Dizem que uma das primeiras regras que um piloto aprende é pôr o avião
de encontro ao vento e voar contra ele. O vento o eleva a maiores
alturas. Onde foi que aprenderam isto? Foi com as aves. Se um pássaro
está voando por prazer, ele vai ao sabor do vento. Mas se enfrenta algum
perigo, faz meia-volta e voa contra o vento, a fim de ir mais para
cima; e sobe cada vez mais alto.
Os sofrimentos são os ventos de Deus, ventos contrários, às vezes ventos
fortes. São os furacões de Deus, mas tomam a nossa vida e a levam a
alturas maiores e em direção aos céus de Deus. Todos nós já observamos
no verão dias em que a atmosfera está tão opressiva que é até difícil
respirar. Mas depois aparece uma nuvem no horizonte, ao ocidente, e ela
cresce, e se derrama em rica bênção sobre a terra. É o relâmpago que
corta os ares, é o trovão que ressoa, é a pesada chuva que cai. A
atmosfera fica leve, e há uma vida nova no ar; tudo mudou.
Exatamente esse mesmo princípio é o que opera na vida humana. Quando a
tempestade cai, a atmosfera do coração se transforma, é purificada e
recebe vida nova; uma parte do céu é trazida à terra.
Os obstáculos deveriam fazer-nos cantar. O vento canta, não quando está
atravessando a amplidão dos mares, mas quando encontra o obstáculo dos
braços das árvores ou quando é quebrado pelas finas cordas de uma harpa
eólica. Então ele canta, com poder e beleza. Libertemos nossa alma para
cruzar os obstáculos da vida, as sombrias florestas da dor, ou até mesmo
os pequenos embaraços e aborrecimentos que o próprio amor oferece, e
ela também cantará. - Selecionado
Cânticos na noite
Só Deus pode dar.
E dá, que o provei
E o tenho provado.
Pois Ele é o meu cântico
E a minha alegria:
É o mesmo, se é noite,
É o mesmo, se é dia;
Não pode mudar!
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