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VIDAS

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terça-feira, 18 de outubro de 2011

O DESCANSO VERDADEIRO

Os judeus consideravam que os dias estabelecidos eram essenciais a adoração, destacando entre eles o dia de sábado, mas Cristo demonstrou que a verdadeira adoração só é possível através do poder de Deus, que é Cristo. Ele mudou a adoração que eram em dias específicos, semanas, luas, etc., para ser em todos os momentos e, o lugar deixou de ser apenas na cidade de Jerusalém para ser em todos os lugares, pois com a vinda do Messias as pessoas passaram a ser o sacrifício, o templo e a morada do espírito (1Co 3.16).

"Ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério; porém não quiseram ouvir" (Is 28.12)

Os seguidores de certos posicionamentos judaizantes geralmente fazem as seguintes perguntas a fim de confirmarem suas alegações acerca do sábado: Quem mudou o dia de adoração do sábado, o sétimo dia da semana, para o domingo, o primeiro dia da semana? Quando foi feita essa mudança? Será que Deus autorizou essa mudança?
Estas perguntas contêm certos elementos da doutrina judaizante, visto que buscam um retorno à lei mosaica e apresentavam a circuncisão e o sábado como elementos essenciais para o cristão ser salvo. Para os da circuncisão (judaizantes) o apóstolo Paulo apresentou a seguinte resposta: "Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne" (Fl 3.3).
Da resposta paulina temos dois conceitos:
A verdadeira circuncisão é servir a Deus em espírito, pois só serve a Deus os que foram submetidos à circuncisão de Cristo, que não é feita no prepúcio, antes se dá no coração, onde é lançado fora todo o corpo do pecado "No qual também estais circuncidados com a circuncisão não feita por mão no despojo do corpo dos pecados da carne, a circuncisão de Cristo" (Cl 2.11). Somente em Cristo o homem consegue cumprir a lei, pois somente através d’Ele é possível fazer a circuncisão sem o auxilio de mãos humana, a do coração "Circuncidai, pois, o prepúcio do vosso coração, e não mais endureçais a vossa cerviz" (Dt 10.16; Jr 4.4);
O cristão não se gloria do que é pertinente a carne (genealogia, circuncisão, nacionalidade, dias, festas, etc.), tais como ser descendente da carne de Abraão, ter sido circuncidado, participar das festas da lei, oferecer os sacrifícios segundo a lei, o descanso do corpo em dias específicos, etc.
Ou seja, o apóstolo Paulo deixa claro que o cristão não serve a Deus segundo a carne, mas em espírito. Mas, como se serve a Deus em espírito? Não há um lugar específico? Um dia propício para tal serviço?
Quando o homem vincula a adoração a objetos, dias, festas, sacrifícios, etc., é porque não sabe o que é adorar em espírito e nem com de estabeleceu a justiça de Deus. Adorar em espírito só é possível àqueles que nasceram de novo, ou seja, foram de novo gerados através da palavra de Deus, a semente incorruptível.
É através do evangelho, que é poder de Deus, que Deus estabelece a sua justiça, ou seja, Ele é quem justifica o homem com base no seu poder, que é o evangelho (Rm 1.16-17).
Cristo é Senhor do Sábado, o descanso verdadeiro, por quem os verdadeiros adoradores são gerados segundo o que o Pai procura. Todos que entram por Cristo não necessitam se preocupar com o lugar (Samaria ou Jerusalém), ou o com o tempo (dias) de adoração, pois Cristo é a posteridade prometida e, com o seu advento chegou a hora em que adoradores adorariam o Pai em verdade e em justiça "Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita; e foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro" (Gl 3.19); “Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.21 -24).
Jesus deixa claro à samaritana que estava ocorrendo uma mudança autorizada pelo Pai (Jo 4.23).
Na mudança estabelecida por Cristo, os dias de festas, luas novas, sábados, etc., deixaram de ter importância, o importante agora é ser uma nova criatura, visto que o que na antiga aliança parecia depender de lugar e de um tempo específico, Jesus demonstrou ser possível naquele exato momento e naquele lugar (Gl 6.15). A hora já chegou!
Os judeus consideravam que os dias estabelecidos eram essenciais a adoração, destacando entre eles o dia de sábado, mas Cristo demonstrou que a verdadeira adoração só é possível através do poder de Deus, que é Cristo. Ele mudou a adoração que eram em dias específicos, semanas, luas, etc., para ser em todos os momentos e, o lugar deixou de ser apenas na cidade de Jerusalém para ser em todos os lugares, pois com a vinda do Messias as pessoas passaram a ser o sacrifício, o templo e a morada do espírito (1Co 3.16).
Após a mudança instituída por Cristo não há que o homem reclamar de que não há tempo para adoração, com base no antigo argumento de que o local era longe ou que era necessário aguardar tempos específicos como dias, meses, luas novas, semanas, sábados, etc.
Antes do advento do Messias, o pecado era apenas coberto com sangue de animais, representado a futura obra de Deus, o transitório seria definitivamente substituído, pois somente o Cordeiro de Deus faria a obra perfeita: tirar o pecado do mundo.
Agora, na condição de templos, sacerdotes e sacrifícios vivos, os homens podem em todo momento e em qualquer lugar oferecerem sacrifícios de louvor que é o fruto dos lábios que professam a Cristo (Hb 13.15; Rm 12.1), pois são templo de Deus e possuem livre acesso ao trono da graça (1Pe 2.5 ; Hb 10.19).
O ritmo frenético do dia a dia não se constitui obstes em servir a Deus, pois agora já não se serve com base na velhice da letra, antes se serve a Deus através do conhecimento do Santo, que é Cristo (Rm 10.2; Pv 9.10).
Quando Jesus ofereceu descanso, alivio aos cansados e oprimidos não estava oferecendo solução para os problemas diários dos homens, pois a fatiga do dia a dia é pertinente a todos os homens em decorrência do julgamento que se deu no Éden. A existência terrena sempre será afadigada, pois assim determinou Deus, seria um contra senso o Filho que faz a vontade do Pai contrariá-lo (Gn 3.17). Se o homem esperar em Cristo por causa de questões pertinente a esta vida é o mais miserável dos homens, pois o trabalho e as aflições dele decorrentes foram estabelecidas por Deus (Ec 3.10); "Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens" (1Co 15.19).
Mas, o que Jesus ofereceu ao dizer: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” ( Mt 11.28 -30)? Ele ofereceu alivio para os que estavam sob o jugo do pecado, e descanso para os que levavam o fardo pesado da lei mosaica. Jesus veio salvar o que se havia perdido, e não conceder aos homens qualidade existencial.
Os problemas de família, trabalho, estresse, qualidade de alimentação, férias, etc., são questões que o homem pode e deve resolver, pois faz parte de sua disposição interna (vontade) e isto é de inteira competência dos homens, no entanto, a salvação da condenação do pecado que é impossível ao homem compete a Deus (Mt 19.26).
O alivio para os problemas diários também não está no sábado e nem no domingo, antes em seguir o alerta de Cristo: “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (Jo 16.33).
A ordem é clara: "Não pergunteis, pois, que haveis de comer, ou que haveis de beber, e não andeis inquietos" (Lc 12.29), pois: ”Mas é grande ganho a piedade com contentamento. Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes” (1Tm 6.6-8).
O descanso prometido aos cansados e oprimidos é para que o homem venha alimentar-se de Cristo, pois é Ele quem dá a vida eterna (Jo 6.57). Após ser participante da carne e do sangue, o homem permanece em Cristo e Cristo e o Pai no homem (Jo 15.4-5).
Os judaizantes apregoavam o sábado como o dia do 'descanso' que a lei fazia referencia dizendo que Deus descansou neste dia (Gn 1.31), porém, Jesus é claro ao dizer que o seu Pai trabalha até agora, e Ele também, o que demonstra que os sábados pertinentes aos dias da semana é uma alegoria para Cristo, o descanso dos cansados e oprimidos (Jo 5.17).
Ora, Cristo, o criador dos céus e da terra (Jo 1.3; Cl 1.16), após ter criado todas as coisas até o sexto dia, no sétimo descansou, porém, o Gênesis só fez referência a ordem natural deste mundo que são visíveis aos olhos do homem (primeira criação), ou seja, refere-se as coisas que não são eternas "E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o sexto dia. Assim, foram concluídos os céus, e a terra, e tudo o que neles há. No sétimo dia, Deus já havia concluído a obra que realizara, e nesse dia descansou. Abençoou Deus o sétimo dia e o santificou, porque nele descansou de toda a obra que realizara na criação" (Gn 1.31; Gn 2.3).
No sétimo dia Cristo descansou, no sentido de concluir, as obras pertinentes ao mundo dos homens, contudo, Ele e o Pai continuaram a trabalhar com vista aos bens futuros, aquilo que os olhos não viram e nem subiram ao coração do homem "Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam" (1Co 2.9); "Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação" (Hb 9.11).
O fato de ter sido registrado que no sétimo dia Cristo descansou, não é porque Ele tenha se cansado como se necessitasse de folga ou se dormir (Sl 121.1), antes tem por objetivo alertar os homens que há um descanso e o descanso é Cristo.
Quando se utiliza Êxodo 20, verso 11 para dizer que o homem é abençoado por guardar o sétimo dia da semana, esquecem-se de considerar que descansou (concluiu) no sétimo dia foi aquele que criou todas as coisas, e não os homens. Quem descansou de tudo o que fizera foi Deus, e não os homens, como se lê: “Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou” (Ex 20.11; Ex 31.17).
Por que inicialmente Deus separou o dia do sábado dos outros dias? Para lhes servir de memorial de que é Deus quem dá descanso "Lembrai-vos da palavra que vos mandou Moisés, o servo do SENHOR, dizendo: O SENHOR vosso Deus vos dá descanso, e vos dá esta terra" (Js 1.13 ). Mas, como não quiseram ouvir e descansar em Deus "Porque o Egito os ajudará em vão, e para nenhum fim; por isso clamei acerca disto: No estarem quietos será a sua força" (Is 30.7).
Enquanto na palavra de Deus há benção, pois de tudo que sai da boca de Deus viverá o homem (Dt 8.3), na ordenança da guarda do sábado havia uma maldição "Seis dias se trabalhará, porém o sétimo dia é o sábado do descanso, santo ao SENHOR; qualquer que no dia do sábado fizer algum trabalho, certamente morrerá" (Êx 31.15). Qualquer do povo que ouvisse (crer) a palavra de Deus viveria, o que significa que estavam mortos em delitos e pecados. Com o advento da lei, além de estarem separados de Deus, alienados, mortos, caso não descansasse no sétimo dia da semana, os filhos de Jacó sofreriam uma pena física: morte física.
Deus queira dar-lhes a entender que, se cressem entrariam no descanso prometido “Porque até agora não entrastes no descanso e na herança que vos dá o SENHOR vosso Deus. Mas passareis o Jordão, e habitareis na terra que vos fará herdar o SENHOR vosso Deus; e vos dará repouso de todos os vossos inimigos em redor, e morareis seguros” (Dt 12.9-10), mas como se desviaram de obedecê-lo, na sua ira Ele jurou que o povo de Israel não entraria no seu descanso (Hb 4.1).
Assim como todas as coisas que foram postas no tabernáculo são figuras, o sábado também foi utilizado como figura para demonstrar que quem não crer não tem vida. Embora alertado de que Deus não os aceitava e que as suas festas, sábados, etc. eram insuportáveis, o povo continuava a 'servir' as alegorias e não a Deus "Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e as luas novas, e os sábados, e a convocação das assembleias; não posso suportar iniquidade, nem mesmo a reunião solene. As vossas luas novas, e as vossas solenidades, a minha alma as odeia; já me são pesadas; já estou cansado de as sofrer" (Is 1.13-14).
Mas, os cristãos por terem crido em Cristo já entraram no descanso prometido (Hb 4.3), pois estão assentados nas regiões celestiais em Cristo (Ef 2.6). Por que os cristãos já entraram no descanso? Porque foram vivificados com Cristo, ou seja, ressurgiram com Ele, portanto, estão descansados (Ef 2.5; Co 3.1).
Portanto, todas as vezes que um cristão olha para a lei e os seus mandamentos, tem que considerar que tudo foi nos deixado como exemplo (1Co 10.11), e não como imposição “Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da prostituição, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá” (At 15.28-29), mas qualquer que se propõe guardar qualquer quesito da lei, se obriga a guardar toda a lei "E de novo protesto a todo o homem, que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei" (Gl 5.3).
O cristão deve analisar algumas passagens bíblicas com critério, visto que os seguidores das premissas judaizantes utilizam alguns versos para impor uma pratica que não é salutar à igreja de Cristo. Por exemplo, citam Lucas 4, verso 16 para dizer que Cristo utilizava o sábado para adorar a Deus, porém, o texto quer demonstrar somente que, era prática dele ensinar nas sinagogas (Lc 4.15) e, que certa feita, foi num sábado a uma sinagoga de Nazaré (Lc 4.16). Por que será? Não seria pelo fato de os judeus frequentarem a sinagoga no sábado? Por certo que ele ia às sinagogas no sábado porque os judeus frequentavam o templo no sábado.
Uma coisa é certa: segundo a visão distorcida dos fariseus, os discípulos de Cristo faziam o que era vetado no sábado e, Jesus recriminou os fariseus ao orienta-lós a aprenderem o significado de 'misericórdia quero, e não sacrifícios' (Mt 12.7). Ou seja, Eles tinham que aprender que Deus busca o amor dos homens (Os 6.6), e não sacrifícios como prática de restrições no dia de sábados. Neste texto Jesus demonstra que o sábado é um mero sacrifício e, o Senhor que dá descanso espera somente que O amem (Os 6.4).
Foi neste contexto que Jesus salientou que o descanso de Deus foi providenciado por causa da necessidade dos homens em serem salvos (Mc 2.27). Observe que se faz referencia ao sábado no singular, ou seja, o descanso prometido, que é Cristo, e não aos sábados semanais.
Foi quando Jesus fez referencia a si mesmo como o Filho do homem, pois é Senhor dos homens e, até mesmo dos sábados (Mc 2.28).
Como Jesus e seus discípulos não guardavam as mesmas práticas dos fariseus, tentam a Cristo perguntando: “É licito curar no sábado?” (Mt 12.10). E, novamente Jesus curou no sábado.
Os acusadores de Cristo eram exímios guardadores da lei, porém, mesmo guardando o sábado Jesus os recriminou dizendo: “Não vos deu Moisés a lei? e nenhum de vós observa a lei. Por que procurais matar-me?” (Jo 7.19).
Portanto, qualquer ordenança para que se busque a Deus através de dias é um argumento fraco e pobre, pois tal pratica leva o homem somente a servi-las, e não a Deus, pois a Ele só é possível servir em espírito e em verdade “Mas agora, conhecendo a Deus, ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir? Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. Receio de vós, que não haja trabalhado em vão para convosco” (Cl 4.9 -11), pois a lei cumpres-se em um só mandamento "Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo" (Gl 5.14), e a salvação em crer que Cristo é o Filho de Deus (Jo 3.23).

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