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sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Nós Profetizamos em Parte

Buscamos ter um equilíbrio bíblico sobre as questões relativas aos dons apostólicos e proféticos na Igreja hoje. Uma das chaves para encontrar esse equilíbrio é a frase: “em parte profetizamos”.

I Coríntios 13.9 – “porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos”

Amar é o maior mandamento. À medida que continuamos a amar, nosso amor torna-se mais amadurecido. Nessa experiência de maturidade, ganhamos mais paciência e humildade. Quanto mais sabemos, mais percebemos o quanto não sabemos. Reconhecemos o fato de que outros saberão e verão coisas que não enxergamos. Essa atitude preserva a unidade e evita o espírito de divisão.

A frase “em parte profetizamos” pode ser entendida de duas formas. Para aqueles que não creem na validade atual do dom de profecia, ou que dizem que a profecia precisa ser perfeita, ou então é totalmente falsa, podemos ver que a profecia na Nova Aliança envolve um nível de interpretação e entendimento que é apenas parcial por sua própria natureza. Nós “vemos como por um espelho, em enigma” (I Coríntios 13.12).

No entanto, nós realmente profetizamos. Qualquer pessoa que nasceu de novo e está cheia do Espírito Santo pode potencialmente compartilhar revelação profética (I Coríntios 14.5, 6, 24, 31, 32, 39). Só porque a profecia é apenas parcial não significa que não seja verdadeira. É por isso que somos instruídos a “provar” as profecias e “reter o que é bom” (I Ts 5.21). Se tudo o que é profético fosse perfeito e completo, não haveria necessidade de “reter” o que é bom e rejeitar o que não é.

Na Nova Aliança, depois que uma pessoa se arrepende e crê em Yeshua, seu espírito pode nascer de novo. O Espírito de Deus pode dar testemunho ao espírito do homem (Romanos 8.16) através da consciência humana (Romanos 9.1). Através do espírito humano e da consciência humana, pensamentos gerados por Deus podem vir à mente humana (Romanos 8.6; Isaías 55.8-9).

Esta é a experiência normativa da profecia na Nova Aliança: os pensamentos de Deus vêm através do Espírito de Deus para o nosso espírito através da nossa consciência, trazendo os pensamentos de Deus para dentro dos nossos. Quando transmitimos esses “pensamentos de Deus” aos outros, isso é considerado profecia ou sabedoria divina.

Por outro lado, aqueles de nós que acreditam na profecia muitas vezes precisam “diminuir o tom” da nossa linguagem. Não devemos falar em termos ABSOLUTOS, porque, afinal, apenas profetizamos em parte e conhecemos em parte. A profecia da Nova Aliança não é tanto uma ordem direta e exterior de Deus, mas um entendimento interior da vontade de Deus através de palavras e imagens, inspirado por Deus em nossos corações.

Portanto, devemos falar com linguagem, postura, tom de voz, volume e “linguagem corporal” mais humildes. A forma como profetizamos mostra que sabemos que a própria profecia que estamos entregando é, por definição, apenas “parcial”?


Aqui está o equilíbrio: Os “não carismáticos” precisam reconhecer que os crentes na Nova Aliança podem realmente profetizar e que as Escrituras em nenhum lugar ensinam que esse dom cessaria antes do retorno de Yeshua. Os “carismáticos” precisam reconhecer que o que estão profetizando é apenas parcial. E, finalmente, um recado a todos nós em qualquer tipo de argumento teológico: seja o que for que achamos que sabemos, nós só o conhecemos parcialmente. Vamos dar espaço para nos humilharmos e aprendermos com os outros.

Asher Intrater


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