VIDAS
domingo, 15 de maio de 2016
ISRAEL NO PLANO DA REDENÇÃO
sábado, 21 de fevereiro de 2015
NÃO MATARÁS
Tirar a vida de um ser humano é o mais radical ato de violência. Quem o faz destrói a mais preciosa criação de Deus — o homem, feito “à imagem e semelhança do Criador”. Por isso, quando Deus sintetizou em dez mandamentos o que ele exige do homem, Ele ordenou: “Não matarás” (Êx 20.13).
Os teólogos de Westminster concluíram que nesse mandamento Deus proíbe “o tirar a nossa vida ou a de outrem, exceto no caso de justiça pública, guerra legítima, ou defesa necessária; a negligência ou retirada dos meios lícitos ou necessários para a preservação da vida; a ira pecaminosa, o ódio, a inveja, o desejo de vingança; todas as paixões excessivas e cuidados demasiados; o uso imoderado de comida, bebida, trabalho e recreios; as palavras provocadoras; a opressão, a contenda, os espancamentos, os ferimentos e tudo o que tende à destruição da vida de alguém”
Regulamentando a aplicação desse mandamento, o Antigo Testamento traz leis rigorosas e severas para punir a violência contra a vida humana. O assassinato era punido com a pena de morte (Êx 21.12). A mesma punição era aplicada ao proprietário de um animal que matasse um ser humano, caso ficasse provado que a morte resultou da negligência do dono do animal (Êx 21.29). O homicida tinha direito à defesa, mas era julgado com rigor.
O sexto Mandamento - Não Matarás

No Antigo Testamento, Deus interpelou severamente a Caim, primeiro assassino da História: “Que fizeste! Eis que a voz do sangue do teu irmão clama por mim desde a terra. De ora em diante, serás maldito” (Gn 4.10-11). E, como expressão da lei natural que protege a vida humana, Ele estipulou no Decálogo: “Não matarás” (Ex 20.13).
Não Matarás - A vida pertence a Deus

Assassinato envolve mais do que matar.

No livro do Gênesis há um episódio muito triste e doloroso: a história de Caim e Abel. Ambos irmãos ofereciam sacrifícios a Deus, mas Caim oferecia o pior, enquanto Abel oferecia a Deus os melhores cordeiros do rebanho. Por isso, o fumo do sacrifício de Caim não subia ao céu, enquanto que o de Abel era agradável a Deus e subia ao céu. Caim sentiu inveja de seu irmão, convidou-o a passear pelo campo e com uma queixada de animal o matou.
Deus amaldiçoou a Caim por ter derramado o sangue de um homem inocente. O sangue inocente grita vingança ante Deus e Caim viveu errante durante o resto de sua vida, cheio de remorsos.
O quinto mandamento não só ordena “não matar”; mas também proíbe as brigas, agressões, invejas etc., e, sobretudo, ordena o respeito e o cuidado com a vida humana, que é um dom de Deus.
Só Deus é o dono e o senhor da vida
A vida humana é sagrada; desde seu início é fruto da ação criadora de Deus e sempre mantém esta especial relação com o Criador, origem e término de nossa existência. Só Deus é o senhor da vida desde o princípio até o fim; o ser humano não é mais do que administrador, e deve cuidar da própria vida e da de seus semelhantes.
Êxodo 20.13 Não Matarás ou
Êxodo 20.13 Não Assassinarás?
Os céticos, os ateus os hereges de maneira geral tem interpretado equivocada e/ou propositalmente o texto "Não Matarás". Alguns deduzem até que haja uma Contradição Bíblica, quando não há. Há um erro grotesco e obscuro de tradução da Bíblia. Já passou da hora de corrigir.
O texto original da Bíblia de Êxodo 20.13 usa a palavra hebraica:"rãsah" que se traduz como: assassinar/ assassinato.
Não se pode assassinar um animal, um inseto, um verme, uma arvore etc.. Somente é possível assassinar seres humanos. O texto também poderia ser traduzido como Não pratiqueis Homicídio? Não! Como se explicaria as mortes nas guerras de Israel? Como Israel poderia vencer a guerra sem matar?
A DIFICULDADE DE INTERPRETAÇÃO
O escritor Altair Germano, comentando o tema diz: “Sempre que um estudo no sexto mandamento é realizado, surge uma série de questões complexas, polêmicas e controversas.
O problema já começa quando se analisa a melhor tradução para o verbo hebraico ratsah que em nossas versões ganha um sentido geral para “matar”, quando na realidade o seu significado é específico. O Capítulo 20.23 de Êxodo no hebraico é lo’ tirtsah (não matarás).
No Dicionário Vine o verbo hebraico ratsah, de onde se deriva tirtsah, é traduzido por “matar, assassinar, destruir”. O Termo aparece principalmente no material legal (Lei), e nos profetas é usado para descrever o efeito da injustiça e ilegalidade em Israel (Os 4.12; Is 1.21; Jr 7.9). Na Septuaginta a tradução é phoneúseis (assassinarás).
Baco, ao comentar sobre o verbo ratsah, diz: [...] não é o verbo comum, neutro “matar”. Sempre fala de homicídio, culposo ou não. O mandamento enfatiza a gravidade do crime. Gênesis 9.6 explica: “Quem derramar sangue do homem, pelo homem seu sangue será derramado; porque à imagem de Deus foi o homem criado”. No caso das cidades de refúgio este verbo é aplicado ao homicídio sem intenção dolosa (Nm 35.16, 17). Mesmo assim, a separação destas cidades para esse fim, enfatiza a gravidade do caso [...].”
Tirar a vida de um ser indefeso contraria princípios bíblicos muito sérios:
1º: A vida é sagrada para Deus: “Se alguns homens estiverem brigando e ferirem uma mulher grávida, e por causa disso ela perder a criança, mas sem maior prejuízo para a sua saúde, aquele que a feriu será obrigado a pagar o que o marido dela exigir, de acordo com o que os juízes decidirem. Mas, se a mulher for ferida gravemente, o castigo será vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferimento por ferimento, machucadura por machucadura.” (Êx 21.22-25).
2º: O Criador (e Juiz) não aprova que se mate o inocente: “[...] não matarás o inocente e o justo [...]” (Êx 23.7).
A pena capital:
Gênesis 9.6: “Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a sua imagem”.
A pena capital não somente é permitida, mas exigida pela Lei de Deus como um princípio geral de justiça. O castigo da pena capital não é aplicado como satisfação de sentimento de vingança ou retaliação, mas como aplicação de justiça e preservação social.
Levítico 24.17: “Quem matar alguém será morto”.
Esta punição declarada de forma direta na Escritura constitui-se em obrigação perpétua para a humanidade, pois, esta é uma lei moral que foi dada a Noé, muito antes da existência do povo judeu e das leis cerimoniais e civis estabelecidas no Monte Sinai.
Êxodo 21.12: “Quem ferir a outro, de modo que este morra, também será morto”.
Esta exigência tem uma conotação muito ampla e envolve não somente o homicídio e os danos morais e materiais infligidos aos homens, mas também a danos causados por omissão de qualquer espécie e a tudo aquilo que degrada o homem em sua saúde.
Êxodo 21.14-16: “Se alguém vier maliciosamente contra o próximo, matando-o à traição, tirá-lo-ás até mesmo do meu altar, para que morra. Quem ferir seu pai ou sua mãe será morto. O que raptar alguém e o vender, ou for achado na sua mão, será morto”.
No Novo Testamento temos claras indicações de que a pena capital é lícita e continua em vigor, como podemos ver na declaração do apóstolo Paulo no livro de Atos, onde ele considera expressamente válida a pena de morte em casos indicados.
Atos 25.11: “Caso, pois, tenha eu praticado algum mal ou crime digno de morte, estou pronto para morrer; se, pelo contrário, não são verdadeiras as coisas de que me acusam, ninguém, para lhes ser agradável, pode entregar-me a eles. Apelo para César”.
Na Carta aos Romanos o apóstolo diz que o magistrado traz a espada, esta simbologia do porte da espada pelo magistrado é considerada por todos os escritores da antiguidade como o poder da execução do malfeitor, não existe dúvida quanto a isto.
Romanos 13.4: “Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal”.
De acordo com Charles Hodge, a questão prática desta lei é a seguinte: “Quem deve morrer? O inocente ou o assassino?”.
- A legitima defesa:
A defesa própria ou de familiares e amigos ameaçados não se constitui em crime conforme este mandamento por vários motivos expostos abaixo:
Este homicídio cometido em defesa da vida ou da integridade da pessoa não é malicioso ou intencional, mas uma contingência onde se apresenta a opção da vida do agressor, em situação de dolo, e do agredido, sem razão ou justificação legal.
Tanto o juízo universal como o mandamento consideram inocente aquele que agiu em defesa da vida ou da integridade - a resposta acima diz: “O sexto mandamento exige todos os esforços lícitos para conservar a nossa vida e a dos nossos semelhantes”.
Inclui-se neste caso, particularmente, os policiais e militares em serviço, que por força de sua profissão muitas vezes encontram-se face a face com bandidos e marginais da mais alta periculosidade e são obrigados a matar em defesa própria ou na defesa de outras pessoas ameaçadas.
Jesus Comenta o Sexto Mandamento
- “Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás; aquele que matar terá que responder em juízo”.
OUVISTE - O ensino tradicional se transmitia oralmente, sobretudo nas sinagogas.
Jesus apresenta agora exemplos específicos de sua interpretação da lei. Como Autor e seu único verdadeiro Expositor. Pondo de lado a casuística rabínica, Jesus restaurou a verdade a sua formosura original. A expressão ouvistes implica que a maioria dos ouvintes nesta ocasião não tinham lido eles mesmos a lei. Isto era de se esperar, porque a maioria deles eram rudes lavradores e pescadores. Quando conversou mais tarde com os eruditos sacerdotes e anciãos, Jesus perguntou: Nunca lestes nas Escrituras? Mateus 21.42. No entanto, esse mesmo dia um grupo de pessoas comuns do povo, dentro do átrio do Templo, dirigiu-se a Jesus dizendo: Nós temos ouvido da lei, que o Cristo permanece para sempre João 12.34.
FOI DITO - Ao citar a antigos expositores da lei, os rabinos com freqüência apresentavam o que esses eruditos tinham dito, com as palavras que Jesus emprega aqui. Nos escritos rabínicos estas palavras se usam também para apresentar citações do AT.
A EXTENSÃO DO MANDAMENTO – “NÃO MATARÁS”
ABORTO : “Não matarás [o feto]” (Êx 20.13).

O ser humano deve ser respeitado desde o momento de sua existência, no ventre de sua mãe, e deve ter todos os seus direitos de pessoa humana. "Antes mesmo de Te formares no ventre materno, eu te conheci; antes que saísses do seio, eu te consagrei" (Jr 1.5).
A Igreja repudia este ato de maldade moral. O aborto provocado é gravemente contrário ao quinto mandamento e à lei moral e consiste em uma prática monstruosa. Todos os que cooperam com este ato estão cometendo uma falta gravíssima e estão sujeitos à excomunhão pelo próprio fato de cometer o delito contra um inocente.
Desde a sua concepção, o embrião deverá ser defendido em sua integridade, cuidado e curado, na medida do possível.
Legalizar o aborto traria muito mais problemas do que soluções porque as pessoas irresponsáveis ser aproveitariam disso para se tornarem mais irresponsáveis ainda. Afinal, elas acham “mais fácil” tirar um feto depois de uma “gravidez indesejada” do que assumir a responsabilidade pelo filho (a) que fez. Infelizmente, na hora de “fazer”, quase ninguém pensa nas conseqüências.
Além disso, pessoas que optam pelo aborto desconsideram que um filho é uma “herança do Senhor” (Sl 127.3), que servirá de instrumento divino para desenvolver nelas a paciência e abrandar o sentimento egoísta. Quem é pai ou mãe sabe o quanto um filho melhora nosso caráter quando deixamos que isso aconteça. Quando temos um filho sabemos um pouquinho da profundidade do amor de Deus por cada pecador, de modo que O amamos ainda mais.
1º: A vida é sagrada para Deus: “Se alguns homens estiverem brigando e ferirem uma mulher grávida, e por causa disso ela perder a criança, mas sem maior prejuízo para a sua saúde, aquele que a feriu será obrigado a pagar o que o marido dela exigir, de acordo com o que os juízes decidirem. Mas, se a mulher for ferida gravemente, o castigo será vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferimento por ferimento, machucadura por machucadura.” (Êx 21.22-25).
2º: O Criador (e Juiz) não aprova que se mate o inocente: “[...] não matarás o inocente e o justo [...]” (Êx 23.7).
A EUTANÁSIA:

O SUICÍDIO : - Abusos que atentam contra a vida:
A própria vida - intemperança, suicídio: É muito difícil acreditar que pessoas cristãs que esperam em uma vida futura venham a se suicidar, o suicídio é realizado com maior frequência entre pessoas que perderam ou não possuem a fé em Cristo.
Todos somos responsáveis por nossa própria vida diante de Deus, que é o seu único e verdadeiro soberano. Somos meros administradores de nossa vida e não podemos desfazer dela. O suicídio é contrário à perpetuação da própria vida e ao amor do Deus Vivo.
Distúrbios psíquicos graves, a angústia ou o medo grave da provação, do sofrimento ou da tortura podem diminuir a responsabilidade do suicida. A Igreja ora pelas pessoas que atentam contra a própria vida.
Existem três casos de suicídio na Bíblia, Saul, Aitofel e Judas, todos eles haviam sido abandonados por Deus quando cometeram o suicídio.
1- Saul - 1 Samuel 31.4: “Então, disse Saul ao seu escudeiro: Arranca a tua espada e atravessa-me com ela, para que, porventura, não venham estes incircuncisos, e me traspassem, e escarneçam de mim. Porém o seu escudeiro não o quis, porque temia muito; então, Saul tomou da espada e se lançou sobre ela”.
2- Aitofel - 2 Samuel 17.23: “Vendo, pois, Aitofel que não fora seguido o seu conselho, albardou o jumento, dispôs-se e foi para casa e para a sua cidade; pôs em ordem os seus negócios e se enforcou; morreu e foi sepultado na sepultura do seu pai”.
3- Judas - Mateus 27.5: “Então, Judas, atirando para o santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se”.
CONCLUSÃO
Devemos respeitar nossa própria vida. Nosso corpo é templo do Espírito Santo, pelo que devemos glorificar a Deus em nosso corpo e em nosso espírito (1Coríntios 6.19-20)
Devemos aceitar o oferecimento da vida, por meio da morte, apresentado a nós por Jesus Cristo. Sabemos que o salário do pecado é a morte, mas o dom de Deus é a vida eterna através de Jesus Cristo, nosso Senhor (Romanos 2.23). Ele nos criou e nos dá a vida eterna.
Devemos respeitar a vida dos outros. E nós viveremos o absoluto de Deus,
- defendendo a vida, sempre, pois ela tem uma dignidade própria como criação de Deus, de quem o homem é imagem e semelhança;
- praticando a distanásia, nao a eutanásia;
- promovendo a paz. (Ou será que os não-cristãos serão campeões desta causa?)
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Prof. Pr. Adaylton de Almeida Conceição – (TH.B.Th.M.Th.D.)
BLOG: www.adayltonalm.spaceblog.com.br
Facebook: Adayl Manancial
BIBLIOGRAFIA
- Adaylton de Almeida Conceição – Introdução à Exegese – CPAD – 1985.
- Altair Germano – Não Matarás
- Bioética, um Guia para os Cristãos, de Gilbert Meilaender, Vida Nova.
- GEISLER, Norman L. Ética Cristã: alternativas e questões contemporâneas. São Paulo: Vida Nova, 1984, p. 137-152.
- Itamar de Paula Marques - Itamar de Paula Marques
- LIMA, Elinaldo Renovato de. - Ética Cristã: confrontando as questões morais do nosso tempo. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p. 121-129.
- Silvio Dutra – Ouvistes o que foi Dito: Não Matarás.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
HONRARÁS PAI E MÃE
Os termos são bem claros: Honra teu pai e tua mãe, a fim de que tenhas vida longa na terra que o Senhor, o teu Deus, te dá (Êxodo 20.12).
Quando temos famílias bem estruturadas e pais dedicados, não temos qualquer dificuldade em aceitar a instrução. Se somos filhos de pais desajustados, o quinto mandamento nos soa amargo e injusto. Quando vemos filhos que honram os pais sendo ceifados ainda jovens, não temos como não perguntar sobre a validade da recomendação divina.
Não importam os nossos contextos, o mandamento continua esculpido nas nossas consciências. Ele está repetido integralmente no Novo Testamento, com um comentário: Honra teu pai e tua mãe - este é o primeiro mandamento com promessa - para que tudo te corra bem e tenhas longa vida sobre a terra (Efésios 6.2-3).
“Esse era um plano ordenado por Deus, escrito com sua própria mão, e foi entregue por Moisés a eles; era de natureza moral, e de obrigação eterna: é para ser entendido, não simplesmente como uma elevada estima que os filhos deveriam ter em relação aos seus pais, ou o uso de uma linguagem e gestos respeitosos diante deles, nem apenas uma alegre obediência a ser cedidas a eles; mas também de honrá-los com sua substância, alimentação, vestimenta, e os suprindo com as necessidades da vida, quando eles estiverem em necessidade dos mesmos; que é, porém serviço razoável deles, por todo o cuidado, despesa e problemas que eles tenha tido em trazê-los neste mundo” (Exposição de toda a Bíblia de John Gill, Dr. John Gill 1690-1771).
Em Mateus 15.3-9, Jesus relembrou os fariseus do comando de Deus de honrar seu pai e sua mãe. Eles estavam obedecendo a letra da lei, mas tinham adicionado as suas próprias tradições, as quais em essência rejeitavam esse comando. Enquanto honravam seus pais em palavras, suas ações provavam o verdadeiro motivo do seu coração. Honrar é mais do que da boca pra fora. A palavra honra nessa passagem é um verbo e, como tal, exige uma escolha/ação correta.
Honrar traz consigo a idéia de dar glória a alguém. 1 Coríntios 10.31 nos diz que qualquer coisa que façamos deve ser feita para a glória de Deus. Devemos procurar honrar nossos pais da mesma forma que Cristãos tentam trazer glória a Deus – em nossos pensamentos, palavras e ações.
A palavra grega "hypakouo" significa obedecer, escutar, prestar atenção. Para uma criança pequena, obedecer os pais vai lado a lado com honrá-los. Isso inclui escutar, prestar atenção e submeter-se à sua autoridade. Depois que a criança cresce, a obediência que aprenderam ainda pequenos vai ajudá-los a honrar outras autoridades, tais como o governo, polícia e patrões.
“Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a face da Terra”. (Efésios 6.1-3).
A Bíblia diz em Provérbios que “É ruína para o pai o filho insensato”. Realmente, provérbios 19.26 cita que “O filho que rouba o seu pai e afugenta sua mãe é filho que envergonha e desonra”. Hoje as notícias continuam a nos dizer que isto continua acontecendo, mas não comigo e nem com você. Honre seu pai e sua mãe, cuide deles e você terá aprovação de Deus. Ontem eles o criaram da melhor forma possível; hoje eles o sustentam e sentem o maior orgulho de você; amanhã, eles serão o exemplo que deve ser seguido, mas eles vão precisar que você cuide deles na velhice. Os pais ajuntam para os filhos porque, quando envelhecerem, os filhos é que vão administrar tudo o que eles construíram.
1. O primeiro sentido é contextual. A desobediência aos pais era punida com a pena de morte (Êxodo 21.17; Levítico 20.9; Deuteronômio 21.18-21). Quem os obedecesse estava livre deste peso. Em sentido mais largo, quem obedece aos seus pais evita cometer pecados que resultam na penas da lei.
Esta exceção não nos deve desviar da validade geral do princípio, demonstrável na experiência diária. Um filho que honra seu pai não se envolve com influências ruins que levam aos vícios e à irresponsabilidade, que levam à destruição.
3. O terceiro sentido que a promessa se refere a uma vida qualitativamente longa. Quem segue as instruções divinas para a sua vida, inclusive a de honrar seus pais, viverão de modo mais pleno, mesmo em meio às adversidades.
“Sabeis os mandamentos: não cometereis adultério; não matareis; não roubareis; não prestareis falso-testemunho; não fareis agravo a ninguém; honrai a vosso pai e a vossa mãe. (Marcos, 10.19; Lucas, cap. 18.20; Mateus 19.18 e 19.).
Os filhos têm que obedecer a ambos os pais. Frequentemente os filhos obedecem ao pai que é mais provável que os castiguem e desatendem as instruções do outro! A palavra que é traduzida "pais" em Efésios 6.1 é uma palavra geral que inclui ambos, mãe e pai. Os primeiros nove capítulos do livro de Provérbios foram escritos como se um pai estivesse escrevendo ao seu filho. O autor começa seu conselho a seu filho com o seguinte: "Filho meu, ouve o ensino do teu pai e não deixes a instrução de tua mãe. Porque serão diadema de graça para a tua cabeça e colares, para o teu pescoço" (Provérbios 1.8-9). Observe que o filho precisa seguir a instrução de ambos, pai e mãe.
Aos Colossenses, Paulo escreveu a respeito do alcance desta obediência dos filhos: "Filhos, em tudo obedecei a vossos pais, pois fazê-lo é grato diante do Senhor" (Colossenses 3.20). Os filhos deverão obedecer a seus pais quer entendam ou não a razão da ordem dos pais, quer concordem e gostem ou não da ordem dos pais. A verdadeira prova de obediência é quando nos é mandado fazer alguma coisa contra nossas inclinações ou vontade.
Observamos que Paulo escreveu aos efésios que os filhos deveriam obedecer a seus pais "no Senhor." A frase "no Senhor" deveria estar ligada com "obedecer" antes que com a palavra "pais." Paulo não estava sugerindo que os filhos deveriam obedecer a seus progenitores somente se seus pais e mães fossem cristãos (no Senhor") mas, que os filhos devem obedecer a seus pais enquanto tal obediência não conflite com seus deveres para com Cristo. Pedro exprimiu o mesmo princípio quando reprovado pelo Sinédrio judeu por pregar Jesus Cristo; "antes, importa obedecer a Deus do que aos homens" (Atos 5.29). "No Senhor" constitui a única limitação imposta à obediência de um filho.
Paulo escreveu que os filhos obedecerem "é justo" (Efésios 6.1). Aos Colossenses ele escreveu que obedecer assim "é grato diante do Senhor" (3.20). Muitas pessoas, incluindo alguns pais, acreditam que a desobediência é uma coisa natural com os filhos e precisa ser tolerada pelos pais. Contudo, a Bíblia revela que Deus considera ser a desobediência pelos filhos uma coisa séria. Vale a pena repetir que, o filho que amaldiçoasse ou batesse em seu pai ou em sua mãe era morto por apedrejamento (Êxodo 21.15, 17; Levítico 20.9). Quando Paulo relacionou os vários pecados comuns entre os gentios, ele incluiu "desobedientes aos pais" (Romanos 1.30; veja também 2 Timóteo 3.2).
A família cristã é chamada de "igreja doméstica", porque é uma comunidade de fé, esperança e caridade. Ela tem um papel muito importante na Igreja, como se vê no Novo Testamento. É um reflexo da comunhão entre o Pai o Filho e o Espírito Santo e sua atividade procriadora e também se parece com a obra criadora do Pai. A Leitura cotidiana da Sagrada Escritura, fortifica a caridade na família.
A família cristã é evangelizadora e missionária e as relações entre os membros dessa família estabelecem laços de intimidade, afetos e respeito mútuo entre si.
"A família e a sociedade"
A família também deve ensinar os membros a cuidar dos jovens e dos mais velhos, dos pobres, doentes e deficientes. "A religião pura e sem macula diante de Deus o nosso Pai consiste, nisto: visitar os órfãos e a viúvas em suas tribulações e guardar-se livre da corrupção do mundo. (Tg 1.27)
A família deve ser apoiada pela sociedade quando não tem a capacidade de desempenhar as sua funções, porque o bem estar da sociedade depende de uma grande responsabilidade para com o casamento a ser fortalecido e da família também.
Temos que entender que em nossos irmãos e irmãs, vemos os filhos de nossos pais e seguindo esse raciocino também vemos nos nossos primos os descendente dos nossos avós. Nos batizados, os filhos de nossa mãe a Igreja; em cada pessoa humana, um filho de Deus. O próximo não é só um "indivíduo" da sociedade, mas "alguém" que merece o nosso respeito.
O bom governo na sociedade deve proporcionar relações justas entre patrões e empregados, governantes e cidadãos para dar dignidade às pessoas preocupadas com a justiça e a fraternidade.
"Deveres dos membros da família"
DEVERES DOS FILHOS :
Dentre os principais deveres enunciados pelo preceito divino, podemos expor:
Respeito pelos pais (piedade filial): É o reconhecimento para com aqueles que pelo Dom da vida, por seu trabalho e amor, nos puseram no mundo permitindo que crescêssemos em estatura, sabedoria e graça.
Respeito filial: Revelado através da docilidade e obediência. "Um filho sábio ama a correção do Pai, e o zombador não escuta a reprimenda" (Pr 13.1)
Responsabilidades para com os pais: Relembrados no quarto mandamento e dirigido aos filhos adultos. Eles devem dar ajuda material e moral na velhice, e na doença, na solidão e na angústia.
O respeito filial também diz respeito aos irmãos e irmãs. Nós cristãos, temos que ter um respeito especial àqueles que nos deu o dom da fé, a graça do batismo. E a vida na Igreja, podendo ser os pais, avós, tios, pastores, catequistas, etc.
DEVERES DOS PAIS:
Um dos mais importantes deveres dos pais é o papel de educadores dos filhos. É de importância tão grande que é quase impossível substituí-los nessa função.
Eles devem reconhecer nos filhos, como filhos de Deus e respeitá-los. Por terem tamanha responsabilidade, devem dar testemunho dela através da criação de um lar onde a ternura, o perdão, o respeito, a fidelidade e o serviço sem interesses são a regra primordial. O lar é o local certo para a educação das virtudes.
Outra responsabilidade dos pais é dar o bom exemplo aos filhos, reconhecendo diante deles seus próprios defeitos, para melhor guiá-los e corrigi-los.
Os pais, pelo matrimônio, recebem também a missão de evangelizar os próprios filhos e isso deve ser feito desde pouca idade. Temos aqui o papel da educação para a fé. Os pais, nesse sentido, podem ser auxiliados pela paróquia que é o lugar ideal para a catequese, tanto dos filhos quanto dos pais.
Os pais têm a função de prover as necessidades físicas e espirituais dos filhos enquanto pequenos. Na fase de crescimento esse respeito e dedicação servem para educá-lo no uso correto da razão e liberdade. Quando adultos os filhos devem ter a liberdade de escolher uma profissão e um estado de vida. Os pais podem dar a esse respeito conselhos e opiniões de boa vontade. Os conselhos devem ser mais prudentes, quando os filhos estão pensando em constituir uma família.
Tornou-se de domínio público uma advertência bem-humorada sobre como os filhos consideram seus pais. Ei-la:
Aos 7 anos: "Papai é grande e sabe tudo".
Aos 14 anos: "Parece que papai se engana em certas coisas que diz".
Aos 20 anos: "Papai está um pouco atrasado em suas teorias. Elas não são desta época".
Aos 25 anos: "O coroa não sabe nada. Decididamente, está caducando".
Aos 35 anos: "Com minha experiência, meu pai seria hoje um milionário".
Aos 45 anos: "Não sei se consulto o velho. Talvez pudesse aconselhar-me".
Aos 55 anos: "Que pena papai ter morrido. A verdade é que ele tinha idéias notáveis".
Aos 60 anos: "Pobre Papai. Era um sábio. Como lastimo tê-lo compreendido tão tarde".
Diante destas visões, mesmo que estereotipadas, precisamos recordar o conselho bíblico: Meu filho, obedeça aos mandamentos de seu pai e não abandone o ensino de sua mãe. Amarre-os sempre junto ao coração; ate-os ao redor do pescoço. Quando você andar, eles o guiarão; quando dormir, o estarão protegendo; quando acordar, falarão com você (Provérbios 6.20-22).
Não espere ficar velho para valorizar seus pais. Talvez seja tarde. Diga-lhes o quanto você os ama. Você alguma vez enviou flores para sua mãe? Não espere seu pai envelhecer para reconhecer que eles sabem mais que vocês.
Quando honramos nossos pais, obedecemos a Deus.
Quando honramos nossos pais, reconhecemos que não viemos do nada, que temos vínculos com nossos pais e que nossos filhos terão vínculos conosco, na longa cadeia das gerações.