Um homem, visitando uma escola de surdo-mudos, escrevia no quadro
perguntas para as crianças responderem. Em dado momento escreveu a
seguinte: "Por que Deus me fez capaz de ouvir e falar e fez vocês surdo-mudos?"
A terrível pergunta caiu sobre os pequenos como um tapa no rosto.
Ficaram ali paralisados ante o espantoso "Por quê?". De repente uma
menina levantou-se.
Seus lábios tremiam. Tinha os olhos cheios de lágrimas. Dirigiu-se com
firmeza para o quadro e, tomando o giz, escreveu com mão segura: "Assim
fizeste, ó Pai, porque assim foi do Teu agrado". Que resposta! Ela
alcança uma verdade eterna sobre a qual o crente mais amadurecido bem
como o mais novo filho de Deus podem igualmente descansar — a verdade de
que Deus é seu Pai.
Será que nós também sabemos disto? Será que cremos realmente?
totalmente? Quando essa é a nossa experiência, então a nossa fé não
vagueia mais como a pomba a buscar onde pousar o pé, mas descansa para
sempre em seu eterno lugar de paz. "Vosso Pai!"
Eu creio que chegará o dia em que todos nós entenderemos os porquês; o
dia em que as tragédias que agora anuviam o nosso céu se encaixarão em
seus devidos lugares, como parte de um plano tão esplêndido, tão
extraordinário, tão pleno de gozo, que exultaremos de admiração e
prazer. — Arthur Christopher Bacon
Não foi o acaso que me trouxe os males,
As muitas dores que atravesso agora.
A mão de Deus o permitiu, que eu sei:
Vejo no Livro a história incomparável
Do servo Jó, em quem, como num palco,
Deus me ensina lições dos Seus caminhos.
Caminhos muito acima destes meus!
Por isso, vejo em tudo a mão de Deus.
E se hoje não entendo muita coisa,
Bem sei que tudo entenderei por fim.
Posso confiar em Quem morreu por mim!
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