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VIDAS

A VIDA É FEITA DE ESCOLHAS. A VIDA ETERNA, DE RENÚNCIAS!

sexta-feira, 30 de março de 2018

DEVOCIONAL - 30 DE MARÇO DE 2018 (PÁSCOA)


Eia todos vós que acendeis fogo e vos cingis com faíscas: andai entre as labaredas do vosso fogo e entre as faíscas que acendestes: isto vos vem da minha mão, e em tormentos jazereis. (Is 50.11)

Que aviso importante para aqueles que estão atravessando momentos de trevas e procuram sair para a luz por si mesmos. São comparados no verso com alguém que acende um fogo e anda no meio de suas próprias faíscas. O que significa isto?

Significa que quando estamos em trevas, a tentação é descobrir uma saída sem confiar no Senhor e sem buscar apoio nEle. Em vez de deixarmos que Ele nos guie para fora das trevas, procuramos sair por nós mesmos. Procuramos a luz do mundo e buscamos o conselho de amigos. Procuramos as conclusões da nossa própria razão, e talvez até sejamos tentados a aceitar um caminho de livramento que não seria absolutamente o do Senhor.

Todos estes caminhos são fogos acesos por nós; luzinhas frouxas, que certamente nos levarão a encalhar em algum banco de areia. E Deus nos deixará andar na luz dessas fagulhas, mas o fim serão dores.

Irmãos, não procuremos sair de uma situação difícil, a não ser no tempo de Deus e da maneira de Deus. O tempo de aflição tem o propósito de ensinar-nos lições de que precisamos grandemente.

Os livramentos prematuros podem frustrar a obra da graça em nossa vida. Simplesmente entreguemos a Ele toda a situação. Estejamos com o coração disposto a suportar qualquer prova, desde que tenhamos conosco a presença dEle. Lembremo-nos de que é melhor andar no escuro com Deus do que no claro sozinho.

Deixemos de interferir nos desígnios e na vontade de Deus. Se pusermos a mão em algum de seus planos, estragaremos a obra. Podemos mover os ponteiros do relógio segundo a nossa conveniência, mas isso não mudará o tempo; podemos querer apressar o desenrolar da vontade de Deus, mas estaremos atrapalhando, e, não, ajudando a obra. Podemos abrir um botão de rosa, mas isso trará danos à flor. Deixemos tudo com Ele. Tiremos nossas mãos. Faça-se a Tua vontade, Senhor, não a minha.

domingo, 25 de março de 2018

DEVOCIONAL - 25 DE MARÇO DE 2018

Sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam. (Hb 11.6)

Fé para os dias de desespero.
A Bíblia está cheia de dias assim. Seus registros são formados deles, seus cânticos são inspirados neles, sua profecia está ocupada com eles e sua revelação veio através deles.
Os dias de desespero são as pedras que pavimentam o caminho de luz. Parecem ter sido a oportunidade de Deus e a escola de sabedoria para o homem.
No Velho Testamento, no Salmo 107, há a história de uma festa de amor; e em cada história de livramento, o ponto de desespero trouxe a oportunidade de Deus. O fim das forças humanas foi o começo do poder de Deus. Devemos nos lembrar da promessa de uma descendência numerosa como as estrelas do céu e como a areia do mar, feita a um casal já idoso. Leiamos novamente a história do mar Vermelho e daquela libertação, e do Jordão com a arca passando em seco.
Estudemos mais uma vez as orações de Asa, Josafá e Ezequias, quando estavam em grande angústia e não sabiam o que fazer. Tornemos a ler a história de Neemias, Daniel, Oséias e Habacuque. Cheguemos com reverência ao Getsêmani e nos curvemos junto ao túmulo no Jardim de José de Arimatéia durante aqueles dias terríveis. Busquemos o testemunho da Igreja primitiva e peçamos aos apóstolos que nos contem a história daqueles dias desesperadores.
A fé não é responsável pelos nossos dias de desespero. Mas a obra da fé é dar-nos alento e mostrar a solução.
Não há um exemplo melhor dessa verdade do que o dos três jovens hebreus na fornalha. A situação era desesperadora, mas eles responderam corajosamente: "Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que fizeste." Eu gosto deste "se não"!
Tenho espaço apenas para mencionar o Getsêmani. Consideremos profundamente o seu "Todavia", "Se possível... Todavia"! Profunda escuridão tinha descido sobre a alma do Senhor. Confiar-se na mão do Pai significava angústia até ao sangue e trevas até à descida ao Hades — Todavia! Todavia! — Rev. Samuel Chadwick

Havia Alguém com eles na fornalha,
Uma presença augusta — era o Senhor! O mesmo
Alguém promete estar comigo

Sempre presente, e sei que nunca falha.
Na chama ardente, no maior calor,
Há Alguém comigo, perto — o Salvador!

domingo, 18 de março de 2018

Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos... alegrai-vos... sois participantes dos sofrimentos de Cristo. (1 Pe 4.12,13)

Muitas horas de espera foram necessárias para o enriquecimento da harpa de Davi; e muitas horas de espera no deserto produzirão em nós um salmo de "ação de graças e voz de cântico", para levarmos alento aos corações desanimados, aqui em baixo, para júbilo na casa do Pai, lá em cima.
Que preparação teve o filho de Jessé para produzir aqueles cânticos nunca igualados na terra? A afronta dos ímpios, que fez brotar nele o clamor pelo socorro de Deus. Então a tênue esperança na bondade de Deus desabrochou num cântico de regozijo por Seus poderosos livramentos e múltiplas misericórdias. Cada tristeza era uma nova corda para sua harpa; cada livramento outro tema de louvor.
Quão grande seria a nossa perda, se uma só daquelas angústias lhe tivesse sido poupada; se uma só dentre aquelas bênçãos não fosse agradecida ou notada; se um só daqueles perigos fosse evitado; quão grande, sim, seria a perda naquele vibrante Saltério em que o povo de Deus encontra a expressão de sua tristeza e louvor!
Esperar em Deus e experimentar a Sua vontade é conhecê-lO e participar dos Seus sofrimentos e ser feito conforme a imagem de Seu Filho. Assim, se é necessário agora que o vaso de barro seja aumentado para maior compreensão espiritual, não devemos nos assustar com a grande dose de sofrimento que nos espera.
A capacidade de compreensão e solidariedade dada por Deus será bem maior, pois a ação do Espírito Santo não nos torna insensíveis, antes, pelo contrário, ele torna os nossos sentimentos mais ternos e verdadeiros. — Anna Shipton
 
 

segunda-feira, 12 de março de 2018

HERÓIS DA FÉ - HENRY MARTYN

Henry Martyn
Luz inteiramente gasta por Deus
(1781-1812)

Ajoelhado na praia da Índia, Henry Martyn derramava a alma perante o Mestre e orava: "Amado Senhor, eu também andava no país longínquo; minha vida ardia no pecado... desejaste que eu me tornasse, não mais um tição para espalhar a destruição, mas uma tocha brilhando por ti (Zacarias 3.2). Eis-me aqui nas trevas mais densas, selvagens e opressivas do paganismo. Agora, Senhor, quero arder até me consumir inteiramente por ti!"

O intenso ardor daquele dia sempre motivou a vida desse moço. Diz-se que o seu é "o nome mais heróico, que adorna a história da Igreja da Inglaterra, desde os tempos da rainha Elisabete." Contudo, até entre seus patrícios, ele não é bem conhecido.

Seu pai era de físico franzino. Depois de o seu progenitor falecer, os quatro filhos, inclusive Henrique, não tardaram a contrair a mesma enfermidade, a tuberculose.

Com a morte do pai, Henry perdeu seu intenso interesse pela matemática e se interessou grandemente na leitura da Bíblia. Diplomou-se com mais honras do que todos da sua classe. O Espírito Santo, porém, falou à sua alma: "Buscas grandes coisas para ti. Não as busques!" Acerca dos seus estudos testificou: "Alcancei o ponto mais alto que desejara, mas fiquei desapontado ao ver como, apenas, tinha agarrado uma sombra."

Tinha por costume levantar-se cedo, de madrugada, e andar sozinho, pelos campos para desfrutar de comunhão íntima com Deus. O resultado foi que abandonou para sempre o plano de ser advogado, um plano que, até aí, ainda seguia, porque "não podia consentir em ser pobre pelo amor de Cristo."

Ao ouvir um sermão sobre "O Estado Perdido dos Pagãos" resolveu dar a sua vida como missionário. Ao conhecer a vida abnegada do missionário Guilherme Carey, na sua grande obra na Índia, sentiu-se dirigido a trabalhar no mesmo país.

O desejo de levar a mensagem de salvação aos povos que não conheciam a Cristo, tornou-se como um fogo inextinguível na sua alma pela leitura da biografia de David Brainerd, o qual morrera quando ainda muito jovem, com a idade de vinte e nove anos (sua vida fora gasta inteiramente no serviço de amor intenso aos silvícolas da América do Norte). Henry Martyn reconhecia que, como foram poucos os anos da obra de David Brainerd, havia também para ele pouco tempo, e se acendeu nele a mesma paixão de gastar-se, inteiramente por Cristo, no breve espaço de tempo que lhe restava. Seus sermões não consistiam em palavras de sabedoria humana, mas sempre se dirigia ao povo como "um moribundo, pregando aos moribundos".

Havia um grande embaraço para Henry Martyn: a mãe da sua noiva, Lídia Grenfel, não consentiria que eles se casassem, se ele insistisse em levá-la para o estrangeiro. Henry amava a Lídia e o seu maior desejo terrestre era estabelecer um lar e trabalhar junto com ela na seara do Senhor. Acerca disto, ele escreveu no seu diário: "Continuei uma hora e mais em oração, lutando contra o que me ligava... Cada vez que estava perto de ganhar a vitória, o coração voltava para o seu ídolo, e finalmente, deitei-me sentindo grande mágoa."Então se lembrou de David Brainerd, o qual negava a si mesmo todos os confortos da civilização, andava grandes distâncias sozinho na floresta, passava dias com fome e depois de assim se esforçar por cinco anos, voltou para falecer tuberculoso nos braços da sua noiva, Jerusa, filha de Jonathan Edwards.

Por fim, Henry Martyn, também, ganhou a vitória, obedecendo à chamada para sacrificar-se à salvação dos perdidos. Ao embarcar para a Índia, em 1805, escreveu: "Se eu viver ou morrer, que Cristo seja magnificado pela colheita de multidões para Ele".

A bordo do navio, ao afastar-se da sua pátria, Henry Martyn chorou como uma criança. Contudo nada podia desviá-lo da sua firme resolução de seguir a direção divina. Ele era "um tição arrebatado do fogo" e repentinamente dizia: "Que eu seja uma chama de fogo no serviço divino".

Depois de nove longos meses a bordo, e quando já se achava perto do seu destino, passou um dia inteiro em jejum e oração. Sentia quão grande era o sacrifício da Cruz e como era, igualmente, grande a sua responsabilidade para com os perdidos na idolatria da Índia. Continuava a repetir: "Tenho posto vigias sobre os teus muros, ó Jerusalém; eles não se calarão jamais em todo o dia nem em toda a noite: não descanseis vós os que fazeis lembrar a Jeová, e não lhe deis a Ele descanso, até que estabeleça, e até que ponha a Jerusalém por objeto de louvor na terra!" (Isaías 62.6).

A chegada de Henry Martyn à Índia, no mês de abril de 1806, foi também em resposta à oração de outros. A necessidade era tão grande nesse país, que os poucos obreiros concordaram em se reunirem em Calcutá, de oito em oito dias, para pedirem a Deus que enviasse um homem cheio do Espírito Santo e poder à Índia. Martyn, logo ao desembarcar, foi recebido alegremente por eles como a resposta às suas orações.

É difícil imaginar o horror das trevas em que vivia esse povo, entre o qual Martyn se achava. Um dia, perto do lugar onde se hospedara, ouviu uma música e viu a fumaça de uma das piras fúnebres de que ouvira falar antes de sair da Inglaterra. As chamas já começavam a subir do lugar onde uma viúva se achava sentada ao lado do cadáver de seu marido morto. Martyn, indignado, esforçou-se, mas não pôde conseguir salvar a pobre vítima.

Em outra ocasião, foi atraído pelo ruído do címbalo, a um lugar onde o povo fazia culto aos demônios. Os adoradores se prostravam perante o ídolo, obra das suas próprias mãos, do qual adoravam e temiam! Martyn sentia-se "mesmo na vizinhança do Inferno".

Cercado de tais cenas, ele se aplicava mais e mais e sem cansar, dia após dia, a aprender a língua. Não desanimava com a falta de fruto da sua pregação, reconhecendo ser de maior importância traduzir as Escrituras e colocá-las nas mãos do povo. Com esse alvo, perseverava no trabalho de tradução, cuidadosamente, aperfeiçoando a obra, pouco a pouco, e parando de vez em quando para pedir o auxílio de Deus.

Como a sua alma ardia no firme propósito de dar a Bíblia ao povo, vê-se no seguinte trecho de um dos seus sermões conservado no Museu Britânico:

"Pensai na situação triste do moribundo, que apenas conhece bastante da eternidade para temer a morte, mas não conhece bastante do Salvador para olhar o futuro com esperança. Não pode pedir uma Bíblia para saber algo sobre o que se firmar nem pode pedir a esposa ou ao filho que lhe leiam um capítulo para o confortar. A Bíblia, ah! é um tesouro que eles nunca possuíram! Vós que tendes um coração para sentir a miséria do próximo, vós que sabeis como a agonia de espírito é mais que qualquer sofrimento do corpo, vós que sabeis que vem o dia em que tendes de morrer, oh! dai-lhes aquilo que lhes será um conforto na hora da morte!"

Para alcançar esse alvo, de dar as Escrituras aos povos da Índia e da Pérsia, Martyn aplicou-se à obra de tradução de dia e de noite, até mesmo quando descansava e quando em viagem. Não diminuía a sua marcha quando o termômetro registrava o intenso calor de 70" nem quando sofria da febre intermitente, nem com o avanço da peste branca que ardia no seu peito.

Como David Brainerd, cuja biografia sempre serviu para inspirá-lo, Henry Martyn passou dias inteiros em intercessão e comunhão com o seu "Amado", seu querido Jesus. - "Parece", escreveu ele, "que posso orar para sempre sem nunca cansar. Quão doce é andar com Jesus e morrer por Ele..." Para ele, a oração não era uma formalidade, mas o meio certo de quebrantar os endurecidos e vencer os adversários.

Seis anos e meio depois de ter desembarcado na Índia, enquanto empreendia longa viagem, faleceu com a idade de 31 anos. Separado dos irmãos, do resto da família, com a noiva esperando-o na Inglaterra, e cercado de perseguidores, foi enterrado em lugar desconhecido.

Era grande o ânimo, a perseverança, o amor, a dedicação com que trabalhava na seara do seu Senhor! O zelo ardeu até ele se consumir neste curto espaço de seis anos e meio. É-nos impossível apreciar quão grande foi a sua obra feita em tão poucos anos. Além de pregar, conseguiu traduzir porções das Sagradas Escrituras para as línguas de uma quarta parte de todos os habitantes do mundo. O Novo Testamento em hindu, hindustão e persa e os Evangelhos em judaico-persa são apenas uma parte das suas obras.

Quatro anos depois da sua morte, nasceu Fidélia Fiske, no sossego da Nova Inglaterra. Quando ainda aluna na escola, leu a biografia de Henry Martyn. Andou quarenta e cinco quilômetros de noite, sob violenta tempestade de neve, para pedir à sua mãe que a deixasse ir pregar o Evangelho às mulheres da Pérsia. Ao chegar à Pérsia reuniu muitas mulheres e lhes contou o amor de Jesus, até que o avivamento em Oroomiah se tornou em outro Pentecoste.

Se Henry Martyn, que entregou tudo para o serviço do Rei dos reis, pudesse visitar a Índia, e a Pérsia, hoje, quão grande seria a obra que encontraria, obra feita por tão grande número de fiéis filhos de Deus nos quais ardeu o mesmo fogo pela leitura da biografia desse pioneiro.

sábado, 10 de março de 2018

Sucedeu depois da morte de Moisés, servo do Senhor, que este falou a Josué, filho de Num, servidor de Moisés, dizendo: Moisés, meu servo, é morto; dispõe-te agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel. (Js 1.1, 2)

A tristeza entrou em seu lar deixando ali um vazio. Seu primeiro impulso agora é desistir de tudo e sentar-se em desespero entre os destroços de suas esperanças. Mas você não se atreve. Está no campo de batalha, e a crise está às portas. Fraquejar um momento seria pôr em perigo algum interesse santo. Outras vidas seriam prejudicadas por uma demora sua, interesses santos ficariam prejudicados se você cruzasse os braços. E você não pode parar, nem para sofrer um pouco a Sua própria dor.
Um general relatou uma história dramática vivida por ele no tempo da guerra. Seu filho era tenente de bateria. Processava-se um assalto. O pai comandava sua divisão num ataque; enquanto avançava no campo, seus olhos de repente caíram sobre um tenente morto, bem à sua frente. De um relance percebeu que era seu filho. O impulso do coração de pai era parar junto do morto querido e dar vazão à dor, mas o dever do momento ordenava que ele prosseguisse no ataque; assim, roubando às pressas um beijo, aos lábios mortos, avançou rápido, liderando seu grupo no assalto.
O choro inconsolável à beira de um túmulo não poderá restituir-nos aquele que amamos, nem tampouco bênção alguma virá dessa tristeza. A dor faz cicatrizes profundas; ela grava seus registros indelevelmente no coração dos que a sofrem. Na verdade, nós nunca nos recuperamos inteiramente de nossas grandes dores; nunca somos os mesmos depois que passamos por elas.
No entanto, na dor que foi devidamente aceita e suportada com ânimo, há uma influência humanizadora e fertilizadora. Aliás, são pobres os que nunca sofreram e não trazem marca de sofrimento. O gozo que nos está proposto deveria brilhar sobre as nossas dores, como o sol brilha através das nuvens, dando-lhes glória. Deus estabeleceu as coisas de tal forma que, prosseguindo no dever, encontraremos a mais rica e verdadeira consolação. Se nos sentamos para acalentar as nossas dores, a escuridão cresce à nossa volta e penetra em nosso coração, e nossa força muda-se em fraqueza. Mas se voltarmos as costas à sombra e tomarmos as tarefas e deveres a que Deus nos chama, a luz novamente voltará e ficaremos mais fortes. — J. R. Miller

quinta-feira, 8 de março de 2018

DEVOCIONAL - 08 DE MARÇO DE 2018

Faze como falaste... e que o teu nome se engrandeça para sempre. (1 Cr 17.23, 24)

Este é um aspecto importante da oração. Muitas vezes pedimos coisas que não estão absolutamente prometidas. Portanto, se não perseverarmos durante algum tempo, não podemos ter certeza se o que pedimos está ou não dentro dos propósitos de Deus. Há outras ocasiões, e na vida de Davi esta foi uma delas, em que estamos inteiramente persuadidos de que o que estamos pedindo está de acordo com a vontade de Deus.
Somos levados a tomar uma promessa das Escrituras e reivindicá-la, sob a impressão de que ela contém uma mensagem para nós. Em tais ocasiões, com fé, confiantes, dizemos: "Tu disseste". De fato, nada melhor nem mais seguro do que descobrirmos uma promessa da Palavra de Deus e nos apropriarmos dela. Não precisa haver angústia, luta ou combate; simplesmente apresentamos o cheque e pedimos o fundo; apresentamos a promessa, e requeremos o seu cumprimento; e nem pode haver dúvida quanto ao resultado. Teríamos maior interesse na oração, se fôssemos mais definidos no que pedimos. É bem melhor clamar especificamente por uma bênção do que orar vagamente por muitas. — F. B. Meyer
Cada promessa das Escrituras é um documento escrito de Deus, que pode ser cobrado diante dEle com este pedido lógico: "Faze como falaste". O Criador não trai a confiança das criaturas que nEle confiam, e mais ainda, o Pai Celestial não falta com a Palavra para com Seu filho.
"Lembra-te da palavra dita a teu servo e na qual me fizeste esperar", eis o clamor que prevalece. É um argumento duplo: é a Tua Palavra. Não a cumprirás? Por que falaste, se não a vais fazer valer? Tu me fizeste esperar nela, irás fazer desapontar a esperança que Tu mesmo geraste em mim? — C. H. Spurgeon

"Estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer." (Rm 4.21.)

É a eterna fidelidade de Deus que torna as promessas bíblicas "grandíssimas e preciosas". As promessas humanas são muitas vezes sem valor. Muitos corações têm ficado partidos por causa de promessas quebradas. Mas desde que o mundo é mundo, Deus jamais quebrou uma só promessa feita a qualquer de Seus filhos.
Ah, é triste ver um crente à porta da promessa na noite escura da aflição, com receio de abrir o trinco, quando deveria chegar-se ali e buscar abrigo com confiança, como um filho na casa do pai. — Gurnal
Cada promessa é edificada sobre quatro pilares: A justiça e a santidade de Deus que não Lhe permitem enganar; Sua graça ou bondade, que não o deixa esquecer; Sua verdade, que não O deixa mudar e que O faz cumprir.

segunda-feira, 5 de março de 2018

Nós esperávamos. (Lc 24.21)

Eu sempre lamentei que naquela caminhada a Emaús os discípulos não tenham dito ao Senhor: "Nós ainda esperamos'', em vez de "Nós esperávamos". É triste isso — alguma coisa que acabou.
Se apenas tivessem dito: "Tudo está contra as nossas esperanças; parece que a nossa confiança foi em vão, mas não desistimos; cremos que O veremos outra vez." Mas não, eles caminharam ao Seu lado, declarando que haviam perdido a fé, e Ele teve que dizer-lhes: "Ó néscios e tardos de coração para crer!"
Não estaremos no mesmo perigo de ouvir estas coisas ditas a nosso respeito? Tudo mais podemos perder, desde que não percamos a nossa fé no Deus de verdade e amor.
Nunca ponhamos a nossa fé no passado, como estes discípulos: "Nós esperávamos", mas digamos sempre: "Eu estou esperando". — Crumbs

Eu sou como os dois homens de Emaús:
De coração tardio para crer.
Senhor, ajuda-me a incredulidade!
Sei que és fiel, e tenho, na verdade,
Provado Teu cuidado e Teu poder
Mas se me vejo em nova situação,
Percebo ainda tremer meu coração...
Eu Te conheço, e sei que deveria
Agir, Senhor, com bem mais ousadia!
Quero glorificar-Te em meu viver:
Aumenta a minha fé, Senhor Jesus.

sexta-feira, 2 de março de 2018

DEVOCIONAL - 02 DE FEVEREIRO DE 2018

Na sombra da sua mão me escondeu; fez-me como uma flecha polida, e me guardou na sua aljava. (Is 49.2)

"Na sombra." Todos nós precisamos estar ali de vez em quando. A claridade do dia brilha demais; nossos olhos ficam irritados e incapazes de discernir as delicadas nuanças de cor ou aprecias os tons neutros: o ensombreado do quarto de enfermidade; a ensombreada casa de pranto; o ensombreado viver de onde fugiu o sol.
Mas não temamos! É a sombra da mão de Deus. Ele está guiando a nossa vida. Há lições que só podem ser aprendidas ali. A fotografia do Seu rosto só pode fixar-se na câmara escura. Não pensemos que Ele nos deixou de lado. Ainda estamos na Sua aljava. Ele não nos lançou fora como algo sem valor. Está apenas guardando-nos bem perto, até chegar o momento de enviar-nos a executar algum trabalho em que o Seu nome será glorificado.
Você, leitor, que está na sombra e solitário, considere como a aljava está atada ao guerreiro, ao alcance fácil de sua mão e guardada com todo o cuidado. — Christ in Isaiah, de Meyer
Há ocasiões em que a sombra fornece muito mais condições de crescimento. O milho cresce mais rapidamente na sombra das noites de verão. O Sol do meio-dia enrola-lhe as folhas; mas depressa elas se desenrolam se uma nuvem cobre o céu. A sombra faz um trabalho que a claridade não faz. A beleza das estrelas só é vista quando a noite chega. Há plantas que só florescem na sombra; e há muitos campos verdes em terras de neblina, de nuvens e de sombra.