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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Raif Badawi sofre na Arábia Saudita


 
 
As autoridades da Arábia Saudita têm a oportunidade de melhorar o seu terrível histórico de direitos humanos, caso atenda o clamor internacional para que açoitamento público de Raif Badawi seja interrompido imediatamente, defende a Anistia Internacional.
 
A organização tem conhecimento de que o ativista preso, condenado a 10 anos de prisão e 1.000 chicotadas por causa da criação do website Saudi Arabian Liberals (Liberais Sauditas), será açoitado pela segunda vez na sexta-feira, 16 de janeiro. Sua flagelação começou na semana passada após as orações de sexta-feira, quando ele foi açoitado 50 vezes em frente à mesquita al-Jafali, em Jeddah.
“Holofotes do mundo estão sobre a Arábia Saudita. Se as autoridades ignorarem as críticas e continuarem com a flagelação de Raif Badawi, a Arábia Saudita estaria demonstrando desprezo pela Lei Internacional e desrespeito pela opinião mundial”, disse Saíd Boumedouha, vice-diretor da Anistia Internacional, Oriente Médio e Norte da África.
“Flagelação e outras formas de punição corporal violam a proibição da tortura e outros maus-tratos. Ao continuar a distribuir este castigo desumano, as autoridades da Arábia Saudita estão desrespeitando, de forma flagrante, os princípios básicos dos direitos humanos.”
Os governos dos EUA, Canadá, Alemanha e Noruega, entre outros emitiram declarações condenando a flagelação de Raif Badawi. Milhares de pessoas de todo o mundo expressaram a sua indignação com o caso através das mídias sociais, e centenas organizaram manifestações em frente às embaixadas da Arábia Saudita em todo o mundo.
“A comunidade internacional deve manter a pressão sobre as autoridades da Arábia Saudita. A punição cruel e injusta de Raif Badawi deve cessar imediatamente”, afirmou Saíd Boumedouha.
A esposa de Raif Badawi, Ensaf Haidar, disse a Anistia Internacional que teme que seu marido não seja capaz de suportar fisicamente uma segunda rodada de chibatadas.
“Raif me disse que está sentindo muita dor depois de sua flagelação, sua saúde é fraca e estou certa de que ele não será capaz de lidar com uma nova rodada de chibatadas”, disse ela.
“Eu contei para os nossos filhos sobre a notícia na semana passada, para que não descobrissem a partir de amigos na escola. É um grande choque para eles. A pressão internacional é crucial. Temos de continuar a lutar.”
Em mais um exemplo de absoluta intolerância da Arábia Saudita de dissidência pacífica, na segunda-feira 12 de janeiro, o advogado de Raif Badawi, defensor de direitos humanos Waleed Abu al-Khair, teve sua sentença confirmada. Ele foi inicialmente condenado a 15 anos de prisão, mas recorreu para servir apenas 10. No entanto, na segunda-feira, o juiz ordenou a pena de prisão integral de 15 anos, porque ele se recusou a pedir desculpas por seus “crimes”. Ele havia sido condenado pelo Tribunal de Justiça Criminal Especializada sob as acusações de quebra de lealdade ao governante, ofendendo o Judiciário e fundar uma organização sem licença.

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