serão diadema de graça para a tua cabeça e colares, para o teu pescoço" (Provérbios 1.8-9). Observe que o filho precisa seguir a instrução de ambos, pai e mãe.
Aos Colossenses, Paulo escreveu a respeito do alcance desta obediência dos filhos: "Filhos, em tudo obedecei a vossos pais, pois fazê-lo é grato diante do Senhor" (Colossenses 3.20). Os filhos deverão obedecer a seus pais quer entendam ou não a razão da ordem dos pais, quer concordem e gostem ou não da ordem dos pais. A verdadeira prova de obediência é quando nos é mandado fazer alguma coisa contra nossas inclinações ou vontade.
Observamos que Paulo escreveu aos efésios que os filhos deveriam obedecer a seus pais "no Senhor." A frase "no Senhor" deveria estar ligada com "obedecer" antes que com a palavra "pais." Paulo não estava sugerindo que os filhos deveriam obedecer a seus progenitores somente se seus pais e mães fossem cristãos (no Senhor") mas, que os filhos devem obedecer a seus pais enquanto tal obediência não conflite com seus deveres para com Cristo. Pedro exprimiu o mesmo princípio quando reprovado pelo Sinédrio judeu por pregar Jesus Cristo; "antes, importa obedecer a Deus do que aos homens" (Atos 5.29). "No Senhor" constitui a única limitação imposta à obediência de um filho.
Paulo escreveu que os filhos obedecerem "é justo" (Efésios 6.1). Aos Colossenses ele escreveu que obedecer assim "é grato diante do Senhor" (3.20). Muitas pessoas, incluindo alguns pais, acreditam que a desobediência é uma coisa natural com os filhos e precisa ser tolerada pelos pais. Contudo, a Bíblia revela que Deus considera ser a desobediência pelos filhos uma coisa séria. Vale a pena repetir que, o filho que amaldiçoasse ou batesse em seu pai ou em sua mãe era morto por apedrejamento (Êxodo 21.15, 17; Levítico 20.9). Quando Paulo relacionou os vários pecados comuns entre os gentios, ele incluiu "desobedientes aos pais" (Romanos 1.30; veja também 2 Timóteo 3.2).
A família cristã é chamada de "igreja doméstica", porque é uma comunidade de fé, esperança e caridade. Ela tem um papel muito importante na Igreja, como se vê no Novo Testamento. É um reflexo da comunhão entre o Pai o Filho e o Espírito Santo e sua atividade procriadora e também se parece com a obra criadora do Pai. A Leitura cotidiana da Sagrada Escritura, fortifica a caridade na família.
A família cristã é evangelizadora e missionária e as relações entre os membros dessa família estabelecem laços de intimidade, afetos e respeito mútuo entre si.
"A família e a sociedade"
A família também deve ensinar os membros a cuidar dos jovens e dos mais velhos, dos pobres, doentes e deficientes. "A religião pura e sem macula diante de Deus o nosso Pai consiste, nisto: visitar os órfãos e a viúvas em suas tribulações e guardar-se livre da corrupção do mundo. (Tg 1.27)
A família deve ser apoiada pela sociedade quando não tem a capacidade de desempenhar as sua funções, porque o bem estar da sociedade depende de uma grande responsabilidade para com o casamento a ser fortalecido e da família também.
Temos que entender que em nossos irmãos e irmãs, vemos os filhos de nossos pais e seguindo esse raciocino também vemos nos nossos primos os descendente dos nossos avós. Nos batizados, os filhos de nossa mãe a Igreja; em cada pessoa humana, um filho de Deus. O próximo não é só um "indivíduo" da sociedade, mas "alguém" que merece o nosso respeito.
O bom governo na sociedade deve proporcionar relações justas entre patrões e empregados, governantes e cidadãos para dar dignidade às pessoas preocupadas com a justiça e a fraternidade.
"Deveres dos membros da família"
DEVERES DOS FILHOS :
Dentre os principais deveres enunciados pelo preceito divino, podemos expor:
Respeito pelos pais (piedade filial): É o reconhecimento para com aqueles que pelo Dom da vida, por seu trabalho e amor, nos puseram no mundo permitindo que crescêssemos em estatura, sabedoria e graça.
Respeito filial: Revelado através da docilidade e obediência. "Um filho sábio ama a correção do Pai, e o zombador não escuta a reprimenda" (Pr 13.1)
Responsabilidades para com os pais: Relembrados no quarto mandamento e dirigido aos filhos adultos. Eles devem dar ajuda material e moral na velhice, e na doença, na solidão e na angústia.
O respeito filial também diz respeito aos irmãos e irmãs. Nós cristãos, temos que ter um respeito especial àqueles que nos deu o dom da fé, a graça do batismo. E a vida na Igreja, podendo ser os pais, avós, tios, pastores, catequistas, etc.
DEVERES DOS PAIS:
Um dos mais importantes deveres dos pais é o papel de educadores dos filhos. É de importância tão grande que é quase impossível substituí-los nessa função.
Eles devem reconhecer nos filhos, como filhos de Deus e respeitá-los. Por terem tamanha responsabilidade, devem dar testemunho dela através da criação de um lar onde a ternura, o perdão, o respeito, a fidelidade e o serviço sem interesses são a regra primordial. O lar é o local certo para a educação das virtudes.
Outra responsabilidade dos pais é dar o bom exemplo aos filhos, reconhecendo diante deles seus próprios defeitos, para melhor guiá-los e corrigi-los.
Os pais, pelo matrimônio, recebem também a missão de evangelizar os próprios filhos e isso deve ser feito desde pouca idade. Temos aqui o papel da educação para a fé. Os pais, nesse sentido, podem ser auxiliados pela paróquia que é o lugar ideal para a catequese, tanto dos filhos quanto dos pais.
Os pais têm a função de prover as necessidades físicas e espirituais dos filhos enquanto pequenos. Na fase de crescimento esse respeito e dedicação servem para educá-lo no uso correto da razão e liberdade. Quando adultos os filhos devem ter a liberdade de escolher uma profissão e um estado de vida. Os pais podem dar a esse respeito conselhos e opiniões de boa vontade. Os conselhos devem ser mais prudentes, quando os filhos estão pensando em constituir uma família.
Tornou-se de domínio público uma advertência bem-humorada sobre como os filhos consideram seus pais. Ei-la:
Aos 7 anos: "Papai é grande e sabe tudo".
Aos 14 anos: "Parece que papai se engana em certas coisas que diz".
Aos 20 anos: "Papai está um pouco atrasado em suas teorias. Elas não são desta época".
Aos 25 anos: "O coroa não sabe nada. Decididamente, está caducando".
Aos 35 anos: "Com minha experiência, meu pai seria hoje um milionário".
Aos 45 anos: "Não sei se consulto o velho. Talvez pudesse aconselhar-me".
Aos 55 anos: "Que pena papai ter morrido. A verdade é que ele tinha idéias notáveis".
Aos 60 anos: "Pobre Papai. Era um sábio. Como lastimo tê-lo compreendido tão tarde".
Diante destas visões, mesmo que estereotipadas, precisamos recordar o conselho bíblico: Meu filho, obedeça aos mandamentos de seu pai e não abandone o ensino de sua mãe. Amarre-os sempre junto ao coração; ate-os ao redor do pescoço. Quando você andar, eles o guiarão; quando dormir, o estarão protegendo; quando acordar, falarão com você (Provérbios 6.20-22).
Não espere ficar velho para valorizar seus pais. Talvez seja tarde. Diga-lhes o quanto você os ama. Você alguma vez enviou flores para sua mãe? Não espere seu pai envelhecer para reconhecer que eles sabem mais que vocês.
Quando honramos nossos pais, obedecemos a Deus.
Quando honramos nossos pais, reconhecemos que não viemos do nada, que temos vínculos com nossos pais e que nossos filhos terão vínculos conosco, na longa cadeia das gerações.
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