Charles Spurgeon
No
primeiro culto em Surrey Music Hall, notaram-se vestígios da perseguição
que Spurgeon tinha de encarar.Ele estava orando, e depois da leitura
das Escrituras, os inimigos da obra de Deus se levantaram, gritando:
'Togo! Fogo!" Apesar de todos os esforços de Spurgeon e de outros
crentes, a grande massa de gente alvoroçou-se e movimentou-se em pânico,
de tal modo que sete pessoas morreram e vinte e oito ficaram gravemente
feridas. Depois que tudo serenou, acharam-se espalhados em toda a parte
do prédio, roupas de homens e senhoras; chapéus, mangas de vestidos,
sapatos, pernas de calças, mangas e paletós, xales, etc., objetos esses
que os milhares de pessoas aflitas deixaram, na luta para escapar do
prédio. Spurgeon comportou-se com a maior calma durante todo o tempo da
indescritível catástrofe, mas depois passou dias prostrado, sofrendo em consequência do tremendo choque.
Antes de
iniciar a construção do famoso templo em Londres, o Metropolitan
Tabernacle, Spurgeon, com alguns dos seus membros, se ajoelharam no
terreno entre as pilhas de materiais e rogaram a Deus que não permitisse
que trabalhador algum morresse ou ficasse ferido durante a execução das
obras de construção. Deus respondeu maravilhosamente, não deixando
acontecer qualquer acidente durante o tempo da construção do imponente
edifício que media oitenta metros de comprimento, vinte e oito de
largura e vinte de altura.
A vida de
Spurgeon não era vida egoísta e de interesse próprio. Juntamente com sua
esposa, fez os maiores sacrifícios para colocar livros espirituais nas
mãos de um grande número de pregadores pobres e ambos contribuíam
constantemente para o sustento das viúvas e órfãos. Recebiam grandes
somas de dinheiro, mas davam tudo para o progresso da obra de Deus.
O príncipe dos pregadores
(1834-1892)
No período
da Inquisição, na Espanha, sob o reinado do imperador Carlos V, um
número elevadíssimo de crentes foram queimados em praça pública ou
enterrados vivos. O filho de Carlos V, Filipe II, em 1567, levou a
perseguição aos Países Baixos, declarando que ainda que lhe custasse mil
vezes a sua própria vida, limparia todo o seu domínio do
"protestantismo". Antes da sua morte gabava-se de ter mandado ao carrasco,
pelo menos, 18.000 "hereges".
Ao começar
esse reinado de terror nos Países Baixos, muitos milhares de crentes
fugiram para a Inglaterra. Entre os que escaparam do "Concilio de
Sangue", encontrava-se a família Spurgeon.
Na
Inglaterra, o povo de Deus, contudo, não estava livre de toda a
perseguição "passando a maior parte do tempo sentado, por se achar fraco
demais para se deitar". Os bisavôs de Charles eram crentes fervorosos,
criando os filhos na admoestação do Senhor. Seu avô paterno, depois de
quase cinquenta anos de pastorado no mesmo lugar, podia dizer: "Não
passei nem uma hora triste com a minha igreja depois que assumi o cargo
de pastor!" O pai de Charles, Tiago Spurgeon, era o amado pastor de
Stambourne.
Charles,
quando ainda criança, interessava-se pela leitura de "O Peregrino", pela
história dos mártires e por diversas obras de teologia. É impossível
calcular a influência dessas obras sobre a sua vida.
Que era
precoce nas coisas espirituais, vê-se no seguinte acontecimento: Apesar
de criança de apenas cinco anos de idade, sentiu profundamente o cuidado
do avô, por causa do procedimento de um dos membros da igreja, chamado
"Velho Roads". Certo dia, Charles, a criança, encontrando Roads em
companhia de outros fumando e bebendo cerveja, dirigiu-se a ele,
dizendo: "Que fazes aqui, Elias?" O "Velho Roads" arrependido, contou,
então, ao seu pastor, como a princípio se irou com a criança, mas por
fim ficou quebrantado. Desde aquele dia, o "Velho Roads" andou sempre
perto do Salvador.
Quando Charles era ainda pequeno, foi por Deus convencido do pecado. Durante
alguns anos sentia-se uma criatura sem esperança e sem conforto;
visitava um lugar de culto após outro, sem conseguir saber como podia
livrar-se do pecado. Então, quando tinha quinze anos de idade, aumentou
nele o desejo de ser salvo. E aumentou de tal forma, que passou seis
meses agonizando em oração. Nesse tempo assistiu a um culto numa igreja;
nesse dia, o pregador não fora ao culto, por causa duma grande
tempestade de neve. Na falta do pastor, um sapateiro se levantou para
pregar às poucas pessoas presentes, e leu este texto: "Olhai para mim e
sede salvos, todos os confins da terra" (Isaías 45.22). O sapateiro,
inexperiente na arte de pregar, podia apenas repetir a passagem e dizer:
"Olhai! Não vos é necessário levantar um pé, nem um dedo. Não vos é
necessário estudar no colégio para saber olhar; nem contribuir com mil
libras. Olhai para mim, não para vós mesmos. Não há conforto em vós.
Olhai para mim, suando grandes gotas de sangue. Olhai para mim,
pendurado na cruz. Olhai para mim, morto e sepultado. Olhai para mim,
ressuscitado. Olhai para mim, à direita de Deus". Em seguida, fitando os
olhos em Charles, disse: "Moço, tu pareces ser miserável. Serás infeliz
na vida e na morte se não obedeceres". Então gritou ainda mais: "Moço,
olha para Jesus! Olha agora!" O rapaz olhou e continuou a olhar, até que
por fim, um gozo indizível entrou na sua alma.
O
recém-salvo, ao contemplar o constante zelo do Maligno, foi tomado pela
aspiração de fazer todo o possível para receber o poder divino, para
frustrar a obra do inimigo do bem. Spurgeon aproveitava todas as
oportunidades para distribuir folhetos. Entregava-se de todo o coração a
ensinar na Escola Dominical, onde alcançou, de início, o amor dos
alunos e, por intermédio desses a presença dos pais na escola. Com a
idade de dezesseis anos começou a pregar. Acerca desse fato ele disse:
"Quantas vezes me foi concedido o privilégio de pregar na cozinha duma
casa de agricultor, ou num celeiro!"
Alguns
meses depois de pregar seu primeiro sermão, foi chamado a pastorear a
igreja em Waterbeach. Ao fim de dois anos, essa igreja de quarenta
membros, passou a ter cem. O jovem pregador desejava educar-se e o
diretor duma escola superior, que estava de visita à cidade, marcou uma
hora para tratar com ele acerca desse assunto. A criada, porém, que
recebeu Charles, por descuido, não chamou o professor e este saiu sem
saber que o moço o esperava. Depois, Charles, já na rua, um tanto triste,
ouviu uma voz dizer-lhe: "Buscas grandes coisas para ti? Não as
busques!" Foi então, ali mesmo que abandonou a ideia de estudar nesse
colégio, convencido de que Deus o dirigia para outras coisas. Não se
deve concluir, contudo, que Charles Spurgeon resolveu não se educar.
Depois disso, ele aproveitava todos os momentos livres para estudar.
Diz-se que alcançou fama de ser um dos homens mais instruídos de seu
tempo.
Spurgeon
havia pregado em Waterbeach apenas durante dois anos quando foi chamado a
pregar na Park Street Chapel, em Londres. O local era inconveniente
para os cultos, e o templo, que tinha assentos para mil e duzentos
ouvintes, era demasiado grande para os auditórios. Contudo, "havia ali
um grupo de fiéis que nunca cessaram de rogar a Deus um glorioso
avivamento". Este fato é assim registrado nas palavras do próprio
Spurgeon: "No início, eu pregava somente a um punhado de ouvintes.
Contudo, não me esqueço da insistência das suas orações. Às vezes
parecia que rogavam até verem realmente presente o Anjo do Concerto
(Cristo), querendo abençoá-los. Mais que uma vez nos admiramos com a
solenidade das orações até alcançarmos quietude, enquanto o poder do
Senhor nos sobrevinha... Assim desceu a bênção, a casa se encheu de
ouvintes e foram salvas dezenas de almas!"
Sob o
ministério desse moço de dezenove anos, a concorrência aumentou em
poucos meses a ponto de o prédio não mais comportar as multidões;
centenas de ouvintes permaneciam na rua para aproveitar as migalhas que
caíam do banquete que havia dentro da casa.
Foi
resolvido reformar a New Park Street Chapel e, durante o tempo da obra,
realizavam-se os cultos em Exeter Hall, prédio que tinha assentos para
quatro mil e quinhentos ouvintes. Aí, em menos que dois meses, os
auditórios eram tão grandes, que as ruas, durante os cultos, se tornavam
intransitáveis.
Quando
voltaram para a Chapel, o problema, em vez de ser resolvido, era maior;
três mil pessoas ocupavam o espaço preparado para mil e quinhentas! O
dinheiro gasto, que alcançou uma elevada quantia, fora desperdiçado!
Tornou-se necessário voltar para o Exeter Hall.
Mas nem o
Exeter Hall comportava mais os auditórios e a igreja tomou uma atitude
espetacular - alugou o Surrey Music Hall, o prédio mais amplo, imponente
e magnífico de Londres, construído para diversões públicas.
As
notícias, de que os cultos passaram do Exeter Hall para Surrey Music
Hall, eletrificaram toda a cidade de Londres. O culto inaugural foi
anunciado para a noite de 19 de outubro de 1856. Na tarde do dia
marcado, milhares de pessoas para lá se dirigiram para achar assento.
Quando, por fim, o culto começou, o prédio no qual cabiam 12.000
pessoas, estava superlotado e havia mais 10.000 fora que não puderam
entrar.
Surrey Music Hall |
As
notícias sobre as trágicas ocorrências durante o primeiro culto em
Surrey Music Hall, em vez de prejudicarem a obra, concorreram para
aumentar o interesse pelos cultos. De um dia para outro Spurgeon, o
herói do Sul de Londres, tornou-se um vulto de projeção mundial. Aceitou
convites para pregar em cidades da Inglaterra, Escócia, Irlanda, Gales,
Holanda e França. Pregava ao ar livre e nos maiores edifícios, em média
oito a doze vezes por semana.
Nesse
tempo, quando ainda moço, revelou como conseguia entender, nas
Escrituras, os textos difíceis, isto é, simplesmente pedia a Deus: - "Ó
Senhor, mostra-me o sentido deste trecho!" E acrescentou: "É maravilhoso
como o texto, duro como a pederneira, emite faíscas quando batido com o
aço da oração." Quando mais velho, disse: "Orar acerca das Escrituras, é
como pisar uvas no lagar, trilhar trigo na eira, ou extrair ouro do
minério."
Acerca da
vida familiar, Susana, a esposa de Spurgeon, assim escreveu: "Fazíamos
culto doméstico, quer hospedados em um rancho nas serras, quer num
suntuoso quarto de hotel na cidade. E a bendita presença de Cristo, que
muitos crentes dizem impossível alcançar, era para ele a atmosfera
natural; ele vivia e respirava nele (em Deus).
Metropolitan Tabernacle |
A igreja
começou a edificar o tabernáculo com o alvo de liquidar todas as dívidas
de materiais e pagar toda a mão-de-obra antes de findar a construção.
Como de costume, pediram a Deus que os ajudasse a realizar esse desejo, e
tudo foi pago antes do dia da inauguração.
"O
Metropolitan Tabernacle foi acabado em março de 1861. Durante os trinta e
um anos que se seguiram, uma média de 5.000 pessoas se congregavam ali
todos os domingos, pela manhã e à noite. De três em três meses Spurgeon
pedia aos que haviam assistido neste período, que se ausentassem. Eles
assim faziam, porém, o tabernáculo era superlotado por outras pessoas
das massas ainda não alcançadas pela mensagem."
Durante
certo período, pregou trezentas vezes em doze meses. O maior auditório,
no qual pregou, foi no Crystal Palace, Londres, em 7 de outubro de 1857.
O número exato de assistentes era de 23.654. Spurgeon esforçou-se tanto
nessa ocasião, e o cansaço foi tal, que após o sermão da noite de
quarta-feira, dormiu até a manhã de sexta-feira!
Todavia,
não se deve julgar que era somente no púlpito que a sua alma ardia pela
salvação dos perdidos. Também se ocupava grandemente no evangelismo
individual. Nesse sentido citamos aqui o que certo crente disse a
respeito dele: "Tenho visto auditórios de 6.500 pessoas inteiramente
levadas pelo fervor de Spurgeon. Mas ao lado de uma criança moribunda,
que ele levara a Cristo, achei-a mais sublime do que quando dominava o
interesse da multidão".
Parece
impossível que tal pregador tivesse tempo para escrever. Entretanto os
livros da sua autoria, constituem uma biblioteca de cento e trinta e
cinco tomos. Até hoje não há obra mais rica de joias espirituais do que a
de Spurgeon, de sete volumes sobre os Salmos: "A Tesouraria de Davi".
Ele publicou tão grande número de seus sermões que, mesmo lendo um por
dia, nem em dez anos o leitor os poderia ler todos. Muitos foram
traduzidos em várias línguas e publicados nos jornais do mundo inteiro.
Ele mesmo escrevia grande parte da matéria para seu jornal, "A Espada e a
Colher", título este sugerido pela história da construção dos muros de
Jerusalém no tempo angustioso de Neemias.
Além de
pregar constantemente a grandes auditórios e de escrever tantos livros,
esforçou-se em vários outros ramos de atividades. Inspirado pelo exemplo
de Jorge Müller, fundou e dirigiu o orfanato de Stockwell. Pediam a
Deus e recebiam o necessário para levantar prédio após prédio e
alimentar centenas de crianças desamparadas.
Reconhecendo
a necessidade de instruir os jovens chamados por Deus a proclamar o
Evangelho, e, assim, alcançar muito maior número de perdidos, fundou e
dirigiu o Colégio dos Pastores, com a mesma fé em Deus que mostrou na
obra de cuidar dos órfãos.
Impressionado
pela vasta circulação de literatura viciosa, formou uma junta de
vendagem de livros evangélicos. Dezenas de vendedores foram sustentados e
milhares de discursos feitos, além de muitas toneladas de Escrituras e
outros livros vendidos de casa em casa.
Acerca de
tão estupendo êxito na vida de Spurgeon, convém notar o seguinte: Nenhum
dos seus antepassados alcançou fama. Sua voz podia pregar às maiores
multidões, mas outros pregadores sem fama gozavam também da mesma voz. O
Príncipe dos Pregadores era, antes de tudo, O Príncipe de Joelhos. Como
Saulo de Tarso, entrou no Reino de Deus, também agonizando de joelhos.
No caso de Spurgeon, essa angústia durou seis meses. Depois (assim
aconteceu com Saulo) a oração fervorosa era um hábito na sua vida.
Aqueles que assistiam aos cultos no grande Tabernáculo Metropolitano
diziam que as orações eram a parte mais sublime dos cultos.
Quando
alguém perguntava a Spurgeon a explicação do poder na sua pregação, O
Príncipe de Joelhos apontava para a loja que ficava sob o salão do
Metropolitan Tabernacle e dizia: "Na sala que está embaixo, há trezentos
crentes que sabem orar. Todas as vezes que prego eles se reúnem ali
para sustentar-me as mãos, orando e suplicando ininterruptamente. Na
sala que está sob os nossos pés é que se encontra a explicação do
mistério dessas bênçãos."
Spurgeon
costumava dirigir-se aos alunos no Colégio dos Pastores desta forma:
"Permanecei na presença de Deus!... Se o vosso fervor esfriar, não
podereis orar bem no púlpito... pior com a família... e ainda pior nos
estudos, sozinhos. Se a alma se tornar magra, os ouvintes, sem saberem
como ou por quê, acharão que vossas orações públicas têm pouco sabor."
Ainda
sobre a oração, sua esposa deu este testemunho: "Ele dava muita
importância à meia-hora de oração que passava com Deus antes de começar o
culto." Certo crente também escreveu a esse respeito: "Sente-se,
durante a sua oração pública, que ele é um homem de bastante força para
levar nas mãos ungidas as orações duma multidão. Isto é a idéia mais
grandiosa, de sacerdote entre Deus e os homens".
Convicto
do grande poder da oração, Spurgeon designou o mês de fevereiro, de cada
ano, no Grande Tabernáculo, para realizar a convenção anual e fazer
súplicas por um avivamento na obra de Deus. Nessas ocasiões, passavam
dias inteiros em jejum e oração, oração que se tornava mais e mais
fervorosa. Não só sentiam a gloriosa presença do Espírito Santo nesses
cultos, mas era-lhes aumentado o poder com frutos abundantes.
Na sua
autobiografia, desde o começo do seu ministério em Londres, consta que
pessoas gravemente enfermas foram curadas em resposta às suas orações.
Spurgen e esposa |
Não
buscava fama nem a honra de fundador de outra denominação, como muitos
amigos esperavam. A sua pregação nunca foi feita para sua própria
glória, porém tinha como alvo a mensagem da Cruz, para levar os ouvintes
a Deus. Considerava seus sermões como se fossem setas e dava todo o seu
coração, empregava toda a sua força espiritual em produzir cada um.
Pregava confiando no poder do Espírito Santo, empregando o que Deus lhe
concedera para "matar" o maior número de ouvintes.
"Charles Hadon Spurgeon recebia o fogo do Céu, estudando a Bíblia, horas a fio, em comunhão com Deus."
Cristo era o segredo do seu poder. Cristo era o centro de tudo, para ele; sempre e unicamente Cristo.
J. P. Fruit disse: "Quando Spurgeon orava, parecia que Jesus estava em pé ao seu lado."
As suas
últimas palavras, no leito de morte, dirigidas à sua esposa, foram: "Oh!
querida, tenho desfrutado um tempo mui glorioso com meu Senhor!" Ela,
ao ver, por fim, que seu marido passaria para o outro lado, caiu de
joelhos e com lágrimas exclamou. "Oh! bendito Senhor Jesus, eu te
agradeço o tesouro que me emprestaste no decurso destes anos; agora
Senhor, dá-me força e direção durante todo o futuro."
Seis mil
pessoas assistiram ao culto de funeral. No caixão estava uma Bíblia
aberta, mostrando este texto usado por Deus para convertê-lo: "Olhai
para mim, e sede salvos, todos os confins da terra."
O cortejo
fúnebre passou entre centenas de milhares de pessoas postadas em pé nas
calçadas; os homens descobriam-se à passagem do cortejo e as mulheres
choravam.
O túmulo
simples do célebre Príncipe dos Pregadores, no cemitério de Norwood,
testifica da verdadeira grandeza da sua vida. Ali estão gravadas estas
humildes palavras:
Aqui jaz o corpo de
CHARLES HADDON SPURGEON
esperando o aparecimento do seu
Senhor e Salvador
JESUS CRISTO
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