Se somos atribulados, é para vossa consolação... a qual se opera
suportando com paciência as mesmas aflições que nós também padecemos; e a
nossa esperança acerca de vós É firme, sabendo que, como sois
participantes das aflições, assim o sereis também da consolação. (2 Co
1.6,7.)
Não há algumas pessoas em nosso círculo a quem naturalmente recorremos
em tempos de provação e tristeza? Elas parecem sempre falar a palavra
certa, dar exatamente o conselho que estávamos desejando ouvir. No
entanto, não sabemos o preço que elas tiveram de pagar para se tornarem
assim tão hábeis em atar feridas abertas e secar lágrimas.
Se fôssemos investigar a sua história passada, descobriríamos que elas
sofreram mais do que a maioria das pessoas. Viram esperanças se apagarem
devagar. Viram alegrias se esboroarem a seus pés. Viram marés vazarem
de repente, frutos caírem temporões, e o sol se pôr ao meio-dia. Mas
tudo isto foi necessário para fazer dessas pessoas os enfermeiros, os
médicos, os sacerdotes dos homens. As especiarias nos chegam do Oriente
em pacotes grosseiros, mas, abertos, desprendem a fragrância oriental.
Assim, o sofrimento é difícil de suportar, mas abriga em seu seio a
disciplina, a instrução e inúmeras possibilidades, que não só nos tornam
mais nobres, como também nos aperfeiçoam para ajudarmos a outros. Não
se agaste ou cerre os dentes ante o sofrimento, nem fique obcecadamente
esperando-o passar; antes, conforme é vontade de Deus, procure tirar
dele tudo o que puder, tanto para si como para o serviço em prol da sua
geração.
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